Polícia apura envio de cabeças de onças-pintadas do Pantanal para o exterior


PF deflagrou operação contra caça ilegal e biopirataria no Pantanal de Mato Grosso do Sul

Por José Maria Tomazela
Atualização:

Uma onça-pintada encontrada boiando sem cabeça nas águas do rio Paraguai-Mirim, em Corumbá, levou a Polícia Federal a realizar, nesta quinta-feira, 3, uma operação contra a caça ilegal e biopirataria no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, a cabeça do felino ameaçado de extinção foi vendida para o exterior.

Em operação recente, a polícia boliviana apreendeu dentes de onças-pintadas que seriam despachadas para a China pelo serviço postal da Bolívia. O material pode ser de onça abatida no Pantanal.

A Operação Yaguara (onça ou jaguar, em tupi-guarani) focou endereços de possíveis envolvidos na cidade e em fazendas da região. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e prenderam um suspeito por porte ilegal de arma. Uma espingarda de caça foi apreendida. Conforme a PF, as investigações continuam para identificar a extensão da rede de biopirataria que age no Pantanal.

Operação da PF mira caçadores que vendem partes de onças-pintadas para o exterior Foto: PF/Divulgação

De acordo com o médico veterinário Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e coordenador do projeto Felinos Pantaneiros, a onça que boiava no Paraguai-Mirim foi a sexta encontrada morta com indícios de caça na região desde 2016. Em três casos, foram encontrados projéteis de arma de fogo nos corpos.

Ele contou que apenas uma não estava dentro da água, mas na beira de um rio. “Para se desfazer da carcaça e sumir com as provas da caça, que é crime ambiental, o corpo é jogado no rio, onde acaba sendo atacado pelos peixes e afunda”, explicou.

Segundo ele, em junho deste ano dois homens foram presos após terem abatido duas onças-pardas, outro felino que vive no Pantanal. Eles alegaram que os felinos tinham atacado os bezerros do patrão e foram soltos após pagar R$ 13,2 mil de fiança para cada um.

Em Cáceres (MT), no Pantanal norte, um caçador foi preso, acusado de torturar e matar três onças-pintadas. Duas delas tiveram as cabeças cortadas. Ele gravou as ações em vídeo, o que possibilitou sua prisão. O caçador contou que receberia R$ 5 mil para cada cabeça de onça entregue a um intermediário.

O crime é punido com pena de 6 meses a 1 ano de detenção, mais multa de até R$ 5 mil. As investigações foram repassadas à Polícia Federal por suspeita de biopirataria.

Agentes da PF cumprem mandados de busca em Corumbá Foto: PF/Divulgação

Conforme Viana, o instituto faz o monitoramento da fauna na região e informa a Polícia Ambiental quando encontra um animal morto. “Até agora o principal motivo da caça à onça era o conflito com humano, quase sempre devido a ataques ao rebanho bovino. Nesse caso da onça com a cabeça cortada, é forte o indício de pirataria. O corte foi feito de forma precisa. É importante entender qual o papel que a biopirataria está tendo nesse processo de caça a um animal tão ameaçado”, disse.

Em sua página no Facebook, o pescador e ambientalista Reginaldo Stockler, conhecido como ‘Reginaldo Sucuri’, postou foto da cabeça de uma onça-pintada pendurada em uma árvore. No texto, ele afirma que a partir de maio, com as cheias do Pantanal, começa também a temporada de caça às onças que fogem das águas.

Conta ainda que fazendeiros pagariam até R$ 2 mil para os chamados ‘pistoleiros do gato’ por onça abatida. Procurado pela reportagem, Stockler ainda não deu retorno.

A PF informou que a operação identificou os suspeitos de terem matado e decapitado a onça-pintada. Eles vão responder em liberdade por crime ambiental. As investigações indicam que a cabeça do animal pode ter sido vendida como troféu de caça.

Conforme Viana, o registro de onça-pintada morta no Pantanal gera impacto negativo para o turismo da região. Entre as atividades oferecidas a turistas está o avistamento de animais selvagens em seu habitat e de forma sustentável.

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, atrás dos tigres e leões, mas está ameaçada de extinção no Brasil devido à caça ilegal, desmatamento e queimadas. Trata-se de um animal carnívoro e predador que está no topo da cadeia alimentar.

