Estados Unidos voltam oficialmente ao Acordo de Paris nesta sexta-feira


Enviado especial do governo Joe Biden, John Kerry, vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao pacto climático que ajudou a negociar em 2015

Por Beatriz Bulla e Correspondente

WASHINGTON - Em abril de 2016, o então secretário de Estado americano do governo Barack Obama, John Kerry, levou sua neta para uma cerimônia na Organização das Nações Unidas (ONU). Com Isabelle, de dois anos, nos braços, ele assinou a adesão dos Estados Unidos ao Acordo Climático de Paris. A mensagem era clara: na visão do governo americano, o tratado seria capaz de proteger o futuro das próximas gerações.

A participação dos EUA no acordo que busca conter o ritmo do aquecimento global, no entanto, durou pouco. Eleito no mesmo ano, Donald Trump anunciou em 2017 que os EUA deixariam o pacto climático.

Kerry vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao acordo que ajudou a negociar em 2015 Foto: Jim Lo Scalzo/EFE/EPA

Nesta sexta-feira, 19, Kerry, agora enviado especial presidencial do clima do governo Joe Biden, vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao acordo que ajudou a negociar em 2015. A medida foi promessa de campanha de Biden e começou a ser colocada em vigor no mesmo dia de sua posse. 

Em 20 de janeiro, logo após prestar o juramento em frente ao Congresso, o recém-empossado presidente dos EUA assinou uma ordem para que o país aderisse novamente ao Acordo. Oficialmente, a adesão passa a valer 30 dias após o anúncio. Por isso, Washington estará de volta ao pacto, oficialmente, a partir desta sexta. Assinado por 195 países, o texto prevê esforços conjuntos para conter o aumento da temperatura do planeta a menos de 2°C até o fim do século. 

Nos últimos quatro anos, o governo americano não apenas abriu mão dos compromissos assumidos no pacto, como também passou a criticar o que considerou um "alarmismo climático''. Na presidência, Trump minimizou a gravidade dos efeitos do aquecimento global e questionou consensos científicos sobre o tema. Biden promete que a preocupação com o desenvolvimento sustentável e preservação ambiental serão pilares da sua política externa e doméstica.

O ex-presidente americano Donald Trump embarcando no avião presidencial Air Force One Foto: Doug Mills/The New York Times

O governo americano promete agora se comprometer com políticas de redução de emissão de gases de efeito estufa e quer estimular que países concordem com novas metas, mais ambiciosas. "Dependemos uns dos outros para fazer esse trabalho. Falhar simplesmente não é uma opção. É por isso que aumentar as ambições em Glasgow é tão importante", afirmou Kerry, no Fórum de Desenvolvimento Sustentável organizado há cerca de dez dias. Antes do encontro em novembro em Glasgow, onde será realizada a tradicional conferência do clima (COP) da ONU, os EUA sediarão em abril uma reunião de líderes para preparar os debates para o final do ano. 

Para liderar o movimento global, o presidente americano diz que é preciso dar o exemplo no próprio país e se engajar de maneira multilateral. O Acordo de Paris permite aos americanos mostrar que irão trabalhar nas duas frentes. Em uma ordem executiva que assinou no fim de janeiro para estabelecer ações de seu governo sobre a questão climática, Biden escreveu que "ao implementar e desenvolver" os objetivos do acordo de Paris, os EUA "exercerão sua liderança para promover um aumento significativo na ambição climática global para enfrentar o desafio climático". 

Em 2019, estudantes participaram em peso da marcha em Nova York por ações contra as mudanças climáticas Foto: Timothy A. Clary/AFP

Os EUA ficam em 2º lugar no ranking de maiores emissores de gases de efeito estufa (13% das emissões mundiais), e perdem apenas para a China. Em um pacote de medidas para conter as mudanças climáticas assinado no último dia 27, Biden se comprometeu a neutralizar as emissões de carbono dos EUA no máximo até 2050 e adotou medidas que miram a indústria de óleo e gás. Ele suspendeu a concessão de novas propriedades federais para a indústria de óleo e gás, se comprometeu com a conservação de 30% das terras e da água do país até 2030, recriou o Conselho Presidencial de Especialistas em Ciência e Tecnologia e assinou um memorando para se comprometer com a independência dos cientistas do país.

Nas medidas, o governo também determina que agências federais devem eliminar subsídios a combustíveis fósseis e identificar novas oportunidades de inovação com energia limpa. Biden e Kerry fizeram parte do governo que negociou o Acordo de Paris em 2015 e, em 2021, pretendem liderar um movimento que garanta sua eficácia.

