População de baleias jubarte está perto de se recuperar totalmente, mostra censo aéreo no Brasil


O atual número de animais é comparável ao de 200 anos atrás, quando a estimativa era de que existiam entre 27 mil e 30 mil baleias da espécie em águas brasileiras

Por Giovanna Castro

A população brasileira de baleias jubarte, que estava ameaçada de extinção, está perto de se recuperar totalmente após um trabalho de proteção da espécie. O mais recente monitoramento aéreo feito pelo Instituto Baleia Jubarte estima que existam hoje 25 mil animais da espécie no litoral do País. O número é próximo ao de 200 anos atrás, quando a população estava entre 27 mil e 30 mil.

O monitoramento, que acontece a cada três anos, foi realizado em agosto de 2022 e cobriu uma distância de 6.200 quilômetros entre a divisa do Ceará com o Rio Grande do Norte até o litoral norte de São Paulo, desde a costa a até o mar aberto. No primeiro registro, feito em 2003, havia apenas 3.660 baleias jubartes em águas brasileiras, aproximadamente 15% do que existe hoje.

“Depois de décadas de atuação na proteção das baleias, ver essa população quase totalmente recuperada dá uma enorme alegria e uma sensação de dever quase cumprido. Quase, porque sempre temos que atuar para evitar que as baleias voltem a ser ameaçadas por impactos das atividades humanas”, disse o biólogo Enrico Marcovaldi, um dos fundadores do Projeto Baleia Jubarte, à Agência Brasil.

As baleias jubarte podem ter até 16 metros de comprimento e pesar cerca de 40 toneladas. Foto: Instituto Baleia Jubarte

Projeto de recuperação

A caça da jubarte foi proibida em 1966 no Brasil. No entanto, especialistas apontam que, em diferentes Estados, a prática ainda era muito frequente. Em 1986, uma moratória internacional proibiu a caça comercial por cinco anos e, em 1987, o País ganhou uma lei proibindo definitivamente a caça à espécie com o objetivo de frear o processo de extinção.

De acordo com o Instituto Baleia Jubarte, o monitoramento das baleias ao longo dos anos foi determinante para a adoção de medidas que ajudaram na preservação da espécie, em especial na época da reprodução.

Segundo a bióloga Márcia Engel, coordenadora do monitoramento, o estudo foi o mais longo já realizado com uma população de baleias no Brasil. Isso permitiu acompanhar não apenas a recuperação do número de animais da espécie, como a forma como foram reocupando o território.

“Foi baseado nos resultados deste monitoramento que o Ministério do Meio Ambiente, em 2014, retirou a baleia jubarte da Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção”, disse a bióloga.

Berçário de baleias

As baleias jubarte vêm ao Brasil para acasalarem. Elas costumam ficar de junho a novembro, em especial na região de Abrolhos, no sul da Bahia um importante berçário da espécie.

Em outubro, os animais que vieram só acasalar e ainda não tiveram filhotes, assim como alguns machos, já começam a migrar para a área de alimentação, que fica na Antártida. Já as baleias que têm filhotes no litoral brasileiro permanecem até novembro.

Os animais que nascem em águas brasileiras passam o inverno e a primavera no País. É o tempo de o filhote desenvolver a camada de gordura para enfrentar as áreas subantárticas, além de ganhar mais músculos para acompanhar a mãe, explica Milton Marcondes, médico veterinário e coordenador de pesquisa do instituto. / Com informações da Agência Brasil

A população brasileira de baleias jubarte, que estava ameaçada de extinção, está perto de se recuperar totalmente após um trabalho de proteção da espécie. O mais recente monitoramento aéreo feito pelo Instituto Baleia Jubarte estima que existam hoje 25 mil animais da espécie no litoral do País. O número é próximo ao de 200 anos atrás, quando a população estava entre 27 mil e 30 mil.

O monitoramento, que acontece a cada três anos, foi realizado em agosto de 2022 e cobriu uma distância de 6.200 quilômetros entre a divisa do Ceará com o Rio Grande do Norte até o litoral norte de São Paulo, desde a costa a até o mar aberto. No primeiro registro, feito em 2003, havia apenas 3.660 baleias jubartes em águas brasileiras, aproximadamente 15% do que existe hoje.

“Depois de décadas de atuação na proteção das baleias, ver essa população quase totalmente recuperada dá uma enorme alegria e uma sensação de dever quase cumprido. Quase, porque sempre temos que atuar para evitar que as baleias voltem a ser ameaçadas por impactos das atividades humanas”, disse o biólogo Enrico Marcovaldi, um dos fundadores do Projeto Baleia Jubarte, à Agência Brasil.

