BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta terça-feira, 26, que o governo "falhou na comunicação" sobre o decreto que extinguia a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) e afirmou que a revogação da medida nesta terça ocorreu para que a discussão ocorra com mais tempo.
"Acredito que houve uma falha na comunicação. Infelizmente a discussão sobre Renca foi por um caminho que não concordo", afirmou, em audiência conjunta das comissões de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "Vamos reabrir mesa de discussão para debater a (extinção da) Renca com mais tempo", completou.
O presidente Michel Temer decidiu revogar, em decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça, o decreto de extinção da Renca, uma área da floresta entre os Estados do Amapá e do Pará equivalente ao tamanho do Estado do Espírito Santo. Ao revogar o decreto, o governo restabelece as condições originais da área, criada em 1984.
O decreto de extinção da reserva foi assinado por Temer no dia 23 de agosto. Diante da repercussão negativa, o governo fez outro decreto, o que não aplacou as críticas vindas, inclusive de especialistas e da classe artística . O Ministério de Minas e Energia, depois, publicou portaria para congelar por 120 dias a proposta. A extinção da Reserva também era questionada no Senado.
A Renca originalmente não era uma área de proteção ambiental. Ela foi criada para assegurar a exploração mineral ao governo, mas, com o passar dos anos, acabou ajudando a proteger a região, na Calha Norte do Rio Amazonas, que é hoje uma das mais bem preservadas da Amazônia.
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O destino da Reserva Nacional de Cobre e Associados está em discussão. Veja em um minuto o que pode mudar nessa área que fica entre os estados do Pará e Amapá