Resposta do governo à crise climática é suficiente? ‘Medidas antigas não vão gerar resultados novos’


Secretário-executivo do Observatório do Clima diz que governantes precisam ‘sair do discurso e começar a agir’

Por Isabela Moya

Em meio à crise climática e o avanço das queimadas pelo Brasil, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, afirmou, em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 13, que é preciso que medidas mais agressivas e urgentes sejam tomadas para evitar que as consequências da destruição do meio ambiente se tornem ainda mais intensas e severas.

Para Astrini, apesar dos avanços, os esforços ainda são pequenos e atrasados. O especialista diz que os governantes precisam “sair do discurso e começar a agir”.

Marcio Astrini, secretário-executivo da coalizão de ONGs Observatório do Clima. Foto: Márcia Alves/Divulgação

A principal forma de combate citada por Astrini é o endurecimento das penas contra crimes ambientais, principalmente aqueles ligados aos incêndios. Especialistas dizem que a maioria das queimadas que se alastram pelo Brasil é criminosa - e não por descarga elétrica, como acontece em outros países.

“Hoje a pessoa não é pega. E, se é pega, toma uma multa, e não paga. Ela dá uma cesta básica e sai pela porta da frente. Então, esse crime fica totalmente impune”, diz Astrini.

Como o Estadão mostrou, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado antecipadamente sobre a seca e o risco de incêndios florestais no Brasil. Uma série de documentos incluindo ofícios, notas técnicas, atas de reuniões e processos judiciais mostra que a gestão petista tinha ciência do que estava por vir desde o início do ano.

O Ministério do Meio Ambiente afirmou, após a publicação da reportagem, que o governo se antecipou, mas que ninguém esperava eventos nas proporções atuais e que não é possível controlar a situação se o “povo” continuar provocando incêndios.

As medidas tomadas atualmente pelo poder público, como a contratação de brigadistas, por exemplo, são insuficientes, afirma o secretário-executivo do Observatório do Clima. “É bem claro que tudo que já acontecia, essas temporadas de seca, de queimada, de inundação, elas estão muito mais frequentes, muito mais agressivas e os governos ainda estão tomando as medidas que tomavam lá atrás, como se o mundo e o clima não tivessem mudado”, diz Astrini.

Ele enxerga os governos “totalmente despreparados” e sente falta de uma ação coordenada, inclusive para tratar das consequências da poluição do ar, por exemplo, como os problemas de saúde que afetam a população.

“Vamos precisar fazer muito mais. Agora não adianta só a gente correr atrás do prejuízo, nós precisamos ser mais agressivos. Está na hora de, por exemplo, a gente acabar de uma vez por todas com o crime ambiental no Brasil”, acrescenta.

O Observatório do Clima preparou uma proposta com um plano para ser cumprido até 2035 para que o governo se comprometa a cumprir medidas em favor do meio ambiente, como diminuir as emissões de gás de efeito estufa.

“É um plano agressivo e é isso que nós precisamos fazer, porque o clima está mais agressivo. Não adianta a gente tomar as medidas antigas e achar que elas vão gerar resultados novos. O Brasil, se quiser realmente ter esse exemplo, ele vai ter que ser extremamente agressivo ao tratar principalmente com o crime ambiental e a ilegalidade”, declara.

Incêndio em mata na cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

‘Brasil precisa passar da fala à atitude’

Astrini reconhece avanços na política de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado do governo atual, por exemplo, mas diz que as ações tomadas são insuficientes.

“O Brasil está em uma vitrine muito grande na agenda de clima. Tem um discurso recorrente do presidente, da própria ministra (do Meio Ambiente) Marina Silva, de o Brasil liderar pelo exemplo e a gente precisa exercer esse discurso, não adianta ele ficar apenas na palavra”, afirma.

