Quando a Amazônia entra em colapso? Novo estudo prevê um prazo


O ponto considerado irreversível para a recuperação da floresta pode ser alcançado até mesmo antes se nada for feito

Por Roberta Jansen

Até 2050, a Amazônia deve alcançar um ponto considerado irreversível para a recuperação da vegetação, indicando o início de um colapso parcial ou total da floresta. A conclusão está em novo estudo assinado por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, publicado nesta quarta-feira, 14, na prestigiosa revista Nature. Entre as possíveis consequências desse colapso está a aceleração do aquecimento global, já em curso.

Com base na revisão de artigos, modelagens estatísticas e na elaboração de uma análise inédita, os autores apontam os principais fatores de estresse da vegetação da Amazônia, como a elevação das temperaturas, secas extremas, desmatamentos e incêndios, que vêm se agravando de forma acelerada nos últimos anos.

A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas. Na imagem a comunidade de Tumbira, às margens do Rio Negro Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 10/5/2022

O trabalho determina os limites críticos para cada um deles que, se ultrapassados, podem levar a colapsos locais, regionais ou mesmo de todo o bioma, o que se costuma chamar de savanização da floresta.

  • A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas.

Essa transformação, por sua vez, teria impacto no clima, reduzindo chuvas e aumentando o risco de um colapso em larga escala.

  • Os limites críticos a serem atingidos que podem provocar um colapso de toda a floresta ou de partes dela são: o aumento da temperatura média global acima de 1,5ºC, o volume de chuvas abaixo de 1.800 mm/ano, duração da estação seca por mais de cinco meses e desmatamento de mais de 10% da cobertura vegetal original, além da falta de restauração em pelo menos 5% do bioma.

“Estamos nos aproximando de todos os limiares”, afirmou o pesquisador Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), um dos autores do estudo. “No ritmo em que estamos, todos serão alcançados ainda neste século. E a interação entre todos eles pode fazer com que muita coisa aconteça antes do esperado.”

“Além de considerar a situação da emergência, a gente também pensa em todas as perturbações: desmatamento, seca, fogo, mudança de uso da terra, degradação, tudo acontecendo ao mesmo tempo”, afirmou a pesquisadora da UFSC Marina Hirota, apoiada pelo Instituto Serrapilheira, uma das autoras do estudo. “Considerando essa sinergia, todo o processo pode ser ainda mais acelerado.”

O colapso ainda que parcial da Amazônia tem consequências graves. Como a floresta armazena grandes quantidades de carbono, uma perda de cobertura vegetal, com a consequente emissão de gases do efeito estufa, poderia contribuir enormemente para o aquecimento global.

A destruição da floresta em grandes regiões também reduz a circulação da umidade atmosférica, o que afetaria o regime de chuvas não só no Brasil, mas também em outras partes do mundo, tão distantes quanto Ásia e Antártida.

As árvores são responsáveis pelo lançamento de enormes quantidades de água do subsolo para a atmosfera, aumentando a concentração da umidade. Em outras palavras, a floresta aumenta a chuva e a chuva aumenta a resiliência da floresta.

Para manter a resiliência da floresta, os autores sugerem uma combinação entre esforços locais - para deter o desmatamento e expandir as áreas de restauração -, e esforços globais, para frear as emissões de gases estufa, mitigando impactos das mudanças climáticas.

“A Amazônia é um sistema complexo, o que torna extremamente desafiador prever como os diferentes tipos de floresta responderão às mudanças globais”, afirma a pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota, uma das autoras do estudo, apoiada pelo Instituto Serrapilheira.

“Se quisermos evitar uma transição sistêmica, precisamos adotar uma abordagem preventiva que mantenha as florestas resilientes nas próximas décadas”, continua. O trabalho é assinado por 24 autores, 14 deles brasileiros, entre os quais Marina Hirota e Bernardo Flores, e outros de Estados Unidos e Europa.

Até 2050, a Amazônia deve alcançar um ponto considerado irreversível para a recuperação da vegetação, indicando o início de um colapso parcial ou total da floresta. A conclusão está em novo estudo assinado por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, publicado nesta quarta-feira, 14, na prestigiosa revista Nature. Entre as possíveis consequências desse colapso está a aceleração do aquecimento global, já em curso.

Com base na revisão de artigos, modelagens estatísticas e na elaboração de uma análise inédita, os autores apontam os principais fatores de estresse da vegetação da Amazônia, como a elevação das temperaturas, secas extremas, desmatamentos e incêndios, que vêm se agravando de forma acelerada nos últimos anos.

