Justiça suspende ampliação de aterro e corte de 10 mil árvores em SP


Prefeitura pretende aumentar área da Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), em São Mateus, e implantar infraestrutura com incinerador; administração diz que ‘tomará as medidas que considerar cabíveis’

Por Juliana Domingos de Lima

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu nesta sexta-feira, 6, uma liminar que suspende as licenças ambientais, os termos de cessão de uso do terreno e de ajuste de conduta concedidos pela Prefeitura à concessionária Ecourbis para a ampliação da Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), em São Mateus, bairro da zona leste.

Vista da Central De Tratamento de Resíduos Leste (CTL) no bairro de São Mateus, zona leste de São Paulo. Projeto da Prefeitura para ampliar o aterro levaria ao corte de cerca de 10 mil árvores em uma área remanescente da Mata Atlântica. Foto: Fábio Vieira/Estadão

A ação foi movida pelos vereadores Hélio Rodrigues (PT) e Nabil Bonduki (PT) contra a Prefeitura e a concessionária, que é responsável pela operação e ampliação da CTL. No documento, os parlamentares argumentam que a área foi cedida sem que o município detenha a titularidade do domínio, e que a licença ambiental de instalação e o termo de ajuste de conduta foram concedidos “ao arrepio do Plano Diretor Estratégico”.

Procurada, a Procuradoria Geral do Município (PGM) informou que a Prefeitura de São Paulo ainda não foi notificada da decisão judicial e que “tomará as medidas que considerar cabíveis” quando isso acontecer.

Na semana passada, antes da decisão da Justiça, a Prefeitura havia afirmado em nota ao Estadão que o empreendimento “cumpre rigorosamente as exigências ambientais e foi autorizado pelos órgãos licenciadores”. Acrescentou ainda que permitirá “aumento do potencial de reciclagem da cidade e redução do envio de resíduos destinados a aterros”, sem especificar metas.

Um projeto de lei da gestão Ricardo Nunes (MDB) que altera o Plano Diretor para permitir a expansão da CTL está em tramitação na Câmara Municipal, foi aprovado em primeira votação e será discutido em audiência pública na terça-feira, 10. A segunda votação deve ocorrer nas próximas semanas.

Além de ampliar o aterro, cuja vida útil vai até 2026, o projeto prevê a instalação do Ecoparque Leste, destinado à separação e tratamento do lixo por uma variedade de tecnologias, incluindo a queima de resíduos em uma Unidades de Recuperação Energética (URE), um tipo de incinerador.

A infraestrutura exigiria o corte de mais de 10 mil árvores - 981 delas nativas. Embora não anule a concessão do terreno ou as licenças, como pede a ação, a decisão da Justiça impediu temporariamente a supressão de árvores no local.

O projeto tem gerado oposição de moradores e ambientalistas, que criticam a falta de clareza sobre como será o empreendimento e quais seus impactos ambientais.

Por que as licenças foram suspensas

Atualmente, o terreno ao lado da CTL de São Mateus está dentro de uma “Macroárea de Preservação de Ecossistemas Naturais”, que exige preservação integral, e é delimitada pelo zoneamento como Zona Especial de Preservação Ambiental.

A ação apontou que a licença ambiental de instalação e o termo de compensação ambiental não mencionam as nascentes do Rio Aricanduva, que ficam na região, e que não foram apresentados estudos de impacto na vizinhança e de impacto ambiental da atividade.

Ao Estadão, Bonduki afirma que as áreas de proteção ambiental indicadas no Plano Diretor visam a proteger os ecossistemas fundamentais para a cidade e que a discussão sobre a alteração proposta teria de ser feita de forma mais geral, considerando todos os aspectos e impactos envolvidos.

Segundo o vereador, o desmatamento da área que contém as cabeceiras do Rio Aricanduva afetaria o ecossistema e a drenagem da região, historicamente atingida por enchentes.