“A situação seria muito pior se a gente continuasse no ritmo que estávamos lá atrás. O governo contratou brigadistas, aumentou realmente o orçamento do ministério, mas o que eu estou dizendo é que essas ações já não são mais suficientes”, acrescenta. Como solução, ele diz que o governo deveria editar uma Medida Provisória para criar uma moratória do desmatamento no Brasil.

Houve ainda “mensagens trocadas”, ele diz, como quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita às queimadas no Amazonas, falou sobre a construção da BR-319, uma estrada que cortaria uma área intacta de floresta.

(A construção) está com licenciamento parado porque temos estudos mostrando que, se essa estrada for feita do jeito que o projeto se encontra, sem nenhuma garantia, nós vamos elevar muito o nível de desmatamento da Amazônia. Vamos arrebentar uma parte da floresta que hoje está intacta”, argumenta.

Astrini cita ainda o caso do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que anunciou a entrada do Brasil à OPEP+ (grupo que reúne grandes produtores de petróleo e países aliados) em meio à Cúpula do Clima, no ano passado. “O governo precisa fazer um rearranjo interno, porque não vai ser só com o Ministério do Meio Ambiente que o Brasil vai enfrentar essa crise climática, precisa ter o time inteiro.”

Em meio à crise climática e o avanço das queimadas pelo Brasil, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, afirmou, em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 13, que é preciso que medidas mais agressivas e urgentes sejam tomadas para evitar que as consequências da destruição do meio ambiente se tornem ainda mais intensas e severas.

Para Astrini, apesar dos avanços, os esforços ainda são pequenos e atrasados. O especialista diz que os governantes precisam “sair do discurso e começar a agir”.

Marcio Astrini, secretário-executivo da coalizão de ONGs Observatório do Clima. Foto: Márcia Alves/Divulgação

A principal forma de combate citada por Astrini é o endurecimento das penas contra crimes ambientais, principalmente aqueles ligados aos incêndios. Especialistas dizem que a maioria das queimadas que se alastram pelo Brasil é criminosa - e não por descarga elétrica, como acontece em outros países.

“Hoje a pessoa não é pega. E, se é pega, toma uma multa, e não paga. Ela dá uma cesta básica e sai pela porta da frente. Então, esse crime fica totalmente impune”, diz Astrini.

Como o Estadão mostrou, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado antecipadamente sobre a seca e o risco de incêndios florestais no Brasil. Uma série de documentos incluindo ofícios, notas técnicas, atas de reuniões e processos judiciais mostra que a gestão petista tinha ciência do que estava por vir desde o início do ano.

O Ministério do Meio Ambiente afirmou, após a publicação da reportagem, que o governo se antecipou, mas que ninguém esperava eventos nas proporções atuais e que não é possível controlar a situação se o “povo” continuar provocando incêndios.

As medidas tomadas atualmente pelo poder público, como a contratação de brigadistas, por exemplo, são insuficientes, afirma o secretário-executivo do Observatório do Clima. “É bem claro que tudo que já acontecia, essas temporadas de seca, de queimada, de inundação, elas estão muito mais frequentes, muito mais agressivas e os governos ainda estão tomando as medidas que tomavam lá atrás, como se o mundo e o clima não tivessem mudado”, diz Astrini.

Ele enxerga os governos “totalmente despreparados” e sente falta de uma ação coordenada, inclusive para tratar das consequências da poluição do ar, por exemplo, como os problemas de saúde que afetam a população.

“Vamos precisar fazer muito mais. Agora não adianta só a gente correr atrás do prejuízo, nós precisamos ser mais agressivos. Está na hora de, por exemplo, a gente acabar de uma vez por todas com o crime ambiental no Brasil”, acrescenta.

O Observatório do Clima preparou uma proposta com um plano para ser cumprido até 2035 para que o governo se comprometa a cumprir medidas em favor do meio ambiente, como diminuir as emissões de gás de efeito estufa.

