São Sebastião: moradores afetados por chuva receberão R$ 9 milhões de ONG para comprar móveis


Recursos vêm de doações recebidas pelo Instituto Verdescola, que abrigou famílias e distribuiu alimentos após tragédia no carnaval; comunidades da Vila Sahy e Baleia Verde são beneficiadas

Por Renata Cafardo
Atualização:

Moradores das comunidades de Vila Sahy e da Baleia Verde, atingidos pelas chuvas que mataram 64 pessoas no litoral norte de São Paulo durante o carnaval, receberão R$ 9 milhões para comprar móveis, eletrodomésticos e itens de supermercado ou farmácia. O dinheiro virá das doações recebidas pelo Instituto Verdescola, ONG da região que abrigou famílias, distribuiu alimentos e teve até cirurgias realizadas nas suas salas de aula durante a tragédia em São Sebastião em fevereiro.

Cerca de mil pessoas, mapeadas por uma equipe da Fundação Getulio Vargas (FGV), vão receber entre os dias 20 e 25 de junho cartões que poderão ser usados em lojas de departamento. As famílias que tiveram mais perdas receberão R$ 15,8 mil cada e um outro grupo, R$ 8,5 mil cada. “Com esse dinheiro, vão comprar o que quiserem. As pessoas doaram e estamos dando a eles de maneira responsável”, diz a fundadora da Verdescola, Maria Antonia Civita. “Não adianta eu dar um fogão, se às vezes ele já ganhou de um primo. Ele vai ter liberdade de escolher.”

No total, o instituto recebeu cerca de R$ 13 milhões, que foram usados de maneira emergencial nos primeiros dias após a tragédia e em um plano de recuperação que continua até hoje. O Verdescola passou a oferecer contêineres com atendimento psicológico, treinamento da população para atuar em situações de risco e alugou ônibus para transportar para a ONG as crianças que tiveram de se mudar para outras comunidades após os deslizamentos de terra.

Entre os que vão receber o benefício do projeto, chamado de Recomeço, estão famílias que perderam tudo e as que tiveram móveis ou outros pertences danificados pela lama ou pela água Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21.02.2023

“São muitos os problemas ainda. Jovens que atendemos na escola técnica estão ansiosos, têm um sentimento de perda constante no ar, desde funcionários, alunos a educadores”, conta. Nesta terça-feira, 13, Maria Antonia havia dispensado mais cedo todos os alunos da ONG porque as chuvas estavam fortes na região, já com alagamentos. “Dá um pânico e ninguém quer ficar.”

Entre os que vão receber o benefício do projeto, chamado de Recomeço, estão famílias que perderam tudo e as que tiveram móveis ou outros pertences danificados pela lama ou pela água. Algumas foram alojadas em Bertioga, outras estão em casas de parentes ou amigos.

Eles esperam pela finalização das obras de 500 moradias que estão sendo construídas pelo governo do Estado no bairro de Baleia Verde, ao lado de Barra do Sahy e da Baleia. A previsão é de que fiquem prontas até novembro. Outros terrenos estão sendo desapropriados. A meta do governo é construir 900 unidades para os atingidos pelas chuvas em São Sebastião.

“Com esse dinheiro, vão comprar o que quiserem. As pessoas doaram e estamos dando a eles de maneira responsável”, diz a fundadora da Verdescola, Maria Antonia Civita  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para catalogar quem receberia o cartão com a doação do Verdescola, a equipe da FGV percorreu as casas da comunidade durante um mês. O primeiro critério era o de residir na Vila Sahy ou na Baleia Verde no dia 19 de fevereiro, quando ocorreram os grandes deslizamentos de terra.

“Fomos entrevistando as pessoas para entender a perda material que tiveram, vendo se precisavam de sofás, mesas, berços. Muitas vezes, a casa não foi destruída, mas a água estragou a geladeira, os colchões”, diz o gerente executivo da FGV Projetos, André Andrade, cuja equipe trabalhou de maneira voluntária.

Depois disso, foi feita uma pesquisa de preços sobre os itens que as famílias precisavam para se determinar o valor dos cartões, que serão administrados pela Alelo. A empresa também não cobrou pela operação.

