Por que está tão quente? Entenda o que está causando a onda de calor no Brasil


Uma grande massa de ar seco e quente se intensifica sobre o País e aumenta a temperatura em diversos Estados brasileiros

Por Renata Okumura
Atualização:

A onda de calor que se espalha nesta semana pelo Brasil está fazendo com que muitos Estados registrem temperaturas excepcionalmente altas - acima dos 40ºC em algumas localidades - para os padrões do mês de agosto, podendo registrar, inclusive, recordes em pleno inverno.

Conforme a Climatempo, essa situação climática é decorrente de uma grande massa de ar seco e quente que ganhou força sobre o País no decorrer desta semana, atuando sobre praticamente todas as regiões. Estima-se que as altas temperaturas permaneçam até sábado, 26, quando está prevista uma nova frente fria.

“Embora seja um mês de inverno no Hemisfério Sul, o calor intenso é uma condição comum em agosto nos Estados do Centro-Oeste, interior do Nordeste e centro-sul da região Norte, em locais como Tocantins, Rondônia, Acre e o centro-sul e leste do Pará”, acrescenta a Climatempo.

Neste período, também é possível observar ao longo de agosto um aumento do calor no interior de Minas Gerais e de São Paulo. “Somente em algumas situações especiais, há incursões de ar quente até sobre os Estados da região Sul, provocando extremos de calor, em relação ao padrão normal de temperaturas para este mês”, afirma a empresa brasileira de meteorologia.

Termômetro registra 32°C na Avenida Aricanduva, na capital paulista, na tarde desta quarta-feira, 23. A região poderá registrar a mais alta temperatura de 2023, até agora, com previsão de 34°C.  Foto: Werther Santana/Estadão

Ventos em baixos níveis da atmosfera

A MetSul ressalta que o calor extremo para agosto é uma consequência da atuação de uma forte corrente de jato, ou seja, ventos em baixos níveis da atmosfera que transportam ar muitíssimo quente do Norte do Brasil e áreas mais ao Norte do Centro-Oeste em direção ao Sul e o Sudeste.

Ainda de acordo com a MetSul, a massa de ar extremamente quente cobre o Norte do Brasil e seus efeitos se estendem tanto para o Centro-Oeste quanto Nordeste do país com temperaturas máximas perto ou acima de 40ºC. “A massa de ar é tão quente que a temperatura supera 40ºC em áreas da floresta amazônica, onde normalmente a excessiva umidade impede valores tão extremos de temperatura”, afirma a empresa de meteorologia.

O calor desta quarta-feira, 23, também vai se estender com muita força para o Sudeste do Brasil, onde a tarde vai ser atingir máximas de 35ºC a 40ºC em vários municípios.

Vista do amanhecer a partir da zona norte da capital paulista nesta manhã de quarta-feira, 23. Dia continua sem chuva, com muito sol e umidade do ar baixa. Foto: Werther Santana/Estadão

Nesta quarta-feira, São Paulo continua sem chuva, com muito sol e umidade do ar baixa, e poderá registrar a mais alta temperatura deste ano, até agora, com previsão de 34°C. O recorde de calor atual é de 32,5°C, em 16 de janeiro, de acordo com a Climatempo.

“O valor de 34°C é uma temperatura muito acima do normal para agosto na cidade de São Paulo, quase 10°C acima da média histórica de temperatura máxima para agosto, que é de 24,5°C. Se a previsão de 34°C se confirmar, esta quarta-feira passará a ser o dia mais quente de agosto já sentido na cidade de São Paulo em 80 anos”, acrescenta a Climatempo.

Situação incomum para agosto

Segundo o meteorologista Vinícius Lucyrio, da equipe de previsão climática da Climatempo, a situação é de um calor excepcional para agosto.

“Teremos temperaturas no nível de 850 hPa (em torno de 1500 metros de altitude) acima dos 27°C em uma ampla área do País, situação que é mais ‘típica’ entre setembro e outubro. Típica entre aspas, pois essa condição está ficando cada vez mais frequente”, afirma Lucyrio.

O meteorologista acrescenta que esse calor é refletido na superfície. “No nível superficial, isso se traduz em amplas áreas com temperaturas pouco acima dos 40°C no Tocantins, em Mato Grosso, no norte e oeste de Goiás. O norte e o leste de Mato Grosso do Sul e até mesmo em pontos do oeste e noroeste de São Paulo poderão ter temperaturas próximas ou até um pouco acima dos 40°C e acredito que nunca tivemos registros assim em agosto”, estima ele.

