O que o calor recorde de setembro diz sobre os próximos meses, segundo cientistas? Previsão preocupa


Tendência aumenta a possibilidade de que 2023 seja o ano mais quente já registrado na Terra e amplia as ameaças das condições extremas que o calor pode causar em todo o mundo

Por Scott Dance
Atualização:

THE WASHINGTON POST - Depois de meses de calor planetário recorde, as temperaturas se tornaram ainda mais anormais nas últimas semanas - chegando brevemente a uma média próxima de 2 Cº acima dos níveis pré-industriais, um limite de aquecimento global que os líderes estão buscando evitar.

“Pensei que tivéssemos visto temperaturas excepcionais em julho”, disse Zeke Hausfather, líder de pesquisa climática da empresa de pagamento Stripe. “O que vimos nesta semana está muito acima disso.”

Essa tendência aumenta a quase certeza de que 2023 será o ano mais quente já registrado na Terra e amplia as ameaças das condições extremas que o calor pode causar em todo o mundo.

Queimadas se espalharam pela Grécia nas últimas semanas Foto: Achilleas Chiras/ AP Photo

A atual onda de calor provavelmente é resultado do aprofundamento do padrão climático El Niño e um sinal de que as temperaturas continuarão a acelerar no próximo ano, segundo os cientistas. O El Niño é conhecido por elevar as temperaturas globais liberando vastas quantidades de calor do Oceano Pacífico para a atmosfera.

“O El Niño não atingirá o pico até o fim deste ano e há muito mais calor por vir”, disse Michael McPhaden, cientista sênior da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica. “Portanto, espere mais recordes nos próximos meses.”

Governo distribui garrafas de água para combater a onda de calor em São Paulo. Foto: EPA-EFE/Shutterstock

As avaliações dos cientistas baseiam-se em análises climáticas quase em tempo real que utilizam observações meteorológicas para estimar médias globais, de forma semelhante a um modelo de previsão do tempo, mas que olha para o passado em vez do futuro.

A confiança nessas análises tem crescido na medida em que elas se alinham com as avaliações climáticas globais de rotina realizadas pela Nasa, a agência espacial americana, e pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica semanas e meses depois dos eventos.

Uma dessas análises, produzida pela Agência Meteorológica Japonesa, mostra que, neste mês, as temperaturas globais persistentemente se afastaram das médias de 1991-2020 em 1ºC.

Hausfather disse que a média de 1991-2020 já é cerca de 0,9ºC mais quente do que os níveis observados antes da Revolução Industrial e da queima generalizada de combustíveis fósseis. Isso significa que as temperaturas estão se aproximando, pelo menos brevemente, dos limites de aquecimento que os líderes globais se comprometeram a evitar.

Os cientistas alertaram que, se as temperaturas médias globais a longo prazo aumentarem 2ºC acima dos níveis pré-industriais, isso poderá desencadear consequências irreversíveis para toda a vida na Terra. Seriam necessários anos de aquecimento sustentado desse tipo para desencadear as consequências mais graves e generalizadas, embora nos pontos mais quentes do planeta que já experimentaram esses níveis de aquecimento os efeitos tenham sido catastróficos.

Já o planeta está à beira da meta climática mais ambiciosa, que é limitar o aquecimento a 1,5 ºC acima das médias pré-industriais. Os cientistas disseram que isso não está fora de alcance e que o recente aumento de calor enfatiza a importância das ações climáticas.

“Décadas de queima de combustíveis fósseis e desmatamento emitiram gases de efeito estufa na atmosfera, e a grande maioria desse calor é absorvido pelos oceanos. Agora vemos a ira desse calor quando é liberado de volta para a atmosfera”, disse Jennifer Francis, cientista sênior do Woodwell Climate Research Center. “Devemos agir rapidamente e ousadamente para reduzir as emissões desses gases a fim de evitar o máximo possível de aquecimento e os impactos desse calor.”