A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas. Na imagem a comunidade de Tumbira, às margens do Rio Negro Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 10/5/2022

O trabalho determina os limites críticos para cada um deles que, se ultrapassados, podem levar a colapsos locais, regionais ou mesmo de todo o bioma, o que se costuma chamar de savanização da floresta.

  • A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas.

Essa transformação, por sua vez, teria impacto no clima, reduzindo chuvas e aumentando o risco de um colapso em larga escala.

  • Os limites críticos a serem atingidos que podem provocar um colapso de toda a floresta ou de partes dela são: o aumento da temperatura média global acima de 1,5ºC, o volume de chuvas abaixo de 1.800 mm/ano, duração da estação seca por mais de cinco meses e desmatamento de mais de 10% da cobertura vegetal original, além da falta de restauração em pelo menos 5% do bioma.

“Estamos nos aproximando de todos os limiares”, afirmou o pesquisador Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), um dos autores do estudo. “No ritmo em que estamos, todos serão alcançados ainda neste século. E a interação entre todos eles pode fazer com que muita coisa aconteça antes do esperado.”

“Além de considerar a situação da emergência, a gente também pensa em todas as perturbações: desmatamento, seca, fogo, mudança de uso da terra, degradação, tudo acontecendo ao mesmo tempo”, afirmou a pesquisadora da UFSC Marina Hirota, apoiada pelo Instituto Serrapilheira, uma das autoras do estudo. “Considerando essa sinergia, todo o processo pode ser ainda mais acelerado.”

O colapso ainda que parcial da Amazônia tem consequências graves. Como a floresta armazena grandes quantidades de carbono, uma perda de cobertura vegetal, com a consequente emissão de gases do efeito estufa, poderia contribuir enormemente para o aquecimento global.

A destruição da floresta em grandes regiões também reduz a circulação da umidade atmosférica, o que afetaria o regime de chuvas não só no Brasil, mas também em outras partes do mundo, tão distantes quanto Ásia e Antártida.

As árvores são responsáveis pelo lançamento de enormes quantidades de água do subsolo para a atmosfera, aumentando a concentração da umidade. Em outras palavras, a floresta aumenta a chuva e a chuva aumenta a resiliência da floresta.

Para manter a resiliência da floresta, os autores sugerem uma combinação entre esforços locais - para deter o desmatamento e expandir as áreas de restauração -, e esforços globais, para frear as emissões de gases estufa, mitigando impactos das mudanças climáticas.

“A Amazônia é um sistema complexo, o que torna extremamente desafiador prever como os diferentes tipos de floresta responderão às mudanças globais”, afirma a pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota, uma das autoras do estudo, apoiada pelo Instituto Serrapilheira.

“Se quisermos evitar uma transição sistêmica, precisamos adotar uma abordagem preventiva que mantenha as florestas resilientes nas próximas décadas”, continua. O trabalho é assinado por 24 autores, 14 deles brasileiros, entre os quais Marina Hirota e Bernardo Flores, e outros de Estados Unidos e Europa.

Até 2050, a Amazônia deve alcançar um ponto considerado irreversível para a recuperação da vegetação, indicando o início de um colapso parcial ou total da floresta. A conclusão está em novo estudo assinado por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, publicado nesta quarta-feira, 14, na prestigiosa revista Nature. Entre as possíveis consequências desse colapso está a aceleração do aquecimento global, já em curso.

Com base na revisão de artigos, modelagens estatísticas e na elaboração de uma análise inédita, os autores apontam os principais fatores de estresse da vegetação da Amazônia, como a elevação das temperaturas, secas extremas, desmatamentos e incêndios, que vêm se agravando de forma acelerada nos últimos anos.

A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas. Na imagem a comunidade de Tumbira, às margens do Rio Negro Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 10/5/2022

O trabalho determina os limites críticos para cada um deles que, se ultrapassados, podem levar a colapsos locais, regionais ou mesmo de todo o bioma, o que se costuma chamar de savanização da floresta.

  • A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas.

Essa transformação, por sua vez, teria impacto no clima, reduzindo chuvas e aumentando o risco de um colapso em larga escala.

  • Os limites críticos a serem atingidos que podem provocar um colapso de toda a floresta ou de partes dela são: o aumento da temperatura média global acima de 1,5ºC, o volume de chuvas abaixo de 1.800 mm/ano, duração da estação seca por mais de cinco meses e desmatamento de mais de 10% da cobertura vegetal original, além da falta de restauração em pelo menos 5% do bioma.

“Estamos nos aproximando de todos os limiares”, afirmou o pesquisador Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), um dos autores do estudo. “No ritmo em que estamos, todos serão alcançados ainda neste século. E a interação entre todos eles pode fazer com que muita coisa aconteça antes do esperado.”