Nesta semana, as temperaturas também podem chegar aos 37°C em Campo Grande e Goiânia, aos 42°C em Cuiabá, 34°C em Brasília e 39°C no Rio de Janeiro. Ou seja, há previsão de novos recordes para o mês de agosto.

Picos de calor no decorrer do mês

Ao longo deste mês, já foram observadas temperaturas muito acima do normal em alguns Estados brasileiros. Conforme a Climatempo, entre 1 e 12 de agosto, Cuiabá, em Mato Grosso, registrou temperaturas entre 38°C e 40°C, com pico de 40,4°C no dia 10, que é o atual recorde de calor neste ano. A média normal de temperatura máxima para agosto é de 34,7°C, pelo cálculo para o período de 1991 a 2020.

No mesmo dia 10, a temperatura já chegou aos 38,2°C em Coxim, no Mato Grosso do Sul. Já a cidade de São Paulo registrou temperaturas na casa dos 30°C por mais de uma vez em agosto, sendo que a média normal da temperatura máxima para este mês fica em torno dos 24°C.

No Rio de Janeiro, o calor também esteve presente, sendo registrado 34,6°C em 11 de agosto, que também é uma temperatura muito alta para esta época do ano. Até o Rio Grande do Sul, de acordo com a Climatempo, registrou 33,1°C no 17 de agosto, 12°C acima da média normal de temperatura máxima para agosto que fica em torno de 21°C.

A onda de calor que se espalha nesta semana pelo Brasil está fazendo com que muitos Estados registrem temperaturas excepcionalmente altas - acima dos 40ºC em algumas localidades - para os padrões do mês de agosto, podendo registrar, inclusive, recordes em pleno inverno.

Conforme a Climatempo, essa situação climática é decorrente de uma grande massa de ar seco e quente que ganhou força sobre o País no decorrer desta semana, atuando sobre praticamente todas as regiões. Estima-se que as altas temperaturas permaneçam até sábado, 26, quando está prevista uma nova frente fria.

“Embora seja um mês de inverno no Hemisfério Sul, o calor intenso é uma condição comum em agosto nos Estados do Centro-Oeste, interior do Nordeste e centro-sul da região Norte, em locais como Tocantins, Rondônia, Acre e o centro-sul e leste do Pará”, acrescenta a Climatempo.

Neste período, também é possível observar ao longo de agosto um aumento do calor no interior de Minas Gerais e de São Paulo. “Somente em algumas situações especiais, há incursões de ar quente até sobre os Estados da região Sul, provocando extremos de calor, em relação ao padrão normal de temperaturas para este mês”, afirma a empresa brasileira de meteorologia.

Termômetro registra 32°C na Avenida Aricanduva, na capital paulista, na tarde desta quarta-feira, 23. A região poderá registrar a mais alta temperatura de 2023, até agora, com previsão de 34°C.  Foto: Werther Santana/Estadão

Ventos em baixos níveis da atmosfera

A MetSul ressalta que o calor extremo para agosto é uma consequência da atuação de uma forte corrente de jato, ou seja, ventos em baixos níveis da atmosfera que transportam ar muitíssimo quente do Norte do Brasil e áreas mais ao Norte do Centro-Oeste em direção ao Sul e o Sudeste.

Ainda de acordo com a MetSul, a massa de ar extremamente quente cobre o Norte do Brasil e seus efeitos se estendem tanto para o Centro-Oeste quanto Nordeste do país com temperaturas máximas perto ou acima de 40ºC. “A massa de ar é tão quente que a temperatura supera 40ºC em áreas da floresta amazônica, onde normalmente a excessiva umidade impede valores tão extremos de temperatura”, afirma a empresa de meteorologia.

O calor desta quarta-feira, 23, também vai se estender com muita força para o Sudeste do Brasil, onde a tarde vai ser atingir máximas de 35ºC a 40ºC em vários municípios.

Vista do amanhecer a partir da zona norte da capital paulista nesta manhã de quarta-feira, 23. Dia continua sem chuva, com muito sol e umidade do ar baixa. Foto: Werther Santana/Estadão

Nesta quarta-feira, São Paulo continua sem chuva, com muito sol e umidade do ar baixa, e poderá registrar a mais alta temperatura deste ano, até agora, com previsão de 34°C. O recorde de calor atual é de 32,5°C, em 16 de janeiro, de acordo com a Climatempo.

