Racismo ambiental: o que é e de onde surgiu a expressão?


Termo, criado nos anos 1980, foi utilizado por Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, para comentar os efeitos do temporal que atingiu o Rio de Janeiro; entenda seu significado

Por Giovanna Castro
Atualização:

A utilização do termo racismo ambiental pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para definir o impacto das chuvas no Rio de Janeiro sobre a população negra e pobre motivou discussões nas redes sociais. Muitas pessoas entenderam que a ministra estaria chamando o meio ambiente de racista, mas este não é o significado do termo, que tem sido reconhecido pela comunidade científica que debate as mudanças climáticas.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, o termo foi criado por Benjamin Franklin Chavis Jr., liderança do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, nos anos 1980. Ele era assistente de Martin Luther King, o ativista político americano que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964 por suas ações de combate ao racismo baseadas na resistência não-violenta.

“O termo surgiu no contexto do movimento negro dos Estados Unidos, mas a expressão ganhou força e foi ampliada para abarcar as injustiças sociais e socioambientais sofridas por grupos étnicos vulnerabilizados e discriminados em razão da cor da pele, origem, sexo e condição social”, explica a Secretaria.

Segundo a pasta, são minorias étnicas (negros, povos indígenas e populações tradicionais, quilombolas e ribeirinhos), pessoas em condição de vulnerabilidade social, que vivem em periferias, e mulheres, em especial as negras, os mais afetados pela poluição, falta de saneamento básico, despejo inadequado de resíduos nocivos à saúde, desmatamento ilegal, enchentes, deslizamentos, rompimentos de barragens, entre outros fatores que levam ou são reflexo do aquecimento global.

O entendimento é de que, apesar de as mudanças climáticas afetarem todo o planeta e, consequentemente, todos os seres humanos, são aqueles que têm menor condição financeira, de moradia e infraestrutura, que sofrem os maiores efeitos. E como agravante, as pessoas que são lidas socialmente como “de menor valor” são mais negligenciadas por autoridades quanto a isso.

“Há um senso comum, e até um mito criado em torno da questão ambiental, de que ela nos atinge a todos igualmente”, diz Marcos Bernardino de Carvalho, professor de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), no Jornal da USP.

Tempestade deixou rastro de destruição em São Sebastião, no litoral paulista, em fevereiro de 2023 Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21/2/2023

“Não é coincidência que esses bolsões de gente vulnerabilizada, que acaba sendo vitimada por esse processo de degradação, são de pessoas não apenas vulnerabilizadas e empobrecidas, mas de pessoas negras.”

Para Carvalho, a falta de políticas públicas que impeçam essa forma de discriminação, contribui para a manutenção desse cenário de exclusão, além de intensificá-lo. “Quanto mais resíduo, quanto mais maltratado for o ambiente e quanto mais você despejar dejetos nesses lugares, mais você consolida essa situação de desigualdade e discriminação absurda.”

Em 2022, na COP-27, que aconteceu no Egito, o racismo ambiental foi, pela primeira vez, pauta oficial da conferência anual das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. No acordo final do evento, foi criado um fundo para indenização por perdas e danos aos países mais pobres e vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

O acordo determinou em neste ano, 2024, seria criado um comitê para definir os critérios de distribuição das indenizações promovidas pelo fundo. Portanto, o assunto tende a ganhar ainda mais repercussão mundial este ano.

As buscas no Google pelo termo também dispararam nos últimos anos: foram de duas por dia em 2016 para 100 por dia em 2024.

A utilização do termo racismo ambiental pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para definir o impacto das chuvas no Rio de Janeiro sobre a população negra e pobre motivou discussões nas redes sociais. Muitas pessoas entenderam que a ministra estaria chamando o meio ambiente de racista, mas este não é o significado do termo, que tem sido reconhecido pela comunidade científica que debate as mudanças climáticas.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, o termo foi criado por Benjamin Franklin Chavis Jr., liderança do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, nos anos 1980. Ele era assistente de Martin Luther King, o ativista político americano que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964 por suas ações de combate ao racismo baseadas na resistência não-violenta.

