Duas lojas da rede varejista Havan ficaram alagadas por causa das fortes chuvas que têm devastado o Rio Grande do Sul desde a semana passada. Com a cheia recorde do Rio Taquari, que passou dos 30 metros, as águas atingiram o segundo piso da unidade de Lajeado. Na mesma cidade, um bebê foi resgatado pelo Exército do telhado de uma casa, em ação que comoveu internautas que registraram a cena dramática.
A loja de Porto Alegre, por sua vez, foi tomada pela enchente do Rio Guaíba, que atingiu seu nível mais alto já registrado e há dias inunda o centro histórico da capital gaúcha. A cidade é hoje uma das mais impactadas pelos temporais, que interromperam a distribuição de energia em diversos pontos e levaram à suspensão das operações no Aeroporto Salgado Filho por tempo indeterminado.
O empresário Luciano Hang, dono da Havan, disse que a loja atingida pela enchente em Lajeado será reconstruída. A rede também usou helicópteros para ajudar na distribuição de medicamentos na região e disse que a arrecadação do Troco Solidário será doada ao governo estadual para auxílio às vítimas da tragédia.
O Rio Grande do Sul enfrenta seu pior desastre climático, com 83 mortes, 111 desaparecidos e 345 cidades afetadas. O governador Eduardo Leite (PSDB) disse nesse sábado, 4, que o Estado vai precisar de um “Plano Marshall” de reconstrução, em referência à estratégia de apoio capitaneada pelos Estados Unidos para reerguer a Europa Ocidental após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945.
Conforme o Estadão mostrou, levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que os desastres naturais, como tempestades e secas, causaram R$ 105,4 bilhões de prejuízos ao Brasil ao longo de 2023.