“O valor de 34°C é uma temperatura muito acima do normal para agosto na cidade de São Paulo, quase 10°C acima da média histórica de temperatura máxima para agosto, que é de 24,5°C. Se a previsão de 34°C se confirmar, esta quarta-feira passará a ser o dia mais quente de agosto já sentido na cidade de São Paulo em 80 anos”, acrescenta a Climatempo.

Situação incomum para agosto

Segundo o meteorologista Vinícius Lucyrio, da equipe de previsão climática da Climatempo, a situação é de um calor excepcional para agosto.

“Teremos temperaturas no nível de 850 hPa (em torno de 1500 metros de altitude) acima dos 27°C em uma ampla área do País, situação que é mais ‘típica’ entre setembro e outubro. Típica entre aspas, pois essa condição está ficando cada vez mais frequente”, afirma Lucyrio.

O meteorologista acrescenta que esse calor é refletido na superfície. “No nível superficial, isso se traduz em amplas áreas com temperaturas pouco acima dos 40°C no Tocantins, em Mato Grosso, no norte e oeste de Goiás. O norte e o leste de Mato Grosso do Sul e até mesmo em pontos do oeste e noroeste de São Paulo poderão ter temperaturas próximas ou até um pouco acima dos 40°C e acredito que nunca tivemos registros assim em agosto”, estima ele.

Nesta semana, as temperaturas também podem chegar aos 37°C em Campo Grande e Goiânia, aos 42°C em Cuiabá, 34°C em Brasília e 39°C no Rio de Janeiro. Ou seja, há previsão de novos recordes para o mês de agosto.

Picos de calor no decorrer do mês

Ao longo deste mês, já foram observadas temperaturas muito acima do normal em alguns Estados brasileiros. Conforme a Climatempo, entre 1 e 12 de agosto, Cuiabá, em Mato Grosso, registrou temperaturas entre 38°C e 40°C, com pico de 40,4°C no dia 10, que é o atual recorde de calor neste ano. A média normal de temperatura máxima para agosto é de 34,7°C, pelo cálculo para o período de 1991 a 2020.

No mesmo dia 10, a temperatura já chegou aos 38,2°C em Coxim, no Mato Grosso do Sul. Já a cidade de São Paulo registrou temperaturas na casa dos 30°C por mais de uma vez em agosto, sendo que a média normal da temperatura máxima para este mês fica em torno dos 24°C.

No Rio de Janeiro, o calor também esteve presente, sendo registrado 34,6°C em 11 de agosto, que também é uma temperatura muito alta para esta época do ano. Até o Rio Grande do Sul, de acordo com a Climatempo, registrou 33,1°C no 17 de agosto, 12°C acima da média normal de temperatura máxima para agosto que fica em torno de 21°C.

A onda de calor que se espalha nesta semana pelo Brasil está fazendo com que muitos Estados registrem temperaturas excepcionalmente altas - acima dos 40ºC em algumas localidades - para os padrões do mês de agosto, podendo registrar, inclusive, recordes em pleno inverno.

Conforme a Climatempo, essa situação climática é decorrente de uma grande massa de ar seco e quente que ganhou força sobre o País no decorrer desta semana, atuando sobre praticamente todas as regiões. Estima-se que as altas temperaturas permaneçam até sábado, 26, quando está prevista uma nova frente fria.

“Embora seja um mês de inverno no Hemisfério Sul, o calor intenso é uma condição comum em agosto nos Estados do Centro-Oeste, interior do Nordeste e centro-sul da região Norte, em locais como Tocantins, Rondônia, Acre e o centro-sul e leste do Pará”, acrescenta a Climatempo.

Neste período, também é possível observar ao longo de agosto um aumento do calor no interior de Minas Gerais e de São Paulo. “Somente em algumas situações especiais, há incursões de ar quente até sobre os Estados da região Sul, provocando extremos de calor, em relação ao padrão normal de temperaturas para este mês”, afirma a empresa brasileira de meteorologia.