As anomalias de temperatura são notáveis por serem ainda mais aberrantes do que o calor extremo observado em todo o mundo em julho e agosto. “Por uma grande margem” de 0,71 ºC , este verão (no Hemisfério Norte) foi o trimestre mais quente do planeta nos registros que remontam a quase dois séculos, disseram cientistas climáticos europeus no início deste mês.

Hausfather chama de “conclusão inevitável” que setembro marca o terceiro mês consecutivo de temperaturas globais médias recordes. Se as temperaturas permanecerem anormalmente altas como estão agora, a média planetária poderia pela primeira vez em base anual superar 1,5 ºC de aquecimento acima das temperaturas pré-industriais, calculou Hausfather, embora ele tenha chamado isso de “muito improvável”.

As anomalias de temperatura aumentaram mesmo quando, em termos absolutos, o planeta está se resfriando antes do equinócio de 23 de setembro, que marca o início do outono no Hemisfério Norte. As condições no Hemisfério Norte têm efeito maior nas médias planetárias, pois ele contêm mais terra do que o Hemisfério Sul, e a terra esquenta e esfria mais rapidamente do que os oceanos.

No entanto, o El Niño provavelmente é um grande impulsionador da tendência quente porque cria padrões de ventos alísios do Pacífico que incentivam mais calor a ser liberado do oceano e retido pelos gases de efeito estufa na atmosfera. Com a expectativa de fortalecimento desse padrão de El Niño, atingindo o pico no inverno do Hemisfério Norte, esse calor pode se tornar ainda mais anômalo ao longo do próximo ano, disse Michael Mann, cientista climático e professor da Universidade da Pensilvânia.

O El Niño é conhecido por elevar as temperaturas planetárias em 0,1 a 0,2 ºC. O último El Niño forte levou 2016 ao recorde atual de calor global médio, e também desencadeou aumento de calor extremo e tempestades.

Outros fatores podem estar contribuindo para o aquecimento, disse Hausfather:

  • Redução das emissões de navios, permitindo que mais luz solar alcance os oceanos;
  • Erupção de 2022 do vulcão submarino Hunga Tonga no sul do Pacífico, que enviou grandes quantidades de vapor de água para a atmosfera;
  • Aumento contínuo na atividade solar, aumentando ligeiramente o efeito de aquecimento do Sol na Terra.

Mas Claudia Tebaldi, cientista da Terra no Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, disse que o aumento recente das anomalias de temperatura pode ser um sinal de que as influências humanas e as flutuações naturais estão agindo em conjunto para elevar as temperaturas globais.

Durante um período do início dos anos 2000 em que as taxas de aquecimento global pareciam diminuir, Claudia Tebaldi disse que as flutuações naturais tiveram efeito de resfriamento que atuou para reduzir o aquecimento causado pelo homem. Isso parece ter mudado. “Não é surpreendente que o pêndulo esteja agora oscilando na outra direção”, disse.

THE WASHINGTON POST - Depois de meses de calor planetário recorde, as temperaturas se tornaram ainda mais anormais nas últimas semanas - chegando brevemente a uma média próxima de 2 Cº acima dos níveis pré-industriais, um limite de aquecimento global que os líderes estão buscando evitar.

“Pensei que tivéssemos visto temperaturas excepcionais em julho”, disse Zeke Hausfather, líder de pesquisa climática da empresa de pagamento Stripe. “O que vimos nesta semana está muito acima disso.”

Essa tendência aumenta a quase certeza de que 2023 será o ano mais quente já registrado na Terra e amplia as ameaças das condições extremas que o calor pode causar em todo o mundo.

Queimadas se espalharam pela Grécia nas últimas semanas Foto: Achilleas Chiras/ AP Photo

A atual onda de calor provavelmente é resultado do aprofundamento do padrão climático El Niño e um sinal de que as temperaturas continuarão a acelerar no próximo ano, segundo os cientistas. O El Niño é conhecido por elevar as temperaturas globais liberando vastas quantidades de calor do Oceano Pacífico para a atmosfera.

