Poluição do ar custa mais de R$ 8 bi por ano ao Brasil em mortes prematuras nas capitais, diz estudo


A conclusão é do estudo Mudança do Clima e Saúde Urbana - Impactos e Oportunidades para as Cidades Brasileiras, feito pelo Disclosure Insight Acion (CDP)

Por Marcelo Godoy

A poluição do ar causa um custo de mais de US$ 1,7 bilhões (cerca de R$ 8,5 bilhões) por ano no Brasil em razão das mortes prematuras que ela provoca em 27 capitais brasileiras. A conclusão é do estudo Mudança do Clima e Saúde Urbana - Impactos e Oportunidades para as Cidades Brasileiras, feito pelo Disclosure Insight Acion (CDP). O estudo envolveu 92 cidades brasileiras, que abrigam cerca de 55 milhões de habitantes, representando 25% da população brasileira. Foram analisados os principais riscos à saúde causados por fatores ambientais.

O CDP é uma organização sem fins lucrativos. Ela representa mais de 500 investidores globais que movimentam US$ 100 trilhões em ativos e opera um sistema global de divulgação de informações para que investidores, empresas, cidades e Estados avaliem impactos ambientais. O estudo patrocinado pelo CDP será apresentado hoje no Diálogos – Futuro Sustentável, um evento do Instituto Clima e Sociedade (ICS) e da Embaixada da Alemanha no Brasil. 

Vista da Marginal Tietê, em São Paulo, com alto índice de poluição do ar Foto: Daniel Teixeira/Estadão

De acordo com dados citados pelo estudo, 60% do material particulado respirado no País tem como origem queimadas na região amazônica. Só em 2019 – um ano antes da pandemia de covid-19 –, foram registradas 2,5 mil hospitalizações por mês de crianças na Amazônia em razão da fumaça das queimadas. 

De acordo com dados do estudo, ao todo, 83 municípios brasileiros identificaram a existência de 307 perigos climáticos, como inundações (55), tempestades (41), secas (41) e causados por insetos ou outros vetores (38). Foram 32 as cidades que indicaram aos pesquisadores enfrentar 400 riscos diferentes em seu sistema de saúde em razão das mudanças climáticas. 

O impacto associado à saúde mais comum relatado está relacionado aos casos de doenças transmissíveis, como malária e dengue (51 citações). Mas houve ainda indicações sobre a interrupção da prestação do serviço de saúde (38), doenças relacionadas ao calor (35), lesões físicas e mortes (33) e outras doenças (31). 

Os pesquisadores encontraram 11 cidades que já têm planos de adaptação climática e 26 já criaram um inventário de emissões de gases de efeito estufa em sua área. Foram encontradas ainda 188 ações já tomadas pelas administrações municipais para mitigar as emissões em 43 das cidades estudadas. As mais comuns estão ligadas ao transporte público e à mobilidade urbana (49 casos) e o gerenciamento de resíduos (26). 

Para os autores do estudos, uma das razões para se investir em medidas de combate à mudanças climáticas é redução dos gastos com o sistema de saúde. Cada dólar despendido nos EUA com melhoras na condição do ar pode provocar uma economia de até US$ 32 em custos sociais com saúde. No Brasil, isso poderia significar a prevenção de 5 mil mortes anuais e a economia de US$ 15 bilhões por ano. 

Para os responsáveis pelo estudo, “o combate às queimadas, a promoção do transporte público limpo e qualidade, ações para populações que vivem em locais de risco em caso de evento climático extremo, entre outras, são formas de engajamento das autoridades locais que terão impacto no meio ambiente, na economia e na saúde da população”. 

A poluição do ar causa um custo de mais de US$ 1,7 bilhões (cerca de R$ 8,5 bilhões) por ano no Brasil em razão das mortes prematuras que ela provoca em 27 capitais brasileiras. A conclusão é do estudo Mudança do Clima e Saúde Urbana - Impactos e Oportunidades para as Cidades Brasileiras, feito pelo Disclosure Insight Acion (CDP). O estudo envolveu 92 cidades brasileiras, que abrigam cerca de 55 milhões de habitantes, representando 25% da população brasileira. Foram analisados os principais riscos à saúde causados por fatores ambientais.

O CDP é uma organização sem fins lucrativos. Ela representa mais de 500 investidores globais que movimentam US$ 100 trilhões em ativos e opera um sistema global de divulgação de informações para que investidores, empresas, cidades e Estados avaliem impactos ambientais. O estudo patrocinado pelo CDP será apresentado hoje no Diálogos – Futuro Sustentável, um evento do Instituto Clima e Sociedade (ICS) e da Embaixada da Alemanha no Brasil. 

Vista da Marginal Tietê, em São Paulo, com alto índice de poluição do ar Foto: Daniel Teixeira/Estadão

De acordo com dados citados pelo estudo, 60% do material particulado respirado no País tem como origem queimadas na região amazônica. Só em 2019 – um ano antes da pandemia de covid-19 –, foram registradas 2,5 mil hospitalizações por mês de crianças na Amazônia em razão da fumaça das queimadas. 

