Reino Unido analisa participar do Fundo Amazônia, diz ministra britânica


‘É algo que estamos analisando seriamente’, afirmou Therese Coffey, na segunda-feira, em Brasília

Por Redação
Atualização:

O Reino Unido está considerando ingressar no Fundo Amazônia de bilhões de dólares, reaberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para financiar a sustentabilidade na floresta tropical, disse a ministra britânica do Meio Ambiente, Therese Coffey. “É algo que estamos analisando seriamente”, afirmou à agência Reuters na segunda-feira em Brasília, onde compareceu à posse de Lula no domingo.

Em 2019, a gestão de Jair Bolsonaro (PL) dissolveu as instâncias de governança do fundo, em desacordo com os países doadores, Noruega e Alemanha. Os doadores, então, congelaram os recursos. Uma das primeiras decisões de Lula no cargo foi revogar as políticas de Bolsonaro que diluíram a proteção ambiental e ajudaram a contribuir para o desmatamento que atingiu o maior nível em 15 anos, incluindo uma medida que incentivava a mineração em terras indígenas protegidas. Lula também reabriu o fundo.

Coffey disse que o Reino Unido tem muito a oferecer ao Brasil, desde programas de sustentabilidade rural e arquitetura de baixo carbono para ajudar na mobilização de fundos com sua força como um centro global de finanças verdes. A Grã-Bretanha já é o terceiro maior colaborador do Brasil no meio ambiente, tendo comprometido mais de 250 milhões de libras de seu fundo piloto internacional, disse ela. Coffey se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

Gado pasta em Xapuri, no Estado Acre AP Foto/Eraldo Peres Foto: AP / AP

Alemanha firma acordo para doar R$ 200 milhões

Antes mesmo de o governo Jair Bolsonaro (PL) terminar, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou com o KfW, o banco estatal de desenvolvimento da Alemanha, um contrato de doação de 35 milhões de euros (cerca de R$ 200 milhões) para o Fundo Amazônia. Logo após a eleição do petista, no fim de outubro, os governos de Noruega e Alemanha já haviam declarado que retomariam as doações assim que a nova gestão federal do Brasil começasse.

Em nota, o BNDES informou que as tratativas para a doação do KfW começaram em novembro passado. “O contrato foi assinado em 23 de dezembro de 2022 e a divulgação acordada para o início de 2023, por ocasião da visita do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, ao Brasil”, diz a nota, referindo-se à vinda do chefe de Estado alemão para a posse de Lula, no domingo, 1º, em Brasília.

Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara (PSOL) se reuniu com a ministra do do Meio Ambiente do Reino Unido, Therese Coffey DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Formado, em 2008, com doações de R$ 3,2 bilhões da Noruega e de R$ 200 milhões da Alemanha, o Fundo Amazônia é uma iniciativa pioneira de REDD+ – instrumento desenvolvido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento pela redução de emissões de gases do efeito estufa associadas ao desflorestamento. A Alemanha faz suas doações por meio do KfW.

Segundo o BNDES, as doações anteriores foram de 54,9 milhões de euros (cerca de R$ 312 milhões). O contrato firmado em dezembro será a terceira doação da Alemanha. No total, ao apoio do governo alemão para o fundo será de 90 milhões de euros (cerca de R$ 512 milhões), informou a instituição de fomento brasileira, em nota.

Já o governo norueguês, também em nota, destacou o fato de a gestão Lula ter tomado, no primeiro dia, os passos necessários para reativar o Fundo Amazônia. O Ministério do Meio Ambiente do país escandinavo também disse ter sinalizado ao governo brasileiro que os recursos da Noruega poderão ser usados novamente para projetos de redução do desmate da floresta.

O BNDES é o gestor do Fundo Amazônia. Além de administrar os recursos doados, o banco de fomento seleciona os projetos e faz as liberações, seguindo as diretrizes definidas pelas instâncias de governança e os critérios acordados quando da criação do fundo. O BNDES também cuida da prestação de contas dos projetos – ponto que serviu de estopim pelas mudanças feitas pelo governo Bolsonaro.