“O El Niño não atingirá o pico até o fim deste ano e há muito mais calor por vir”, disse Michael McPhaden, cientista sênior da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica. “Portanto, espere mais recordes nos próximos meses.”

Governo distribui garrafas de água para combater a onda de calor em São Paulo. Foto: EPA-EFE/Shutterstock

As avaliações dos cientistas baseiam-se em análises climáticas quase em tempo real que utilizam observações meteorológicas para estimar médias globais, de forma semelhante a um modelo de previsão do tempo, mas que olha para o passado em vez do futuro.

A confiança nessas análises tem crescido na medida em que elas se alinham com as avaliações climáticas globais de rotina realizadas pela Nasa, a agência espacial americana, e pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica semanas e meses depois dos eventos.

Uma dessas análises, produzida pela Agência Meteorológica Japonesa, mostra que, neste mês, as temperaturas globais persistentemente se afastaram das médias de 1991-2020 em 1ºC.

Hausfather disse que a média de 1991-2020 já é cerca de 0,9ºC mais quente do que os níveis observados antes da Revolução Industrial e da queima generalizada de combustíveis fósseis. Isso significa que as temperaturas estão se aproximando, pelo menos brevemente, dos limites de aquecimento que os líderes globais se comprometeram a evitar.

Os cientistas alertaram que, se as temperaturas médias globais a longo prazo aumentarem 2ºC acima dos níveis pré-industriais, isso poderá desencadear consequências irreversíveis para toda a vida na Terra. Seriam necessários anos de aquecimento sustentado desse tipo para desencadear as consequências mais graves e generalizadas, embora nos pontos mais quentes do planeta que já experimentaram esses níveis de aquecimento os efeitos tenham sido catastróficos.

Já o planeta está à beira da meta climática mais ambiciosa, que é limitar o aquecimento a 1,5 ºC acima das médias pré-industriais. Os cientistas disseram que isso não está fora de alcance e que o recente aumento de calor enfatiza a importância das ações climáticas.

“Décadas de queima de combustíveis fósseis e desmatamento emitiram gases de efeito estufa na atmosfera, e a grande maioria desse calor é absorvido pelos oceanos. Agora vemos a ira desse calor quando é liberado de volta para a atmosfera”, disse Jennifer Francis, cientista sênior do Woodwell Climate Research Center. “Devemos agir rapidamente e ousadamente para reduzir as emissões desses gases a fim de evitar o máximo possível de aquecimento e os impactos desse calor.”

As anomalias de temperatura são notáveis por serem ainda mais aberrantes do que o calor extremo observado em todo o mundo em julho e agosto. “Por uma grande margem” de 0,71 ºC , este verão (no Hemisfério Norte) foi o trimestre mais quente do planeta nos registros que remontam a quase dois séculos, disseram cientistas climáticos europeus no início deste mês.

Hausfather chama de “conclusão inevitável” que setembro marca o terceiro mês consecutivo de temperaturas globais médias recordes. Se as temperaturas permanecerem anormalmente altas como estão agora, a média planetária poderia pela primeira vez em base anual superar 1,5 ºC de aquecimento acima das temperaturas pré-industriais, calculou Hausfather, embora ele tenha chamado isso de “muito improvável”.

As anomalias de temperatura aumentaram mesmo quando, em termos absolutos, o planeta está se resfriando antes do equinócio de 23 de setembro, que marca o início do outono no Hemisfério Norte. As condições no Hemisfério Norte têm efeito maior nas médias planetárias, pois ele contêm mais terra do que o Hemisfério Sul, e a terra esquenta e esfria mais rapidamente do que os oceanos.

No entanto, o El Niño provavelmente é um grande impulsionador da tendência quente porque cria padrões de ventos alísios do Pacífico que incentivam mais calor a ser liberado do oceano e retido pelos gases de efeito estufa na atmosfera. Com a expectativa de fortalecimento desse padrão de El Niño, atingindo o pico no inverno do Hemisfério Norte, esse calor pode se tornar ainda mais anômalo ao longo do próximo ano, disse Michael Mann, cientista climático e professor da Universidade da Pensilvânia.

