Onda de calor volta nesta quinta e termômetros podem bater 40º; veja previsão por regiões


Fenômeno é provocado por massa de ar quente vinda da Argentina e do Paraguai. Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem ser afetados

Por Giovanna Castro
Atualização:

A nova onda de calor que está chegando ao Centro-Sul do Brasil deverá fazer os termômetros marcarem 33 ºC em São Paulo nesta quinta-feira, 14. A previsão é de que as temperaturas elevadas se mantenham nos próximos dias e alcancem os 34 ºC na capital paulista no domingo. No mesmo dia, a máxima pode chegar a 40 ºC em Porto Alegre (RS) e a 39 ºC em Campo Grande (MS).

De acordo com a empresa de meteorologia MetSul, esta nova onda de calor é provocada por uma massa de ar muito quente vinda do norte da Argentina e do Paraguai para os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, trazendo temperaturas acima ou “muito acima” dos padrões desta época do ano nessas regiões.

Os termômetros devem disparar e alcançar marcas próximas ou acima dos 40ºC, diz a empresa. “Os maiores desvios da climatologia histórica tendem a se dar no Sul do país, em particular no Rio Grande do Sul”, afirma a MetSul.

“O Rio Grande do Sul teve um episódio de calor muito intenso de um dia apenas no início do mês, mas não foi de grande abrangência. Desta vez, o calor forte a intenso atingirá uma área muito maior no território brasileiro, afetando diversos estados.”

O Rio Grande do Sul começou a sentir o calor intenso a partir da segunda metade desta semana. Ele irá se instalar de vez na sexta e perdurar pelo menos até segunda-feira, 18. Segundo o Metblue, a temperatura mais alta deverá ser registrada no domingo, quando os termômetros deverão chegar aos 40 ºC. As tardes, principalmente, devem ser bastante quentes. Pode haver pancadas de chuva.

Já a MetSul diz que a Grande Porto Alegre e a região dos vales podem “anotar marcas de 37ºC a 39ºC em vários municípios com máximas localmente superiores”.

Mudanças nos padrões climáticos

No Centro-Oeste, onde o verão costuma ser chuvoso e os dias mais quentes do ano ocorrem no fim do inverno e durante a primavera, no final da temporada seca, as temperaturas deste meio de dezembro também devem surpreender, conforme a MetSul. Mas isso não quer dizer que não vá ter chuva: a Climatempo prevê precipitações na região esta semana.

A MetSul diz que principalmente no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, o clima deve ficar tão quente quanto no período de primavera, quando termômetros próximos aos 40ºC são normais. A mínima e máxima previstas pelo Climatempo para Cuiabá (MT) na sexta-feira são 24ºC e 38ºC.

O interior do Estado de São Paulo também sofrerá a mesma alteração no padrão meteorológico, segundo o MetSul. Geralmente, a região tem bastante chuva nesta época do ano, o que impede a temperatura de chegar a patamares muito altos,mas isso não deve acontecer este ano.

Na sexta-feira, a previsão da Climatempo é de mínima de 23ºC e máxima de 36ºC em São José do Rio Preto, 23ºC e 35ºC em Bauru e 21ºC e 35ºC em Araraquara. Deve haver pancadas de chuva em todas essas cidades.

Na capital paulista, a temperatura será quente, mas mais baixa que nos outros locais. A chuva também deve marcar presença. Confira a previsão do Metblue para os próximos dias:

  • Quinta-feira, 14: mínima de 18ºC e máxima de 33ºC;
  • Sexta-feira, 15: mínima de 20ºC e máxima de 33ºC;
  • Sábado, 16: mínima de 21ºC e máxima de 33ºC;
  • Domingo, 17: mínima de 21ºC e máxima de 34ºC, com chances de pancadas de chuva;
Agente da Defesa Civil distribui água a pedestres no centro de São Paulo durante a última onda de calor, em novembro Foto: Werther Santana/Estadão

No Rio, a temperatura mais quente também está prevista pela Climatempo para sexta, com mínima de 23ºC e máxima de 37ºC, sem chuva para amenizar o calorão. Em Belo Horizonte, no mesmo dia, faz entre 19ºC e 33ºC. Em Vitória, no Espírito Santo, os termômetros ficam entre 22ºC e 33ºC.

Efeitos do El Niño

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) em novembro já apontava que o El Niño, mais forte nesta temporada, deve perdurar até abril de 2024 e chegar ao seu pico neste fim de ano.

