Paraíso de onças-pintadas, Morro do Diabo ganha túneis e radares para proteger espécie em SP


Animal está em processo de extinção, mas ainda encontra condições de sobrevivência em áreas cobertas pela Mata Atlântica no Estado

Por José Maria Tomazela

SOROCABA – As onças-pintadas que vivem no Parque Estadual do Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado, já não precisarão cruzar uma perigosa rodovia para percorrer a extensa floresta que recobre a unidade de conservação em busca de alimentos. Depois que dois desses felinos morreram atropelados, este ano, na rodovia Arlindo Béttio (SP-613), que corta o parque, o governo estadual autorizou a construção de passagens subterrâneas sob a pista.

Serão três túneis com cerca de 20 metros de extensão e largura e altura compatíveis com animais de maior porte. A instalação de 30 quilômetros de cercas de segurança ajudará a direcionar os felinos para as passagens subterrâneas. O governo autorizou também instalar quatro novos radares na rodovia, além dos dois já existentes, com a velocidade máxima prevista para 60 km/h nos 14 quilômetros que passam pelo parque estadual. A estrada, que liga as cidades paulistas de Teodoro Sampaio e Rosana, vai ganhar também câmeras de monitoramento.

Onças-pintadas flagradas pelas câmeras instaladas no Parque Estadual Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo. Foto: Semil/Divulgação

Tudo isso para garantir a segurança do Chico, da Juçara, da Nadi, da Nanã e do Raoni, como são conhecidas algumas das nove pintadas que há anos habitam aquela floresta. Com 34 mil hectares classificados, em sua maioria, como remanescentes da Mata Atlântica – última porção dessa mata em todo o oeste paulista – o Parque Morro do Diabo virou o paraíso das onças-pintadas. Numa região dominada por fazendas de gado, quase sem maciços florestais, dificilmente elas sobreviveriam à falta de alimentos e à mira de caçadores, muitos deles peões das fazendas, contratados para proteger o rebanho.

Em troca da proteção que recebem, ocupando um território que, para elas, ainda é pequeno, as onças propiciam amplo campo de estudo para biólogos e pesquisadores.

De acordo com a Fundação Florestal, a unidade tem 40 pontos de câmeras fotográficas que registram a rotina dos felinos. As imagens permitiram a identificação das onças e já proporcionaram surpresas, como o nascimento de dois filhotes no parque – um deles, no entanto, morreu atropelado.

Para diferenciar uma onça-pintada da outra, os pesquisadores estudam as rosetas, como são chamadas as pintas do animal. Como uma espécie de impressão digital, cada onça tem suas próprias pintas, com características diferentes das de outro indivíduo. Como os animais circulam também fora do parque – esses animais costumam se deslocar por áreas superiores a 150 quilômetros quadrados - as câmeras são mudadas de lugar a cada dois meses.

O monitoramento é importante, dada a raridade da espécie. As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Diferente das onças-pardas, que se adaptaram até aos canaviais, as pintadas preferem florestas densas.

As maiores populações estão nos parques estaduais da Serra do Mar e nos parques da Serra de Paranapiacaba, como o Carlos Botelho, Intervales, Nascentes do Paranapanema e Alto Ribeira (Petar). Estima-se que a população total delas em São Paulo não passe de 300 indivíduos.

As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Foto: Semil/Divulgação

Por essas razões, a morte de duas onças-pintadas atropeladas na Arlindo Béttio comoveu biólogos, gestores do parque e os policiais ambientais que fizeram o resgate dos corpos. O primeiro atropelamento foi na manhã de 23 de abril, um domingo. A vítima, o exemplar jovem com menos de um ano de idade, possivelmente um dos filhotes nascidos na unidade, foi atingida por um carro. Cinco dias depois, um exemplar macho adulto, em plena fase de reprodução, foi atropelado e morto por outro veículo.

Além de reforçar a segurança das onças-pintadas em seu deslocamento, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística vai instalar um centro de recuperação de animais silvestres na região. A gestão do parque já desenvolve trabalhos de conscientização com a comunidade do entorno. O Morro do Diabo abriga ainda o maior plantel do mico-leão-preto do Estado, um dos primatas mais ameaçados do País. Possui também uma fauna rica em mamíferos como a anta e a queixada, que servem de alimento para as onças.

Risco de extinção

A onça-pintada (Phantera onca) é o maior felino do continente americano, chegando a 1,90 m de comprimento e 80 centímetros de altura, podendo pesar até 135 quilos. Animal solitário e territorial, o felino depende da abundância de mamíferos menores para sobreviver. A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas praticamente já é muito rara na América do Norte.

