Satélite da Nasa mostra fumaça de incêndios sobre Roraima; veja imagens


Agência espacial americana informa que seus equipamentos detectaram mais de 2 mil incêndios em fevereiro; Amazônia registrou recorde para o mês

Por Ramana Rech
Atualização:

A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) divulgou uma imagem de satélite que registrou fumaça saindo de vários incêndios na região de Boa Vista, em Roraima. Esse não foi um evento único. Segundo o órgão, na segunda metade de fevereiro, as atividades com fogo foram generalizadas e intensas no Estado, que tem concentrado os focos de calor na Amazônia.

Em diversas ocasiões ao longo do mês, os satélites capturaram espessas nuvens de fumaça cobrindo boa parte de Roraima. O cenário tem sido agravado por novas estradas, pastos e expansão de cidades e fazendas.

A imagem foi tirada em 22 de fevereiro pelo Modis (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, em português, Espectrorradiômetro de Imagem de Resolução Moderada), instrumento a bordo do satélite Terra.

Foto tirada em 22 de fevereiro mostra fumaças provocadas por incêndios. Foto: Divulgação/Nasa

Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que faz monitoramento por satélites, a Amazônia teve recorde de incêndios em fevereiro, com mais de 2 mil focos, desde o início da série histórica de medição em 1999.

A Nasa avaliou que a intensidade e tamanho dos incêndios são incomuns. Outra imagem tirada pelo satélite Landsat-9 no dia 23 de fevereiro mostra uma cicatriz criada por uma grande queimada em Boa Vista.

Em todo o território roraimense, as chamas avançam por áreas protegidas, como unidades de conservação ou indígenas, e a fumaça encobre estradas, como a RR-206, e partes de Boa Vista.

Satélites da Nasa observaram uma cicatriz provocada por queimadas em 23 de fevereiro. Foto: Divulgação/Nasa

A Nasa destacou que a Comissão Europeia de Monitoramento da Atmosfera Copérnico (CAMS) estima que as queimadas no Brasil liberaram mais de 4,1 megatons de carbono na atmosfera em fevereiro.

Esse é outro recorde que não havia sido superado desde fevereiro de 2003. Cerca de metade dessas emissões de carbono vieram de Roraima.

O pós-doutorando Centro de Voo Espacial Goddard, Shane Coffield, explica que o incêndio começa para manejo, como em pastagens, mas se espalha por arredores da floresta tropical. Enquanto nos anos anteriores o fogo cobria apenas alguns quilômetros quadrados, neste ele atinge centenas.

As queimadas podem prejudicar o meio ambiente e a qualidade do ar ao matar uma grande porcentagem de árvores. Além disso, os danos podem persistir por décadas.

Uma terceira imagem representa um incêndio que se espalhou para a floresta tropical depois de escapar do pasto pela BR-432. O satélite Landscape-8 fez o registro em 23 de fevereiro.

Um incêndio registrado pela Nasa que começou em um pasto acabou chegando até a floresta. Foto: Divulgação/Nasa

Período de seca na Amazônia

A seca na Amazônia tem sido mais intensa desde a metade de 2023, em parte pelo efeito do fenômeno climático El Niño, que afastou as chuvas da área. Mas a ação humana que resulta no aquecimento global também tem contribuído para criar condições propícias para o rápido espalhamento do fogo.

“Regiões amazônicas como Roraima, que recebem menos chuva durante o ano de El Niño, estão preparadas para ter estações de seca maiores e intensas, aumentando o risco de que incêndios de manejo saiam do controle e queimem florestas tropicais”, explicou o cientista da Nasa Goddard, Douglas Morton.

A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) divulgou uma imagem de satélite que registrou fumaça saindo de vários incêndios na região de Boa Vista, em Roraima. Esse não foi um evento único. Segundo o órgão, na segunda metade de fevereiro, as atividades com fogo foram generalizadas e intensas no Estado, que tem concentrado os focos de calor na Amazônia.

Em diversas ocasiões ao longo do mês, os satélites capturaram espessas nuvens de fumaça cobrindo boa parte de Roraima. O cenário tem sido agravado por novas estradas, pastos e expansão de cidades e fazendas.

A imagem foi tirada em 22 de fevereiro pelo Modis (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, em português, Espectrorradiômetro de Imagem de Resolução Moderada), instrumento a bordo do satélite Terra.

Foto tirada em 22 de fevereiro mostra fumaças provocadas por incêndios. Foto: Divulgação/Nasa

Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que faz monitoramento por satélites, a Amazônia teve recorde de incêndios em fevereiro, com mais de 2 mil focos, desde o início da série histórica de medição em 1999.

A Nasa avaliou que a intensidade e tamanho dos incêndios são incomuns. Outra imagem tirada pelo satélite Landsat-9 no dia 23 de fevereiro mostra uma cicatriz criada por uma grande queimada em Boa Vista.

Em todo o território roraimense, as chamas avançam por áreas protegidas, como unidades de conservação ou indígenas, e a fumaça encobre estradas, como a RR-206, e partes de Boa Vista.

