O youtuber sul-africano Graham “Dingo” Dinkelman morreu em 26 de outubro após ser picado por uma mamba-verde em sua casa, aos 44 anos.
Alérgico ao veneno, ele teve um choque anafilático e passou um mês na UTI em coma induzido, mas não conseguiu se recuperar. As informações foram veiculadas pela esposa, Krist, na conta de Instagram do criador de conteúdo. Além da esposa, Dinkelman deixou três filhos.
As mambas são serpentes grandes do gênero Dendroaspis, arborícolas (que vivem em árvores) e venenosas. Elas habitam as florestas tropicais e savanas da África Subsaariana, são esguias, ágeis e diurnas.
Possuem escamas lisas, cabeça achatada, em formato de caixão, além de presas frontais que utilizam para inocular seu veneno neurotóxico, que pode levar à parada cardiorrespiratória da vítima e à falência dos rins, levando à morte.
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Há três espécies de mambas-verdes, que chegam no máximo a 2,7 metros: mamba-verde-oriental (D. angusticeps), a mamba-de-Jameson (D. jamesoni), e a mamba-verde-ocidental (D. viridis).
Elas costumam se alimentar de pássaros, pequenos mamíferos e lagartos. As mordidas delas em humanos são raras - as mambas-verdes são mais tímidas que as mambas-negras, mais agressivas - mas quando ocorrem são graves porque o veneno ataca o sistema nervoso. Dinkelman foi picado por uma mamba-verdeoriental.
Quem era Dinkelman
O youtuber ficou famoso nas redes sociais por seu trabalho manipulando serpentes e outros animais na África do Sul e era conhecido como o “Steve Irwin sul-africano”. Naturalista australiano e estrela de do programa Caçador de Crocodilos, Irwin morreu em 2006 após ser atingido por um ferrão de arraia, também aos 44 anos.
Os vídeos de Dinkelman também mostravam o envolvimento dele e da família em projetos de conservação - eles haviam lançado o canal The Dinkelmans em agosto -, e o mostravam cuidando de crocodilos, protegendo rinocerontes, reintroduzindo pangolins na natureza e realocando hienas marrons ameaçadas de extinção. Muitas das publicações destacavam os perigos dos animais que ele estava manipulando.
Segundo a esposa, ele dizia que sua vocação era ajudar as pessoas a se conectarem com os animais, “converter os não convertidos - alcançar pessoas que não tiveram absolutamente nenhuma experiência com a natureza e a vida selvagem, que têm medo de cobras e medo de se sujar, e fazê-las se apaixonar pela conservação”.