A população vem decrescendo devido à caça e à destruição de seu habitat pela atividade agrícola e pecuária. A espécie é classificada como “quase ameaçada” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

SOROCABA – As onças-pintadas que vivem no Parque Estadual do Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado, já não precisarão cruzar uma perigosa rodovia para percorrer a extensa floresta que recobre a unidade de conservação em busca de alimentos. Depois que dois desses felinos morreram atropelados, este ano, na rodovia Arlindo Béttio (SP-613), que corta o parque, o governo estadual autorizou a construção de passagens subterrâneas sob a pista.

Serão três túneis com cerca de 20 metros de extensão e largura e altura compatíveis com animais de maior porte. A instalação de 30 quilômetros de cercas de segurança ajudará a direcionar os felinos para as passagens subterrâneas. O governo autorizou também instalar quatro novos radares na rodovia, além dos dois já existentes, com a velocidade máxima prevista para 60 km/h nos 14 quilômetros que passam pelo parque estadual. A estrada, que liga as cidades paulistas de Teodoro Sampaio e Rosana, vai ganhar também câmeras de monitoramento.

Onças-pintadas flagradas pelas câmeras instaladas no Parque Estadual Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo. Foto: Semil/Divulgação

Tudo isso para garantir a segurança do Chico, da Juçara, da Nadi, da Nanã e do Raoni, como são conhecidas algumas das nove pintadas que há anos habitam aquela floresta. Com 34 mil hectares classificados, em sua maioria, como remanescentes da Mata Atlântica – última porção dessa mata em todo o oeste paulista – o Parque Morro do Diabo virou o paraíso das onças-pintadas. Numa região dominada por fazendas de gado, quase sem maciços florestais, dificilmente elas sobreviveriam à falta de alimentos e à mira de caçadores, muitos deles peões das fazendas, contratados para proteger o rebanho.

Em troca da proteção que recebem, ocupando um território que, para elas, ainda é pequeno, as onças propiciam amplo campo de estudo para biólogos e pesquisadores.

De acordo com a Fundação Florestal, a unidade tem 40 pontos de câmeras fotográficas que registram a rotina dos felinos. As imagens permitiram a identificação das onças e já proporcionaram surpresas, como o nascimento de dois filhotes no parque – um deles, no entanto, morreu atropelado.

Para diferenciar uma onça-pintada da outra, os pesquisadores estudam as rosetas, como são chamadas as pintas do animal. Como uma espécie de impressão digital, cada onça tem suas próprias pintas, com características diferentes das de outro indivíduo. Como os animais circulam também fora do parque – esses animais costumam se deslocar por áreas superiores a 150 quilômetros quadrados - as câmeras são mudadas de lugar a cada dois meses.

O monitoramento é importante, dada a raridade da espécie. As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Diferente das onças-pardas, que se adaptaram até aos canaviais, as pintadas preferem florestas densas.

As maiores populações estão nos parques estaduais da Serra do Mar e nos parques da Serra de Paranapiacaba, como o Carlos Botelho, Intervales, Nascentes do Paranapanema e Alto Ribeira (Petar). Estima-se que a população total delas em São Paulo não passe de 300 indivíduos.

As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Foto: Semil/Divulgação

Por essas razões, a morte de duas onças-pintadas atropeladas na Arlindo Béttio comoveu biólogos, gestores do parque e os policiais ambientais que fizeram o resgate dos corpos. O primeiro atropelamento foi na manhã de 23 de abril, um domingo. A vítima, o exemplar jovem com menos de um ano de idade, possivelmente um dos filhotes nascidos na unidade, foi atingida por um carro. Cinco dias depois, um exemplar macho adulto, em plena fase de reprodução, foi atropelado e morto por outro veículo.

Além de reforçar a segurança das onças-pintadas em seu deslocamento, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística vai instalar um centro de recuperação de animais silvestres na região. A gestão do parque já desenvolve trabalhos de conscientização com a comunidade do entorno. O Morro do Diabo abriga ainda o maior plantel do mico-leão-preto do Estado, um dos primatas mais ameaçados do País. Possui também uma fauna rica em mamíferos como a anta e a queixada, que servem de alimento para as onças.

Risco de extinção

A onça-pintada (Phantera onca) é o maior felino do continente americano, chegando a 1,90 m de comprimento e 80 centímetros de altura, podendo pesar até 135 quilos. Animal solitário e territorial, o felino depende da abundância de mamíferos menores para sobreviver. A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas praticamente já é muito rara na América do Norte.

