Por que praias do Ceará têm registrado tantas águas-vivas?


Especialistas ligam aumento na quantidade de animais a uma combinação de fatores ambientais

Por Rariane Costa
Atualização:

Praias do litoral do Ceará têm registrado aumento na quantidade de águas-vivas, segundo pesquisadores locais. Esses animais apresentam riscos para banhistas em função das toxinas que causam queimaduras.

A Secretaria Estadual de Saúde não precisou o número de pessoas atendidas em função de acidentes com águas-vivas nos últimos meses, mas casos recentes nas praias do Ceará ganharam repercussão.

Na última semana, um nadador precisou ser socorrido por um grupo de canoagem na Praia de Iracema após perder os sentidos em função de uma reação alérgica à queimadura do animal. “Nesse dia senti uma dor imensa no braço, mesmo estando com a roupa apropriada para nadar”

Na Praia de Taíba, em São Gonçalo do Amarante, 15 pessoas foram atendidas após se queimarem durante o Circuito Brasileiro Master de Bodyboarding no fim de semana. Ainda no fim da semana passada, animais foram registrados também no Porto de Mucuripe.

Luis Ernesto Bezerra, professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), ligado à Universidade Federal do Ceará, afirma que os estudos indicam aumento de uma espécie, a Chrysaora lactea.

Marcelo Soares, também professor do Labomar, acrescenta que o aumento desses animais se deve a uma combinação de fatores ambientais, entre eles:

  • Aumento do volume de chuvas na região

A precipitação maior favorece o aumento da quantidade de nutrientes que têm origem, por exemplo, do esgoto na água. “Isso aumenta a disponibilidade de alimento para as águas-vivas. Com mais alimento, elas podem se reproduzir mais”, diz o especialista;

  • Aumento na temperatura da água

A reprodução da espécie fica mais intensa com o aumento das temperaturas. Segundo estudos da Labomar, a água do mar também tem ficado mais quente, batendo batendo recordes de temperatura. Em medição do Instituto realizado na última semana, a água do mar cearense chegou a atingir 30º;

  • Diminuição da densidade de predadores

Alguns peixes e tartarugas, ameaçados de extinção no Brasil, são predadores das águas-vivas e têm registrado diminuição na população. “Se reduz os predadores, naturalmente aumenta a densidade de águas-vivas”, afirma o professor.

  • Diminuição dos ventos

Quando chove os ventos ficam menos intensos, e isso favorece águas mais calmas. “A natação das águas-vivas é limitada. Com águas paradas, elas se acumulam mais. Por isso estamos vendo acidentes em locais de águas mais tranquilas”, destaca o professor;

Segundo Soares, as praias onde acidentes com águas-vivas no Ceará estão concentradas, em Fortaleza e na Praia de Taíba, são locais com presença de quebra-mares, recifes ou piscinas naturais, características que favorecem águas mais paradas e consequentemente, maior incidência desses animais.

Praia de Taíba em São Gonçalo do Amarante, Ceará Foto: Conhecendo Taiba

Como identificar que sofreu queimadura de água-viva?

O médico de emergência Fernando Rabelo, membro do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Instituto Dr. José Frota, explica que as “queimaduras” são, na verdade, uma lesão química em função das toxinas presentes nos animais.

Ele afirma que os acidentes com águas-vivas apresentam, de maneira geral, sinais localizados, como ardência ou queimação e uma lesão vermelha semelhante a um colar de pérolas - uma linha com alguns pontos por cima.

“É importante que, ao avistar qualquer animal semelhante, os banhistas saiam imediatamente do mar. Esses animais podem ter grandes tentáculos. Saia do mar, avise outras pessoas e comunique o Corpo de Bombeiros sobre a presença dos animais”, orienta o médico.

O que fazer em caso de queimaduras?

  • O Corpo de Bombeiros do Ceará orienta que, se for tocado por águas-vivas, o banhista use a própria água do mar, vinagre ou soro fisiológico gelado para limpar o local. Segundo a corporação, esses produtos impedem que o veneno do animal siga entrando na pele e alivia a dor.
  • Rabelo acrescenta a necessidade de remoção de tentáculos que possam ter ficado presos na pele, o que pode exigir a ajuda de um profissional.
  • O médico também indica a aplicação de compressa quente no local, já que as toxinas do animal ficam inativas com o calor.
  • Em caso de predisposição alérgica, é preciso estar atento a sinais como dores pelo corpo, mal-estar ou vômito e buscar atendimento médico imediatamente.