“Não é por acaso que ali é uma área de proteção integral. Se fosse mexer, precisaria fazer um amplo debate. Não é só a questão das árvores, é toda a estrutura hídrica que está relacionada”, diz.

Os dois vereadores requerentes da ação afirmam ainda que a Prefeitura e a concessionária adotam a estratégia de fracionar o licenciamento ambiental, obtendo primeiro a licença a movimentação de terra para depois obter uma licença para o incinerador.

A poluição e possíveis rejeitos tóxicos gerados pela URE são um dos pontos que mais preocupam moradores e ambientalistas. Em nota, a Ecourbis afirmou que as unidades “possuem sistemas modernos de tratamento de emissão e não provocam impactos ambientais”.

O que se sabe sobre o projeto

De acordo com o projeto de lei da Prefeitura, a obrigação de expandir o centro de tratamento e implementar o ecoparque é da Ecourbis. A empresa teve seu contrato de concessão renovado em julho pela gestão Nunes por mais 20 anos.

A Ecourbis ainda não apresentou um projeto oficial para o ecoparque, especificando todas as tecnologias de tratamento de resíduos a serem implantadas e em que prazo. Segundo a companhia, informações detalhadas ainda não estão disponíveis porque os projetos estão em fase de desenvolvimento.

Os contratos com a Ecourbis e com a Loga, outra empresa que presta serviço para a administração municipal na gestão de resíduos sólidos, preveem a implantação de quatro incineradores na cidade em prazo de 20 anos, um dos quais seria instalado no Ecoparque Leste.

Segundo a justificativa do projeto, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município, que data de 2014, “prevê a operação contínua da CTL, além da criação do Ecoparque Leste, que será um espaço adjacente ao aterro”. Ambos seriam “partes essenciais do planejamento de gestão de resíduos da cidade”.

A contrapartida, determina o plantio interno de 10.147 mudas, além de 4.090 no Parque Vila do Rodeio e 5.099 no Parque Natural Cabeceiras do Aricanduva, totalizando 19.336 mudas.

Especialistas em resíduos sólidos criticam o prolongamento da solução de aterro sanitário, indicada apenas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para o armazenamento de rejeitos (materiais que não podem ser reciclados ou reutilizados).

Para a professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Emilia Rutkowski, a Prefeitura “está abrindo mão de sua obrigação de mobilizar, com o envolvimento das cooperativas de catadores de materiais recicláveis, a população e os setores empresariais para a correta segregação na fonte”. Ou seja, fazer com que o lixo seja separado desde as casas e estabelecimentos e estruturar uma rede de coleta seletiva, o que facilita a reciclagem e o reaproveitamento.

Já a Ecourbis defende que o aterro “é necessário, pois, apesar de todos os tratamentos que serão implementados, ainda haverá uma parcela de rejeitos que precisarão de destinação adequada”.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu nesta sexta-feira, 6, uma liminar que suspende as licenças ambientais, os termos de cessão de uso do terreno e de ajuste de conduta concedidos pela Prefeitura à concessionária Ecourbis para a ampliação da Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), em São Mateus, bairro da zona leste.

Vista da Central De Tratamento de Resíduos Leste (CTL) no bairro de São Mateus, zona leste de São Paulo. Projeto da Prefeitura para ampliar o aterro levaria ao corte de cerca de 10 mil árvores em uma área remanescente da Mata Atlântica. Foto: Fábio Vieira/Estadão

A ação foi movida pelos vereadores Hélio Rodrigues (PT) e Nabil Bonduki (PT) contra a Prefeitura e a concessionária, que é responsável pela operação e ampliação da CTL. No documento, os parlamentares argumentam que a área foi cedida sem que o município detenha a titularidade do domínio, e que a licença ambiental de instalação e o termo de ajuste de conduta foram concedidos “ao arrepio do Plano Diretor Estratégico”.

