Lula cobra verba em fórum de Biden e diz não ter ‘sustentabilidade num mundo em guerra’


Após mal-estar com Casa Branca pelas posições sobre conflito entre Rússia e Ucrânia, petista quer se reaproximar dos EUA em evento climático e volta a cobrar dinheiro de países ricos

Por Redação
Atualização:

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar dinheiro de países ricos para que nações em desenvolvimento financiem programas para frear as mudanças climáticas nesta quinta-feira, 20, durante o Major Economies Forum on Energy and Climate. No evento ambiental convocado pelo presidente americano, Joe Biden, ele também disse que não “há sustentabilidade num mundo em guerra”.

O petista quer aproveitar o fórum para se reaproximar da Casa Branca, após atritos com Washington causados por posições do governo alinhadas à Rússia sobre a Guerra da Ucrânia. Lula declarou durante viagem à China e aos Emirados Árabes Unidos que as potências ocidentais contribuíam para a continuidade do conflito, ao fornecer armas para a defesa militar de Kiev.

Nesta quinta, Biden também anunciou a intenção de repassar R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia, dez vezes mais do que a Casa Branca havia sinalizado durante viagem do Lula aos Estados Unidos em fevereiro.

O petista quer aproveitar o fórum para se reaproximar da Casa Branca, após atritos com Washington causados por posições do governo alinhadas à Rússia sobre a Guerra da Ucrânia Foto: AP Foto/Eraldo Peres

“A resposta ao desafio climático – talvez o maior da nossa geração – depende da ação coordenada entre todos os países. O Brasil está fazendo a sua parte, e vai avançar ainda mais nos esforços para mitigar os efeitos da mudança do clima”, afirmou Lula, segundo o discurso oficial divulgado pelo Palácio do Planalto. O evento foi fechado, com transmissão ao vivo somente da fala de Biden.

A cobrança de Lula por mais recursos remete ao compromisso firmado pelas nações ricas durante a Cúpula do Clima (COP) de Copenhague, em 2009. Naquela época, os países desenvolvidos haviam previsto alocar US$ 100 bilhões para nações em desenvolvimento até 2020, mas a promessa não foi cumprida.

“Além da paz, é urgente buscarmos uma relação de confiança entre os países. No entanto, desde a Convenção do Clima, em 1992, no Rio de Janeiro, a confiança entre os atores envolvidos tem declinado. Desde que o compromisso foi assumido, em 2009, o financiamento climático oferecido pelos países desenvolvidos mantém-se aquém da promessa de US$ 100 bilhões por ano. Como disse no início, é preciso que todos façam a sua parte”, disse Lula.

Nos últimos quatro anos, o Brasil foi alvo de críticas internas e externas diante da postura do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fragilizou os órgãos de combate a crimes ambientais e assistiu a uma escalada do desmatamento da floresta. Nos primeiros meses da gestão Lula, as taxas de destruição do bioma seguem altas - o governo estabeleceu meta de zerar o desmatamento até 2030.

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Estadão preparou videográficos para mostrar como o planeta chegou nessa encruzilhada – e os sinais de que o aquecimento global é cada vez mais visível.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar dinheiro de países ricos para que nações em desenvolvimento financiem programas para frear as mudanças climáticas nesta quinta-feira, 20, durante o Major Economies Forum on Energy and Climate. No evento ambiental convocado pelo presidente americano, Joe Biden, ele também disse que não “há sustentabilidade num mundo em guerra”.

O petista quer aproveitar o fórum para se reaproximar da Casa Branca, após atritos com Washington causados por posições do governo alinhadas à Rússia sobre a Guerra da Ucrânia. Lula declarou durante viagem à China e aos Emirados Árabes Unidos que as potências ocidentais contribuíam para a continuidade do conflito, ao fornecer armas para a defesa militar de Kiev.

Nesta quinta, Biden também anunciou a intenção de repassar R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia, dez vezes mais do que a Casa Branca havia sinalizado durante viagem do Lula aos Estados Unidos em fevereiro.