O que não fazer se for queimado por água-viva

  • Encostar na área afetada: isso pode queimar a mão e espalhar o veneno para outras partes do corpo;
  • Jogar água doce no local vai potencializar a ação do veneno;
  • Coçar e esfregar.

Praias do litoral do Ceará têm registrado aumento na quantidade de águas-vivas, segundo pesquisadores locais. Esses animais apresentam riscos para banhistas em função das toxinas que causam queimaduras.

A Secretaria Estadual de Saúde não precisou o número de pessoas atendidas em função de acidentes com águas-vivas nos últimos meses, mas casos recentes nas praias do Ceará ganharam repercussão.

Na última semana, um nadador precisou ser socorrido por um grupo de canoagem na Praia de Iracema após perder os sentidos em função de uma reação alérgica à queimadura do animal. “Nesse dia senti uma dor imensa no braço, mesmo estando com a roupa apropriada para nadar”

Na Praia de Taíba, em São Gonçalo do Amarante, 15 pessoas foram atendidas após se queimarem durante o Circuito Brasileiro Master de Bodyboarding no fim de semana. Ainda no fim da semana passada, animais foram registrados também no Porto de Mucuripe.

Luis Ernesto Bezerra, professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), ligado à Universidade Federal do Ceará, afirma que os estudos indicam aumento de uma espécie, a Chrysaora lactea.

Marcelo Soares, também professor do Labomar, acrescenta que o aumento desses animais se deve a uma combinação de fatores ambientais, entre eles:

  • Aumento do volume de chuvas na região

A precipitação maior favorece o aumento da quantidade de nutrientes que têm origem, por exemplo, do esgoto na água. “Isso aumenta a disponibilidade de alimento para as águas-vivas. Com mais alimento, elas podem se reproduzir mais”, diz o especialista;

  • Aumento na temperatura da água

A reprodução da espécie fica mais intensa com o aumento das temperaturas. Segundo estudos da Labomar, a água do mar também tem ficado mais quente, batendo batendo recordes de temperatura. Em medição do Instituto realizado na última semana, a água do mar cearense chegou a atingir 30º;

  • Diminuição da densidade de predadores

Alguns peixes e tartarugas, ameaçados de extinção no Brasil, são predadores das águas-vivas e têm registrado diminuição na população. “Se reduz os predadores, naturalmente aumenta a densidade de águas-vivas”, afirma o professor.

  • Diminuição dos ventos

Quando chove os ventos ficam menos intensos, e isso favorece águas mais calmas. “A natação das águas-vivas é limitada. Com águas paradas, elas se acumulam mais. Por isso estamos vendo acidentes em locais de águas mais tranquilas”, destaca o professor;

Segundo Soares, as praias onde acidentes com águas-vivas no Ceará estão concentradas, em Fortaleza e na Praia de Taíba, são locais com presença de quebra-mares, recifes ou piscinas naturais, características que favorecem águas mais paradas e consequentemente, maior incidência desses animais.

Praia de Taíba em São Gonçalo do Amarante, Ceará Foto: Conhecendo Taiba

Como identificar que sofreu queimadura de água-viva?

O médico de emergência Fernando Rabelo, membro do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Instituto Dr. José Frota, explica que as “queimaduras” são, na verdade, uma lesão química em função das toxinas presentes nos animais.

Ele afirma que os acidentes com águas-vivas apresentam, de maneira geral, sinais localizados, como ardência ou queimação e uma lesão vermelha semelhante a um colar de pérolas - uma linha com alguns pontos por cima.

“É importante que, ao avistar qualquer animal semelhante, os banhistas saiam imediatamente do mar. Esses animais podem ter grandes tentáculos. Saia do mar, avise outras pessoas e comunique o Corpo de Bombeiros sobre a presença dos animais”, orienta o médico.

O que fazer em caso de queimaduras?

  • O Corpo de Bombeiros do Ceará orienta que, se for tocado por águas-vivas, o banhista use a própria água do mar, vinagre ou soro fisiológico gelado para limpar o local. Segundo a corporação, esses produtos impedem que o veneno do animal siga entrando na pele e alivia a dor.
  • Rabelo acrescenta a necessidade de remoção de tentáculos que possam ter ficado presos na pele, o que pode exigir a ajuda de um profissional.
  • O médico também indica a aplicação de compressa quente no local, já que as toxinas do animal ficam inativas com o calor.
  • Em caso de predisposição alérgica, é preciso estar atento a sinais como dores pelo corpo, mal-estar ou vômito e buscar atendimento médico imediatamente.

O que não fazer se for queimado por água-viva

  • Encostar na área afetada: isso pode queimar a mão e espalhar o veneno para outras partes do corpo;
  • Jogar água doce no local vai potencializar a ação do veneno;
  • Coçar e esfregar.