Modelo foi usado com vítimas de Brumadinho

A recomendação da ONG é que o dinheiro seja usado para comprar utensílios para a casa. Mas não há pré-seleção de produtos no cartão, a única exigência será a de usá-lo nas lojas que aceitam a bandeira Elo e que comercializam materiais de construção, móveis, linha branca, além de supermercados e farmacias. “A ideia é que possam montar um novo lar, voltar para uma casa íntegra, confortável”, diz Andrade.

O especialista resolveu ajudar o Verdescola na destinação dos recursos doados por causa da experiência adquirida ao gerenciar o programa de transferência de renda para famílias em Brumadinho (MG), onde uma barragem rompeu em janeiro de 2019.

A FGV gerencia um fundo e faz os pagamentos mensais, de R$ 90 milhões no total, a 110 mil pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em 2019. A tragédia deixou mais de 250 mortos e destruiu comunidades inteiras. A transferência de renda, cujas valores vão até um salário mínimo, vem de um depósito feito pela mineradora como parte do acordo judicial.

Inicialmente, a ONG tinha dúvidas sobre como usar os R$ 9 milhões doados. “Queríamos fazer algo rápido, eficiente. Estou muito contente com esse final feliz, em poder ajudar essa comunidade”, diz Maria Antonia. O instituto atende cerca de mil estudantes por dia, com aulas de reforço escolar, línguas e programação. Há ainda uma sala de ensino técnico do Centro Paula Souza dentro da ONG.

Moradores das comunidades de Vila Sahy e da Baleia Verde, atingidos pelas chuvas que mataram 64 pessoas no litoral norte de São Paulo durante o carnaval, receberão R$ 9 milhões para comprar móveis, eletrodomésticos e itens de supermercado ou farmácia. O dinheiro virá das doações recebidas pelo Instituto Verdescola, ONG da região que abrigou famílias, distribuiu alimentos e teve até cirurgias realizadas nas suas salas de aula durante a tragédia em São Sebastião em fevereiro.

Cerca de mil pessoas, mapeadas por uma equipe da Fundação Getulio Vargas (FGV), vão receber entre os dias 20 e 25 de junho cartões que poderão ser usados em lojas de departamento. As famílias que tiveram mais perdas receberão R$ 15,8 mil cada e um outro grupo, R$ 8,5 mil cada. “Com esse dinheiro, vão comprar o que quiserem. As pessoas doaram e estamos dando a eles de maneira responsável”, diz a fundadora da Verdescola, Maria Antonia Civita. “Não adianta eu dar um fogão, se às vezes ele já ganhou de um primo. Ele vai ter liberdade de escolher.”

No total, o instituto recebeu cerca de R$ 13 milhões, que foram usados de maneira emergencial nos primeiros dias após a tragédia e em um plano de recuperação que continua até hoje. O Verdescola passou a oferecer contêineres com atendimento psicológico, treinamento da população para atuar em situações de risco e alugou ônibus para transportar para a ONG as crianças que tiveram de se mudar para outras comunidades após os deslizamentos de terra.

Entre os que vão receber o benefício do projeto, chamado de Recomeço, estão famílias que perderam tudo e as que tiveram móveis ou outros pertences danificados pela lama ou pela água Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21.02.2023

“São muitos os problemas ainda. Jovens que atendemos na escola técnica estão ansiosos, têm um sentimento de perda constante no ar, desde funcionários, alunos a educadores”, conta. Nesta terça-feira, 13, Maria Antonia havia dispensado mais cedo todos os alunos da ONG porque as chuvas estavam fortes na região, já com alagamentos. “Dá um pânico e ninguém quer ficar.”

Entre os que vão receber o benefício do projeto, chamado de Recomeço, estão famílias que perderam tudo e as que tiveram móveis ou outros pertences danificados pela lama ou pela água. Algumas foram alojadas em Bertioga, outras estão em casas de parentes ou amigos.

Eles esperam pela finalização das obras de 500 moradias que estão sendo construídas pelo governo do Estado no bairro de Baleia Verde, ao lado de Barra do Sahy e da Baleia. A previsão é de que fiquem prontas até novembro. Outros terrenos estão sendo desapropriados. A meta do governo é construir 900 unidades para os atingidos pelas chuvas em São Sebastião.