Um dos animais brasileiros mais ameaçados de extinção, a onça-pintada tem uma função ecológica importante, auxiliando no equilíbrio das populações de outros animais, como o javali, invasor que tem causado destruição de lavouras e pastagens.

Uma onça-pintada encontrada boiando sem cabeça nas águas do rio Paraguai-Mirim, em Corumbá, levou a Polícia Federal a realizar, nesta quinta-feira, 3, uma operação contra a caça ilegal e biopirataria no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, a cabeça do felino ameaçado de extinção foi vendida para o exterior.

Em operação recente, a polícia boliviana apreendeu dentes de onças-pintadas que seriam despachadas para a China pelo serviço postal da Bolívia. O material pode ser de onça abatida no Pantanal.

A Operação Yaguara (onça ou jaguar, em tupi-guarani) focou endereços de possíveis envolvidos na cidade e em fazendas da região. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e prenderam um suspeito por porte ilegal de arma. Uma espingarda de caça foi apreendida. Conforme a PF, as investigações continuam para identificar a extensão da rede de biopirataria que age no Pantanal.

Operação da PF mira caçadores que vendem partes de onças-pintadas para o exterior Foto: PF/Divulgação

De acordo com o médico veterinário Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e coordenador do projeto Felinos Pantaneiros, a onça que boiava no Paraguai-Mirim foi a sexta encontrada morta com indícios de caça na região desde 2016. Em três casos, foram encontrados projéteis de arma de fogo nos corpos.

Ele contou que apenas uma não estava dentro da água, mas na beira de um rio. “Para se desfazer da carcaça e sumir com as provas da caça, que é crime ambiental, o corpo é jogado no rio, onde acaba sendo atacado pelos peixes e afunda”, explicou.

Segundo ele, em junho deste ano dois homens foram presos após terem abatido duas onças-pardas, outro felino que vive no Pantanal. Eles alegaram que os felinos tinham atacado os bezerros do patrão e foram soltos após pagar R$ 13,2 mil de fiança para cada um.

Em Cáceres (MT), no Pantanal norte, um caçador foi preso, acusado de torturar e matar três onças-pintadas. Duas delas tiveram as cabeças cortadas. Ele gravou as ações em vídeo, o que possibilitou sua prisão. O caçador contou que receberia R$ 5 mil para cada cabeça de onça entregue a um intermediário.

O crime é punido com pena de 6 meses a 1 ano de detenção, mais multa de até R$ 5 mil. As investigações foram repassadas à Polícia Federal por suspeita de biopirataria.

Agentes da PF cumprem mandados de busca em Corumbá Foto: PF/Divulgação

Conforme Viana, o instituto faz o monitoramento da fauna na região e informa a Polícia Ambiental quando encontra um animal morto. “Até agora o principal motivo da caça à onça era o conflito com humano, quase sempre devido a ataques ao rebanho bovino. Nesse caso da onça com a cabeça cortada, é forte o indício de pirataria. O corte foi feito de forma precisa. É importante entender qual o papel que a biopirataria está tendo nesse processo de caça a um animal tão ameaçado”, disse.

Em sua página no Facebook, o pescador e ambientalista Reginaldo Stockler, conhecido como ‘Reginaldo Sucuri’, postou foto da cabeça de uma onça-pintada pendurada em uma árvore. No texto, ele afirma que a partir de maio, com as cheias do Pantanal, começa também a temporada de caça às onças que fogem das águas.

Conta ainda que fazendeiros pagariam até R$ 2 mil para os chamados ‘pistoleiros do gato’ por onça abatida. Procurado pela reportagem, Stockler ainda não deu retorno.

A PF informou que a operação identificou os suspeitos de terem matado e decapitado a onça-pintada. Eles vão responder em liberdade por crime ambiental. As investigações indicam que a cabeça do animal pode ter sido vendida como troféu de caça.

Conforme Viana, o registro de onça-pintada morta no Pantanal gera impacto negativo para o turismo da região. Entre as atividades oferecidas a turistas está o avistamento de animais selvagens em seu habitat e de forma sustentável.

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, atrás dos tigres e leões, mas está ameaçada de extinção no Brasil devido à caça ilegal, desmatamento e queimadas. Trata-se de um animal carnívoro e predador que está no topo da cadeia alimentar.

