Aquecimento global e El Niño devem causar calor recorde nos próximos 5 anos, diz ONU


Dados divulgados nesta quarta-feira pela Organização Meteorológica Mundial projetam picos de temperatura até 2027; no Brasil, expectativa é de menos chuva para a Amazônia

Por Redação
Atualização:

A combinação entre as mudanças climáticas produzidas pelos humanos e o fenômeno El Niño torna provável que as temperaturas mundiais alcancem níveis sem precedentes nos próximos anos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 17, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Os especialistas da entidade ligada às Nações Unidas (ONU) preveem que a temperatura média anual próxima à superfície terrestre poderia se elevar, de forma transitória, em mais de 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais entre 2023 e 2027.

Segundo os cálculos usados, existe 66% de probabilidade de que nesse período o nível de 1,5 ºC se rompa durante ao menos um ano. Além disso, há 98% de chance de que ao menos um dos próximos cinco anos, assim como o período como um todo, sejam os mais quentes já registrados.

“Isto não significa que vamos superar de forma permanente o nível de 1,5 ºC previsto pelo Acordo de Paris, que se refere ao aquecimento a longo prazo. Mesmo assim, a OMM alerta sobre o risco de superarmos esse nível de forma transitória e de forma cada vez mais frequente”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

Homem surfa em localidade da França. Calor recorde é esperado para os próximos anos Foto: REUTERS/Pascal Rossignol - 6/9/2021

O especialista finlandês alertou que esse aumento das temperaturas a curto prazo “terá repercussões na saúde das pessoas, na segurança alimentar, na gestão das águas e no meio ambiente”, e pediu para “estarmos preparados”.

Mais calor no Ártico, menos chuva na Amazônia

Ainda que o aumento das temperaturas seja generalizado e afete todos os continentes, a OMM, um organismo da Organização das Nações Unidas (ONU), prevê que este aumento será maior em torno do Ártico.

No extremo norte da Terra, a anomalia térmica poderá causar um aumento três vezes maior nas temperaturas do que no resto do mundo. Em geral, o planeta poderá ter que suportar, em alguns momentos muito particulares, temperaturas até 1,8 ºC mais elevadas do que a média do período 1850-1900, utilizado como referência porque é anterior a emissão de gases de efeito estufa procedentes da atividade humana e industrial.

O ano mais quente desde que tem registro foi 2016, quando se produziu um fenômeno El Niño muito intenso, mas as previsões da OMM indicam que é muito provável que esse nível seja ultrapassado antes de 2027.

Por outro lado, a OMM prevê que as chuvas podem ser mais intensas na região africana do Sael, no norte da Europa, no Alasca e no norte da Sibéria. São previstas condições mais secas em algumas partes da Amazônia, América Central, Indonésia e Austrália.

Uma parte desse aumento se explica pelo iminente início do fenômeno El Niño, que provoca alta de temperaturas globais e chuvas intensas ou secas em algumas zonas da América Latina, África e sul da Ásia. Recentemente, a OMM estimou que o El Niño poderia começar a se manifestar nos próximos meses coincidindo com o inverno austral e com o verão do hemisfério norte. /EFE

A combinação entre as mudanças climáticas produzidas pelos humanos e o fenômeno El Niño torna provável que as temperaturas mundiais alcancem níveis sem precedentes nos próximos anos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 17, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Os especialistas da entidade ligada às Nações Unidas (ONU) preveem que a temperatura média anual próxima à superfície terrestre poderia se elevar, de forma transitória, em mais de 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais entre 2023 e 2027.

Segundo os cálculos usados, existe 66% de probabilidade de que nesse período o nível de 1,5 ºC se rompa durante ao menos um ano. Além disso, há 98% de chance de que ao menos um dos próximos cinco anos, assim como o período como um todo, sejam os mais quentes já registrados.

“Isto não significa que vamos superar de forma permanente o nível de 1,5 ºC previsto pelo Acordo de Paris, que se refere ao aquecimento a longo prazo. Mesmo assim, a OMM alerta sobre o risco de superarmos esse nível de forma transitória e de forma cada vez mais frequente”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

Homem surfa em localidade da França. Calor recorde é esperado para os próximos anos Foto: REUTERS/Pascal Rossignol - 6/9/2021

O especialista finlandês alertou que esse aumento das temperaturas a curto prazo “terá repercussões na saúde das pessoas, na segurança alimentar, na gestão das águas e no meio ambiente”, e pediu para “estarmos preparados”.