“Além de considerar a situação da emergência, a gente também pensa em todas as perturbações: desmatamento, seca, fogo, mudança de uso da terra, degradação, tudo acontecendo ao mesmo tempo”, afirmou a pesquisadora da UFSC Marina Hirota, apoiada pelo Instituto Serrapilheira, uma das autoras do estudo. “Considerando essa sinergia, todo o processo pode ser ainda mais acelerado.”

O colapso ainda que parcial da Amazônia tem consequências graves. Como a floresta armazena grandes quantidades de carbono, uma perda de cobertura vegetal, com a consequente emissão de gases do efeito estufa, poderia contribuir enormemente para o aquecimento global.

A destruição da floresta em grandes regiões também reduz a circulação da umidade atmosférica, o que afetaria o regime de chuvas não só no Brasil, mas também em outras partes do mundo, tão distantes quanto Ásia e Antártida.

As árvores são responsáveis pelo lançamento de enormes quantidades de água do subsolo para a atmosfera, aumentando a concentração da umidade. Em outras palavras, a floresta aumenta a chuva e a chuva aumenta a resiliência da floresta.

Para manter a resiliência da floresta, os autores sugerem uma combinação entre esforços locais - para deter o desmatamento e expandir as áreas de restauração -, e esforços globais, para frear as emissões de gases estufa, mitigando impactos das mudanças climáticas.

“A Amazônia é um sistema complexo, o que torna extremamente desafiador prever como os diferentes tipos de floresta responderão às mudanças globais”, afirma a pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota, uma das autoras do estudo, apoiada pelo Instituto Serrapilheira.

“Se quisermos evitar uma transição sistêmica, precisamos adotar uma abordagem preventiva que mantenha as florestas resilientes nas próximas décadas”, continua. O trabalho é assinado por 24 autores, 14 deles brasileiros, entre os quais Marina Hirota e Bernardo Flores, e outros de Estados Unidos e Europa.

Até 2050, a Amazônia deve alcançar um ponto considerado irreversível para a recuperação da vegetação, indicando o início de um colapso parcial ou total da floresta. A conclusão está em novo estudo assinado por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, publicado nesta quarta-feira, 14, na prestigiosa revista Nature. Entre as possíveis consequências desse colapso está a aceleração do aquecimento global, já em curso.

Com base na revisão de artigos, modelagens estatísticas e na elaboração de uma análise inédita, os autores apontam os principais fatores de estresse da vegetação da Amazônia, como a elevação das temperaturas, secas extremas, desmatamentos e incêndios, que vêm se agravando de forma acelerada nos últimos anos.

A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas. Na imagem a comunidade de Tumbira, às margens do Rio Negro Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 10/5/2022

O trabalho determina os limites críticos para cada um deles que, se ultrapassados, podem levar a colapsos locais, regionais ou mesmo de todo o bioma, o que se costuma chamar de savanização da floresta.

  • A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas.

Essa transformação, por sua vez, teria impacto no clima, reduzindo chuvas e aumentando o risco de um colapso em larga escala.

  • Os limites críticos a serem atingidos que podem provocar um colapso de toda a floresta ou de partes dela são: o aumento da temperatura média global acima de 1,5ºC, o volume de chuvas abaixo de 1.800 mm/ano, duração da estação seca por mais de cinco meses e desmatamento de mais de 10% da cobertura vegetal original, além da falta de restauração em pelo menos 5% do bioma.

“Estamos nos aproximando de todos os limiares”, afirmou o pesquisador Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), um dos autores do estudo. “No ritmo em que estamos, todos serão alcançados ainda neste século. E a interação entre todos eles pode fazer com que muita coisa aconteça antes do esperado.”

“Além de considerar a situação da emergência, a gente também pensa em todas as perturbações: desmatamento, seca, fogo, mudança de uso da terra, degradação, tudo acontecendo ao mesmo tempo”, afirmou a pesquisadora da UFSC Marina Hirota, apoiada pelo Instituto Serrapilheira, uma das autoras do estudo. “Considerando essa sinergia, todo o processo pode ser ainda mais acelerado.”

O colapso ainda que parcial da Amazônia tem consequências graves. Como a floresta armazena grandes quantidades de carbono, uma perda de cobertura vegetal, com a consequente emissão de gases do efeito estufa, poderia contribuir enormemente para o aquecimento global.

A destruição da floresta em grandes regiões também reduz a circulação da umidade atmosférica, o que afetaria o regime de chuvas não só no Brasil, mas também em outras partes do mundo, tão distantes quanto Ásia e Antártida.

As árvores são responsáveis pelo lançamento de enormes quantidades de água do subsolo para a atmosfera, aumentando a concentração da umidade. Em outras palavras, a floresta aumenta a chuva e a chuva aumenta a resiliência da floresta.

