O que tem na fumaça das queimadas? Veja substâncias


Micropartículas vão direto para o pulmão, causando problemas respiratórios, aponta professor da USP

Por Milena Félix
Densa camada de fumaça encobriu parte de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, na última sexta-feira. Foto: Joel Silva/Fotoarena

Nas últimas semanas, um aumento de queimadas foi registrada no Brasil, da Amazônia ao Pantanal, passando pelo Estado São Paulo, que teve recorde de focos de incêndio e onde 48 municípios seguem em alerta máximo.

Como resultado, grande parte do território nacional ficou encoberto por fumaça. Dez Estados, além de Bolívia, Peru e Paraguai, foram atingidos pela fumaça produzida pelas queimadas espalhadas pelo País, como mostrou o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O cenário colocou o Brasil como o quinto país com o ar mais poluído do mundo no último dia 15. O monitoramento internacional é feito pela plataforma World’s Air Quality Index (WAQI), que cataloga a qualidade do ar no mundo desde 2007.

O Sol observado no final da semana passada estava com uma cor anormal: laranja estridente, quase vermelho. O professor de Química da USP Reinaldo Bazito explica que esse fenômeno é causado justamente pela fumaça. “A combustão incompleta gera compostos do tipo hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que são bastante tóxicos, e cinzas. A isso chamamos de material particular, o que causa a cor laranja do Sol, porque dispersa a luz de uma maneira diferente”, diz.

Sol laranja estridente, quase vermelho, na região de Ribeirão Preto, em meio a queimadas no interior de São Paulo. Foto: Marcos Limonti/AP

Bazito explica que esse material é o produto das queimadas que mais causa danos para a saúde humana. “São micropartículas que a gente consegue inalar, e que vão direto para o pulmão, causando problemas respiratórios.” Para evitar que isso aconteça, o especialista afirma que o uso da máscara é eficaz.

Outros compostos formados pelas queimadas são os óxidos de nitrogênio, como destaca o professor da USP. “Quando ocorrem queimadas, a gente aquece o ar, e no ar tem nitrogênio. Assim, se formam os óxidos de nitrogênio, que são irritantes para as vias aéreas, e podem formar o ozônio troposférico”. Este último produto químico tem alto poder oxidativo, e, por isso, causa prejuízo às plantas.

Outros compostos da fumaça de queimadas

Quando ocorrem queimadas em áreas de vegetação — que é o caso do que acontece no Brasil agora — carbono está sendo queimado. Com isso, Bazito explica que o gás carbônico é formado (CO₂), um dos principais causadores do efeito estufa, além de, em menor proporção, o monóxido de carbono (CO), que é tóxico. Quando inalado, este gás pode impedir o transporte de oxigênio no corpo humano, o que pode ser fatal.

Além disso, a fumaça decorrente das queimadas também contém enxofre (S), como detalha Bazito, o que é um dos principais formadores de chuva ácida. “O dióxido de enxofre vira ácido sulfúrico quando tem contato com a água. Na hora da chuva, isso altera o pH da água, o que pode causar corrosão na construção civil e afetar as plantas”. O especialista afirma que há chances de haver chuva ácida depois dessas queimadas, porque boa parte dos gases emitidos são “limpos” pela chuva.

A prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, chegou a suspender as aulas da rede municipal de ensino após a cidade ser afetada pelo avanço dos focos de incêndio e da fumaça decorrente das chamas. Eventos ao ar livre já tinham sido cancelados pela gestão municipal durante o fim de semana.

Densa camada de fumaça encobriu parte de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, na última sexta-feira. Foto: Joel Silva/Fotoarena

Nas últimas semanas, um aumento de queimadas foi registrada no Brasil, da Amazônia ao Pantanal, passando pelo Estado São Paulo, que teve recorde de focos de incêndio e onde 48 municípios seguem em alerta máximo.

Como resultado, grande parte do território nacional ficou encoberto por fumaça. Dez Estados, além de Bolívia, Peru e Paraguai, foram atingidos pela fumaça produzida pelas queimadas espalhadas pelo País, como mostrou o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O cenário colocou o Brasil como o quinto país com o ar mais poluído do mundo no último dia 15. O monitoramento internacional é feito pela plataforma World’s Air Quality Index (WAQI), que cataloga a qualidade do ar no mundo desde 2007.