Praias do litoral do Ceará têm registrado aumento na quantidade de águas-vivas, segundo pesquisadores locais. Esses animais apresentam riscos para banhistas em função das toxinas que causam queimaduras.

A Secretaria Estadual de Saúde não precisou o número de pessoas atendidas em função de acidentes com águas-vivas nos últimos meses, mas casos recentes nas praias do Ceará ganharam repercussão.

Na última semana, um nadador precisou ser socorrido por um grupo de canoagem na Praia de Iracema após perder os sentidos em função de uma reação alérgica à queimadura do animal. “Nesse dia senti uma dor imensa no braço, mesmo estando com a roupa apropriada para nadar”

Na Praia de Taíba, em São Gonçalo do Amarante, 15 pessoas foram atendidas após se queimarem durante o Circuito Brasileiro Master de Bodyboarding no fim de semana. Ainda no fim da semana passada, animais foram registrados também no Porto de Mucuripe.

Luis Ernesto Bezerra, professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), ligado à Universidade Federal do Ceará, afirma que os estudos indicam aumento de uma espécie, a Chrysaora lactea.

Marcelo Soares, também professor do Labomar, acrescenta que o aumento desses animais se deve a uma combinação de fatores ambientais, entre eles:

  • Aumento do volume de chuvas na região

A precipitação maior favorece o aumento da quantidade de nutrientes que têm origem, por exemplo, do esgoto na água. “Isso aumenta a disponibilidade de alimento para as águas-vivas. Com mais alimento, elas podem se reproduzir mais”, diz o especialista;

  • Aumento na temperatura da água

A reprodução da espécie fica mais intensa com o aumento das temperaturas. Segundo estudos da Labomar, a água do mar também tem ficado mais quente, batendo batendo recordes de temperatura. Em medição do Instituto realizado na última semana, a água do mar cearense chegou a atingir 30º;

  • Diminuição da densidade de predadores

Alguns peixes e tartarugas, ameaçados de extinção no Brasil, são predadores das águas-vivas e têm registrado diminuição na população. “Se reduz os predadores, naturalmente aumenta a densidade de águas-vivas”, afirma o professor.

  • Diminuição dos ventos

Quando chove os ventos ficam menos intensos, e isso favorece águas mais calmas. “A natação das águas-vivas é limitada. Com águas paradas, elas se acumulam mais. Por isso estamos vendo acidentes em locais de águas mais tranquilas”, destaca o professor;

Segundo Soares, as praias onde acidentes com águas-vivas no Ceará estão concentradas, em Fortaleza e na Praia de Taíba, são locais com presença de quebra-mares, recifes ou piscinas naturais, características que favorecem águas mais paradas e consequentemente, maior incidência desses animais.

Praia de Taíba em São Gonçalo do Amarante, Ceará Foto: Conhecendo Taiba

Como identificar que sofreu queimadura de água-viva?

O médico de emergência Fernando Rabelo, membro do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Instituto Dr. José Frota, explica que as “queimaduras” são, na verdade, uma lesão química em função das toxinas presentes nos animais.

Ele afirma que os acidentes com águas-vivas apresentam, de maneira geral, sinais localizados, como ardência ou queimação e uma lesão vermelha semelhante a um colar de pérolas - uma linha com alguns pontos por cima.

“É importante que, ao avistar qualquer animal semelhante, os banhistas saiam imediatamente do mar. Esses animais podem ter grandes tentáculos. Saia do mar, avise outras pessoas e comunique o Corpo de Bombeiros sobre a presença dos animais”, orienta o médico.

O que fazer em caso de queimaduras?

  • O Corpo de Bombeiros do Ceará orienta que, se for tocado por águas-vivas, o banhista use a própria água do mar, vinagre ou soro fisiológico gelado para limpar o local. Segundo a corporação, esses produtos impedem que o veneno do animal siga entrando na pele e alivia a dor.
  • Rabelo acrescenta a necessidade de remoção de tentáculos que possam ter ficado presos na pele, o que pode exigir a ajuda de um profissional.
  • O médico também indica a aplicação de compressa quente no local, já que as toxinas do animal ficam inativas com o calor.
  • Em caso de predisposição alérgica, é preciso estar atento a sinais como dores pelo corpo, mal-estar ou vômito e buscar atendimento médico imediatamente.

O que não fazer se for queimado por água-viva

  • Encostar na área afetada: isso pode queimar a mão e espalhar o veneno para outras partes do corpo;
  • Jogar água doce no local vai potencializar a ação do veneno;
  • Coçar e esfregar.