O El Niño é conhecido por elevar as temperaturas planetárias em 0,1 a 0,2 ºC. O último El Niño forte levou 2016 ao recorde atual de calor global médio, e também desencadeou aumento de calor extremo e tempestades.

Outros fatores podem estar contribuindo para o aquecimento, disse Hausfather:

  • Redução das emissões de navios, permitindo que mais luz solar alcance os oceanos;
  • Erupção de 2022 do vulcão submarino Hunga Tonga no sul do Pacífico, que enviou grandes quantidades de vapor de água para a atmosfera;
  • Aumento contínuo na atividade solar, aumentando ligeiramente o efeito de aquecimento do Sol na Terra.

Mas Claudia Tebaldi, cientista da Terra no Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, disse que o aumento recente das anomalias de temperatura pode ser um sinal de que as influências humanas e as flutuações naturais estão agindo em conjunto para elevar as temperaturas globais.

Durante um período do início dos anos 2000 em que as taxas de aquecimento global pareciam diminuir, Claudia Tebaldi disse que as flutuações naturais tiveram efeito de resfriamento que atuou para reduzir o aquecimento causado pelo homem. Isso parece ter mudado. “Não é surpreendente que o pêndulo esteja agora oscilando na outra direção”, disse.

THE WASHINGTON POST - Depois de meses de calor planetário recorde, as temperaturas se tornaram ainda mais anormais nas últimas semanas - chegando brevemente a uma média próxima de 2 Cº acima dos níveis pré-industriais, um limite de aquecimento global que os líderes estão buscando evitar.

“Pensei que tivéssemos visto temperaturas excepcionais em julho”, disse Zeke Hausfather, líder de pesquisa climática da empresa de pagamento Stripe. “O que vimos nesta semana está muito acima disso.”

Essa tendência aumenta a quase certeza de que 2023 será o ano mais quente já registrado na Terra e amplia as ameaças das condições extremas que o calor pode causar em todo o mundo.

Queimadas se espalharam pela Grécia nas últimas semanas Foto: Achilleas Chiras/ AP Photo

A atual onda de calor provavelmente é resultado do aprofundamento do padrão climático El Niño e um sinal de que as temperaturas continuarão a acelerar no próximo ano, segundo os cientistas. O El Niño é conhecido por elevar as temperaturas globais liberando vastas quantidades de calor do Oceano Pacífico para a atmosfera.

“O El Niño não atingirá o pico até o fim deste ano e há muito mais calor por vir”, disse Michael McPhaden, cientista sênior da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica. “Portanto, espere mais recordes nos próximos meses.”

Governo distribui garrafas de água para combater a onda de calor em São Paulo. Foto: EPA-EFE/Shutterstock

As avaliações dos cientistas baseiam-se em análises climáticas quase em tempo real que utilizam observações meteorológicas para estimar médias globais, de forma semelhante a um modelo de previsão do tempo, mas que olha para o passado em vez do futuro.

A confiança nessas análises tem crescido na medida em que elas se alinham com as avaliações climáticas globais de rotina realizadas pela Nasa, a agência espacial americana, e pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica semanas e meses depois dos eventos.

Uma dessas análises, produzida pela Agência Meteorológica Japonesa, mostra que, neste mês, as temperaturas globais persistentemente se afastaram das médias de 1991-2020 em 1ºC.

Hausfather disse que a média de 1991-2020 já é cerca de 0,9ºC mais quente do que os níveis observados antes da Revolução Industrial e da queima generalizada de combustíveis fósseis. Isso significa que as temperaturas estão se aproximando, pelo menos brevemente, dos limites de aquecimento que os líderes globais se comprometeram a evitar.