O fenômeno, marcado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, é um dos principais responsáveis pelos eventos extremos notados no Brasil em 2023, como as ondas de calor no Sudeste, a estiagem na Amazônia e os temporais no Sul.

A expectativa, em geral, dos climatologistas é de que esses recordes de altas temperaturas e os eventos climáticos atípicos, como ciclones e alagamentos, devem ocorrer com ainda mais frequência e intensidade neste mês de dezembro e nos próximos.

O aquecimento global é um dos principais fatores que tem intensificado o El Niño nesta temperada e, consequentemente, seus efeitos.

“Com certeza, o verão será muito quente, porque estamos com um El Niño de intensidade forte e, também, na fase positiva do Dipolo do Oceano Índico (fenômeno oceanográfico meteorológico que afeta o regime de chuvas e o clima na Ásia), contribuindo (para esse calor)”, disse Karina Bruno Lima, doutoranda em climatologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ao Estadão, em reportagem veiculada no mês passado.

São esperadas secas ainda mais intensas no Norte e no Nordeste, assim como mais temporais no Sul. Além disso, a união entre o efeito do El Niño e o verão – estação que já é, por si só, quente – deve intensificar ainda mais as ondas de calor extremo.

A nova onda de calor que está chegando ao Centro-Sul do Brasil deverá fazer os termômetros marcarem 33 ºC em São Paulo nesta quinta-feira, 14. A previsão é de que as temperaturas elevadas se mantenham nos próximos dias e alcancem os 34 ºC na capital paulista no domingo. No mesmo dia, a máxima pode chegar a 40 ºC em Porto Alegre (RS) e a 39 ºC em Campo Grande (MS).

De acordo com a empresa de meteorologia MetSul, esta nova onda de calor é provocada por uma massa de ar muito quente vinda do norte da Argentina e do Paraguai para os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, trazendo temperaturas acima ou “muito acima” dos padrões desta época do ano nessas regiões.

Os termômetros devem disparar e alcançar marcas próximas ou acima dos 40ºC, diz a empresa. “Os maiores desvios da climatologia histórica tendem a se dar no Sul do país, em particular no Rio Grande do Sul”, afirma a MetSul.

“O Rio Grande do Sul teve um episódio de calor muito intenso de um dia apenas no início do mês, mas não foi de grande abrangência. Desta vez, o calor forte a intenso atingirá uma área muito maior no território brasileiro, afetando diversos estados.”

O Rio Grande do Sul começou a sentir o calor intenso a partir da segunda metade desta semana. Ele irá se instalar de vez na sexta e perdurar pelo menos até segunda-feira, 18. Segundo o Metblue, a temperatura mais alta deverá ser registrada no domingo, quando os termômetros deverão chegar aos 40 ºC. As tardes, principalmente, devem ser bastante quentes. Pode haver pancadas de chuva.

Já a MetSul diz que a Grande Porto Alegre e a região dos vales podem “anotar marcas de 37ºC a 39ºC em vários municípios com máximas localmente superiores”.

Mudanças nos padrões climáticos

No Centro-Oeste, onde o verão costuma ser chuvoso e os dias mais quentes do ano ocorrem no fim do inverno e durante a primavera, no final da temporada seca, as temperaturas deste meio de dezembro também devem surpreender, conforme a MetSul. Mas isso não quer dizer que não vá ter chuva: a Climatempo prevê precipitações na região esta semana.

A MetSul diz que principalmente no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, o clima deve ficar tão quente quanto no período de primavera, quando termômetros próximos aos 40ºC são normais. A mínima e máxima previstas pelo Climatempo para Cuiabá (MT) na sexta-feira são 24ºC e 38ºC.

O interior do Estado de São Paulo também sofrerá a mesma alteração no padrão meteorológico, segundo o MetSul. Geralmente, a região tem bastante chuva nesta época do ano, o que impede a temperatura de chegar a patamares muito altos,mas isso não deve acontecer este ano.

Na sexta-feira, a previsão da Climatempo é de mínima de 23ºC e máxima de 36ºC em São José do Rio Preto, 23ºC e 35ºC em Bauru e 21ºC e 35ºC em Araraquara. Deve haver pancadas de chuva em todas essas cidades.