“Com esse dinheiro, vão comprar o que quiserem. As pessoas doaram e estamos dando a eles de maneira responsável”, diz a fundadora da Verdescola, Maria Antonia Civita  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para catalogar quem receberia o cartão com a doação do Verdescola, a equipe da FGV percorreu as casas da comunidade durante um mês. O primeiro critério era o de residir na Vila Sahy ou na Baleia Verde no dia 19 de fevereiro, quando ocorreram os grandes deslizamentos de terra.

“Fomos entrevistando as pessoas para entender a perda material que tiveram, vendo se precisavam de sofás, mesas, berços. Muitas vezes, a casa não foi destruída, mas a água estragou a geladeira, os colchões”, diz o gerente executivo da FGV Projetos, André Andrade, cuja equipe trabalhou de maneira voluntária.

Depois disso, foi feita uma pesquisa de preços sobre os itens que as famílias precisavam para se determinar o valor dos cartões, que serão administrados pela Alelo. A empresa também não cobrou pela operação.

Modelo foi usado com vítimas de Brumadinho

A recomendação da ONG é que o dinheiro seja usado para comprar utensílios para a casa. Mas não há pré-seleção de produtos no cartão, a única exigência será a de usá-lo nas lojas que aceitam a bandeira Elo e que comercializam materiais de construção, móveis, linha branca, além de supermercados e farmacias. “A ideia é que possam montar um novo lar, voltar para uma casa íntegra, confortável”, diz Andrade.

O especialista resolveu ajudar o Verdescola na destinação dos recursos doados por causa da experiência adquirida ao gerenciar o programa de transferência de renda para famílias em Brumadinho (MG), onde uma barragem rompeu em janeiro de 2019.

A FGV gerencia um fundo e faz os pagamentos mensais, de R$ 90 milhões no total, a 110 mil pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em 2019. A tragédia deixou mais de 250 mortos e destruiu comunidades inteiras. A transferência de renda, cujas valores vão até um salário mínimo, vem de um depósito feito pela mineradora como parte do acordo judicial.

Inicialmente, a ONG tinha dúvidas sobre como usar os R$ 9 milhões doados. “Queríamos fazer algo rápido, eficiente. Estou muito contente com esse final feliz, em poder ajudar essa comunidade”, diz Maria Antonia. O instituto atende cerca de mil estudantes por dia, com aulas de reforço escolar, línguas e programação. Há ainda uma sala de ensino técnico do Centro Paula Souza dentro da ONG.

Moradores das comunidades de Vila Sahy e da Baleia Verde, atingidos pelas chuvas que mataram 64 pessoas no litoral norte de São Paulo durante o carnaval, receberão R$ 9 milhões para comprar móveis, eletrodomésticos e itens de supermercado ou farmácia. O dinheiro virá das doações recebidas pelo Instituto Verdescola, ONG da região que abrigou famílias, distribuiu alimentos e teve até cirurgias realizadas nas suas salas de aula durante a tragédia em São Sebastião em fevereiro.

Cerca de mil pessoas, mapeadas por uma equipe da Fundação Getulio Vargas (FGV), vão receber entre os dias 20 e 25 de junho cartões que poderão ser usados em lojas de departamento. As famílias que tiveram mais perdas receberão R$ 15,8 mil cada e um outro grupo, R$ 8,5 mil cada. “Com esse dinheiro, vão comprar o que quiserem. As pessoas doaram e estamos dando a eles de maneira responsável”, diz a fundadora da Verdescola, Maria Antonia Civita. “Não adianta eu dar um fogão, se às vezes ele já ganhou de um primo. Ele vai ter liberdade de escolher.”

No total, o instituto recebeu cerca de R$ 13 milhões, que foram usados de maneira emergencial nos primeiros dias após a tragédia e em um plano de recuperação que continua até hoje. O Verdescola passou a oferecer contêineres com atendimento psicológico, treinamento da população para atuar em situações de risco e alugou ônibus para transportar para a ONG as crianças que tiveram de se mudar para outras comunidades após os deslizamentos de terra.

Entre os que vão receber o benefício do projeto, chamado de Recomeço, estão famílias que perderam tudo e as que tiveram móveis ou outros pertences danificados pela lama ou pela água Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21.02.2023

“São muitos os problemas ainda. Jovens que atendemos na escola técnica estão ansiosos, têm um sentimento de perda constante no ar, desde funcionários, alunos a educadores”, conta. Nesta terça-feira, 13, Maria Antonia havia dispensado mais cedo todos os alunos da ONG porque as chuvas estavam fortes na região, já com alagamentos. “Dá um pânico e ninguém quer ficar.”

