Antigo Hotel do Frade dá lugar ao primeiro resort de luxo do Fasano


Hotel que funcionou por 40 anos e foi sinônimo do luxo na Costa Verde foi demolido. No lugar, está o primeiro hotel pé na areia do Fasano

Por Bruna Toni
Essa é a vista de quem está no mar do Hotel Fasano - construção foi feita no mesmo lugar onde funcionava o Hotel do Frade Foto: Daniel Pinheiro/Fasano

ANGRA DOS REIS - No caminho a Angra dos Reis, um roteiro de novela digna de Manoel Carlos dominava meu imaginário. O protagonista é um saudoso turista habitué da Costa Verde que, desavisado do decorrer dos anos, havia decidido seguir num Ford Landau pela Rio-Santos até o luxuoso Hotel do Frade. Estava, quem sabe, em busca de torneio de biriba? Ou de um passeio por Ilha Grande a bordo de um saveiro? Ou querendo desfrutar dos pratos franceses do Chez Dominique? 

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Corte na cena, volta à realidade. Depois de quase cinco horas de viagem, esta repórter se via diante do cenário imaginado a partir de fotos daqueles anos 70, quando o Hotel do Frade, localizado na Praia do Frade, em Angra, se transformava em sonho de consumo dos brasileiros. O ano, porém, já era este 2018. Apesar de a praia ser a mesma, tudo ali mudou, inclusive o hotel. Agora o refúgio luxuoso da Costa Verde atende pelo nome de Hotel Fasano Angra dos Reis. 

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Construído – sim, tudo foi demolido e refeito – no mesmo local onde funcionou o Hotel do Frade por 40 anos e inaugurado em 28 de dezembro de 2017 – novíssimo, portanto –, o primeiro resort da marca Fasano mistura nostalgia e os novos tempos. 

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MAIS - Veja reportagens sobre o Hotel do Frade no Acervo Estadão

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Novidades e diferenças.

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A nostalgia faz parte da experiência de visitar o novo Fasano, em Angra. A gerente geral Gabrielle Espíndola conta que hóspedes de agora perguntam sobre ícones do passado, como o bistrô francês Chez Dominique – ainda em funcionamento. 

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Mas a saudade desse glamour do passado logo cede espaço ao impacto das novidades. O projeto assinado pelo escritório de arquitetura Bernardes & Jacobsen (hoje, são duas firmas independentes) resultou em 60 apartamentos, divididos em quatro categorias: os mais compactos têm 42 metros quadrados, os maiores, 106 metros quadrados. Todos têm varandas com vista para o campo ou para o mar – difícil escolha de vida, não? 

Cuidado com a cama: ela é um abrigo tão bom que você corre o risco de perder a hora do café da manhã, como esta repórter. 

A decoração prioriza cores claras e tons amadeirados nas poltronas, tapetes e objetos feitos com materiais nacionais e por criadores brasileiros, seguindo conceito que, segundo Gabrielle, orienta todo o hotel: “respeito à regionalidade”. Já na recepção encontram-se peças do design moderno de Jorge Zalszupin e do contemporâneo de Hugo França. Curiosa, fiz questão de me esparramar numa poltrona amarela em formato similar ao de uma rampa, de Sérgio Bernardes. 

 

Por dentro do Hotel Fasano Angra dos Reis

1 | 9

Fasano

Foto: Daniel Pinheiro/Fasano
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Fasano

Foto: Daniel Pinheiro/Fasano
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Fasano

Foto: Bruna Toni/Estadão
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Fasano

Foto: Bruna Toni/Estadão
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Fasano

Foto: Bruna Toni/Estadão
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Fasano

Foto: Bruna Toni/Estadão
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Fasano

Foto: Tomás Rangel/Fasano
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Fasano

Foto: Bruna Toni/Estadão
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Fasano

Foto: Bruna Toni/Estadão

A regionalidade está também na cozinha chefiada por Pedro Franco, o “cozinheiro”, como ele mesmo diz, que assume toda a parte gastronômica da unidade de Angra depois de anos trabalhando no Fasano de São Paulo. “Eu tiro da água o ingrediente, corto e sirvo”, brinca Franco sobre seu trabalho, baseado em criar pratos originais com ingredientes da região – e que meu paladar classificou como excepcional. 

São dois restaurantes, Crudo e Praia, ambos abertos a não hóspedes e, em breve, uma padaria Fasano no boulevard do condomínio. Dica: escape da tentação de pedir uma massa; vá de peixe ao sal no primeiro restaurante e de moqueca no segundo. 

O que fazer.

