Operação combate o garimpo ilegal na Terra Yanomami; veja o que a PF encontrou


Agentes destruíram maquinários usados por criminosos para extrair ouro e cassiterita

Por Redação
Atualização:

Em uma nova ofensiva contra garimpeiros, a Polícia Federal destruiu na terça-feira, 16, maquinários usados por criminosos na Terra Yanomami. No próximo dia 20, completará um ano que o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional, diante dos registros de desnutrição e aumento da malária no território indígena. Desde então, foram realizadas várias ações policiais na tentativa de impedir o garimpo ilegal na reserva, mas muitos mineradores ainda permanecem no local.

Como o Blog do Fausto Macedo mostrou, a PF apreendeu coletes, munições, armas, rádios comunicadores, aparelho celular, binóculo de longo alcance e cadernos dos garimpeiros. Também inutilizou geradores e aparelhos usados pelos invasores para extração de minérios ilegalmente.

PF combate garimpo ilegal na Terra Yanomami e destrói maquinários Foto: Polícia Federal

A ofensiva de terça-feira foi uma nova etapa da Operação Libertação, deflagrada em fevereiro em conjunto com Polícia Federal, Ibama, Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública e Funai.

Estima-se que o garimpo ilegal reúna cerca de 25 mil mineradores na floresta, com uma profusão de rotas aéreas clandestinas, com atividade dentro e fora do território nacional, mantida pelo crime organizado para extrair ouro e cassiterita.

PF volta à Terra Yanomani e destrói estrutura do garimpo ilegal

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PF combate garimpo ilegal na Terra Yanomami

Foto: Polícia Federal
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Para 2024, o Palácio do Planalto anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão para ações na Terra Indígena Yanomami, mas a própria ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, admitiu na terça-feira que a crise humanitária não será resolvida tão cedo.

“Assim como foram décadas de invasão para chegar a este ponto, pode levar décadas para restabelecer tudo”, declarou a ministra durante transmissão ao vivo, no Instagram, junto com o secretário nacional de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.

“Para quem não conhece o território, é importante entender a complexidade (da situação). E não só pensar: ‘ah! Passado um ano, não se deu conta’. Ou: ‘Ah!, Em um ano vai resolver (os problemas)’. Não resolvemos e, possivelmente, não se resolverá em toda a sua dimensão em 2024″, acrescentou a ministra.

A ministra ressalta que levará anos para que o território se regenere da destruição causada pelo garimpo ilegal. “Para os yanomami terem seu modo de vida de volta é preciso retirar os invasores (da área). É preciso que (os indígenas) tenham como plantar; que os rios sejam despoluídos para que (as comunidades) tenham água para beber […] Ou seja, para sarar as pessoas, é preciso primeiro sarar a terra. Para isso, é preciso desocupar o território”, argumentou a ministra. / COM AGÊNCIA BRASIL

Em uma nova ofensiva contra garimpeiros, a Polícia Federal destruiu na terça-feira, 16, maquinários usados por criminosos na Terra Yanomami. No próximo dia 20, completará um ano que o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional, diante dos registros de desnutrição e aumento da malária no território indígena. Desde então, foram realizadas várias ações policiais na tentativa de impedir o garimpo ilegal na reserva, mas muitos mineradores ainda permanecem no local.

Como o Blog do Fausto Macedo mostrou, a PF apreendeu coletes, munições, armas, rádios comunicadores, aparelho celular, binóculo de longo alcance e cadernos dos garimpeiros. Também inutilizou geradores e aparelhos usados pelos invasores para extração de minérios ilegalmente.

PF combate garimpo ilegal na Terra Yanomami e destrói maquinários Foto: Polícia Federal

A ofensiva de terça-feira foi uma nova etapa da Operação Libertação, deflagrada em fevereiro em conjunto com Polícia Federal, Ibama, Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública e Funai.