Procurada, a Procuradoria Geral do Município (PGM) informou que a Prefeitura de São Paulo ainda não foi notificada da decisão judicial e que “tomará as medidas que considerar cabíveis” quando isso acontecer.

Na semana passada, antes da decisão da Justiça, a Prefeitura havia afirmado em nota ao Estadão que o empreendimento “cumpre rigorosamente as exigências ambientais e foi autorizado pelos órgãos licenciadores”. Acrescentou ainda que permitirá “aumento do potencial de reciclagem da cidade e redução do envio de resíduos destinados a aterros”, sem especificar metas.

Um projeto de lei da gestão Ricardo Nunes (MDB) que altera o Plano Diretor para permitir a expansão da CTL está em tramitação na Câmara Municipal, foi aprovado em primeira votação e será discutido em audiência pública na terça-feira, 10. A segunda votação deve ocorrer nas próximas semanas.

Além de ampliar o aterro, cuja vida útil vai até 2026, o projeto prevê a instalação do Ecoparque Leste, destinado à separação e tratamento do lixo por uma variedade de tecnologias, incluindo a queima de resíduos em uma Unidades de Recuperação Energética (URE), um tipo de incinerador.

A infraestrutura exigiria o corte de mais de 10 mil árvores - 981 delas nativas. Embora não anule a concessão do terreno ou as licenças, como pede a ação, a decisão da Justiça impediu temporariamente a supressão de árvores no local.

O projeto tem gerado oposição de moradores e ambientalistas, que criticam a falta de clareza sobre como será o empreendimento e quais seus impactos ambientais.

Por que as licenças foram suspensas

Atualmente, o terreno ao lado da CTL de São Mateus está dentro de uma “Macroárea de Preservação de Ecossistemas Naturais”, que exige preservação integral, e é delimitada pelo zoneamento como Zona Especial de Preservação Ambiental.

A ação apontou que a licença ambiental de instalação e o termo de compensação ambiental não mencionam as nascentes do Rio Aricanduva, que ficam na região, e que não foram apresentados estudos de impacto na vizinhança e de impacto ambiental da atividade.

Ao Estadão, Bonduki afirma que as áreas de proteção ambiental indicadas no Plano Diretor visam a proteger os ecossistemas fundamentais para a cidade e que a discussão sobre a alteração proposta teria de ser feita de forma mais geral, considerando todos os aspectos e impactos envolvidos.

Segundo o vereador, o desmatamento da área que contém as cabeceiras do Rio Aricanduva afetaria o ecossistema e a drenagem da região, historicamente atingida por enchentes.

“Não é por acaso que ali é uma área de proteção integral. Se fosse mexer, precisaria fazer um amplo debate. Não é só a questão das árvores, é toda a estrutura hídrica que está relacionada”, diz.

Os dois vereadores requerentes da ação afirmam ainda que a Prefeitura e a concessionária adotam a estratégia de fracionar o licenciamento ambiental, obtendo primeiro a licença a movimentação de terra para depois obter uma licença para o incinerador.

A poluição e possíveis rejeitos tóxicos gerados pela URE são um dos pontos que mais preocupam moradores e ambientalistas. Em nota, a Ecourbis afirmou que as unidades “possuem sistemas modernos de tratamento de emissão e não provocam impactos ambientais”.

O que se sabe sobre o projeto

De acordo com o projeto de lei da Prefeitura, a obrigação de expandir o centro de tratamento e implementar o ecoparque é da Ecourbis. A empresa teve seu contrato de concessão renovado em julho pela gestão Nunes por mais 20 anos.

A Ecourbis ainda não apresentou um projeto oficial para o ecoparque, especificando todas as tecnologias de tratamento de resíduos a serem implantadas e em que prazo. Segundo a companhia, informações detalhadas ainda não estão disponíveis porque os projetos estão em fase de desenvolvimento.

Os contratos com a Ecourbis e com a Loga, outra empresa que presta serviço para a administração municipal na gestão de resíduos sólidos, preveem a implantação de quatro incineradores na cidade em prazo de 20 anos, um dos quais seria instalado no Ecoparque Leste.