O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sem provas, lançou dúvidas sobre a destinação dos recursos, ainda no 1º semestre de 2019. Depois, não foram apresentadas constatações de irregularidades no programa.

Desde então, nenhum projeto mais foi analisado e aprovado. Até 2018, 103 projetos, com valor total de R$ 1,860 bilhão, foram aprovados pelo BNDES. Com a análise de novos pedidos paralisada, os desembolsos para os projetos aprovados ficaram em R$ 117 milhões em 2021, ante R$ 131 milhões, em 2020. Este ano, foram liberados R$ 54,7 milhões, no acumulado até agosto, conforme dados dos informes da carteira do Fundo Amazônia, publicados na internet.

Com a retomada do Fundo Amazônia, o BNDES poderá se debruçar sobre 56 projetos, que estão na fila de análise para receber apoio financeiro. Esses pedidos pleiteiam um total de R$ 2,203 bilhões, como mostrou o Estadão/Broadcast, no fim de outubro.

O Reino Unido está considerando ingressar no Fundo Amazônia de bilhões de dólares, reaberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para financiar a sustentabilidade na floresta tropical, disse a ministra britânica do Meio Ambiente, Therese Coffey. “É algo que estamos analisando seriamente”, afirmou à agência Reuters na segunda-feira em Brasília, onde compareceu à posse de Lula no domingo.

Em 2019, a gestão de Jair Bolsonaro (PL) dissolveu as instâncias de governança do fundo, em desacordo com os países doadores, Noruega e Alemanha. Os doadores, então, congelaram os recursos. Uma das primeiras decisões de Lula no cargo foi revogar as políticas de Bolsonaro que diluíram a proteção ambiental e ajudaram a contribuir para o desmatamento que atingiu o maior nível em 15 anos, incluindo uma medida que incentivava a mineração em terras indígenas protegidas. Lula também reabriu o fundo.

Coffey disse que o Reino Unido tem muito a oferecer ao Brasil, desde programas de sustentabilidade rural e arquitetura de baixo carbono para ajudar na mobilização de fundos com sua força como um centro global de finanças verdes. A Grã-Bretanha já é o terceiro maior colaborador do Brasil no meio ambiente, tendo comprometido mais de 250 milhões de libras de seu fundo piloto internacional, disse ela. Coffey se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

Gado pasta em Xapuri, no Estado Acre AP Foto/Eraldo Peres Foto: AP / AP

Alemanha firma acordo para doar R$ 200 milhões

Antes mesmo de o governo Jair Bolsonaro (PL) terminar, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou com o KfW, o banco estatal de desenvolvimento da Alemanha, um contrato de doação de 35 milhões de euros (cerca de R$ 200 milhões) para o Fundo Amazônia. Logo após a eleição do petista, no fim de outubro, os governos de Noruega e Alemanha já haviam declarado que retomariam as doações assim que a nova gestão federal do Brasil começasse.

Em nota, o BNDES informou que as tratativas para a doação do KfW começaram em novembro passado. “O contrato foi assinado em 23 de dezembro de 2022 e a divulgação acordada para o início de 2023, por ocasião da visita do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, ao Brasil”, diz a nota, referindo-se à vinda do chefe de Estado alemão para a posse de Lula, no domingo, 1º, em Brasília.

Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara (PSOL) se reuniu com a ministra do do Meio Ambiente do Reino Unido, Therese Coffey DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Formado, em 2008, com doações de R$ 3,2 bilhões da Noruega e de R$ 200 milhões da Alemanha, o Fundo Amazônia é uma iniciativa pioneira de REDD+ – instrumento desenvolvido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento pela redução de emissões de gases do efeito estufa associadas ao desflorestamento. A Alemanha faz suas doações por meio do KfW.