Estima-se que o garimpo ilegal reúna cerca de 25 mil mineradores na floresta, com uma profusão de rotas aéreas clandestinas, com atividade dentro e fora do território nacional, mantida pelo crime organizado para extrair ouro e cassiterita.

PF volta à Terra Yanomani e destrói estrutura do garimpo ilegal

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Para 2024, o Palácio do Planalto anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão para ações na Terra Indígena Yanomami, mas a própria ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, admitiu na terça-feira que a crise humanitária não será resolvida tão cedo.

“Assim como foram décadas de invasão para chegar a este ponto, pode levar décadas para restabelecer tudo”, declarou a ministra durante transmissão ao vivo, no Instagram, junto com o secretário nacional de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.

“Para quem não conhece o território, é importante entender a complexidade (da situação). E não só pensar: ‘ah! Passado um ano, não se deu conta’. Ou: ‘Ah!, Em um ano vai resolver (os problemas)’. Não resolvemos e, possivelmente, não se resolverá em toda a sua dimensão em 2024″, acrescentou a ministra.

A ministra ressalta que levará anos para que o território se regenere da destruição causada pelo garimpo ilegal. “Para os yanomami terem seu modo de vida de volta é preciso retirar os invasores (da área). É preciso que (os indígenas) tenham como plantar; que os rios sejam despoluídos para que (as comunidades) tenham água para beber […] Ou seja, para sarar as pessoas, é preciso primeiro sarar a terra. Para isso, é preciso desocupar o território”, argumentou a ministra. / COM AGÊNCIA BRASIL

Em uma nova ofensiva contra garimpeiros, a Polícia Federal destruiu na terça-feira, 16, maquinários usados por criminosos na Terra Yanomami. No próximo dia 20, completará um ano que o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional, diante dos registros de desnutrição e aumento da malária no território indígena. Desde então, foram realizadas várias ações policiais na tentativa de impedir o garimpo ilegal na reserva, mas muitos mineradores ainda permanecem no local.

Como o Blog do Fausto Macedo mostrou, a PF apreendeu coletes, munições, armas, rádios comunicadores, aparelho celular, binóculo de longo alcance e cadernos dos garimpeiros. Também inutilizou geradores e aparelhos usados pelos invasores para extração de minérios ilegalmente.

PF combate garimpo ilegal na Terra Yanomami e destrói maquinários Foto: Polícia Federal

A ofensiva de terça-feira foi uma nova etapa da Operação Libertação, deflagrada em fevereiro em conjunto com Polícia Federal, Ibama, Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública e Funai.

Estima-se que o garimpo ilegal reúna cerca de 25 mil mineradores na floresta, com uma profusão de rotas aéreas clandestinas, com atividade dentro e fora do território nacional, mantida pelo crime organizado para extrair ouro e cassiterita.

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Para 2024, o Palácio do Planalto anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão para ações na Terra Indígena Yanomami, mas a própria ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, admitiu na terça-feira que a crise humanitária não será resolvida tão cedo.

“Assim como foram décadas de invasão para chegar a este ponto, pode levar décadas para restabelecer tudo”, declarou a ministra durante transmissão ao vivo, no Instagram, junto com o secretário nacional de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.

“Para quem não conhece o território, é importante entender a complexidade (da situação). E não só pensar: ‘ah! Passado um ano, não se deu conta’. Ou: ‘Ah!, Em um ano vai resolver (os problemas)’. Não resolvemos e, possivelmente, não se resolverá em toda a sua dimensão em 2024″, acrescentou a ministra.

A ministra ressalta que levará anos para que o território se regenere da destruição causada pelo garimpo ilegal. “Para os yanomami terem seu modo de vida de volta é preciso retirar os invasores (da área). É preciso que (os indígenas) tenham como plantar; que os rios sejam despoluídos para que (as comunidades) tenham água para beber […] Ou seja, para sarar as pessoas, é preciso primeiro sarar a terra. Para isso, é preciso desocupar o território”, argumentou a ministra. / COM AGÊNCIA BRASIL

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