“O termo surgiu no contexto do movimento negro dos Estados Unidos, mas a expressão ganhou força e foi ampliada para abarcar as injustiças sociais e socioambientais sofridas por grupos étnicos vulnerabilizados e discriminados em razão da cor da pele, origem, sexo e condição social”, explica a Secretaria.

Segundo a pasta, são minorias étnicas (negros, povos indígenas e populações tradicionais, quilombolas e ribeirinhos), pessoas em condição de vulnerabilidade social, que vivem em periferias, e mulheres, em especial as negras, os mais afetados pela poluição, falta de saneamento básico, despejo inadequado de resíduos nocivos à saúde, desmatamento ilegal, enchentes, deslizamentos, rompimentos de barragens, entre outros fatores que levam ou são reflexo do aquecimento global.

O entendimento é de que, apesar de as mudanças climáticas afetarem todo o planeta e, consequentemente, todos os seres humanos, são aqueles que têm menor condição financeira, de moradia e infraestrutura, que sofrem os maiores efeitos. E como agravante, as pessoas que são lidas socialmente como “de menor valor” são mais negligenciadas por autoridades quanto a isso.

“Há um senso comum, e até um mito criado em torno da questão ambiental, de que ela nos atinge a todos igualmente”, diz Marcos Bernardino de Carvalho, professor de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), no Jornal da USP.

Tempestade deixou rastro de destruição em São Sebastião, no litoral paulista, em fevereiro de 2023 Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21/2/2023

“Não é coincidência que esses bolsões de gente vulnerabilizada, que acaba sendo vitimada por esse processo de degradação, são de pessoas não apenas vulnerabilizadas e empobrecidas, mas de pessoas negras.”

Para Carvalho, a falta de políticas públicas que impeçam essa forma de discriminação, contribui para a manutenção desse cenário de exclusão, além de intensificá-lo. “Quanto mais resíduo, quanto mais maltratado for o ambiente e quanto mais você despejar dejetos nesses lugares, mais você consolida essa situação de desigualdade e discriminação absurda.”

Em 2022, na COP-27, que aconteceu no Egito, o racismo ambiental foi, pela primeira vez, pauta oficial da conferência anual das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. No acordo final do evento, foi criado um fundo para indenização por perdas e danos aos países mais pobres e vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

O acordo determinou em neste ano, 2024, seria criado um comitê para definir os critérios de distribuição das indenizações promovidas pelo fundo. Portanto, o assunto tende a ganhar ainda mais repercussão mundial este ano.

As buscas no Google pelo termo também dispararam nos últimos anos: foram de duas por dia em 2016 para 100 por dia em 2024.

A utilização do termo racismo ambiental pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para definir o impacto das chuvas no Rio de Janeiro sobre a população negra e pobre motivou discussões nas redes sociais. Muitas pessoas entenderam que a ministra estaria chamando o meio ambiente de racista, mas este não é o significado do termo, que tem sido reconhecido pela comunidade científica que debate as mudanças climáticas.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, o termo foi criado por Benjamin Franklin Chavis Jr., liderança do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, nos anos 1980. Ele era assistente de Martin Luther King, o ativista político americano que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964 por suas ações de combate ao racismo baseadas na resistência não-violenta.

“O termo surgiu no contexto do movimento negro dos Estados Unidos, mas a expressão ganhou força e foi ampliada para abarcar as injustiças sociais e socioambientais sofridas por grupos étnicos vulnerabilizados e discriminados em razão da cor da pele, origem, sexo e condição social”, explica a Secretaria.

Segundo a pasta, são minorias étnicas (negros, povos indígenas e populações tradicionais, quilombolas e ribeirinhos), pessoas em condição de vulnerabilidade social, que vivem em periferias, e mulheres, em especial as negras, os mais afetados pela poluição, falta de saneamento básico, despejo inadequado de resíduos nocivos à saúde, desmatamento ilegal, enchentes, deslizamentos, rompimentos de barragens, entre outros fatores que levam ou são reflexo do aquecimento global.