Satélites da Nasa observaram uma cicatriz provocada por queimadas em 23 de fevereiro. Foto: Divulgação/Nasa

A Nasa destacou que a Comissão Europeia de Monitoramento da Atmosfera Copérnico (CAMS) estima que as queimadas no Brasil liberaram mais de 4,1 megatons de carbono na atmosfera em fevereiro.

Esse é outro recorde que não havia sido superado desde fevereiro de 2003. Cerca de metade dessas emissões de carbono vieram de Roraima.

O pós-doutorando Centro de Voo Espacial Goddard, Shane Coffield, explica que o incêndio começa para manejo, como em pastagens, mas se espalha por arredores da floresta tropical. Enquanto nos anos anteriores o fogo cobria apenas alguns quilômetros quadrados, neste ele atinge centenas.

As queimadas podem prejudicar o meio ambiente e a qualidade do ar ao matar uma grande porcentagem de árvores. Além disso, os danos podem persistir por décadas.

Uma terceira imagem representa um incêndio que se espalhou para a floresta tropical depois de escapar do pasto pela BR-432. O satélite Landscape-8 fez o registro em 23 de fevereiro.

Um incêndio registrado pela Nasa que começou em um pasto acabou chegando até a floresta. Foto: Divulgação/Nasa

Período de seca na Amazônia

A seca na Amazônia tem sido mais intensa desde a metade de 2023, em parte pelo efeito do fenômeno climático El Niño, que afastou as chuvas da área. Mas a ação humana que resulta no aquecimento global também tem contribuído para criar condições propícias para o rápido espalhamento do fogo.

“Regiões amazônicas como Roraima, que recebem menos chuva durante o ano de El Niño, estão preparadas para ter estações de seca maiores e intensas, aumentando o risco de que incêndios de manejo saiam do controle e queimem florestas tropicais”, explicou o cientista da Nasa Goddard, Douglas Morton.

A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) divulgou uma imagem de satélite que registrou fumaça saindo de vários incêndios na região de Boa Vista, em Roraima. Esse não foi um evento único. Segundo o órgão, na segunda metade de fevereiro, as atividades com fogo foram generalizadas e intensas no Estado, que tem concentrado os focos de calor na Amazônia.

Em diversas ocasiões ao longo do mês, os satélites capturaram espessas nuvens de fumaça cobrindo boa parte de Roraima. O cenário tem sido agravado por novas estradas, pastos e expansão de cidades e fazendas.

A imagem foi tirada em 22 de fevereiro pelo Modis (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, em português, Espectrorradiômetro de Imagem de Resolução Moderada), instrumento a bordo do satélite Terra.

Foto tirada em 22 de fevereiro mostra fumaças provocadas por incêndios. Foto: Divulgação/Nasa

Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que faz monitoramento por satélites, a Amazônia teve recorde de incêndios em fevereiro, com mais de 2 mil focos, desde o início da série histórica de medição em 1999.

A Nasa avaliou que a intensidade e tamanho dos incêndios são incomuns. Outra imagem tirada pelo satélite Landsat-9 no dia 23 de fevereiro mostra uma cicatriz criada por uma grande queimada em Boa Vista.

Em todo o território roraimense, as chamas avançam por áreas protegidas, como unidades de conservação ou indígenas, e a fumaça encobre estradas, como a RR-206, e partes de Boa Vista.

Satélites da Nasa observaram uma cicatriz provocada por queimadas em 23 de fevereiro. Foto: Divulgação/Nasa

A Nasa destacou que a Comissão Europeia de Monitoramento da Atmosfera Copérnico (CAMS) estima que as queimadas no Brasil liberaram mais de 4,1 megatons de carbono na atmosfera em fevereiro.

Esse é outro recorde que não havia sido superado desde fevereiro de 2003. Cerca de metade dessas emissões de carbono vieram de Roraima.

O pós-doutorando Centro de Voo Espacial Goddard, Shane Coffield, explica que o incêndio começa para manejo, como em pastagens, mas se espalha por arredores da floresta tropical. Enquanto nos anos anteriores o fogo cobria apenas alguns quilômetros quadrados, neste ele atinge centenas.

As queimadas podem prejudicar o meio ambiente e a qualidade do ar ao matar uma grande porcentagem de árvores. Além disso, os danos podem persistir por décadas.

Uma terceira imagem representa um incêndio que se espalhou para a floresta tropical depois de escapar do pasto pela BR-432. O satélite Landscape-8 fez o registro em 23 de fevereiro.

Um incêndio registrado pela Nasa que começou em um pasto acabou chegando até a floresta. Foto: Divulgação/Nasa

Período de seca na Amazônia

A seca na Amazônia tem sido mais intensa desde a metade de 2023, em parte pelo efeito do fenômeno climático El Niño, que afastou as chuvas da área. Mas a ação humana que resulta no aquecimento global também tem contribuído para criar condições propícias para o rápido espalhamento do fogo.

“Regiões amazônicas como Roraima, que recebem menos chuva durante o ano de El Niño, estão preparadas para ter estações de seca maiores e intensas, aumentando o risco de que incêndios de manejo saiam do controle e queimem florestas tropicais”, explicou o cientista da Nasa Goddard, Douglas Morton.

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