Segundo o BNDES, as doações anteriores foram de 54,9 milhões de euros (cerca de R$ 312 milhões). O contrato firmado em dezembro será a terceira doação da Alemanha. No total, ao apoio do governo alemão para o fundo será de 90 milhões de euros (cerca de R$ 512 milhões), informou a instituição de fomento brasileira, em nota.

Já o governo norueguês, também em nota, destacou o fato de a gestão Lula ter tomado, no primeiro dia, os passos necessários para reativar o Fundo Amazônia. O Ministério do Meio Ambiente do país escandinavo também disse ter sinalizado ao governo brasileiro que os recursos da Noruega poderão ser usados novamente para projetos de redução do desmate da floresta.

O BNDES é o gestor do Fundo Amazônia. Além de administrar os recursos doados, o banco de fomento seleciona os projetos e faz as liberações, seguindo as diretrizes definidas pelas instâncias de governança e os critérios acordados quando da criação do fundo. O BNDES também cuida da prestação de contas dos projetos – ponto que serviu de estopim pelas mudanças feitas pelo governo Bolsonaro.

O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sem provas, lançou dúvidas sobre a destinação dos recursos, ainda no 1º semestre de 2019. Depois, não foram apresentadas constatações de irregularidades no programa.

Desde então, nenhum projeto mais foi analisado e aprovado. Até 2018, 103 projetos, com valor total de R$ 1,860 bilhão, foram aprovados pelo BNDES. Com a análise de novos pedidos paralisada, os desembolsos para os projetos aprovados ficaram em R$ 117 milhões em 2021, ante R$ 131 milhões, em 2020. Este ano, foram liberados R$ 54,7 milhões, no acumulado até agosto, conforme dados dos informes da carteira do Fundo Amazônia, publicados na internet.

Com a retomada do Fundo Amazônia, o BNDES poderá se debruçar sobre 56 projetos, que estão na fila de análise para receber apoio financeiro. Esses pedidos pleiteiam um total de R$ 2,203 bilhões, como mostrou o Estadão/Broadcast, no fim de outubro.

O Reino Unido está considerando ingressar no Fundo Amazônia de bilhões de dólares, reaberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para financiar a sustentabilidade na floresta tropical, disse a ministra britânica do Meio Ambiente, Therese Coffey. “É algo que estamos analisando seriamente”, afirmou à agência Reuters na segunda-feira em Brasília, onde compareceu à posse de Lula no domingo.

Em 2019, a gestão de Jair Bolsonaro (PL) dissolveu as instâncias de governança do fundo, em desacordo com os países doadores, Noruega e Alemanha. Os doadores, então, congelaram os recursos. Uma das primeiras decisões de Lula no cargo foi revogar as políticas de Bolsonaro que diluíram a proteção ambiental e ajudaram a contribuir para o desmatamento que atingiu o maior nível em 15 anos, incluindo uma medida que incentivava a mineração em terras indígenas protegidas. Lula também reabriu o fundo.

Coffey disse que o Reino Unido tem muito a oferecer ao Brasil, desde programas de sustentabilidade rural e arquitetura de baixo carbono para ajudar na mobilização de fundos com sua força como um centro global de finanças verdes. A Grã-Bretanha já é o terceiro maior colaborador do Brasil no meio ambiente, tendo comprometido mais de 250 milhões de libras de seu fundo piloto internacional, disse ela. Coffey se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

Gado pasta em Xapuri, no Estado Acre AP Foto/Eraldo Peres Foto: AP / AP

Alemanha firma acordo para doar R$ 200 milhões

Antes mesmo de o governo Jair Bolsonaro (PL) terminar, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou com o KfW, o banco estatal de desenvolvimento da Alemanha, um contrato de doação de 35 milhões de euros (cerca de R$ 200 milhões) para o Fundo Amazônia. Logo após a eleição do petista, no fim de outubro, os governos de Noruega e Alemanha já haviam declarado que retomariam as doações assim que a nova gestão federal do Brasil começasse.