O entendimento é de que, apesar de as mudanças climáticas afetarem todo o planeta e, consequentemente, todos os seres humanos, são aqueles que têm menor condição financeira, de moradia e infraestrutura, que sofrem os maiores efeitos. E como agravante, as pessoas que são lidas socialmente como “de menor valor” são mais negligenciadas por autoridades quanto a isso.

“Há um senso comum, e até um mito criado em torno da questão ambiental, de que ela nos atinge a todos igualmente”, diz Marcos Bernardino de Carvalho, professor de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), no Jornal da USP.

Tempestade deixou rastro de destruição em São Sebastião, no litoral paulista, em fevereiro de 2023 Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21/2/2023

“Não é coincidência que esses bolsões de gente vulnerabilizada, que acaba sendo vitimada por esse processo de degradação, são de pessoas não apenas vulnerabilizadas e empobrecidas, mas de pessoas negras.”

Para Carvalho, a falta de políticas públicas que impeçam essa forma de discriminação, contribui para a manutenção desse cenário de exclusão, além de intensificá-lo. “Quanto mais resíduo, quanto mais maltratado for o ambiente e quanto mais você despejar dejetos nesses lugares, mais você consolida essa situação de desigualdade e discriminação absurda.”

Em 2022, na COP-27, que aconteceu no Egito, o racismo ambiental foi, pela primeira vez, pauta oficial da conferência anual das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. No acordo final do evento, foi criado um fundo para indenização por perdas e danos aos países mais pobres e vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

O acordo determinou em neste ano, 2024, seria criado um comitê para definir os critérios de distribuição das indenizações promovidas pelo fundo. Portanto, o assunto tende a ganhar ainda mais repercussão mundial este ano.

As buscas no Google pelo termo também dispararam nos últimos anos: foram de duas por dia em 2016 para 100 por dia em 2024.

A utilização do termo racismo ambiental pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para definir o impacto das chuvas no Rio de Janeiro sobre a população negra e pobre motivou discussões nas redes sociais. Muitas pessoas entenderam que a ministra estaria chamando o meio ambiente de racista, mas este não é o significado do termo, que tem sido reconhecido pela comunidade científica que debate as mudanças climáticas.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, o termo foi criado por Benjamin Franklin Chavis Jr., liderança do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, nos anos 1980. Ele era assistente de Martin Luther King, o ativista político americano que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964 por suas ações de combate ao racismo baseadas na resistência não-violenta.

“O termo surgiu no contexto do movimento negro dos Estados Unidos, mas a expressão ganhou força e foi ampliada para abarcar as injustiças sociais e socioambientais sofridas por grupos étnicos vulnerabilizados e discriminados em razão da cor da pele, origem, sexo e condição social”, explica a Secretaria.

Segundo a pasta, são minorias étnicas (negros, povos indígenas e populações tradicionais, quilombolas e ribeirinhos), pessoas em condição de vulnerabilidade social, que vivem em periferias, e mulheres, em especial as negras, os mais afetados pela poluição, falta de saneamento básico, despejo inadequado de resíduos nocivos à saúde, desmatamento ilegal, enchentes, deslizamentos, rompimentos de barragens, entre outros fatores que levam ou são reflexo do aquecimento global.

O entendimento é de que, apesar de as mudanças climáticas afetarem todo o planeta e, consequentemente, todos os seres humanos, são aqueles que têm menor condição financeira, de moradia e infraestrutura, que sofrem os maiores efeitos. E como agravante, as pessoas que são lidas socialmente como “de menor valor” são mais negligenciadas por autoridades quanto a isso.

“Há um senso comum, e até um mito criado em torno da questão ambiental, de que ela nos atinge a todos igualmente”, diz Marcos Bernardino de Carvalho, professor de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), no Jornal da USP.

Tempestade deixou rastro de destruição em São Sebastião, no litoral paulista, em fevereiro de 2023 Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21/2/2023

“Não é coincidência que esses bolsões de gente vulnerabilizada, que acaba sendo vitimada por esse processo de degradação, são de pessoas não apenas vulnerabilizadas e empobrecidas, mas de pessoas negras.”