A população vem decrescendo devido à caça e à destruição de seu habitat pela atividade agrícola e pecuária. A espécie é classificada como “quase ameaçada” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

SOROCABA – As onças-pintadas que vivem no Parque Estadual do Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado, já não precisarão cruzar uma perigosa rodovia para percorrer a extensa floresta que recobre a unidade de conservação em busca de alimentos. Depois que dois desses felinos morreram atropelados, este ano, na rodovia Arlindo Béttio (SP-613), que corta o parque, o governo estadual autorizou a construção de passagens subterrâneas sob a pista.

Serão três túneis com cerca de 20 metros de extensão e largura e altura compatíveis com animais de maior porte. A instalação de 30 quilômetros de cercas de segurança ajudará a direcionar os felinos para as passagens subterrâneas. O governo autorizou também instalar quatro novos radares na rodovia, além dos dois já existentes, com a velocidade máxima prevista para 60 km/h nos 14 quilômetros que passam pelo parque estadual. A estrada, que liga as cidades paulistas de Teodoro Sampaio e Rosana, vai ganhar também câmeras de monitoramento.

Onças-pintadas flagradas pelas câmeras instaladas no Parque Estadual Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo. Foto: Semil/Divulgação

Tudo isso para garantir a segurança do Chico, da Juçara, da Nadi, da Nanã e do Raoni, como são conhecidas algumas das nove pintadas que há anos habitam aquela floresta. Com 34 mil hectares classificados, em sua maioria, como remanescentes da Mata Atlântica – última porção dessa mata em todo o oeste paulista – o Parque Morro do Diabo virou o paraíso das onças-pintadas. Numa região dominada por fazendas de gado, quase sem maciços florestais, dificilmente elas sobreviveriam à falta de alimentos e à mira de caçadores, muitos deles peões das fazendas, contratados para proteger o rebanho.

Em troca da proteção que recebem, ocupando um território que, para elas, ainda é pequeno, as onças propiciam amplo campo de estudo para biólogos e pesquisadores.

De acordo com a Fundação Florestal, a unidade tem 40 pontos de câmeras fotográficas que registram a rotina dos felinos. As imagens permitiram a identificação das onças e já proporcionaram surpresas, como o nascimento de dois filhotes no parque – um deles, no entanto, morreu atropelado.

Para diferenciar uma onça-pintada da outra, os pesquisadores estudam as rosetas, como são chamadas as pintas do animal. Como uma espécie de impressão digital, cada onça tem suas próprias pintas, com características diferentes das de outro indivíduo. Como os animais circulam também fora do parque – esses animais costumam se deslocar por áreas superiores a 150 quilômetros quadrados - as câmeras são mudadas de lugar a cada dois meses.

O monitoramento é importante, dada a raridade da espécie. As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Diferente das onças-pardas, que se adaptaram até aos canaviais, as pintadas preferem florestas densas.

As maiores populações estão nos parques estaduais da Serra do Mar e nos parques da Serra de Paranapiacaba, como o Carlos Botelho, Intervales, Nascentes do Paranapanema e Alto Ribeira (Petar). Estima-se que a população total delas em São Paulo não passe de 300 indivíduos.

As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Foto: Semil/Divulgação

Por essas razões, a morte de duas onças-pintadas atropeladas na Arlindo Béttio comoveu biólogos, gestores do parque e os policiais ambientais que fizeram o resgate dos corpos. O primeiro atropelamento foi na manhã de 23 de abril, um domingo. A vítima, o exemplar jovem com menos de um ano de idade, possivelmente um dos filhotes nascidos na unidade, foi atingida por um carro. Cinco dias depois, um exemplar macho adulto, em plena fase de reprodução, foi atropelado e morto por outro veículo.

Além de reforçar a segurança das onças-pintadas em seu deslocamento, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística vai instalar um centro de recuperação de animais silvestres na região. A gestão do parque já desenvolve trabalhos de conscientização com a comunidade do entorno. O Morro do Diabo abriga ainda o maior plantel do mico-leão-preto do Estado, um dos primatas mais ameaçados do País. Possui também uma fauna rica em mamíferos como a anta e a queixada, que servem de alimento para as onças.

Risco de extinção

A onça-pintada (Phantera onca) é o maior felino do continente americano, chegando a 1,90 m de comprimento e 80 centímetros de altura, podendo pesar até 135 quilos. Animal solitário e territorial, o felino depende da abundância de mamíferos menores para sobreviver. A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas praticamente já é muito rara na América do Norte.