Segundo a justificativa do projeto, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município, que data de 2014, “prevê a operação contínua da CTL, além da criação do Ecoparque Leste, que será um espaço adjacente ao aterro”. Ambos seriam “partes essenciais do planejamento de gestão de resíduos da cidade”.

A contrapartida, determina o plantio interno de 10.147 mudas, além de 4.090 no Parque Vila do Rodeio e 5.099 no Parque Natural Cabeceiras do Aricanduva, totalizando 19.336 mudas.

Especialistas em resíduos sólidos criticam o prolongamento da solução de aterro sanitário, indicada apenas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para o armazenamento de rejeitos (materiais que não podem ser reciclados ou reutilizados).

Para a professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Emilia Rutkowski, a Prefeitura “está abrindo mão de sua obrigação de mobilizar, com o envolvimento das cooperativas de catadores de materiais recicláveis, a população e os setores empresariais para a correta segregação na fonte”. Ou seja, fazer com que o lixo seja separado desde as casas e estabelecimentos e estruturar uma rede de coleta seletiva, o que facilita a reciclagem e o reaproveitamento.

Já a Ecourbis defende que o aterro “é necessário, pois, apesar de todos os tratamentos que serão implementados, ainda haverá uma parcela de rejeitos que precisarão de destinação adequada”.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu nesta sexta-feira, 6, uma liminar que suspende as licenças ambientais, os termos de cessão de uso do terreno e de ajuste de conduta concedidos pela Prefeitura à concessionária Ecourbis para a ampliação da Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), em São Mateus, bairro da zona leste.

Vista da Central De Tratamento de Resíduos Leste (CTL) no bairro de São Mateus, zona leste de São Paulo. Projeto da Prefeitura para ampliar o aterro levaria ao corte de cerca de 10 mil árvores em uma área remanescente da Mata Atlântica. Foto: Fábio Vieira/Estadão

A ação foi movida pelos vereadores Hélio Rodrigues (PT) e Nabil Bonduki (PT) contra a Prefeitura e a concessionária, que é responsável pela operação e ampliação da CTL. No documento, os parlamentares argumentam que a área foi cedida sem que o município detenha a titularidade do domínio, e que a licença ambiental de instalação e o termo de ajuste de conduta foram concedidos “ao arrepio do Plano Diretor Estratégico”.

Procurada, a Procuradoria Geral do Município (PGM) informou que a Prefeitura de São Paulo ainda não foi notificada da decisão judicial e que “tomará as medidas que considerar cabíveis” quando isso acontecer.

Na semana passada, antes da decisão da Justiça, a Prefeitura havia afirmado em nota ao Estadão que o empreendimento “cumpre rigorosamente as exigências ambientais e foi autorizado pelos órgãos licenciadores”. Acrescentou ainda que permitirá “aumento do potencial de reciclagem da cidade e redução do envio de resíduos destinados a aterros”, sem especificar metas.

Um projeto de lei da gestão Ricardo Nunes (MDB) que altera o Plano Diretor para permitir a expansão da CTL está em tramitação na Câmara Municipal, foi aprovado em primeira votação e será discutido em audiência pública na terça-feira, 10. A segunda votação deve ocorrer nas próximas semanas.

Além de ampliar o aterro, cuja vida útil vai até 2026, o projeto prevê a instalação do Ecoparque Leste, destinado à separação e tratamento do lixo por uma variedade de tecnologias, incluindo a queima de resíduos em uma Unidades de Recuperação Energética (URE), um tipo de incinerador.

A infraestrutura exigiria o corte de mais de 10 mil árvores - 981 delas nativas. Embora não anule a concessão do terreno ou as licenças, como pede a ação, a decisão da Justiça impediu temporariamente a supressão de árvores no local.