Um dos animais brasileiros mais ameaçados de extinção, a onça-pintada tem uma função ecológica importante, auxiliando no equilíbrio das populações de outros animais, como o javali, invasor que tem causado destruição de lavouras e pastagens.

Uma onça-pintada encontrada boiando sem cabeça nas águas do rio Paraguai-Mirim, em Corumbá, levou a Polícia Federal a realizar, nesta quinta-feira, 3, uma operação contra a caça ilegal e biopirataria no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, a cabeça do felino ameaçado de extinção foi vendida para o exterior.

Em operação recente, a polícia boliviana apreendeu dentes de onças-pintadas que seriam despachadas para a China pelo serviço postal da Bolívia. O material pode ser de onça abatida no Pantanal.

A Operação Yaguara (onça ou jaguar, em tupi-guarani) focou endereços de possíveis envolvidos na cidade e em fazendas da região. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e prenderam um suspeito por porte ilegal de arma. Uma espingarda de caça foi apreendida. Conforme a PF, as investigações continuam para identificar a extensão da rede de biopirataria que age no Pantanal.

Operação da PF mira caçadores que vendem partes de onças-pintadas para o exterior Foto: PF/Divulgação

De acordo com o médico veterinário Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e coordenador do projeto Felinos Pantaneiros, a onça que boiava no Paraguai-Mirim foi a sexta encontrada morta com indícios de caça na região desde 2016. Em três casos, foram encontrados projéteis de arma de fogo nos corpos.

Ele contou que apenas uma não estava dentro da água, mas na beira de um rio. “Para se desfazer da carcaça e sumir com as provas da caça, que é crime ambiental, o corpo é jogado no rio, onde acaba sendo atacado pelos peixes e afunda”, explicou.

Segundo ele, em junho deste ano dois homens foram presos após terem abatido duas onças-pardas, outro felino que vive no Pantanal. Eles alegaram que os felinos tinham atacado os bezerros do patrão e foram soltos após pagar R$ 13,2 mil de fiança para cada um.

Em Cáceres (MT), no Pantanal norte, um caçador foi preso, acusado de torturar e matar três onças-pintadas. Duas delas tiveram as cabeças cortadas. Ele gravou as ações em vídeo, o que possibilitou sua prisão. O caçador contou que receberia R$ 5 mil para cada cabeça de onça entregue a um intermediário.

O crime é punido com pena de 6 meses a 1 ano de detenção, mais multa de até R$ 5 mil. As investigações foram repassadas à Polícia Federal por suspeita de biopirataria.

Agentes da PF cumprem mandados de busca em Corumbá Foto: PF/Divulgação

Conforme Viana, o instituto faz o monitoramento da fauna na região e informa a Polícia Ambiental quando encontra um animal morto. “Até agora o principal motivo da caça à onça era o conflito com humano, quase sempre devido a ataques ao rebanho bovino. Nesse caso da onça com a cabeça cortada, é forte o indício de pirataria. O corte foi feito de forma precisa. É importante entender qual o papel que a biopirataria está tendo nesse processo de caça a um animal tão ameaçado”, disse.

Em sua página no Facebook, o pescador e ambientalista Reginaldo Stockler, conhecido como ‘Reginaldo Sucuri’, postou foto da cabeça de uma onça-pintada pendurada em uma árvore. No texto, ele afirma que a partir de maio, com as cheias do Pantanal, começa também a temporada de caça às onças que fogem das águas.

Conta ainda que fazendeiros pagariam até R$ 2 mil para os chamados ‘pistoleiros do gato’ por onça abatida. Procurado pela reportagem, Stockler ainda não deu retorno.

A PF informou que a operação identificou os suspeitos de terem matado e decapitado a onça-pintada. Eles vão responder em liberdade por crime ambiental. As investigações indicam que a cabeça do animal pode ter sido vendida como troféu de caça.

Conforme Viana, o registro de onça-pintada morta no Pantanal gera impacto negativo para o turismo da região. Entre as atividades oferecidas a turistas está o avistamento de animais selvagens em seu habitat e de forma sustentável.

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, atrás dos tigres e leões, mas está ameaçada de extinção no Brasil devido à caça ilegal, desmatamento e queimadas. Trata-se de um animal carnívoro e predador que está no topo da cadeia alimentar.

Um dos animais brasileiros mais ameaçados de extinção, a onça-pintada tem uma função ecológica importante, auxiliando no equilíbrio das populações de outros animais, como o javali, invasor que tem causado destruição de lavouras e pastagens.