A população vem decrescendo devido à caça e à destruição de seu habitat pela atividade agrícola e pecuária. A espécie é classificada como “quase ameaçada” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

SOROCABA – As onças-pintadas que vivem no Parque Estadual do Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado, já não precisarão cruzar uma perigosa rodovia para percorrer a extensa floresta que recobre a unidade de conservação em busca de alimentos. Depois que dois desses felinos morreram atropelados, este ano, na rodovia Arlindo Béttio (SP-613), que corta o parque, o governo estadual autorizou a construção de passagens subterrâneas sob a pista.

Serão três túneis com cerca de 20 metros de extensão e largura e altura compatíveis com animais de maior porte. A instalação de 30 quilômetros de cercas de segurança ajudará a direcionar os felinos para as passagens subterrâneas. O governo autorizou também instalar quatro novos radares na rodovia, além dos dois já existentes, com a velocidade máxima prevista para 60 km/h nos 14 quilômetros que passam pelo parque estadual. A estrada, que liga as cidades paulistas de Teodoro Sampaio e Rosana, vai ganhar também câmeras de monitoramento.

Onças-pintadas flagradas pelas câmeras instaladas no Parque Estadual Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo. Foto: Semil/Divulgação

Tudo isso para garantir a segurança do Chico, da Juçara, da Nadi, da Nanã e do Raoni, como são conhecidas algumas das nove pintadas que há anos habitam aquela floresta. Com 34 mil hectares classificados, em sua maioria, como remanescentes da Mata Atlântica – última porção dessa mata em todo o oeste paulista – o Parque Morro do Diabo virou o paraíso das onças-pintadas. Numa região dominada por fazendas de gado, quase sem maciços florestais, dificilmente elas sobreviveriam à falta de alimentos e à mira de caçadores, muitos deles peões das fazendas, contratados para proteger o rebanho.

Em troca da proteção que recebem, ocupando um território que, para elas, ainda é pequeno, as onças propiciam amplo campo de estudo para biólogos e pesquisadores.

De acordo com a Fundação Florestal, a unidade tem 40 pontos de câmeras fotográficas que registram a rotina dos felinos. As imagens permitiram a identificação das onças e já proporcionaram surpresas, como o nascimento de dois filhotes no parque – um deles, no entanto, morreu atropelado.

Para diferenciar uma onça-pintada da outra, os pesquisadores estudam as rosetas, como são chamadas as pintas do animal. Como uma espécie de impressão digital, cada onça tem suas próprias pintas, com características diferentes das de outro indivíduo. Como os animais circulam também fora do parque – esses animais costumam se deslocar por áreas superiores a 150 quilômetros quadrados - as câmeras são mudadas de lugar a cada dois meses.

O monitoramento é importante, dada a raridade da espécie. As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Diferente das onças-pardas, que se adaptaram até aos canaviais, as pintadas preferem florestas densas.

As maiores populações estão nos parques estaduais da Serra do Mar e nos parques da Serra de Paranapiacaba, como o Carlos Botelho, Intervales, Nascentes do Paranapanema e Alto Ribeira (Petar). Estima-se que a população total delas em São Paulo não passe de 300 indivíduos.

As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Foto: Semil/Divulgação

Por essas razões, a morte de duas onças-pintadas atropeladas na Arlindo Béttio comoveu biólogos, gestores do parque e os policiais ambientais que fizeram o resgate dos corpos. O primeiro atropelamento foi na manhã de 23 de abril, um domingo. A vítima, o exemplar jovem com menos de um ano de idade, possivelmente um dos filhotes nascidos na unidade, foi atingida por um carro. Cinco dias depois, um exemplar macho adulto, em plena fase de reprodução, foi atropelado e morto por outro veículo.

Além de reforçar a segurança das onças-pintadas em seu deslocamento, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística vai instalar um centro de recuperação de animais silvestres na região. A gestão do parque já desenvolve trabalhos de conscientização com a comunidade do entorno. O Morro do Diabo abriga ainda o maior plantel do mico-leão-preto do Estado, um dos primatas mais ameaçados do País. Possui também uma fauna rica em mamíferos como a anta e a queixada, que servem de alimento para as onças.

Risco de extinção

A onça-pintada (Phantera onca) é o maior felino do continente americano, chegando a 1,90 m de comprimento e 80 centímetros de altura, podendo pesar até 135 quilos. Animal solitário e territorial, o felino depende da abundância de mamíferos menores para sobreviver. A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas praticamente já é muito rara na América do Norte.