“É um plano agressivo e é isso que nós precisamos fazer, porque o clima está mais agressivo. Não adianta a gente tomar as medidas antigas e achar que elas vão gerar resultados novos. O Brasil, se quiser realmente ter esse exemplo, ele vai ter que ser extremamente agressivo ao tratar principalmente com o crime ambiental e a ilegalidade”, declara.

Incêndio em mata na cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

‘Brasil precisa passar da fala à atitude’

Astrini reconhece avanços na política de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado do governo atual, por exemplo, mas diz que as ações tomadas são insuficientes.

“O Brasil está em uma vitrine muito grande na agenda de clima. Tem um discurso recorrente do presidente, da própria ministra (do Meio Ambiente) Marina Silva, de o Brasil liderar pelo exemplo e a gente precisa exercer esse discurso, não adianta ele ficar apenas na palavra”, afirma.

“A situação seria muito pior se a gente continuasse no ritmo que estávamos lá atrás. O governo contratou brigadistas, aumentou realmente o orçamento do ministério, mas o que eu estou dizendo é que essas ações já não são mais suficientes”, acrescenta. Como solução, ele diz que o governo deveria editar uma Medida Provisória para criar uma moratória do desmatamento no Brasil.

Houve ainda “mensagens trocadas”, ele diz, como quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita às queimadas no Amazonas, falou sobre a construção da BR-319, uma estrada que cortaria uma área intacta de floresta.

(A construção) está com licenciamento parado porque temos estudos mostrando que, se essa estrada for feita do jeito que o projeto se encontra, sem nenhuma garantia, nós vamos elevar muito o nível de desmatamento da Amazônia. Vamos arrebentar uma parte da floresta que hoje está intacta”, argumenta.

Astrini cita ainda o caso do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que anunciou a entrada do Brasil à OPEP+ (grupo que reúne grandes produtores de petróleo e países aliados) em meio à Cúpula do Clima, no ano passado. “O governo precisa fazer um rearranjo interno, porque não vai ser só com o Ministério do Meio Ambiente que o Brasil vai enfrentar essa crise climática, precisa ter o time inteiro.”

Em meio à crise climática e o avanço das queimadas pelo Brasil, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, afirmou, em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 13, que é preciso que medidas mais agressivas e urgentes sejam tomadas para evitar que as consequências da destruição do meio ambiente se tornem ainda mais intensas e severas.

Para Astrini, apesar dos avanços, os esforços ainda são pequenos e atrasados. O especialista diz que os governantes precisam “sair do discurso e começar a agir”.

Marcio Astrini, secretário-executivo da coalizão de ONGs Observatório do Clima. Foto: Márcia Alves/Divulgação

A principal forma de combate citada por Astrini é o endurecimento das penas contra crimes ambientais, principalmente aqueles ligados aos incêndios. Especialistas dizem que a maioria das queimadas que se alastram pelo Brasil é criminosa - e não por descarga elétrica, como acontece em outros países.

“Hoje a pessoa não é pega. E, se é pega, toma uma multa, e não paga. Ela dá uma cesta básica e sai pela porta da frente. Então, esse crime fica totalmente impune”, diz Astrini.

Como o Estadão mostrou, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado antecipadamente sobre a seca e o risco de incêndios florestais no Brasil. Uma série de documentos incluindo ofícios, notas técnicas, atas de reuniões e processos judiciais mostra que a gestão petista tinha ciência do que estava por vir desde o início do ano.

O Ministério do Meio Ambiente afirmou, após a publicação da reportagem, que o governo se antecipou, mas que ninguém esperava eventos nas proporções atuais e que não é possível controlar a situação se o “povo” continuar provocando incêndios.

As medidas tomadas atualmente pelo poder público, como a contratação de brigadistas, por exemplo, são insuficientes, afirma o secretário-executivo do Observatório do Clima. “É bem claro que tudo que já acontecia, essas temporadas de seca, de queimada, de inundação, elas estão muito mais frequentes, muito mais agressivas e os governos ainda estão tomando as medidas que tomavam lá atrás, como se o mundo e o clima não tivessem mudado”, diz Astrini.