Uma onça-pintada encontrada boiando sem cabeça nas águas do rio Paraguai-Mirim, em Corumbá, levou a Polícia Federal a realizar, nesta quinta-feira, 3, uma operação contra a caça ilegal e biopirataria no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, a cabeça do felino ameaçado de extinção foi vendida para o exterior.

Em operação recente, a polícia boliviana apreendeu dentes de onças-pintadas que seriam despachadas para a China pelo serviço postal da Bolívia. O material pode ser de onça abatida no Pantanal.

A Operação Yaguara (onça ou jaguar, em tupi-guarani) focou endereços de possíveis envolvidos na cidade e em fazendas da região. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e prenderam um suspeito por porte ilegal de arma. Uma espingarda de caça foi apreendida. Conforme a PF, as investigações continuam para identificar a extensão da rede de biopirataria que age no Pantanal.

Operação da PF mira caçadores que vendem partes de onças-pintadas para o exterior Foto: PF/Divulgação

De acordo com o médico veterinário Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e coordenador do projeto Felinos Pantaneiros, a onça que boiava no Paraguai-Mirim foi a sexta encontrada morta com indícios de caça na região desde 2016. Em três casos, foram encontrados projéteis de arma de fogo nos corpos.

Ele contou que apenas uma não estava dentro da água, mas na beira de um rio. “Para se desfazer da carcaça e sumir com as provas da caça, que é crime ambiental, o corpo é jogado no rio, onde acaba sendo atacado pelos peixes e afunda”, explicou.

Segundo ele, em junho deste ano dois homens foram presos após terem abatido duas onças-pardas, outro felino que vive no Pantanal. Eles alegaram que os felinos tinham atacado os bezerros do patrão e foram soltos após pagar R$ 13,2 mil de fiança para cada um.

Em Cáceres (MT), no Pantanal norte, um caçador foi preso, acusado de torturar e matar três onças-pintadas. Duas delas tiveram as cabeças cortadas. Ele gravou as ações em vídeo, o que possibilitou sua prisão. O caçador contou que receberia R$ 5 mil para cada cabeça de onça entregue a um intermediário.

O crime é punido com pena de 6 meses a 1 ano de detenção, mais multa de até R$ 5 mil. As investigações foram repassadas à Polícia Federal por suspeita de biopirataria.

Agentes da PF cumprem mandados de busca em Corumbá Foto: PF/Divulgação

Conforme Viana, o instituto faz o monitoramento da fauna na região e informa a Polícia Ambiental quando encontra um animal morto. “Até agora o principal motivo da caça à onça era o conflito com humano, quase sempre devido a ataques ao rebanho bovino. Nesse caso da onça com a cabeça cortada, é forte o indício de pirataria. O corte foi feito de forma precisa. É importante entender qual o papel que a biopirataria está tendo nesse processo de caça a um animal tão ameaçado”, disse.

Em sua página no Facebook, o pescador e ambientalista Reginaldo Stockler, conhecido como ‘Reginaldo Sucuri’, postou foto da cabeça de uma onça-pintada pendurada em uma árvore. No texto, ele afirma que a partir de maio, com as cheias do Pantanal, começa também a temporada de caça às onças que fogem das águas.

Conta ainda que fazendeiros pagariam até R$ 2 mil para os chamados ‘pistoleiros do gato’ por onça abatida. Procurado pela reportagem, Stockler ainda não deu retorno.

A PF informou que a operação identificou os suspeitos de terem matado e decapitado a onça-pintada. Eles vão responder em liberdade por crime ambiental. As investigações indicam que a cabeça do animal pode ter sido vendida como troféu de caça.

Conforme Viana, o registro de onça-pintada morta no Pantanal gera impacto negativo para o turismo da região. Entre as atividades oferecidas a turistas está o avistamento de animais selvagens em seu habitat e de forma sustentável.

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, atrás dos tigres e leões, mas está ameaçada de extinção no Brasil devido à caça ilegal, desmatamento e queimadas. Trata-se de um animal carnívoro e predador que está no topo da cadeia alimentar.

Um dos animais brasileiros mais ameaçados de extinção, a onça-pintada tem uma função ecológica importante, auxiliando no equilíbrio das populações de outros animais, como o javali, invasor que tem causado destruição de lavouras e pastagens.