A população vem decrescendo devido à caça e à destruição de seu habitat pela atividade agrícola e pecuária. A espécie é classificada como “quase ameaçada” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

SOROCABA – As onças-pintadas que vivem no Parque Estadual do Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado, já não precisarão cruzar uma perigosa rodovia para percorrer a extensa floresta que recobre a unidade de conservação em busca de alimentos. Depois que dois desses felinos morreram atropelados, este ano, na rodovia Arlindo Béttio (SP-613), que corta o parque, o governo estadual autorizou a construção de passagens subterrâneas sob a pista.

Serão três túneis com cerca de 20 metros de extensão e largura e altura compatíveis com animais de maior porte. A instalação de 30 quilômetros de cercas de segurança ajudará a direcionar os felinos para as passagens subterrâneas. O governo autorizou também instalar quatro novos radares na rodovia, além dos dois já existentes, com a velocidade máxima prevista para 60 km/h nos 14 quilômetros que passam pelo parque estadual. A estrada, que liga as cidades paulistas de Teodoro Sampaio e Rosana, vai ganhar também câmeras de monitoramento.

Onças-pintadas flagradas pelas câmeras instaladas no Parque Estadual Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo. Foto: Semil/Divulgação

Tudo isso para garantir a segurança do Chico, da Juçara, da Nadi, da Nanã e do Raoni, como são conhecidas algumas das nove pintadas que há anos habitam aquela floresta. Com 34 mil hectares classificados, em sua maioria, como remanescentes da Mata Atlântica – última porção dessa mata em todo o oeste paulista – o Parque Morro do Diabo virou o paraíso das onças-pintadas. Numa região dominada por fazendas de gado, quase sem maciços florestais, dificilmente elas sobreviveriam à falta de alimentos e à mira de caçadores, muitos deles peões das fazendas, contratados para proteger o rebanho.

Em troca da proteção que recebem, ocupando um território que, para elas, ainda é pequeno, as onças propiciam amplo campo de estudo para biólogos e pesquisadores.

De acordo com a Fundação Florestal, a unidade tem 40 pontos de câmeras fotográficas que registram a rotina dos felinos. As imagens permitiram a identificação das onças e já proporcionaram surpresas, como o nascimento de dois filhotes no parque – um deles, no entanto, morreu atropelado.

Para diferenciar uma onça-pintada da outra, os pesquisadores estudam as rosetas, como são chamadas as pintas do animal. Como uma espécie de impressão digital, cada onça tem suas próprias pintas, com características diferentes das de outro indivíduo. Como os animais circulam também fora do parque – esses animais costumam se deslocar por áreas superiores a 150 quilômetros quadrados - as câmeras são mudadas de lugar a cada dois meses.

O monitoramento é importante, dada a raridade da espécie. As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Diferente das onças-pardas, que se adaptaram até aos canaviais, as pintadas preferem florestas densas.

As maiores populações estão nos parques estaduais da Serra do Mar e nos parques da Serra de Paranapiacaba, como o Carlos Botelho, Intervales, Nascentes do Paranapanema e Alto Ribeira (Petar). Estima-se que a população total delas em São Paulo não passe de 300 indivíduos.

As onças-pintadas estão em franco processo de extinção na natureza e, no Estado de São Paulo, encontram condições de sobrevivência somente em áreas ainda cobertas pela Mata Atlântica. Foto: Semil/Divulgação

Por essas razões, a morte de duas onças-pintadas atropeladas na Arlindo Béttio comoveu biólogos, gestores do parque e os policiais ambientais que fizeram o resgate dos corpos. O primeiro atropelamento foi na manhã de 23 de abril, um domingo. A vítima, o exemplar jovem com menos de um ano de idade, possivelmente um dos filhotes nascidos na unidade, foi atingida por um carro. Cinco dias depois, um exemplar macho adulto, em plena fase de reprodução, foi atropelado e morto por outro veículo.

Além de reforçar a segurança das onças-pintadas em seu deslocamento, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística vai instalar um centro de recuperação de animais silvestres na região. A gestão do parque já desenvolve trabalhos de conscientização com a comunidade do entorno. O Morro do Diabo abriga ainda o maior plantel do mico-leão-preto do Estado, um dos primatas mais ameaçados do País. Possui também uma fauna rica em mamíferos como a anta e a queixada, que servem de alimento para as onças.

Risco de extinção

A onça-pintada (Phantera onca) é o maior felino do continente americano, chegando a 1,90 m de comprimento e 80 centímetros de altura, podendo pesar até 135 quilos. Animal solitário e territorial, o felino depende da abundância de mamíferos menores para sobreviver. A espécie era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas praticamente já é muito rara na América do Norte.

A população vem decrescendo devido à caça e à destruição de seu habitat pela atividade agrícola e pecuária. A espécie é classificada como “quase ameaçada” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

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