O petista quer aproveitar o fórum para se reaproximar da Casa Branca, após atritos com Washington causados por posições do governo alinhadas à Rússia sobre a Guerra da Ucrânia Foto: AP Foto/Eraldo Peres

“A resposta ao desafio climático – talvez o maior da nossa geração – depende da ação coordenada entre todos os países. O Brasil está fazendo a sua parte, e vai avançar ainda mais nos esforços para mitigar os efeitos da mudança do clima”, afirmou Lula, segundo o discurso oficial divulgado pelo Palácio do Planalto. O evento foi fechado, com transmissão ao vivo somente da fala de Biden.

A cobrança de Lula por mais recursos remete ao compromisso firmado pelas nações ricas durante a Cúpula do Clima (COP) de Copenhague, em 2009. Naquela época, os países desenvolvidos haviam previsto alocar US$ 100 bilhões para nações em desenvolvimento até 2020, mas a promessa não foi cumprida.

“Além da paz, é urgente buscarmos uma relação de confiança entre os países. No entanto, desde a Convenção do Clima, em 1992, no Rio de Janeiro, a confiança entre os atores envolvidos tem declinado. Desde que o compromisso foi assumido, em 2009, o financiamento climático oferecido pelos países desenvolvidos mantém-se aquém da promessa de US$ 100 bilhões por ano. Como disse no início, é preciso que todos façam a sua parte”, disse Lula.

Nos últimos quatro anos, o Brasil foi alvo de críticas internas e externas diante da postura do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fragilizou os órgãos de combate a crimes ambientais e assistiu a uma escalada do desmatamento da floresta. Nos primeiros meses da gestão Lula, as taxas de destruição do bioma seguem altas - o governo estabeleceu meta de zerar o desmatamento até 2030.

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O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar dinheiro de países ricos para que nações em desenvolvimento financiem programas para frear as mudanças climáticas nesta quinta-feira, 20, durante o Major Economies Forum on Energy and Climate. No evento ambiental convocado pelo presidente americano, Joe Biden, ele também disse que não “há sustentabilidade num mundo em guerra”.

O petista quer aproveitar o fórum para se reaproximar da Casa Branca, após atritos com Washington causados por posições do governo alinhadas à Rússia sobre a Guerra da Ucrânia. Lula declarou durante viagem à China e aos Emirados Árabes Unidos que as potências ocidentais contribuíam para a continuidade do conflito, ao fornecer armas para a defesa militar de Kiev.

Nesta quinta, Biden também anunciou a intenção de repassar R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia, dez vezes mais do que a Casa Branca havia sinalizado durante viagem do Lula aos Estados Unidos em fevereiro.

O petista quer aproveitar o fórum para se reaproximar da Casa Branca, após atritos com Washington causados por posições do governo alinhadas à Rússia sobre a Guerra da Ucrânia Foto: AP Foto/Eraldo Peres

“A resposta ao desafio climático – talvez o maior da nossa geração – depende da ação coordenada entre todos os países. O Brasil está fazendo a sua parte, e vai avançar ainda mais nos esforços para mitigar os efeitos da mudança do clima”, afirmou Lula, segundo o discurso oficial divulgado pelo Palácio do Planalto. O evento foi fechado, com transmissão ao vivo somente da fala de Biden.

A cobrança de Lula por mais recursos remete ao compromisso firmado pelas nações ricas durante a Cúpula do Clima (COP) de Copenhague, em 2009. Naquela época, os países desenvolvidos haviam previsto alocar US$ 100 bilhões para nações em desenvolvimento até 2020, mas a promessa não foi cumprida.

“Além da paz, é urgente buscarmos uma relação de confiança entre os países. No entanto, desde a Convenção do Clima, em 1992, no Rio de Janeiro, a confiança entre os atores envolvidos tem declinado. Desde que o compromisso foi assumido, em 2009, o financiamento climático oferecido pelos países desenvolvidos mantém-se aquém da promessa de US$ 100 bilhões por ano. Como disse no início, é preciso que todos façam a sua parte”, disse Lula.

Nos últimos quatro anos, o Brasil foi alvo de críticas internas e externas diante da postura do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fragilizou os órgãos de combate a crimes ambientais e assistiu a uma escalada do desmatamento da floresta. Nos primeiros meses da gestão Lula, as taxas de destruição do bioma seguem altas - o governo estabeleceu meta de zerar o desmatamento até 2030.

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