Os cientistas alertaram que, se as temperaturas médias globais a longo prazo aumentarem 2ºC acima dos níveis pré-industriais, isso poderá desencadear consequências irreversíveis para toda a vida na Terra. Seriam necessários anos de aquecimento sustentado desse tipo para desencadear as consequências mais graves e generalizadas, embora nos pontos mais quentes do planeta que já experimentaram esses níveis de aquecimento os efeitos tenham sido catastróficos.

Já o planeta está à beira da meta climática mais ambiciosa, que é limitar o aquecimento a 1,5 ºC acima das médias pré-industriais. Os cientistas disseram que isso não está fora de alcance e que o recente aumento de calor enfatiza a importância das ações climáticas.

“Décadas de queima de combustíveis fósseis e desmatamento emitiram gases de efeito estufa na atmosfera, e a grande maioria desse calor é absorvido pelos oceanos. Agora vemos a ira desse calor quando é liberado de volta para a atmosfera”, disse Jennifer Francis, cientista sênior do Woodwell Climate Research Center. “Devemos agir rapidamente e ousadamente para reduzir as emissões desses gases a fim de evitar o máximo possível de aquecimento e os impactos desse calor.”

As anomalias de temperatura são notáveis por serem ainda mais aberrantes do que o calor extremo observado em todo o mundo em julho e agosto. “Por uma grande margem” de 0,71 ºC , este verão (no Hemisfério Norte) foi o trimestre mais quente do planeta nos registros que remontam a quase dois séculos, disseram cientistas climáticos europeus no início deste mês.

Hausfather chama de “conclusão inevitável” que setembro marca o terceiro mês consecutivo de temperaturas globais médias recordes. Se as temperaturas permanecerem anormalmente altas como estão agora, a média planetária poderia pela primeira vez em base anual superar 1,5 ºC de aquecimento acima das temperaturas pré-industriais, calculou Hausfather, embora ele tenha chamado isso de “muito improvável”.

As anomalias de temperatura aumentaram mesmo quando, em termos absolutos, o planeta está se resfriando antes do equinócio de 23 de setembro, que marca o início do outono no Hemisfério Norte. As condições no Hemisfério Norte têm efeito maior nas médias planetárias, pois ele contêm mais terra do que o Hemisfério Sul, e a terra esquenta e esfria mais rapidamente do que os oceanos.

No entanto, o El Niño provavelmente é um grande impulsionador da tendência quente porque cria padrões de ventos alísios do Pacífico que incentivam mais calor a ser liberado do oceano e retido pelos gases de efeito estufa na atmosfera. Com a expectativa de fortalecimento desse padrão de El Niño, atingindo o pico no inverno do Hemisfério Norte, esse calor pode se tornar ainda mais anômalo ao longo do próximo ano, disse Michael Mann, cientista climático e professor da Universidade da Pensilvânia.

O El Niño é conhecido por elevar as temperaturas planetárias em 0,1 a 0,2 ºC. O último El Niño forte levou 2016 ao recorde atual de calor global médio, e também desencadeou aumento de calor extremo e tempestades.

Outros fatores podem estar contribuindo para o aquecimento, disse Hausfather:

  • Redução das emissões de navios, permitindo que mais luz solar alcance os oceanos;
  • Erupção de 2022 do vulcão submarino Hunga Tonga no sul do Pacífico, que enviou grandes quantidades de vapor de água para a atmosfera;
  • Aumento contínuo na atividade solar, aumentando ligeiramente o efeito de aquecimento do Sol na Terra.

Mas Claudia Tebaldi, cientista da Terra no Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, disse que o aumento recente das anomalias de temperatura pode ser um sinal de que as influências humanas e as flutuações naturais estão agindo em conjunto para elevar as temperaturas globais.

Durante um período do início dos anos 2000 em que as taxas de aquecimento global pareciam diminuir, Claudia Tebaldi disse que as flutuações naturais tiveram efeito de resfriamento que atuou para reduzir o aquecimento causado pelo homem. Isso parece ter mudado. “Não é surpreendente que o pêndulo esteja agora oscilando na outra direção”, disse.

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