Praias do litoral do Ceará têm registrado aumento na quantidade de águas-vivas, segundo pesquisadores locais. Esses animais apresentam riscos para banhistas em função das toxinas que causam queimaduras.

A Secretaria Estadual de Saúde não precisou o número de pessoas atendidas em função de acidentes com águas-vivas nos últimos meses, mas casos recentes nas praias do Ceará ganharam repercussão.

Na última semana, um nadador precisou ser socorrido por um grupo de canoagem na Praia de Iracema após perder os sentidos em função de uma reação alérgica à queimadura do animal. “Nesse dia senti uma dor imensa no braço, mesmo estando com a roupa apropriada para nadar”

Na Praia de Taíba, em São Gonçalo do Amarante, 15 pessoas foram atendidas após se queimarem durante o Circuito Brasileiro Master de Bodyboarding no fim de semana. Ainda no fim da semana passada, animais foram registrados também no Porto de Mucuripe.

Luis Ernesto Bezerra, professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), ligado à Universidade Federal do Ceará, afirma que os estudos indicam aumento de uma espécie, a Chrysaora lactea.

Marcelo Soares, também professor do Labomar, acrescenta que o aumento desses animais se deve a uma combinação de fatores ambientais, entre eles:

  • Aumento do volume de chuvas na região

A precipitação maior favorece o aumento da quantidade de nutrientes que têm origem, por exemplo, do esgoto na água. “Isso aumenta a disponibilidade de alimento para as águas-vivas. Com mais alimento, elas podem se reproduzir mais”, diz o especialista;

  • Aumento na temperatura da água

A reprodução da espécie fica mais intensa com o aumento das temperaturas. Segundo estudos da Labomar, a água do mar também tem ficado mais quente, batendo batendo recordes de temperatura. Em medição do Instituto realizado na última semana, a água do mar cearense chegou a atingir 30º;

  • Diminuição da densidade de predadores

Alguns peixes e tartarugas, ameaçados de extinção no Brasil, são predadores das águas-vivas e têm registrado diminuição na população. “Se reduz os predadores, naturalmente aumenta a densidade de águas-vivas”, afirma o professor.

  • Diminuição dos ventos

Quando chove os ventos ficam menos intensos, e isso favorece águas mais calmas. “A natação das águas-vivas é limitada. Com águas paradas, elas se acumulam mais. Por isso estamos vendo acidentes em locais de águas mais tranquilas”, destaca o professor;

Segundo Soares, as praias onde acidentes com águas-vivas no Ceará estão concentradas, em Fortaleza e na Praia de Taíba, são locais com presença de quebra-mares, recifes ou piscinas naturais, características que favorecem águas mais paradas e consequentemente, maior incidência desses animais.

Praia de Taíba em São Gonçalo do Amarante, Ceará Foto: Conhecendo Taiba

Como identificar que sofreu queimadura de água-viva?

O médico de emergência Fernando Rabelo, membro do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Instituto Dr. José Frota, explica que as “queimaduras” são, na verdade, uma lesão química em função das toxinas presentes nos animais.

Ele afirma que os acidentes com águas-vivas apresentam, de maneira geral, sinais localizados, como ardência ou queimação e uma lesão vermelha semelhante a um colar de pérolas - uma linha com alguns pontos por cima.

“É importante que, ao avistar qualquer animal semelhante, os banhistas saiam imediatamente do mar. Esses animais podem ter grandes tentáculos. Saia do mar, avise outras pessoas e comunique o Corpo de Bombeiros sobre a presença dos animais”, orienta o médico.

O que fazer em caso de queimaduras?

  • O Corpo de Bombeiros do Ceará orienta que, se for tocado por águas-vivas, o banhista use a própria água do mar, vinagre ou soro fisiológico gelado para limpar o local. Segundo a corporação, esses produtos impedem que o veneno do animal siga entrando na pele e alivia a dor.
  • Rabelo acrescenta a necessidade de remoção de tentáculos que possam ter ficado presos na pele, o que pode exigir a ajuda de um profissional.
  • O médico também indica a aplicação de compressa quente no local, já que as toxinas do animal ficam inativas com o calor.
  • Em caso de predisposição alérgica, é preciso estar atento a sinais como dores pelo corpo, mal-estar ou vômito e buscar atendimento médico imediatamente.

O que não fazer se for queimado por água-viva

  • Encostar na área afetada: isso pode queimar a mão e espalhar o veneno para outras partes do corpo;
  • Jogar água doce no local vai potencializar a ação do veneno;
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