O Sol observado no final da semana passada estava com uma cor anormal: laranja estridente, quase vermelho. O professor de Química da USP Reinaldo Bazito explica que esse fenômeno é causado justamente pela fumaça. “A combustão incompleta gera compostos do tipo hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que são bastante tóxicos, e cinzas. A isso chamamos de material particular, o que causa a cor laranja do Sol, porque dispersa a luz de uma maneira diferente”, diz.

Sol laranja estridente, quase vermelho, na região de Ribeirão Preto, em meio a queimadas no interior de São Paulo. Foto: Marcos Limonti/AP

Bazito explica que esse material é o produto das queimadas que mais causa danos para a saúde humana. “São micropartículas que a gente consegue inalar, e que vão direto para o pulmão, causando problemas respiratórios.” Para evitar que isso aconteça, o especialista afirma que o uso da máscara é eficaz.

Outros compostos formados pelas queimadas são os óxidos de nitrogênio, como destaca o professor da USP. “Quando ocorrem queimadas, a gente aquece o ar, e no ar tem nitrogênio. Assim, se formam os óxidos de nitrogênio, que são irritantes para as vias aéreas, e podem formar o ozônio troposférico”. Este último produto químico tem alto poder oxidativo, e, por isso, causa prejuízo às plantas.

Outros compostos da fumaça de queimadas

Quando ocorrem queimadas em áreas de vegetação — que é o caso do que acontece no Brasil agora — carbono está sendo queimado. Com isso, Bazito explica que o gás carbônico é formado (CO₂), um dos principais causadores do efeito estufa, além de, em menor proporção, o monóxido de carbono (CO), que é tóxico. Quando inalado, este gás pode impedir o transporte de oxigênio no corpo humano, o que pode ser fatal.

Além disso, a fumaça decorrente das queimadas também contém enxofre (S), como detalha Bazito, o que é um dos principais formadores de chuva ácida. “O dióxido de enxofre vira ácido sulfúrico quando tem contato com a água. Na hora da chuva, isso altera o pH da água, o que pode causar corrosão na construção civil e afetar as plantas”. O especialista afirma que há chances de haver chuva ácida depois dessas queimadas, porque boa parte dos gases emitidos são “limpos” pela chuva.

A prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, chegou a suspender as aulas da rede municipal de ensino após a cidade ser afetada pelo avanço dos focos de incêndio e da fumaça decorrente das chamas. Eventos ao ar livre já tinham sido cancelados pela gestão municipal durante o fim de semana.

Densa camada de fumaça encobriu parte de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, na última sexta-feira. Foto: Joel Silva/Fotoarena

Nas últimas semanas, um aumento de queimadas foi registrada no Brasil, da Amazônia ao Pantanal, passando pelo Estado São Paulo, que teve recorde de focos de incêndio e onde 48 municípios seguem em alerta máximo.

Como resultado, grande parte do território nacional ficou encoberto por fumaça. Dez Estados, além de Bolívia, Peru e Paraguai, foram atingidos pela fumaça produzida pelas queimadas espalhadas pelo País, como mostrou o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O cenário colocou o Brasil como o quinto país com o ar mais poluído do mundo no último dia 15. O monitoramento internacional é feito pela plataforma World’s Air Quality Index (WAQI), que cataloga a qualidade do ar no mundo desde 2007.

O Sol observado no final da semana passada estava com uma cor anormal: laranja estridente, quase vermelho. O professor de Química da USP Reinaldo Bazito explica que esse fenômeno é causado justamente pela fumaça. “A combustão incompleta gera compostos do tipo hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que são bastante tóxicos, e cinzas. A isso chamamos de material particular, o que causa a cor laranja do Sol, porque dispersa a luz de uma maneira diferente”, diz.

Sol laranja estridente, quase vermelho, na região de Ribeirão Preto, em meio a queimadas no interior de São Paulo. Foto: Marcos Limonti/AP

Bazito explica que esse material é o produto das queimadas que mais causa danos para a saúde humana. “São micropartículas que a gente consegue inalar, e que vão direto para o pulmão, causando problemas respiratórios.” Para evitar que isso aconteça, o especialista afirma que o uso da máscara é eficaz.

Outros compostos formados pelas queimadas são os óxidos de nitrogênio, como destaca o professor da USP. “Quando ocorrem queimadas, a gente aquece o ar, e no ar tem nitrogênio. Assim, se formam os óxidos de nitrogênio, que são irritantes para as vias aéreas, e podem formar o ozônio troposférico”. Este último produto químico tem alto poder oxidativo, e, por isso, causa prejuízo às plantas.