Ele enxerga os governos “totalmente despreparados” e sente falta de uma ação coordenada, inclusive para tratar das consequências da poluição do ar, por exemplo, como os problemas de saúde que afetam a população.

“Vamos precisar fazer muito mais. Agora não adianta só a gente correr atrás do prejuízo, nós precisamos ser mais agressivos. Está na hora de, por exemplo, a gente acabar de uma vez por todas com o crime ambiental no Brasil”, acrescenta.

O Observatório do Clima preparou uma proposta com um plano para ser cumprido até 2035 para que o governo se comprometa a cumprir medidas em favor do meio ambiente, como diminuir as emissões de gás de efeito estufa.

“É um plano agressivo e é isso que nós precisamos fazer, porque o clima está mais agressivo. Não adianta a gente tomar as medidas antigas e achar que elas vão gerar resultados novos. O Brasil, se quiser realmente ter esse exemplo, ele vai ter que ser extremamente agressivo ao tratar principalmente com o crime ambiental e a ilegalidade”, declara.

Incêndio em mata na cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

‘Brasil precisa passar da fala à atitude’

Astrini reconhece avanços na política de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado do governo atual, por exemplo, mas diz que as ações tomadas são insuficientes.

“O Brasil está em uma vitrine muito grande na agenda de clima. Tem um discurso recorrente do presidente, da própria ministra (do Meio Ambiente) Marina Silva, de o Brasil liderar pelo exemplo e a gente precisa exercer esse discurso, não adianta ele ficar apenas na palavra”, afirma.

“A situação seria muito pior se a gente continuasse no ritmo que estávamos lá atrás. O governo contratou brigadistas, aumentou realmente o orçamento do ministério, mas o que eu estou dizendo é que essas ações já não são mais suficientes”, acrescenta. Como solução, ele diz que o governo deveria editar uma Medida Provisória para criar uma moratória do desmatamento no Brasil.

Houve ainda “mensagens trocadas”, ele diz, como quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita às queimadas no Amazonas, falou sobre a construção da BR-319, uma estrada que cortaria uma área intacta de floresta.

(A construção) está com licenciamento parado porque temos estudos mostrando que, se essa estrada for feita do jeito que o projeto se encontra, sem nenhuma garantia, nós vamos elevar muito o nível de desmatamento da Amazônia. Vamos arrebentar uma parte da floresta que hoje está intacta”, argumenta.

Astrini cita ainda o caso do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que anunciou a entrada do Brasil à OPEP+ (grupo que reúne grandes produtores de petróleo e países aliados) em meio à Cúpula do Clima, no ano passado. “O governo precisa fazer um rearranjo interno, porque não vai ser só com o Ministério do Meio Ambiente que o Brasil vai enfrentar essa crise climática, precisa ter o time inteiro.”

Em meio à crise climática e o avanço das queimadas pelo Brasil, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, afirmou, em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 13, que é preciso que medidas mais agressivas e urgentes sejam tomadas para evitar que as consequências da destruição do meio ambiente se tornem ainda mais intensas e severas.

Para Astrini, apesar dos avanços, os esforços ainda são pequenos e atrasados. O especialista diz que os governantes precisam “sair do discurso e começar a agir”.

Marcio Astrini, secretário-executivo da coalizão de ONGs Observatório do Clima. Foto: Márcia Alves/Divulgação

A principal forma de combate citada por Astrini é o endurecimento das penas contra crimes ambientais, principalmente aqueles ligados aos incêndios. Especialistas dizem que a maioria das queimadas que se alastram pelo Brasil é criminosa - e não por descarga elétrica, como acontece em outros países.

