Na reportagem de O Estado de S.Paulo, "Collor assina convenção do Clima", assinada pela jornalista Liana John e publicada no dia seguinte, a cúpula brasileira se mostra otimista com o documento. "O Brasil lutou duramente para tornar viável esta convenção, que vai ser assinada por todos os países", disse na época o Secretário interino do Meio Ambiente (e uma das maiores autoridade no país sobre questões ambientais até hoje), José Goldemberg.
No mesmo dia da assinatura do Brasil, representantes da Bélgica, Noruega, Liechetenstein, Austrália, Uruguai, Finlândia, Israel e Nova Zelândia também assinaram o documento, que previa a adoção de medidas para conter as alterações climáticas e combater o efeito estufa.
Um ponto que não agradou a todos foi a proposta de criação de um fundo mantido pelos países industrializados para financiar as medidas de redução dos gases de efeito estufa naqueles em desenvolvimento por meio da transferência de tecnologia.
E pensar que 20 depois ainda discutimos as responsabilidades e os meios para a redução das emissões. Não podemos esquecer que cinco anos depois, no Japão, foi proposto o Protocolo de Quioto, que estabelecia as metas para o corte de emissões, documento este ainda mais polêmico.