Ministro do Ambiente pede mais verba de países ricos em reunião com John Kerry, dos EUA


Leite também falou com enviado especial para o Clima do governo americano sobre mercado de carbono; nações desenvolvidas assumiram compromisso de US$ 100 bilhões ao ano, mas não cumpriram promessa

Por Célia Froufe e Emilio Sant'Anna

BRASÍLIA E GLASGOW - O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse nesta quarta-feira, 10, ao enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, que é preciso aumentar os recursos voltados para o financiamento climático, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Os dois tiveram um encontro bilateral em Glasgow, onde ocorre a Cúpula do Clima (COP-26).

Mais cedo, Leite disse que o pacto de os países ricos oferecerem US$ 100 bilhões ao para ações contra as mudanças climáticas não foi cumprido e que são necessários montantes mais ambiciosos. Nos últimos dias, o ministro tem citado um relatório do Bank of America (BofA), que estima a necessidade de US$ 5 trilhões por ano, pelas próximas três décadas, para melhorar a situação climática global.

John Kerry deixa o encontro com representantes brasileiros na COP26 Foto: Alastair Grant/AP

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Kerry acenou positivamente, mas não foram divulgados mais detalhes. Os dois também conversaram sobre o acordo que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil assinaram no início do evento de reduzir em 30% a emissão de metano na atmosfera até 2030. O pacto global, porém, prevê um esforço coletivo, mas não uma meta específica para cada país. 

Na pauta, também conversaram sobre o combate ao desmatamento na Amazônia e sobre o pagamento por serviços ambientais a comunidades locais para que possam sobreviver sem destruir a mata nativa. Por fim, falaram sobre o mercado de carbono, a maior expectativa para a COP26, que precisa criar as regras para um mercado global mandatório. Os dois países são contrários, por exemplo, à taxação para quem emitir CO2 além das metas.

Mais cedo, o ministro do Meio Ambiente chegou a dizer que "onde há muita floresta, há pobreza”, declaração que repercutiu mal na conferência. Sobre os níveis de desmatamento e aumento de emissões de gases do efeito estufa no País, Leite não fez nenhum comentário. 

"De forma proativa, demos sinais claros de que o Brasil faz parte da solução para superar esse desafio global de redução de emissões.” Ele afirmou ainda que o Brasil “é gigante por natureza”, fez alusão à área com cobertura vegetal preservada no País, ao programa de biocombustíveis e à matriz energética majoritariamente renovável.

“Na prática, o país aumentou seu desmatamento, a participação das térmicas em sua matriz energética e não avançou em sua ambição climática”, disse Marcelo Furtado, professor da Universidade de Columbia (EUA) e fundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Já o historiador Douglas Belchior, cofundador da Uneafro e da Coalizão Negra por Direitos, disse que a fala de Leite que associa a presença de floresta à pobreza expõe a postura equivocada da gestão Jair Bolsonaro. "É uma óbvia demonstração da visão deste governo federal sobre o meio ambiente como prejuízo."

BRASÍLIA E GLASGOW - O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse nesta quarta-feira, 10, ao enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, que é preciso aumentar os recursos voltados para o financiamento climático, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Os dois tiveram um encontro bilateral em Glasgow, onde ocorre a Cúpula do Clima (COP-26).

Mais cedo, Leite disse que o pacto de os países ricos oferecerem US$ 100 bilhões ao para ações contra as mudanças climáticas não foi cumprido e que são necessários montantes mais ambiciosos. Nos últimos dias, o ministro tem citado um relatório do Bank of America (BofA), que estima a necessidade de US$ 5 trilhões por ano, pelas próximas três décadas, para melhorar a situação climática global.

John Kerry deixa o encontro com representantes brasileiros na COP26 Foto: Alastair Grant/AP

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Kerry acenou positivamente, mas não foram divulgados mais detalhes. Os dois também conversaram sobre o acordo que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil assinaram no início do evento de reduzir em 30% a emissão de metano na atmosfera até 2030. O pacto global, porém, prevê um esforço coletivo, mas não uma meta específica para cada país. 