O projeto tem gerado oposição de moradores e ambientalistas, que criticam a falta de clareza sobre como será o empreendimento e quais seus impactos ambientais.

Por que as licenças foram suspensas

Atualmente, o terreno ao lado da CTL de São Mateus está dentro de uma “Macroárea de Preservação de Ecossistemas Naturais”, que exige preservação integral, e é delimitada pelo zoneamento como Zona Especial de Preservação Ambiental.

A ação apontou que a licença ambiental de instalação e o termo de compensação ambiental não mencionam as nascentes do Rio Aricanduva, que ficam na região, e que não foram apresentados estudos de impacto na vizinhança e de impacto ambiental da atividade.

Ao Estadão, Bonduki afirma que as áreas de proteção ambiental indicadas no Plano Diretor visam a proteger os ecossistemas fundamentais para a cidade e que a discussão sobre a alteração proposta teria de ser feita de forma mais geral, considerando todos os aspectos e impactos envolvidos.

Segundo o vereador, o desmatamento da área que contém as cabeceiras do Rio Aricanduva afetaria o ecossistema e a drenagem da região, historicamente atingida por enchentes.

“Não é por acaso que ali é uma área de proteção integral. Se fosse mexer, precisaria fazer um amplo debate. Não é só a questão das árvores, é toda a estrutura hídrica que está relacionada”, diz.

Os dois vereadores requerentes da ação afirmam ainda que a Prefeitura e a concessionária adotam a estratégia de fracionar o licenciamento ambiental, obtendo primeiro a licença a movimentação de terra para depois obter uma licença para o incinerador.

A poluição e possíveis rejeitos tóxicos gerados pela URE são um dos pontos que mais preocupam moradores e ambientalistas. Em nota, a Ecourbis afirmou que as unidades “possuem sistemas modernos de tratamento de emissão e não provocam impactos ambientais”.

O que se sabe sobre o projeto

De acordo com o projeto de lei da Prefeitura, a obrigação de expandir o centro de tratamento e implementar o ecoparque é da Ecourbis. A empresa teve seu contrato de concessão renovado em julho pela gestão Nunes por mais 20 anos.

A Ecourbis ainda não apresentou um projeto oficial para o ecoparque, especificando todas as tecnologias de tratamento de resíduos a serem implantadas e em que prazo. Segundo a companhia, informações detalhadas ainda não estão disponíveis porque os projetos estão em fase de desenvolvimento.

Os contratos com a Ecourbis e com a Loga, outra empresa que presta serviço para a administração municipal na gestão de resíduos sólidos, preveem a implantação de quatro incineradores na cidade em prazo de 20 anos, um dos quais seria instalado no Ecoparque Leste.

Segundo a justificativa do projeto, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município, que data de 2014, “prevê a operação contínua da CTL, além da criação do Ecoparque Leste, que será um espaço adjacente ao aterro”. Ambos seriam “partes essenciais do planejamento de gestão de resíduos da cidade”.

A contrapartida, determina o plantio interno de 10.147 mudas, além de 4.090 no Parque Vila do Rodeio e 5.099 no Parque Natural Cabeceiras do Aricanduva, totalizando 19.336 mudas.

Especialistas em resíduos sólidos criticam o prolongamento da solução de aterro sanitário, indicada apenas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para o armazenamento de rejeitos (materiais que não podem ser reciclados ou reutilizados).

Para a professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Emilia Rutkowski, a Prefeitura “está abrindo mão de sua obrigação de mobilizar, com o envolvimento das cooperativas de catadores de materiais recicláveis, a população e os setores empresariais para a correta segregação na fonte”. Ou seja, fazer com que o lixo seja separado desde as casas e estabelecimentos e estruturar uma rede de coleta seletiva, o que facilita a reciclagem e o reaproveitamento.

Já a Ecourbis defende que o aterro “é necessário, pois, apesar de todos os tratamentos que serão implementados, ainda haverá uma parcela de rejeitos que precisarão de destinação adequada”.

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