WASHINGTON - Em abril de 2016, o então secretário de Estado americano do governo Barack Obama, John Kerry, levou sua neta para uma cerimônia na Organização das Nações Unidas (ONU). Com Isabelle, de dois anos, nos braços, ele assinou a adesão dos Estados Unidos ao Acordo Climático de Paris. A mensagem era clara: na visão do governo americano, o tratado seria capaz de proteger o futuro das próximas gerações.

A participação dos EUA no acordo que busca conter o ritmo do aquecimento global, no entanto, durou pouco. Eleito no mesmo ano, Donald Trump anunciou em 2017 que os EUA deixariam o pacto climático.

Kerry vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao acordo que ajudou a negociar em 2015 Foto: Jim Lo Scalzo/EFE/EPA

Nesta sexta-feira, 19, Kerry, agora enviado especial presidencial do clima do governo Joe Biden, vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao acordo que ajudou a negociar em 2015. A medida foi promessa de campanha de Biden e começou a ser colocada em vigor no mesmo dia de sua posse. 

Em 20 de janeiro, logo após prestar o juramento em frente ao Congresso, o recém-empossado presidente dos EUA assinou uma ordem para que o país aderisse novamente ao Acordo. Oficialmente, a adesão passa a valer 30 dias após o anúncio. Por isso, Washington estará de volta ao pacto, oficialmente, a partir desta sexta. Assinado por 195 países, o texto prevê esforços conjuntos para conter o aumento da temperatura do planeta a menos de 2°C até o fim do século. 

Nos últimos quatro anos, o governo americano não apenas abriu mão dos compromissos assumidos no pacto, como também passou a criticar o que considerou um "alarmismo climático''. Na presidência, Trump minimizou a gravidade dos efeitos do aquecimento global e questionou consensos científicos sobre o tema. Biden promete que a preocupação com o desenvolvimento sustentável e preservação ambiental serão pilares da sua política externa e doméstica.

O ex-presidente americano Donald Trump embarcando no avião presidencial Air Force One Foto: Doug Mills/The New York Times

O governo americano promete agora se comprometer com políticas de redução de emissão de gases de efeito estufa e quer estimular que países concordem com novas metas, mais ambiciosas. "Dependemos uns dos outros para fazer esse trabalho. Falhar simplesmente não é uma opção. É por isso que aumentar as ambições em Glasgow é tão importante", afirmou Kerry, no Fórum de Desenvolvimento Sustentável organizado há cerca de dez dias. Antes do encontro em novembro em Glasgow, onde será realizada a tradicional conferência do clima (COP) da ONU, os EUA sediarão em abril uma reunião de líderes para preparar os debates para o final do ano. 

Para liderar o movimento global, o presidente americano diz que é preciso dar o exemplo no próprio país e se engajar de maneira multilateral. O Acordo de Paris permite aos americanos mostrar que irão trabalhar nas duas frentes. Em uma ordem executiva que assinou no fim de janeiro para estabelecer ações de seu governo sobre a questão climática, Biden escreveu que "ao implementar e desenvolver" os objetivos do acordo de Paris, os EUA "exercerão sua liderança para promover um aumento significativo na ambição climática global para enfrentar o desafio climático". 

Em 2019, estudantes participaram em peso da marcha em Nova York por ações contra as mudanças climáticas Foto: Timothy A. Clary/AFP

Os EUA ficam em 2º lugar no ranking de maiores emissores de gases de efeito estufa (13% das emissões mundiais), e perdem apenas para a China. Em um pacote de medidas para conter as mudanças climáticas assinado no último dia 27, Biden se comprometeu a neutralizar as emissões de carbono dos EUA no máximo até 2050 e adotou medidas que miram a indústria de óleo e gás. Ele suspendeu a concessão de novas propriedades federais para a indústria de óleo e gás, se comprometeu com a conservação de 30% das terras e da água do país até 2030, recriou o Conselho Presidencial de Especialistas em Ciência e Tecnologia e assinou um memorando para se comprometer com a independência dos cientistas do país.

Nas medidas, o governo também determina que agências federais devem eliminar subsídios a combustíveis fósseis e identificar novas oportunidades de inovação com energia limpa. Biden e Kerry fizeram parte do governo que negociou o Acordo de Paris em 2015 e, em 2021, pretendem liderar um movimento que garanta sua eficácia.