As baleias jubarte podem ter até 16 metros de comprimento e pesar cerca de 40 toneladas. Foto: Instituto Baleia Jubarte

Projeto de recuperação

A caça da jubarte foi proibida em 1966 no Brasil. No entanto, especialistas apontam que, em diferentes Estados, a prática ainda era muito frequente. Em 1986, uma moratória internacional proibiu a caça comercial por cinco anos e, em 1987, o País ganhou uma lei proibindo definitivamente a caça à espécie com o objetivo de frear o processo de extinção.

De acordo com o Instituto Baleia Jubarte, o monitoramento das baleias ao longo dos anos foi determinante para a adoção de medidas que ajudaram na preservação da espécie, em especial na época da reprodução.

Segundo a bióloga Márcia Engel, coordenadora do monitoramento, o estudo foi o mais longo já realizado com uma população de baleias no Brasil. Isso permitiu acompanhar não apenas a recuperação do número de animais da espécie, como a forma como foram reocupando o território.

“Foi baseado nos resultados deste monitoramento que o Ministério do Meio Ambiente, em 2014, retirou a baleia jubarte da Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção”, disse a bióloga.

Berçário de baleias

As baleias jubarte vêm ao Brasil para acasalarem. Elas costumam ficar de junho a novembro, em especial na região de Abrolhos, no sul da Bahia um importante berçário da espécie.

Em outubro, os animais que vieram só acasalar e ainda não tiveram filhotes, assim como alguns machos, já começam a migrar para a área de alimentação, que fica na Antártida. Já as baleias que têm filhotes no litoral brasileiro permanecem até novembro.

Os animais que nascem em águas brasileiras passam o inverno e a primavera no País. É o tempo de o filhote desenvolver a camada de gordura para enfrentar as áreas subantárticas, além de ganhar mais músculos para acompanhar a mãe, explica Milton Marcondes, médico veterinário e coordenador de pesquisa do instituto. / Com informações da Agência Brasil

A população brasileira de baleias jubarte, que estava ameaçada de extinção, está perto de se recuperar totalmente após um trabalho de proteção da espécie. O mais recente monitoramento aéreo feito pelo Instituto Baleia Jubarte estima que existam hoje 25 mil animais da espécie no litoral do País. O número é próximo ao de 200 anos atrás, quando a população estava entre 27 mil e 30 mil.

O monitoramento, que acontece a cada três anos, foi realizado em agosto de 2022 e cobriu uma distância de 6.200 quilômetros entre a divisa do Ceará com o Rio Grande do Norte até o litoral norte de São Paulo, desde a costa a até o mar aberto. No primeiro registro, feito em 2003, havia apenas 3.660 baleias jubartes em águas brasileiras, aproximadamente 15% do que existe hoje.

“Depois de décadas de atuação na proteção das baleias, ver essa população quase totalmente recuperada dá uma enorme alegria e uma sensação de dever quase cumprido. Quase, porque sempre temos que atuar para evitar que as baleias voltem a ser ameaçadas por impactos das atividades humanas”, disse o biólogo Enrico Marcovaldi, um dos fundadores do Projeto Baleia Jubarte, à Agência Brasil.

As baleias jubarte podem ter até 16 metros de comprimento e pesar cerca de 40 toneladas. Foto: Instituto Baleia Jubarte

Projeto de recuperação

A caça da jubarte foi proibida em 1966 no Brasil. No entanto, especialistas apontam que, em diferentes Estados, a prática ainda era muito frequente. Em 1986, uma moratória internacional proibiu a caça comercial por cinco anos e, em 1987, o País ganhou uma lei proibindo definitivamente a caça à espécie com o objetivo de frear o processo de extinção.

De acordo com o Instituto Baleia Jubarte, o monitoramento das baleias ao longo dos anos foi determinante para a adoção de medidas que ajudaram na preservação da espécie, em especial na época da reprodução.

Segundo a bióloga Márcia Engel, coordenadora do monitoramento, o estudo foi o mais longo já realizado com uma população de baleias no Brasil. Isso permitiu acompanhar não apenas a recuperação do número de animais da espécie, como a forma como foram reocupando o território.

“Foi baseado nos resultados deste monitoramento que o Ministério do Meio Ambiente, em 2014, retirou a baleia jubarte da Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção”, disse a bióloga.

Berçário de baleias

As baleias jubarte vêm ao Brasil para acasalarem. Elas costumam ficar de junho a novembro, em especial na região de Abrolhos, no sul da Bahia um importante berçário da espécie.

Em outubro, os animais que vieram só acasalar e ainda não tiveram filhotes, assim como alguns machos, já começam a migrar para a área de alimentação, que fica na Antártida. Já as baleias que têm filhotes no litoral brasileiro permanecem até novembro.

Os animais que nascem em águas brasileiras passam o inverno e a primavera no País. É o tempo de o filhote desenvolver a camada de gordura para enfrentar as áreas subantárticas, além de ganhar mais músculos para acompanhar a mãe, explica Milton Marcondes, médico veterinário e coordenador de pesquisa do instituto. / Com informações da Agência Brasil

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