Em nota, o BNDES informou que as tratativas para a doação do KfW começaram em novembro passado. “O contrato foi assinado em 23 de dezembro de 2022 e a divulgação acordada para o início de 2023, por ocasião da visita do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, ao Brasil”, diz a nota, referindo-se à vinda do chefe de Estado alemão para a posse de Lula, no domingo, 1º, em Brasília.

Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara (PSOL) se reuniu com a ministra do do Meio Ambiente do Reino Unido, Therese Coffey DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Formado, em 2008, com doações de R$ 3,2 bilhões da Noruega e de R$ 200 milhões da Alemanha, o Fundo Amazônia é uma iniciativa pioneira de REDD+ – instrumento desenvolvido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento pela redução de emissões de gases do efeito estufa associadas ao desflorestamento. A Alemanha faz suas doações por meio do KfW.

Segundo o BNDES, as doações anteriores foram de 54,9 milhões de euros (cerca de R$ 312 milhões). O contrato firmado em dezembro será a terceira doação da Alemanha. No total, ao apoio do governo alemão para o fundo será de 90 milhões de euros (cerca de R$ 512 milhões), informou a instituição de fomento brasileira, em nota.

Já o governo norueguês, também em nota, destacou o fato de a gestão Lula ter tomado, no primeiro dia, os passos necessários para reativar o Fundo Amazônia. O Ministério do Meio Ambiente do país escandinavo também disse ter sinalizado ao governo brasileiro que os recursos da Noruega poderão ser usados novamente para projetos de redução do desmate da floresta.

O BNDES é o gestor do Fundo Amazônia. Além de administrar os recursos doados, o banco de fomento seleciona os projetos e faz as liberações, seguindo as diretrizes definidas pelas instâncias de governança e os critérios acordados quando da criação do fundo. O BNDES também cuida da prestação de contas dos projetos – ponto que serviu de estopim pelas mudanças feitas pelo governo Bolsonaro.

O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sem provas, lançou dúvidas sobre a destinação dos recursos, ainda no 1º semestre de 2019. Depois, não foram apresentadas constatações de irregularidades no programa.

Desde então, nenhum projeto mais foi analisado e aprovado. Até 2018, 103 projetos, com valor total de R$ 1,860 bilhão, foram aprovados pelo BNDES. Com a análise de novos pedidos paralisada, os desembolsos para os projetos aprovados ficaram em R$ 117 milhões em 2021, ante R$ 131 milhões, em 2020. Este ano, foram liberados R$ 54,7 milhões, no acumulado até agosto, conforme dados dos informes da carteira do Fundo Amazônia, publicados na internet.

Com a retomada do Fundo Amazônia, o BNDES poderá se debruçar sobre 56 projetos, que estão na fila de análise para receber apoio financeiro. Esses pedidos pleiteiam um total de R$ 2,203 bilhões, como mostrou o Estadão/Broadcast, no fim de outubro.

O Reino Unido está considerando ingressar no Fundo Amazônia de bilhões de dólares, reaberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para financiar a sustentabilidade na floresta tropical, disse a ministra britânica do Meio Ambiente, Therese Coffey. “É algo que estamos analisando seriamente”, afirmou à agência Reuters na segunda-feira em Brasília, onde compareceu à posse de Lula no domingo.

Em 2019, a gestão de Jair Bolsonaro (PL) dissolveu as instâncias de governança do fundo, em desacordo com os países doadores, Noruega e Alemanha. Os doadores, então, congelaram os recursos. Uma das primeiras decisões de Lula no cargo foi revogar as políticas de Bolsonaro que diluíram a proteção ambiental e ajudaram a contribuir para o desmatamento que atingiu o maior nível em 15 anos, incluindo uma medida que incentivava a mineração em terras indígenas protegidas. Lula também reabriu o fundo.