Entre os que vão receber o benefício do projeto, chamado de Recomeço, estão famílias que perderam tudo e as que tiveram móveis ou outros pertences danificados pela lama ou pela água. Algumas foram alojadas em Bertioga, outras estão em casas de parentes ou amigos.

Eles esperam pela finalização das obras de 500 moradias que estão sendo construídas pelo governo do Estado no bairro de Baleia Verde, ao lado de Barra do Sahy e da Baleia. A previsão é de que fiquem prontas até novembro. Outros terrenos estão sendo desapropriados. A meta do governo é construir 900 unidades para os atingidos pelas chuvas em São Sebastião.

“Com esse dinheiro, vão comprar o que quiserem. As pessoas doaram e estamos dando a eles de maneira responsável”, diz a fundadora da Verdescola, Maria Antonia Civita  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para catalogar quem receberia o cartão com a doação do Verdescola, a equipe da FGV percorreu as casas da comunidade durante um mês. O primeiro critério era o de residir na Vila Sahy ou na Baleia Verde no dia 19 de fevereiro, quando ocorreram os grandes deslizamentos de terra.

“Fomos entrevistando as pessoas para entender a perda material que tiveram, vendo se precisavam de sofás, mesas, berços. Muitas vezes, a casa não foi destruída, mas a água estragou a geladeira, os colchões”, diz o gerente executivo da FGV Projetos, André Andrade, cuja equipe trabalhou de maneira voluntária.

Depois disso, foi feita uma pesquisa de preços sobre os itens que as famílias precisavam para se determinar o valor dos cartões, que serão administrados pela Alelo. A empresa também não cobrou pela operação.

Modelo foi usado com vítimas de Brumadinho

A recomendação da ONG é que o dinheiro seja usado para comprar utensílios para a casa. Mas não há pré-seleção de produtos no cartão, a única exigência será a de usá-lo nas lojas que aceitam a bandeira Elo e que comercializam materiais de construção, móveis, linha branca, além de supermercados e farmacias. “A ideia é que possam montar um novo lar, voltar para uma casa íntegra, confortável”, diz Andrade.

O especialista resolveu ajudar o Verdescola na destinação dos recursos doados por causa da experiência adquirida ao gerenciar o programa de transferência de renda para famílias em Brumadinho (MG), onde uma barragem rompeu em janeiro de 2019.

A FGV gerencia um fundo e faz os pagamentos mensais, de R$ 90 milhões no total, a 110 mil pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em 2019. A tragédia deixou mais de 250 mortos e destruiu comunidades inteiras. A transferência de renda, cujas valores vão até um salário mínimo, vem de um depósito feito pela mineradora como parte do acordo judicial.

Inicialmente, a ONG tinha dúvidas sobre como usar os R$ 9 milhões doados. “Queríamos fazer algo rápido, eficiente. Estou muito contente com esse final feliz, em poder ajudar essa comunidade”, diz Maria Antonia. O instituto atende cerca de mil estudantes por dia, com aulas de reforço escolar, línguas e programação. Há ainda uma sala de ensino técnico do Centro Paula Souza dentro da ONG.

Moradores das comunidades de Vila Sahy e da Baleia Verde, atingidos pelas chuvas que mataram 64 pessoas no litoral norte de São Paulo durante o carnaval, receberão R$ 9 milhões para comprar móveis, eletrodomésticos e itens de supermercado ou farmácia. O dinheiro virá das doações recebidas pelo Instituto Verdescola, ONG da região que abrigou famílias, distribuiu alimentos e teve até cirurgias realizadas nas suas salas de aula durante a tragédia em São Sebastião em fevereiro.

Cerca de mil pessoas, mapeadas por uma equipe da Fundação Getulio Vargas (FGV), vão receber entre os dias 20 e 25 de junho cartões que poderão ser usados em lojas de departamento. As famílias que tiveram mais perdas receberão R$ 15,8 mil cada e um outro grupo, R$ 8,5 mil cada. “Com esse dinheiro, vão comprar o que quiserem. As pessoas doaram e estamos dando a eles de maneira responsável”, diz a fundadora da Verdescola, Maria Antonia Civita. “Não adianta eu dar um fogão, se às vezes ele já ganhou de um primo. Ele vai ter liberdade de escolher.”