“Hoje a pessoa não é pega. E, se é pega, toma uma multa, e não paga. Ela dá uma cesta básica e sai pela porta da frente. Então, esse crime fica totalmente impune”, diz Astrini.

Como o Estadão mostrou, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado antecipadamente sobre a seca e o risco de incêndios florestais no Brasil. Uma série de documentos incluindo ofícios, notas técnicas, atas de reuniões e processos judiciais mostra que a gestão petista tinha ciência do que estava por vir desde o início do ano.

O Ministério do Meio Ambiente afirmou, após a publicação da reportagem, que o governo se antecipou, mas que ninguém esperava eventos nas proporções atuais e que não é possível controlar a situação se o “povo” continuar provocando incêndios.

As medidas tomadas atualmente pelo poder público, como a contratação de brigadistas, por exemplo, são insuficientes, afirma o secretário-executivo do Observatório do Clima. “É bem claro que tudo que já acontecia, essas temporadas de seca, de queimada, de inundação, elas estão muito mais frequentes, muito mais agressivas e os governos ainda estão tomando as medidas que tomavam lá atrás, como se o mundo e o clima não tivessem mudado”, diz Astrini.

Ele enxerga os governos “totalmente despreparados” e sente falta de uma ação coordenada, inclusive para tratar das consequências da poluição do ar, por exemplo, como os problemas de saúde que afetam a população.

“Vamos precisar fazer muito mais. Agora não adianta só a gente correr atrás do prejuízo, nós precisamos ser mais agressivos. Está na hora de, por exemplo, a gente acabar de uma vez por todas com o crime ambiental no Brasil”, acrescenta.

O Observatório do Clima preparou uma proposta com um plano para ser cumprido até 2035 para que o governo se comprometa a cumprir medidas em favor do meio ambiente, como diminuir as emissões de gás de efeito estufa.

“É um plano agressivo e é isso que nós precisamos fazer, porque o clima está mais agressivo. Não adianta a gente tomar as medidas antigas e achar que elas vão gerar resultados novos. O Brasil, se quiser realmente ter esse exemplo, ele vai ter que ser extremamente agressivo ao tratar principalmente com o crime ambiental e a ilegalidade”, declara.

Incêndio em mata na cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

‘Brasil precisa passar da fala à atitude’

Astrini reconhece avanços na política de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado do governo atual, por exemplo, mas diz que as ações tomadas são insuficientes.

“O Brasil está em uma vitrine muito grande na agenda de clima. Tem um discurso recorrente do presidente, da própria ministra (do Meio Ambiente) Marina Silva, de o Brasil liderar pelo exemplo e a gente precisa exercer esse discurso, não adianta ele ficar apenas na palavra”, afirma.

“A situação seria muito pior se a gente continuasse no ritmo que estávamos lá atrás. O governo contratou brigadistas, aumentou realmente o orçamento do ministério, mas o que eu estou dizendo é que essas ações já não são mais suficientes”, acrescenta. Como solução, ele diz que o governo deveria editar uma Medida Provisória para criar uma moratória do desmatamento no Brasil.

Houve ainda “mensagens trocadas”, ele diz, como quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita às queimadas no Amazonas, falou sobre a construção da BR-319, uma estrada que cortaria uma área intacta de floresta.

(A construção) está com licenciamento parado porque temos estudos mostrando que, se essa estrada for feita do jeito que o projeto se encontra, sem nenhuma garantia, nós vamos elevar muito o nível de desmatamento da Amazônia. Vamos arrebentar uma parte da floresta que hoje está intacta”, argumenta.

Astrini cita ainda o caso do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que anunciou a entrada do Brasil à OPEP+ (grupo que reúne grandes produtores de petróleo e países aliados) em meio à Cúpula do Clima, no ano passado. “O governo precisa fazer um rearranjo interno, porque não vai ser só com o Ministério do Meio Ambiente que o Brasil vai enfrentar essa crise climática, precisa ter o time inteiro.”

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