Na pauta, também conversaram sobre o combate ao desmatamento na Amazônia e sobre o pagamento por serviços ambientais a comunidades locais para que possam sobreviver sem destruir a mata nativa. Por fim, falaram sobre o mercado de carbono, a maior expectativa para a COP26, que precisa criar as regras para um mercado global mandatório. Os dois países são contrários, por exemplo, à taxação para quem emitir CO2 além das metas.

Mais cedo, o ministro do Meio Ambiente chegou a dizer que "onde há muita floresta, há pobreza”, declaração que repercutiu mal na conferência. Sobre os níveis de desmatamento e aumento de emissões de gases do efeito estufa no País, Leite não fez nenhum comentário. 

"De forma proativa, demos sinais claros de que o Brasil faz parte da solução para superar esse desafio global de redução de emissões.” Ele afirmou ainda que o Brasil “é gigante por natureza”, fez alusão à área com cobertura vegetal preservada no País, ao programa de biocombustíveis e à matriz energética majoritariamente renovável.

“Na prática, o país aumentou seu desmatamento, a participação das térmicas em sua matriz energética e não avançou em sua ambição climática”, disse Marcelo Furtado, professor da Universidade de Columbia (EUA) e fundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Já o historiador Douglas Belchior, cofundador da Uneafro e da Coalizão Negra por Direitos, disse que a fala de Leite que associa a presença de floresta à pobreza expõe a postura equivocada da gestão Jair Bolsonaro. "É uma óbvia demonstração da visão deste governo federal sobre o meio ambiente como prejuízo."

BRASÍLIA E GLASGOW - O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse nesta quarta-feira, 10, ao enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, que é preciso aumentar os recursos voltados para o financiamento climático, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Os dois tiveram um encontro bilateral em Glasgow, onde ocorre a Cúpula do Clima (COP-26).

Mais cedo, Leite disse que o pacto de os países ricos oferecerem US$ 100 bilhões ao para ações contra as mudanças climáticas não foi cumprido e que são necessários montantes mais ambiciosos. Nos últimos dias, o ministro tem citado um relatório do Bank of America (BofA), que estima a necessidade de US$ 5 trilhões por ano, pelas próximas três décadas, para melhorar a situação climática global.

John Kerry deixa o encontro com representantes brasileiros na COP26 Foto: Alastair Grant/AP

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Kerry acenou positivamente, mas não foram divulgados mais detalhes. Os dois também conversaram sobre o acordo que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil assinaram no início do evento de reduzir em 30% a emissão de metano na atmosfera até 2030. O pacto global, porém, prevê um esforço coletivo, mas não uma meta específica para cada país. 

Na pauta, também conversaram sobre o combate ao desmatamento na Amazônia e sobre o pagamento por serviços ambientais a comunidades locais para que possam sobreviver sem destruir a mata nativa. Por fim, falaram sobre o mercado de carbono, a maior expectativa para a COP26, que precisa criar as regras para um mercado global mandatório. Os dois países são contrários, por exemplo, à taxação para quem emitir CO2 além das metas.

Mais cedo, o ministro do Meio Ambiente chegou a dizer que "onde há muita floresta, há pobreza”, declaração que repercutiu mal na conferência. Sobre os níveis de desmatamento e aumento de emissões de gases do efeito estufa no País, Leite não fez nenhum comentário. 

"De forma proativa, demos sinais claros de que o Brasil faz parte da solução para superar esse desafio global de redução de emissões.” Ele afirmou ainda que o Brasil “é gigante por natureza”, fez alusão à área com cobertura vegetal preservada no País, ao programa de biocombustíveis e à matriz energética majoritariamente renovável.

“Na prática, o país aumentou seu desmatamento, a participação das térmicas em sua matriz energética e não avançou em sua ambição climática”, disse Marcelo Furtado, professor da Universidade de Columbia (EUA) e fundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Já o historiador Douglas Belchior, cofundador da Uneafro e da Coalizão Negra por Direitos, disse que a fala de Leite que associa a presença de floresta à pobreza expõe a postura equivocada da gestão Jair Bolsonaro. "É uma óbvia demonstração da visão deste governo federal sobre o meio ambiente como prejuízo."

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