De acordo com dados do estudo, ao todo, 83 municípios brasileiros identificaram a existência de 307 perigos climáticos, como inundações (55), tempestades (41), secas (41) e causados por insetos ou outros vetores (38). Foram 32 as cidades que indicaram aos pesquisadores enfrentar 400 riscos diferentes em seu sistema de saúde em razão das mudanças climáticas. 

O impacto associado à saúde mais comum relatado está relacionado aos casos de doenças transmissíveis, como malária e dengue (51 citações). Mas houve ainda indicações sobre a interrupção da prestação do serviço de saúde (38), doenças relacionadas ao calor (35), lesões físicas e mortes (33) e outras doenças (31). 

Os pesquisadores encontraram 11 cidades que já têm planos de adaptação climática e 26 já criaram um inventário de emissões de gases de efeito estufa em sua área. Foram encontradas ainda 188 ações já tomadas pelas administrações municipais para mitigar as emissões em 43 das cidades estudadas. As mais comuns estão ligadas ao transporte público e à mobilidade urbana (49 casos) e o gerenciamento de resíduos (26). 

Para os autores do estudos, uma das razões para se investir em medidas de combate à mudanças climáticas é redução dos gastos com o sistema de saúde. Cada dólar despendido nos EUA com melhoras na condição do ar pode provocar uma economia de até US$ 32 em custos sociais com saúde. No Brasil, isso poderia significar a prevenção de 5 mil mortes anuais e a economia de US$ 15 bilhões por ano. 

Para os responsáveis pelo estudo, “o combate às queimadas, a promoção do transporte público limpo e qualidade, ações para populações que vivem em locais de risco em caso de evento climático extremo, entre outras, são formas de engajamento das autoridades locais que terão impacto no meio ambiente, na economia e na saúde da população”. 

A poluição do ar causa um custo de mais de US$ 1,7 bilhões (cerca de R$ 8,5 bilhões) por ano no Brasil em razão das mortes prematuras que ela provoca em 27 capitais brasileiras. A conclusão é do estudo Mudança do Clima e Saúde Urbana - Impactos e Oportunidades para as Cidades Brasileiras, feito pelo Disclosure Insight Acion (CDP). O estudo envolveu 92 cidades brasileiras, que abrigam cerca de 55 milhões de habitantes, representando 25% da população brasileira. Foram analisados os principais riscos à saúde causados por fatores ambientais.

O CDP é uma organização sem fins lucrativos. Ela representa mais de 500 investidores globais que movimentam US$ 100 trilhões em ativos e opera um sistema global de divulgação de informações para que investidores, empresas, cidades e Estados avaliem impactos ambientais. O estudo patrocinado pelo CDP será apresentado hoje no Diálogos – Futuro Sustentável, um evento do Instituto Clima e Sociedade (ICS) e da Embaixada da Alemanha no Brasil. 

Vista da Marginal Tietê, em São Paulo, com alto índice de poluição do ar Foto: Daniel Teixeira/Estadão

De acordo com dados citados pelo estudo, 60% do material particulado respirado no País tem como origem queimadas na região amazônica. Só em 2019 – um ano antes da pandemia de covid-19 –, foram registradas 2,5 mil hospitalizações por mês de crianças na Amazônia em razão da fumaça das queimadas. 

De acordo com dados do estudo, ao todo, 83 municípios brasileiros identificaram a existência de 307 perigos climáticos, como inundações (55), tempestades (41), secas (41) e causados por insetos ou outros vetores (38). Foram 32 as cidades que indicaram aos pesquisadores enfrentar 400 riscos diferentes em seu sistema de saúde em razão das mudanças climáticas. 

O impacto associado à saúde mais comum relatado está relacionado aos casos de doenças transmissíveis, como malária e dengue (51 citações). Mas houve ainda indicações sobre a interrupção da prestação do serviço de saúde (38), doenças relacionadas ao calor (35), lesões físicas e mortes (33) e outras doenças (31). 

Os pesquisadores encontraram 11 cidades que já têm planos de adaptação climática e 26 já criaram um inventário de emissões de gases de efeito estufa em sua área. Foram encontradas ainda 188 ações já tomadas pelas administrações municipais para mitigar as emissões em 43 das cidades estudadas. As mais comuns estão ligadas ao transporte público e à mobilidade urbana (49 casos) e o gerenciamento de resíduos (26). 

Para os autores do estudos, uma das razões para se investir em medidas de combate à mudanças climáticas é redução dos gastos com o sistema de saúde. Cada dólar despendido nos EUA com melhoras na condição do ar pode provocar uma economia de até US$ 32 em custos sociais com saúde. No Brasil, isso poderia significar a prevenção de 5 mil mortes anuais e a economia de US$ 15 bilhões por ano. 

Para os responsáveis pelo estudo, “o combate às queimadas, a promoção do transporte público limpo e qualidade, ações para populações que vivem em locais de risco em caso de evento climático extremo, entre outras, são formas de engajamento das autoridades locais que terão impacto no meio ambiente, na economia e na saúde da população”. 

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