Outros compostos da fumaça de queimadas

Quando ocorrem queimadas em áreas de vegetação — que é o caso do que acontece no Brasil agora — carbono está sendo queimado. Com isso, Bazito explica que o gás carbônico é formado (CO₂), um dos principais causadores do efeito estufa, além de, em menor proporção, o monóxido de carbono (CO), que é tóxico. Quando inalado, este gás pode impedir o transporte de oxigênio no corpo humano, o que pode ser fatal.

Além disso, a fumaça decorrente das queimadas também contém enxofre (S), como detalha Bazito, o que é um dos principais formadores de chuva ácida. “O dióxido de enxofre vira ácido sulfúrico quando tem contato com a água. Na hora da chuva, isso altera o pH da água, o que pode causar corrosão na construção civil e afetar as plantas”. O especialista afirma que há chances de haver chuva ácida depois dessas queimadas, porque boa parte dos gases emitidos são “limpos” pela chuva.

A prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, chegou a suspender as aulas da rede municipal de ensino após a cidade ser afetada pelo avanço dos focos de incêndio e da fumaça decorrente das chamas. Eventos ao ar livre já tinham sido cancelados pela gestão municipal durante o fim de semana.

Densa camada de fumaça encobriu parte de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, na última sexta-feira. Foto: Joel Silva/Fotoarena

Nas últimas semanas, um aumento de queimadas foi registrada no Brasil, da Amazônia ao Pantanal, passando pelo Estado São Paulo, que teve recorde de focos de incêndio e onde 48 municípios seguem em alerta máximo.

Como resultado, grande parte do território nacional ficou encoberto por fumaça. Dez Estados, além de Bolívia, Peru e Paraguai, foram atingidos pela fumaça produzida pelas queimadas espalhadas pelo País, como mostrou o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O cenário colocou o Brasil como o quinto país com o ar mais poluído do mundo no último dia 15. O monitoramento internacional é feito pela plataforma World’s Air Quality Index (WAQI), que cataloga a qualidade do ar no mundo desde 2007.

O Sol observado no final da semana passada estava com uma cor anormal: laranja estridente, quase vermelho. O professor de Química da USP Reinaldo Bazito explica que esse fenômeno é causado justamente pela fumaça. “A combustão incompleta gera compostos do tipo hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que são bastante tóxicos, e cinzas. A isso chamamos de material particular, o que causa a cor laranja do Sol, porque dispersa a luz de uma maneira diferente”, diz.

Sol laranja estridente, quase vermelho, na região de Ribeirão Preto, em meio a queimadas no interior de São Paulo. Foto: Marcos Limonti/AP

Bazito explica que esse material é o produto das queimadas que mais causa danos para a saúde humana. “São micropartículas que a gente consegue inalar, e que vão direto para o pulmão, causando problemas respiratórios.” Para evitar que isso aconteça, o especialista afirma que o uso da máscara é eficaz.

Outros compostos formados pelas queimadas são os óxidos de nitrogênio, como destaca o professor da USP. “Quando ocorrem queimadas, a gente aquece o ar, e no ar tem nitrogênio. Assim, se formam os óxidos de nitrogênio, que são irritantes para as vias aéreas, e podem formar o ozônio troposférico”. Este último produto químico tem alto poder oxidativo, e, por isso, causa prejuízo às plantas.

Outros compostos da fumaça de queimadas

Quando ocorrem queimadas em áreas de vegetação — que é o caso do que acontece no Brasil agora — carbono está sendo queimado. Com isso, Bazito explica que o gás carbônico é formado (CO₂), um dos principais causadores do efeito estufa, além de, em menor proporção, o monóxido de carbono (CO), que é tóxico. Quando inalado, este gás pode impedir o transporte de oxigênio no corpo humano, o que pode ser fatal.

Além disso, a fumaça decorrente das queimadas também contém enxofre (S), como detalha Bazito, o que é um dos principais formadores de chuva ácida. “O dióxido de enxofre vira ácido sulfúrico quando tem contato com a água. Na hora da chuva, isso altera o pH da água, o que pode causar corrosão na construção civil e afetar as plantas”. O especialista afirma que há chances de haver chuva ácida depois dessas queimadas, porque boa parte dos gases emitidos são “limpos” pela chuva.

A prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, chegou a suspender as aulas da rede municipal de ensino após a cidade ser afetada pelo avanço dos focos de incêndio e da fumaça decorrente das chamas. Eventos ao ar livre já tinham sido cancelados pela gestão municipal durante o fim de semana.

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