Uma onça-pintada encontrada boiando sem cabeça nas águas do rio Paraguai-Mirim, em Corumbá, levou a Polícia Federal a realizar, nesta quinta-feira, 3, uma operação contra a caça ilegal e biopirataria no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, a cabeça do felino ameaçado de extinção foi vendida para o exterior.

Em operação recente, a polícia boliviana apreendeu dentes de onças-pintadas que seriam despachadas para a China pelo serviço postal da Bolívia. O material pode ser de onça abatida no Pantanal.

A Operação Yaguara (onça ou jaguar, em tupi-guarani) focou endereços de possíveis envolvidos na cidade e em fazendas da região. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e prenderam um suspeito por porte ilegal de arma. Uma espingarda de caça foi apreendida. Conforme a PF, as investigações continuam para identificar a extensão da rede de biopirataria que age no Pantanal.

Operação da PF mira caçadores que vendem partes de onças-pintadas para o exterior Foto: PF/Divulgação

De acordo com o médico veterinário Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e coordenador do projeto Felinos Pantaneiros, a onça que boiava no Paraguai-Mirim foi a sexta encontrada morta com indícios de caça na região desde 2016. Em três casos, foram encontrados projéteis de arma de fogo nos corpos.

Ele contou que apenas uma não estava dentro da água, mas na beira de um rio. “Para se desfazer da carcaça e sumir com as provas da caça, que é crime ambiental, o corpo é jogado no rio, onde acaba sendo atacado pelos peixes e afunda”, explicou.

Segundo ele, em junho deste ano dois homens foram presos após terem abatido duas onças-pardas, outro felino que vive no Pantanal. Eles alegaram que os felinos tinham atacado os bezerros do patrão e foram soltos após pagar R$ 13,2 mil de fiança para cada um.

Em Cáceres (MT), no Pantanal norte, um caçador foi preso, acusado de torturar e matar três onças-pintadas. Duas delas tiveram as cabeças cortadas. Ele gravou as ações em vídeo, o que possibilitou sua prisão. O caçador contou que receberia R$ 5 mil para cada cabeça de onça entregue a um intermediário.

O crime é punido com pena de 6 meses a 1 ano de detenção, mais multa de até R$ 5 mil. As investigações foram repassadas à Polícia Federal por suspeita de biopirataria.

Agentes da PF cumprem mandados de busca em Corumbá Foto: PF/Divulgação

Conforme Viana, o instituto faz o monitoramento da fauna na região e informa a Polícia Ambiental quando encontra um animal morto. “Até agora o principal motivo da caça à onça era o conflito com humano, quase sempre devido a ataques ao rebanho bovino. Nesse caso da onça com a cabeça cortada, é forte o indício de pirataria. O corte foi feito de forma precisa. É importante entender qual o papel que a biopirataria está tendo nesse processo de caça a um animal tão ameaçado”, disse.

Em sua página no Facebook, o pescador e ambientalista Reginaldo Stockler, conhecido como ‘Reginaldo Sucuri’, postou foto da cabeça de uma onça-pintada pendurada em uma árvore. No texto, ele afirma que a partir de maio, com as cheias do Pantanal, começa também a temporada de caça às onças que fogem das águas.

Conta ainda que fazendeiros pagariam até R$ 2 mil para os chamados ‘pistoleiros do gato’ por onça abatida. Procurado pela reportagem, Stockler ainda não deu retorno.

A PF informou que a operação identificou os suspeitos de terem matado e decapitado a onça-pintada. Eles vão responder em liberdade por crime ambiental. As investigações indicam que a cabeça do animal pode ter sido vendida como troféu de caça.

Conforme Viana, o registro de onça-pintada morta no Pantanal gera impacto negativo para o turismo da região. Entre as atividades oferecidas a turistas está o avistamento de animais selvagens em seu habitat e de forma sustentável.

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, atrás dos tigres e leões, mas está ameaçada de extinção no Brasil devido à caça ilegal, desmatamento e queimadas. Trata-se de um animal carnívoro e predador que está no topo da cadeia alimentar.

Um dos animais brasileiros mais ameaçados de extinção, a onça-pintada tem uma função ecológica importante, auxiliando no equilíbrio das populações de outros animais, como o javali, invasor que tem causado destruição de lavouras e pastagens.

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