Mais calor no Ártico, menos chuva na Amazônia

Ainda que o aumento das temperaturas seja generalizado e afete todos os continentes, a OMM, um organismo da Organização das Nações Unidas (ONU), prevê que este aumento será maior em torno do Ártico.

No extremo norte da Terra, a anomalia térmica poderá causar um aumento três vezes maior nas temperaturas do que no resto do mundo. Em geral, o planeta poderá ter que suportar, em alguns momentos muito particulares, temperaturas até 1,8 ºC mais elevadas do que a média do período 1850-1900, utilizado como referência porque é anterior a emissão de gases de efeito estufa procedentes da atividade humana e industrial.

O ano mais quente desde que tem registro foi 2016, quando se produziu um fenômeno El Niño muito intenso, mas as previsões da OMM indicam que é muito provável que esse nível seja ultrapassado antes de 2027.

Por outro lado, a OMM prevê que as chuvas podem ser mais intensas na região africana do Sael, no norte da Europa, no Alasca e no norte da Sibéria. São previstas condições mais secas em algumas partes da Amazônia, América Central, Indonésia e Austrália.

Uma parte desse aumento se explica pelo iminente início do fenômeno El Niño, que provoca alta de temperaturas globais e chuvas intensas ou secas em algumas zonas da América Latina, África e sul da Ásia. Recentemente, a OMM estimou que o El Niño poderia começar a se manifestar nos próximos meses coincidindo com o inverno austral e com o verão do hemisfério norte. /EFE

A combinação entre as mudanças climáticas produzidas pelos humanos e o fenômeno El Niño torna provável que as temperaturas mundiais alcancem níveis sem precedentes nos próximos anos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 17, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Os especialistas da entidade ligada às Nações Unidas (ONU) preveem que a temperatura média anual próxima à superfície terrestre poderia se elevar, de forma transitória, em mais de 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais entre 2023 e 2027.

Segundo os cálculos usados, existe 66% de probabilidade de que nesse período o nível de 1,5 ºC se rompa durante ao menos um ano. Além disso, há 98% de chance de que ao menos um dos próximos cinco anos, assim como o período como um todo, sejam os mais quentes já registrados.

“Isto não significa que vamos superar de forma permanente o nível de 1,5 ºC previsto pelo Acordo de Paris, que se refere ao aquecimento a longo prazo. Mesmo assim, a OMM alerta sobre o risco de superarmos esse nível de forma transitória e de forma cada vez mais frequente”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

Homem surfa em localidade da França. Calor recorde é esperado para os próximos anos Foto: REUTERS/Pascal Rossignol - 6/9/2021

O especialista finlandês alertou que esse aumento das temperaturas a curto prazo “terá repercussões na saúde das pessoas, na segurança alimentar, na gestão das águas e no meio ambiente”, e pediu para “estarmos preparados”.

Mais calor no Ártico, menos chuva na Amazônia

Ainda que o aumento das temperaturas seja generalizado e afete todos os continentes, a OMM, um organismo da Organização das Nações Unidas (ONU), prevê que este aumento será maior em torno do Ártico.

No extremo norte da Terra, a anomalia térmica poderá causar um aumento três vezes maior nas temperaturas do que no resto do mundo. Em geral, o planeta poderá ter que suportar, em alguns momentos muito particulares, temperaturas até 1,8 ºC mais elevadas do que a média do período 1850-1900, utilizado como referência porque é anterior a emissão de gases de efeito estufa procedentes da atividade humana e industrial.

O ano mais quente desde que tem registro foi 2016, quando se produziu um fenômeno El Niño muito intenso, mas as previsões da OMM indicam que é muito provável que esse nível seja ultrapassado antes de 2027.

Por outro lado, a OMM prevê que as chuvas podem ser mais intensas na região africana do Sael, no norte da Europa, no Alasca e no norte da Sibéria. São previstas condições mais secas em algumas partes da Amazônia, América Central, Indonésia e Austrália.

Uma parte desse aumento se explica pelo iminente início do fenômeno El Niño, que provoca alta de temperaturas globais e chuvas intensas ou secas em algumas zonas da América Latina, África e sul da Ásia. Recentemente, a OMM estimou que o El Niño poderia começar a se manifestar nos próximos meses coincidindo com o inverno austral e com o verão do hemisfério norte. /EFE

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