Para manter a resiliência da floresta, os autores sugerem uma combinação entre esforços locais - para deter o desmatamento e expandir as áreas de restauração -, e esforços globais, para frear as emissões de gases estufa, mitigando impactos das mudanças climáticas.

“A Amazônia é um sistema complexo, o que torna extremamente desafiador prever como os diferentes tipos de floresta responderão às mudanças globais”, afirma a pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota, uma das autoras do estudo, apoiada pelo Instituto Serrapilheira.

“Se quisermos evitar uma transição sistêmica, precisamos adotar uma abordagem preventiva que mantenha as florestas resilientes nas próximas décadas”, continua. O trabalho é assinado por 24 autores, 14 deles brasileiros, entre os quais Marina Hirota e Bernardo Flores, e outros de Estados Unidos e Europa.

Até 2050, a Amazônia deve alcançar um ponto considerado irreversível para a recuperação da vegetação, indicando o início de um colapso parcial ou total da floresta. A conclusão está em novo estudo assinado por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, publicado nesta quarta-feira, 14, na prestigiosa revista Nature. Entre as possíveis consequências desse colapso está a aceleração do aquecimento global, já em curso.

Com base na revisão de artigos, modelagens estatísticas e na elaboração de uma análise inédita, os autores apontam os principais fatores de estresse da vegetação da Amazônia, como a elevação das temperaturas, secas extremas, desmatamentos e incêndios, que vêm se agravando de forma acelerada nos últimos anos.

A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas. Na imagem a comunidade de Tumbira, às margens do Rio Negro Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 10/5/2022

O trabalho determina os limites críticos para cada um deles que, se ultrapassados, podem levar a colapsos locais, regionais ou mesmo de todo o bioma, o que se costuma chamar de savanização da floresta.

  • A estimativa do grupo é de que, até 2050, de 10% a 47% da floresta esteja exposta a ameaças graves que podem levar a transições ecossistêmicas.

Essa transformação, por sua vez, teria impacto no clima, reduzindo chuvas e aumentando o risco de um colapso em larga escala.

  • Os limites críticos a serem atingidos que podem provocar um colapso de toda a floresta ou de partes dela são: o aumento da temperatura média global acima de 1,5ºC, o volume de chuvas abaixo de 1.800 mm/ano, duração da estação seca por mais de cinco meses e desmatamento de mais de 10% da cobertura vegetal original, além da falta de restauração em pelo menos 5% do bioma.

“Estamos nos aproximando de todos os limiares”, afirmou o pesquisador Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), um dos autores do estudo. “No ritmo em que estamos, todos serão alcançados ainda neste século. E a interação entre todos eles pode fazer com que muita coisa aconteça antes do esperado.”

“Além de considerar a situação da emergência, a gente também pensa em todas as perturbações: desmatamento, seca, fogo, mudança de uso da terra, degradação, tudo acontecendo ao mesmo tempo”, afirmou a pesquisadora da UFSC Marina Hirota, apoiada pelo Instituto Serrapilheira, uma das autoras do estudo. “Considerando essa sinergia, todo o processo pode ser ainda mais acelerado.”

O colapso ainda que parcial da Amazônia tem consequências graves. Como a floresta armazena grandes quantidades de carbono, uma perda de cobertura vegetal, com a consequente emissão de gases do efeito estufa, poderia contribuir enormemente para o aquecimento global.

A destruição da floresta em grandes regiões também reduz a circulação da umidade atmosférica, o que afetaria o regime de chuvas não só no Brasil, mas também em outras partes do mundo, tão distantes quanto Ásia e Antártida.

As árvores são responsáveis pelo lançamento de enormes quantidades de água do subsolo para a atmosfera, aumentando a concentração da umidade. Em outras palavras, a floresta aumenta a chuva e a chuva aumenta a resiliência da floresta.

Para manter a resiliência da floresta, os autores sugerem uma combinação entre esforços locais - para deter o desmatamento e expandir as áreas de restauração -, e esforços globais, para frear as emissões de gases estufa, mitigando impactos das mudanças climáticas.

“A Amazônia é um sistema complexo, o que torna extremamente desafiador prever como os diferentes tipos de floresta responderão às mudanças globais”, afirma a pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota, uma das autoras do estudo, apoiada pelo Instituto Serrapilheira.

“Se quisermos evitar uma transição sistêmica, precisamos adotar uma abordagem preventiva que mantenha as florestas resilientes nas próximas décadas”, continua. O trabalho é assinado por 24 autores, 14 deles brasileiros, entre os quais Marina Hirota e Bernardo Flores, e outros de Estados Unidos e Europa.

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