Termômetro registra 32°C na Avenida Aricanduva, na capital paulista, na tarde desta quarta-feira, 23. A região poderá registrar a mais alta temperatura de 2023, até agora, com previsão de 34°C.  Foto: Werther Santana/Estadão

Ventos em baixos níveis da atmosfera

A MetSul ressalta que o calor extremo para agosto é uma consequência da atuação de uma forte corrente de jato, ou seja, ventos em baixos níveis da atmosfera que transportam ar muitíssimo quente do Norte do Brasil e áreas mais ao Norte do Centro-Oeste em direção ao Sul e o Sudeste.

Ainda de acordo com a MetSul, a massa de ar extremamente quente cobre o Norte do Brasil e seus efeitos se estendem tanto para o Centro-Oeste quanto Nordeste do país com temperaturas máximas perto ou acima de 40ºC. “A massa de ar é tão quente que a temperatura supera 40ºC em áreas da floresta amazônica, onde normalmente a excessiva umidade impede valores tão extremos de temperatura”, afirma a empresa de meteorologia.

O calor desta quarta-feira, 23, também vai se estender com muita força para o Sudeste do Brasil, onde a tarde vai ser atingir máximas de 35ºC a 40ºC em vários municípios.

Vista do amanhecer a partir da zona norte da capital paulista nesta manhã de quarta-feira, 23. Dia continua sem chuva, com muito sol e umidade do ar baixa. Foto: Werther Santana/Estadão

Nesta quarta-feira, São Paulo continua sem chuva, com muito sol e umidade do ar baixa, e poderá registrar a mais alta temperatura deste ano, até agora, com previsão de 34°C. O recorde de calor atual é de 32,5°C, em 16 de janeiro, de acordo com a Climatempo.

“O valor de 34°C é uma temperatura muito acima do normal para agosto na cidade de São Paulo, quase 10°C acima da média histórica de temperatura máxima para agosto, que é de 24,5°C. Se a previsão de 34°C se confirmar, esta quarta-feira passará a ser o dia mais quente de agosto já sentido na cidade de São Paulo em 80 anos”, acrescenta a Climatempo.

Situação incomum para agosto

Segundo o meteorologista Vinícius Lucyrio, da equipe de previsão climática da Climatempo, a situação é de um calor excepcional para agosto.

“Teremos temperaturas no nível de 850 hPa (em torno de 1500 metros de altitude) acima dos 27°C em uma ampla área do País, situação que é mais ‘típica’ entre setembro e outubro. Típica entre aspas, pois essa condição está ficando cada vez mais frequente”, afirma Lucyrio.

O meteorologista acrescenta que esse calor é refletido na superfície. “No nível superficial, isso se traduz em amplas áreas com temperaturas pouco acima dos 40°C no Tocantins, em Mato Grosso, no norte e oeste de Goiás. O norte e o leste de Mato Grosso do Sul e até mesmo em pontos do oeste e noroeste de São Paulo poderão ter temperaturas próximas ou até um pouco acima dos 40°C e acredito que nunca tivemos registros assim em agosto”, estima ele.

Nesta semana, as temperaturas também podem chegar aos 37°C em Campo Grande e Goiânia, aos 42°C em Cuiabá, 34°C em Brasília e 39°C no Rio de Janeiro. Ou seja, há previsão de novos recordes para o mês de agosto.

Picos de calor no decorrer do mês

Ao longo deste mês, já foram observadas temperaturas muito acima do normal em alguns Estados brasileiros. Conforme a Climatempo, entre 1 e 12 de agosto, Cuiabá, em Mato Grosso, registrou temperaturas entre 38°C e 40°C, com pico de 40,4°C no dia 10, que é o atual recorde de calor neste ano. A média normal de temperatura máxima para agosto é de 34,7°C, pelo cálculo para o período de 1991 a 2020.

No mesmo dia 10, a temperatura já chegou aos 38,2°C em Coxim, no Mato Grosso do Sul. Já a cidade de São Paulo registrou temperaturas na casa dos 30°C por mais de uma vez em agosto, sendo que a média normal da temperatura máxima para este mês fica em torno dos 24°C.

No Rio de Janeiro, o calor também esteve presente, sendo registrado 34,6°C em 11 de agosto, que também é uma temperatura muito alta para esta época do ano. Até o Rio Grande do Sul, de acordo com a Climatempo, registrou 33,1°C no 17 de agosto, 12°C acima da média normal de temperatura máxima para agosto que fica em torno de 21°C.

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