Para Carvalho, a falta de políticas públicas que impeçam essa forma de discriminação, contribui para a manutenção desse cenário de exclusão, além de intensificá-lo. “Quanto mais resíduo, quanto mais maltratado for o ambiente e quanto mais você despejar dejetos nesses lugares, mais você consolida essa situação de desigualdade e discriminação absurda.”

Em 2022, na COP-27, que aconteceu no Egito, o racismo ambiental foi, pela primeira vez, pauta oficial da conferência anual das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. No acordo final do evento, foi criado um fundo para indenização por perdas e danos aos países mais pobres e vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

O acordo determinou em neste ano, 2024, seria criado um comitê para definir os critérios de distribuição das indenizações promovidas pelo fundo. Portanto, o assunto tende a ganhar ainda mais repercussão mundial este ano.

As buscas no Google pelo termo também dispararam nos últimos anos: foram de duas por dia em 2016 para 100 por dia em 2024.

A utilização do termo racismo ambiental pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para definir o impacto das chuvas no Rio de Janeiro sobre a população negra e pobre motivou discussões nas redes sociais. Muitas pessoas entenderam que a ministra estaria chamando o meio ambiente de racista, mas este não é o significado do termo, que tem sido reconhecido pela comunidade científica que debate as mudanças climáticas.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, o termo foi criado por Benjamin Franklin Chavis Jr., liderança do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, nos anos 1980. Ele era assistente de Martin Luther King, o ativista político americano que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964 por suas ações de combate ao racismo baseadas na resistência não-violenta.

“O termo surgiu no contexto do movimento negro dos Estados Unidos, mas a expressão ganhou força e foi ampliada para abarcar as injustiças sociais e socioambientais sofridas por grupos étnicos vulnerabilizados e discriminados em razão da cor da pele, origem, sexo e condição social”, explica a Secretaria.

Segundo a pasta, são minorias étnicas (negros, povos indígenas e populações tradicionais, quilombolas e ribeirinhos), pessoas em condição de vulnerabilidade social, que vivem em periferias, e mulheres, em especial as negras, os mais afetados pela poluição, falta de saneamento básico, despejo inadequado de resíduos nocivos à saúde, desmatamento ilegal, enchentes, deslizamentos, rompimentos de barragens, entre outros fatores que levam ou são reflexo do aquecimento global.

O entendimento é de que, apesar de as mudanças climáticas afetarem todo o planeta e, consequentemente, todos os seres humanos, são aqueles que têm menor condição financeira, de moradia e infraestrutura, que sofrem os maiores efeitos. E como agravante, as pessoas que são lidas socialmente como “de menor valor” são mais negligenciadas por autoridades quanto a isso.

“Há um senso comum, e até um mito criado em torno da questão ambiental, de que ela nos atinge a todos igualmente”, diz Marcos Bernardino de Carvalho, professor de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), no Jornal da USP.

Tempestade deixou rastro de destruição em São Sebastião, no litoral paulista, em fevereiro de 2023 Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21/2/2023

“Não é coincidência que esses bolsões de gente vulnerabilizada, que acaba sendo vitimada por esse processo de degradação, são de pessoas não apenas vulnerabilizadas e empobrecidas, mas de pessoas negras.”

Para Carvalho, a falta de políticas públicas que impeçam essa forma de discriminação, contribui para a manutenção desse cenário de exclusão, além de intensificá-lo. “Quanto mais resíduo, quanto mais maltratado for o ambiente e quanto mais você despejar dejetos nesses lugares, mais você consolida essa situação de desigualdade e discriminação absurda.”

Em 2022, na COP-27, que aconteceu no Egito, o racismo ambiental foi, pela primeira vez, pauta oficial da conferência anual das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. No acordo final do evento, foi criado um fundo para indenização por perdas e danos aos países mais pobres e vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

O acordo determinou em neste ano, 2024, seria criado um comitê para definir os critérios de distribuição das indenizações promovidas pelo fundo. Portanto, o assunto tende a ganhar ainda mais repercussão mundial este ano.

As buscas no Google pelo termo também dispararam nos últimos anos: foram de duas por dia em 2016 para 100 por dia em 2024.

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