Na capital paulista, a temperatura será quente, mas mais baixa que nos outros locais. A chuva também deve marcar presença. Confira a previsão do Metblue para os próximos dias:

  • Quinta-feira, 14: mínima de 18ºC e máxima de 33ºC;
  • Sexta-feira, 15: mínima de 20ºC e máxima de 33ºC;
  • Sábado, 16: mínima de 21ºC e máxima de 33ºC;
  • Domingo, 17: mínima de 21ºC e máxima de 34ºC, com chances de pancadas de chuva;
Agente da Defesa Civil distribui água a pedestres no centro de São Paulo durante a última onda de calor, em novembro Foto: Werther Santana/Estadão

No Rio, a temperatura mais quente também está prevista pela Climatempo para sexta, com mínima de 23ºC e máxima de 37ºC, sem chuva para amenizar o calorão. Em Belo Horizonte, no mesmo dia, faz entre 19ºC e 33ºC. Em Vitória, no Espírito Santo, os termômetros ficam entre 22ºC e 33ºC.

Efeitos do El Niño

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) em novembro já apontava que o El Niño, mais forte nesta temporada, deve perdurar até abril de 2024 e chegar ao seu pico neste fim de ano.

O fenômeno, marcado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, é um dos principais responsáveis pelos eventos extremos notados no Brasil em 2023, como as ondas de calor no Sudeste, a estiagem na Amazônia e os temporais no Sul.

A expectativa, em geral, dos climatologistas é de que esses recordes de altas temperaturas e os eventos climáticos atípicos, como ciclones e alagamentos, devem ocorrer com ainda mais frequência e intensidade neste mês de dezembro e nos próximos.

O aquecimento global é um dos principais fatores que tem intensificado o El Niño nesta temperada e, consequentemente, seus efeitos.

“Com certeza, o verão será muito quente, porque estamos com um El Niño de intensidade forte e, também, na fase positiva do Dipolo do Oceano Índico (fenômeno oceanográfico meteorológico que afeta o regime de chuvas e o clima na Ásia), contribuindo (para esse calor)”, disse Karina Bruno Lima, doutoranda em climatologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ao Estadão, em reportagem veiculada no mês passado.

São esperadas secas ainda mais intensas no Norte e no Nordeste, assim como mais temporais no Sul. Além disso, a união entre o efeito do El Niño e o verão – estação que já é, por si só, quente – deve intensificar ainda mais as ondas de calor extremo.

A nova onda de calor que está chegando ao Centro-Sul do Brasil deverá fazer os termômetros marcarem 33 ºC em São Paulo nesta quinta-feira, 14. A previsão é de que as temperaturas elevadas se mantenham nos próximos dias e alcancem os 34 ºC na capital paulista no domingo. No mesmo dia, a máxima pode chegar a 40 ºC em Porto Alegre (RS) e a 39 ºC em Campo Grande (MS).

De acordo com a empresa de meteorologia MetSul, esta nova onda de calor é provocada por uma massa de ar muito quente vinda do norte da Argentina e do Paraguai para os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, trazendo temperaturas acima ou “muito acima” dos padrões desta época do ano nessas regiões.

Os termômetros devem disparar e alcançar marcas próximas ou acima dos 40ºC, diz a empresa. “Os maiores desvios da climatologia histórica tendem a se dar no Sul do país, em particular no Rio Grande do Sul”, afirma a MetSul.

“O Rio Grande do Sul teve um episódio de calor muito intenso de um dia apenas no início do mês, mas não foi de grande abrangência. Desta vez, o calor forte a intenso atingirá uma área muito maior no território brasileiro, afetando diversos estados.”

O Rio Grande do Sul começou a sentir o calor intenso a partir da segunda metade desta semana. Ele irá se instalar de vez na sexta e perdurar pelo menos até segunda-feira, 18. Segundo o Metblue, a temperatura mais alta deverá ser registrada no domingo, quando os termômetros deverão chegar aos 40 ºC. As tardes, principalmente, devem ser bastante quentes. Pode haver pancadas de chuva.

Já a MetSul diz que a Grande Porto Alegre e a região dos vales podem “anotar marcas de 37ºC a 39ºC em vários municípios com máximas localmente superiores”.

Mudanças nos padrões climáticos

No Centro-Oeste, onde o verão costuma ser chuvoso e os dias mais quentes do ano ocorrem no fim do inverno e durante a primavera, no final da temporada seca, as temperaturas deste meio de dezembro também devem surpreender, conforme a MetSul. Mas isso não quer dizer que não vá ter chuva: a Climatempo prevê precipitações na região esta semana.