No total, o instituto recebeu cerca de R$ 13 milhões, que foram usados de maneira emergencial nos primeiros dias após a tragédia e em um plano de recuperação que continua até hoje. O Verdescola passou a oferecer contêineres com atendimento psicológico, treinamento da população para atuar em situações de risco e alugou ônibus para transportar para a ONG as crianças que tiveram de se mudar para outras comunidades após os deslizamentos de terra.

Entre os que vão receber o benefício do projeto, chamado de Recomeço, estão famílias que perderam tudo e as que tiveram móveis ou outros pertences danificados pela lama ou pela água Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 21.02.2023

“São muitos os problemas ainda. Jovens que atendemos na escola técnica estão ansiosos, têm um sentimento de perda constante no ar, desde funcionários, alunos a educadores”, conta. Nesta terça-feira, 13, Maria Antonia havia dispensado mais cedo todos os alunos da ONG porque as chuvas estavam fortes na região, já com alagamentos. “Dá um pânico e ninguém quer ficar.”

Entre os que vão receber o benefício do projeto, chamado de Recomeço, estão famílias que perderam tudo e as que tiveram móveis ou outros pertences danificados pela lama ou pela água. Algumas foram alojadas em Bertioga, outras estão em casas de parentes ou amigos.

Eles esperam pela finalização das obras de 500 moradias que estão sendo construídas pelo governo do Estado no bairro de Baleia Verde, ao lado de Barra do Sahy e da Baleia. A previsão é de que fiquem prontas até novembro. Outros terrenos estão sendo desapropriados. A meta do governo é construir 900 unidades para os atingidos pelas chuvas em São Sebastião.

“Com esse dinheiro, vão comprar o que quiserem. As pessoas doaram e estamos dando a eles de maneira responsável”, diz a fundadora da Verdescola, Maria Antonia Civita  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para catalogar quem receberia o cartão com a doação do Verdescola, a equipe da FGV percorreu as casas da comunidade durante um mês. O primeiro critério era o de residir na Vila Sahy ou na Baleia Verde no dia 19 de fevereiro, quando ocorreram os grandes deslizamentos de terra.

“Fomos entrevistando as pessoas para entender a perda material que tiveram, vendo se precisavam de sofás, mesas, berços. Muitas vezes, a casa não foi destruída, mas a água estragou a geladeira, os colchões”, diz o gerente executivo da FGV Projetos, André Andrade, cuja equipe trabalhou de maneira voluntária.

Depois disso, foi feita uma pesquisa de preços sobre os itens que as famílias precisavam para se determinar o valor dos cartões, que serão administrados pela Alelo. A empresa também não cobrou pela operação.

Modelo foi usado com vítimas de Brumadinho

A recomendação da ONG é que o dinheiro seja usado para comprar utensílios para a casa. Mas não há pré-seleção de produtos no cartão, a única exigência será a de usá-lo nas lojas que aceitam a bandeira Elo e que comercializam materiais de construção, móveis, linha branca, além de supermercados e farmacias. “A ideia é que possam montar um novo lar, voltar para uma casa íntegra, confortável”, diz Andrade.

O especialista resolveu ajudar o Verdescola na destinação dos recursos doados por causa da experiência adquirida ao gerenciar o programa de transferência de renda para famílias em Brumadinho (MG), onde uma barragem rompeu em janeiro de 2019.

A FGV gerencia um fundo e faz os pagamentos mensais, de R$ 90 milhões no total, a 110 mil pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em 2019. A tragédia deixou mais de 250 mortos e destruiu comunidades inteiras. A transferência de renda, cujas valores vão até um salário mínimo, vem de um depósito feito pela mineradora como parte do acordo judicial.

Inicialmente, a ONG tinha dúvidas sobre como usar os R$ 9 milhões doados. “Queríamos fazer algo rápido, eficiente. Estou muito contente com esse final feliz, em poder ajudar essa comunidade”, diz Maria Antonia. O instituto atende cerca de mil estudantes por dia, com aulas de reforço escolar, línguas e programação. Há ainda uma sala de ensino técnico do Centro Paula Souza dentro da ONG.

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