Coffey disse que o Reino Unido tem muito a oferecer ao Brasil, desde programas de sustentabilidade rural e arquitetura de baixo carbono para ajudar na mobilização de fundos com sua força como um centro global de finanças verdes. A Grã-Bretanha já é o terceiro maior colaborador do Brasil no meio ambiente, tendo comprometido mais de 250 milhões de libras de seu fundo piloto internacional, disse ela. Coffey se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

Gado pasta em Xapuri, no Estado Acre AP Foto/Eraldo Peres Foto: AP / AP

Alemanha firma acordo para doar R$ 200 milhões

Antes mesmo de o governo Jair Bolsonaro (PL) terminar, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou com o KfW, o banco estatal de desenvolvimento da Alemanha, um contrato de doação de 35 milhões de euros (cerca de R$ 200 milhões) para o Fundo Amazônia. Logo após a eleição do petista, no fim de outubro, os governos de Noruega e Alemanha já haviam declarado que retomariam as doações assim que a nova gestão federal do Brasil começasse.

Em nota, o BNDES informou que as tratativas para a doação do KfW começaram em novembro passado. “O contrato foi assinado em 23 de dezembro de 2022 e a divulgação acordada para o início de 2023, por ocasião da visita do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, ao Brasil”, diz a nota, referindo-se à vinda do chefe de Estado alemão para a posse de Lula, no domingo, 1º, em Brasília.

Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara (PSOL) se reuniu com a ministra do do Meio Ambiente do Reino Unido, Therese Coffey DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Formado, em 2008, com doações de R$ 3,2 bilhões da Noruega e de R$ 200 milhões da Alemanha, o Fundo Amazônia é uma iniciativa pioneira de REDD+ – instrumento desenvolvido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento pela redução de emissões de gases do efeito estufa associadas ao desflorestamento. A Alemanha faz suas doações por meio do KfW.

Segundo o BNDES, as doações anteriores foram de 54,9 milhões de euros (cerca de R$ 312 milhões). O contrato firmado em dezembro será a terceira doação da Alemanha. No total, ao apoio do governo alemão para o fundo será de 90 milhões de euros (cerca de R$ 512 milhões), informou a instituição de fomento brasileira, em nota.

Já o governo norueguês, também em nota, destacou o fato de a gestão Lula ter tomado, no primeiro dia, os passos necessários para reativar o Fundo Amazônia. O Ministério do Meio Ambiente do país escandinavo também disse ter sinalizado ao governo brasileiro que os recursos da Noruega poderão ser usados novamente para projetos de redução do desmate da floresta.

O BNDES é o gestor do Fundo Amazônia. Além de administrar os recursos doados, o banco de fomento seleciona os projetos e faz as liberações, seguindo as diretrizes definidas pelas instâncias de governança e os critérios acordados quando da criação do fundo. O BNDES também cuida da prestação de contas dos projetos – ponto que serviu de estopim pelas mudanças feitas pelo governo Bolsonaro.

O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sem provas, lançou dúvidas sobre a destinação dos recursos, ainda no 1º semestre de 2019. Depois, não foram apresentadas constatações de irregularidades no programa.

Desde então, nenhum projeto mais foi analisado e aprovado. Até 2018, 103 projetos, com valor total de R$ 1,860 bilhão, foram aprovados pelo BNDES. Com a análise de novos pedidos paralisada, os desembolsos para os projetos aprovados ficaram em R$ 117 milhões em 2021, ante R$ 131 milhões, em 2020. Este ano, foram liberados R$ 54,7 milhões, no acumulado até agosto, conforme dados dos informes da carteira do Fundo Amazônia, publicados na internet.

Com a retomada do Fundo Amazônia, o BNDES poderá se debruçar sobre 56 projetos, que estão na fila de análise para receber apoio financeiro. Esses pedidos pleiteiam um total de R$ 2,203 bilhões, como mostrou o Estadão/Broadcast, no fim de outubro.

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