A MetSul diz que principalmente no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, o clima deve ficar tão quente quanto no período de primavera, quando termômetros próximos aos 40ºC são normais. A mínima e máxima previstas pelo Climatempo para Cuiabá (MT) na sexta-feira são 24ºC e 38ºC.

O interior do Estado de São Paulo também sofrerá a mesma alteração no padrão meteorológico, segundo o MetSul. Geralmente, a região tem bastante chuva nesta época do ano, o que impede a temperatura de chegar a patamares muito altos,mas isso não deve acontecer este ano.

Na sexta-feira, a previsão da Climatempo é de mínima de 23ºC e máxima de 36ºC em São José do Rio Preto, 23ºC e 35ºC em Bauru e 21ºC e 35ºC em Araraquara. Deve haver pancadas de chuva em todas essas cidades.

Na capital paulista, a temperatura será quente, mas mais baixa que nos outros locais. A chuva também deve marcar presença. Confira a previsão do Metblue para os próximos dias:

  • Quinta-feira, 14: mínima de 18ºC e máxima de 33ºC;
  • Sexta-feira, 15: mínima de 20ºC e máxima de 33ºC;
  • Sábado, 16: mínima de 21ºC e máxima de 33ºC;
  • Domingo, 17: mínima de 21ºC e máxima de 34ºC, com chances de pancadas de chuva;
Agente da Defesa Civil distribui água a pedestres no centro de São Paulo durante a última onda de calor, em novembro Foto: Werther Santana/Estadão

No Rio, a temperatura mais quente também está prevista pela Climatempo para sexta, com mínima de 23ºC e máxima de 37ºC, sem chuva para amenizar o calorão. Em Belo Horizonte, no mesmo dia, faz entre 19ºC e 33ºC. Em Vitória, no Espírito Santo, os termômetros ficam entre 22ºC e 33ºC.

Efeitos do El Niño

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) em novembro já apontava que o El Niño, mais forte nesta temporada, deve perdurar até abril de 2024 e chegar ao seu pico neste fim de ano.

O fenômeno, marcado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, é um dos principais responsáveis pelos eventos extremos notados no Brasil em 2023, como as ondas de calor no Sudeste, a estiagem na Amazônia e os temporais no Sul.

A expectativa, em geral, dos climatologistas é de que esses recordes de altas temperaturas e os eventos climáticos atípicos, como ciclones e alagamentos, devem ocorrer com ainda mais frequência e intensidade neste mês de dezembro e nos próximos.

O aquecimento global é um dos principais fatores que tem intensificado o El Niño nesta temperada e, consequentemente, seus efeitos.

“Com certeza, o verão será muito quente, porque estamos com um El Niño de intensidade forte e, também, na fase positiva do Dipolo do Oceano Índico (fenômeno oceanográfico meteorológico que afeta o regime de chuvas e o clima na Ásia), contribuindo (para esse calor)”, disse Karina Bruno Lima, doutoranda em climatologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ao Estadão, em reportagem veiculada no mês passado.

São esperadas secas ainda mais intensas no Norte e no Nordeste, assim como mais temporais no Sul. Além disso, a união entre o efeito do El Niño e o verão – estação que já é, por si só, quente – deve intensificar ainda mais as ondas de calor extremo.

A nova onda de calor que está chegando ao Centro-Sul do Brasil deverá fazer os termômetros marcarem 33 ºC em São Paulo nesta quinta-feira, 14. A previsão é de que as temperaturas elevadas se mantenham nos próximos dias e alcancem os 34 ºC na capital paulista no domingo. No mesmo dia, a máxima pode chegar a 40 ºC em Porto Alegre (RS) e a 39 ºC em Campo Grande (MS).

De acordo com a empresa de meteorologia MetSul, esta nova onda de calor é provocada por uma massa de ar muito quente vinda do norte da Argentina e do Paraguai para os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, trazendo temperaturas acima ou “muito acima” dos padrões desta época do ano nessas regiões.

Os termômetros devem disparar e alcançar marcas próximas ou acima dos 40ºC, diz a empresa. “Os maiores desvios da climatologia histórica tendem a se dar no Sul do país, em particular no Rio Grande do Sul”, afirma a MetSul.