WASHINGTON - Em abril de 2016, o então secretário de Estado americano do governo Barack Obama, John Kerry, levou sua neta para uma cerimônia na Organização das Nações Unidas (ONU). Com Isabelle, de dois anos, nos braços, ele assinou a adesão dos Estados Unidos ao Acordo Climático de Paris. A mensagem era clara: na visão do governo americano, o tratado seria capaz de proteger o futuro das próximas gerações.

A participação dos EUA no acordo que busca conter o ritmo do aquecimento global, no entanto, durou pouco. Eleito no mesmo ano, Donald Trump anunciou em 2017 que os EUA deixariam o pacto climático.

Kerry vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao acordo que ajudou a negociar em 2015 Foto: Jim Lo Scalzo/EFE/EPA

Nesta sexta-feira, 19, Kerry, agora enviado especial presidencial do clima do governo Joe Biden, vai oficializar ao lado do secretário geral da ONU, António Guterres, a volta do país ao acordo que ajudou a negociar em 2015. A medida foi promessa de campanha de Biden e começou a ser colocada em vigor no mesmo dia de sua posse. 

Em 20 de janeiro, logo após prestar o juramento em frente ao Congresso, o recém-empossado presidente dos EUA assinou uma ordem para que o país aderisse novamente ao Acordo. Oficialmente, a adesão passa a valer 30 dias após o anúncio. Por isso, Washington estará de volta ao pacto, oficialmente, a partir desta sexta. Assinado por 195 países, o texto prevê esforços conjuntos para conter o aumento da temperatura do planeta a menos de 2°C até o fim do século. 

Nos últimos quatro anos, o governo americano não apenas abriu mão dos compromissos assumidos no pacto, como também passou a criticar o que considerou um "alarmismo climático''. Na presidência, Trump minimizou a gravidade dos efeitos do aquecimento global e questionou consensos científicos sobre o tema. Biden promete que a preocupação com o desenvolvimento sustentável e preservação ambiental serão pilares da sua política externa e doméstica.

O ex-presidente americano Donald Trump embarcando no avião presidencial Air Force One Foto: Doug Mills/The New York Times

O governo americano promete agora se comprometer com políticas de redução de emissão de gases de efeito estufa e quer estimular que países concordem com novas metas, mais ambiciosas. "Dependemos uns dos outros para fazer esse trabalho. Falhar simplesmente não é uma opção. É por isso que aumentar as ambições em Glasgow é tão importante", afirmou Kerry, no Fórum de Desenvolvimento Sustentável organizado há cerca de dez dias. Antes do encontro em novembro em Glasgow, onde será realizada a tradicional conferência do clima (COP) da ONU, os EUA sediarão em abril uma reunião de líderes para preparar os debates para o final do ano. 

Para liderar o movimento global, o presidente americano diz que é preciso dar o exemplo no próprio país e se engajar de maneira multilateral. O Acordo de Paris permite aos americanos mostrar que irão trabalhar nas duas frentes. Em uma ordem executiva que assinou no fim de janeiro para estabelecer ações de seu governo sobre a questão climática, Biden escreveu que "ao implementar e desenvolver" os objetivos do acordo de Paris, os EUA "exercerão sua liderança para promover um aumento significativo na ambição climática global para enfrentar o desafio climático". 

Em 2019, estudantes participaram em peso da marcha em Nova York por ações contra as mudanças climáticas Foto: Timothy A. Clary/AFP

Os EUA ficam em 2º lugar no ranking de maiores emissores de gases de efeito estufa (13% das emissões mundiais), e perdem apenas para a China. Em um pacote de medidas para conter as mudanças climáticas assinado no último dia 27, Biden se comprometeu a neutralizar as emissões de carbono dos EUA no máximo até 2050 e adotou medidas que miram a indústria de óleo e gás. Ele suspendeu a concessão de novas propriedades federais para a indústria de óleo e gás, se comprometeu com a conservação de 30% das terras e da água do país até 2030, recriou o Conselho Presidencial de Especialistas em Ciência e Tecnologia e assinou um memorando para se comprometer com a independência dos cientistas do país.

Nas medidas, o governo também determina que agências federais devem eliminar subsídios a combustíveis fósseis e identificar novas oportunidades de inovação com energia limpa. Biden e Kerry fizeram parte do governo que negociou o Acordo de Paris em 2015 e, em 2021, pretendem liderar um movimento que garanta sua eficácia.

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