“O Rio Grande do Sul teve um episódio de calor muito intenso de um dia apenas no início do mês, mas não foi de grande abrangência. Desta vez, o calor forte a intenso atingirá uma área muito maior no território brasileiro, afetando diversos estados.”

O Rio Grande do Sul começou a sentir o calor intenso a partir da segunda metade desta semana. Ele irá se instalar de vez na sexta e perdurar pelo menos até segunda-feira, 18. Segundo o Metblue, a temperatura mais alta deverá ser registrada no domingo, quando os termômetros deverão chegar aos 40 ºC. As tardes, principalmente, devem ser bastante quentes. Pode haver pancadas de chuva.

Já a MetSul diz que a Grande Porto Alegre e a região dos vales podem “anotar marcas de 37ºC a 39ºC em vários municípios com máximas localmente superiores”.

Mudanças nos padrões climáticos

No Centro-Oeste, onde o verão costuma ser chuvoso e os dias mais quentes do ano ocorrem no fim do inverno e durante a primavera, no final da temporada seca, as temperaturas deste meio de dezembro também devem surpreender, conforme a MetSul. Mas isso não quer dizer que não vá ter chuva: a Climatempo prevê precipitações na região esta semana.

A MetSul diz que principalmente no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, o clima deve ficar tão quente quanto no período de primavera, quando termômetros próximos aos 40ºC são normais. A mínima e máxima previstas pelo Climatempo para Cuiabá (MT) na sexta-feira são 24ºC e 38ºC.

O interior do Estado de São Paulo também sofrerá a mesma alteração no padrão meteorológico, segundo o MetSul. Geralmente, a região tem bastante chuva nesta época do ano, o que impede a temperatura de chegar a patamares muito altos,mas isso não deve acontecer este ano.

Na sexta-feira, a previsão da Climatempo é de mínima de 23ºC e máxima de 36ºC em São José do Rio Preto, 23ºC e 35ºC em Bauru e 21ºC e 35ºC em Araraquara. Deve haver pancadas de chuva em todas essas cidades.

Na capital paulista, a temperatura será quente, mas mais baixa que nos outros locais. A chuva também deve marcar presença. Confira a previsão do Metblue para os próximos dias:

  • Quinta-feira, 14: mínima de 18ºC e máxima de 33ºC;
  • Sexta-feira, 15: mínima de 20ºC e máxima de 33ºC;
  • Sábado, 16: mínima de 21ºC e máxima de 33ºC;
  • Domingo, 17: mínima de 21ºC e máxima de 34ºC, com chances de pancadas de chuva;
Agente da Defesa Civil distribui água a pedestres no centro de São Paulo durante a última onda de calor, em novembro Foto: Werther Santana/Estadão

No Rio, a temperatura mais quente também está prevista pela Climatempo para sexta, com mínima de 23ºC e máxima de 37ºC, sem chuva para amenizar o calorão. Em Belo Horizonte, no mesmo dia, faz entre 19ºC e 33ºC. Em Vitória, no Espírito Santo, os termômetros ficam entre 22ºC e 33ºC.

Efeitos do El Niño

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) em novembro já apontava que o El Niño, mais forte nesta temporada, deve perdurar até abril de 2024 e chegar ao seu pico neste fim de ano.

O fenômeno, marcado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, é um dos principais responsáveis pelos eventos extremos notados no Brasil em 2023, como as ondas de calor no Sudeste, a estiagem na Amazônia e os temporais no Sul.

A expectativa, em geral, dos climatologistas é de que esses recordes de altas temperaturas e os eventos climáticos atípicos, como ciclones e alagamentos, devem ocorrer com ainda mais frequência e intensidade neste mês de dezembro e nos próximos.

O aquecimento global é um dos principais fatores que tem intensificado o El Niño nesta temperada e, consequentemente, seus efeitos.

“Com certeza, o verão será muito quente, porque estamos com um El Niño de intensidade forte e, também, na fase positiva do Dipolo do Oceano Índico (fenômeno oceanográfico meteorológico que afeta o regime de chuvas e o clima na Ásia), contribuindo (para esse calor)”, disse Karina Bruno Lima, doutoranda em climatologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ao Estadão, em reportagem veiculada no mês passado.

São esperadas secas ainda mais intensas no Norte e no Nordeste, assim como mais temporais no Sul. Além disso, a união entre o efeito do El Niño e o verão – estação que já é, por si só, quente – deve intensificar ainda mais as ondas de calor extremo.

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