As antigas piscinas redondas deram lugar às novas, retangulares, com borda infinita e aquecidas. Os passeios de barco deixaram de ser em saveiros, mas continuam sendo o ponto alto da viagem. O hotel os agenda com empresas como a

angralanchas.tur.br

O campo de golfe da época do Frade continua lá, assim como os caminhos para as cachoeiras. São três: a Palmital, a da Corda e uma sem nome, a respeito da qual o simpático Caetano Karasiaki, funcionário da recepção, disse: “é a mais top”. Podemos chamá-la de Cachoeira Top. Dá para ir caminhando desde o hotel ou contar com o auxílio dos carrinhos do Fasano (R$ 400). 

O spa oferece dez tratamentos corporais, estéticos e banhos partindo dos R$ 300. A flutuação – técnica que faz o corpo flutuar sem esforço graças à adição de sal na água – promete ser cobiçada. Mas a massagem relaxante já me fez muitíssimo feliz. 

A diária para dois, com café da manhã, custa entre R$ 1.860 e R$ 5.460. Mais:

bit.ly/fasanoangra

 

No caminho até Ilha Grande, tempo para contemplar paisagens como essa, das Ilhas Botinas Foto: Bruna Toni/Estadão

De família.

Foi em 1971, quando a família Borges decidiu fazer do espaço de sua fazenda uma hospedagem, que Angra dos Reis começou a mudar de status. Com 32 apartamentos e quatro chalés, abriram o Hotel do Frade numa área linda, mas ainda sem energia elétrica e sem a BR-101 para facilitar o acesso. Já na década seguinte, o Frade era o queridinho de muitos turistas e começava a ser cenário de filme e de telenovelas (entre elas

Mulheres de Areia

e

Celebridade

). 

Por causa da competição com os resorts do Nordeste e os custos altos de manutenção, os Borges venderam o empreendimento. O Fasano, então, se associou ao fundo imobiliário Polo Capital, novo dono do terreno, para operar seu hotel pé na areia. “Não queríamos criar um destino, mas somar a um consagrado”, diz a gerente geral Gabrielle Espíndola. Para o verão de 2019, o Fasano prepara a abertura de um resort em Trancoso.

 

Porção de vieiras grelhadas no restaurante Nautilus (R$ 115) Foto: Bruna Toni/Estadão

DA CRIAÇÃO À MESA: CONHECENDO VIEIRAS

Uma das paradas do passeio de barco foi a Praia de Jaconema, em Ilha Grande, onde fica a Nautilus, fazenda de vieiras e peixes bijupirá. Lá, a aquicultora Patrícia Merlin ensina como funciona a produção das espécies e suas características principais - você descobre, por exemplo, que tem peixe que toma banho. Depois, vale muito sentar-se no restaurante do local para degustar vieiras grelhadas (R$ 115) e outros pratos deliciosos (24-99858-2304; para passeio na fazenda marinha é preciso agendar). 

*A repórter viajou a convite do Fasano Angra dos Reis. 

Essa é a vista de quem está no mar do Hotel Fasano - construção foi feita no mesmo lugar onde funcionava o Hotel do Frade Foto: Daniel Pinheiro/Fasano

ANGRA DOS REIS - No caminho a Angra dos Reis, um roteiro de novela digna de Manoel Carlos dominava meu imaginário. O protagonista é um saudoso turista habitué da Costa Verde que, desavisado do decorrer dos anos, havia decidido seguir num Ford Landau pela Rio-Santos até o luxuoso Hotel do Frade. Estava, quem sabe, em busca de torneio de biriba? Ou de um passeio por Ilha Grande a bordo de um saveiro? Ou querendo desfrutar dos pratos franceses do Chez Dominique? 

Corte na cena, volta à realidade. Depois de quase cinco horas de viagem, esta repórter se via diante do cenário imaginado a partir de fotos daqueles anos 70, quando o Hotel do Frade, localizado na Praia do Frade, em Angra, se transformava em sonho de consumo dos brasileiros. O ano, porém, já era este 2018. Apesar de a praia ser a mesma, tudo ali mudou, inclusive o hotel. Agora o refúgio luxuoso da Costa Verde atende pelo nome de Hotel Fasano Angra dos Reis. 

Construído – sim, tudo foi demolido e refeito – no mesmo local onde funcionou o Hotel do Frade por 40 anos e inaugurado em 28 de dezembro de 2017 – novíssimo, portanto –, o primeiro resort da marca Fasano mistura nostalgia e os novos tempos. 

MAIS - Veja reportagens sobre o Hotel do Frade no Acervo Estadão

Novidades e diferenças.

A nostalgia faz parte da experiência de visitar o novo Fasano, em Angra. A gerente geral Gabrielle Espíndola conta que hóspedes de agora perguntam sobre ícones do passado, como o bistrô francês Chez Dominique – ainda em funcionamento. 

Mas a saudade desse glamour do passado logo cede espaço ao impacto das novidades. O projeto assinado pelo escritório de arquitetura Bernardes & Jacobsen (hoje, são duas firmas independentes) resultou em 60 apartamentos, divididos em quatro categorias: os mais compactos têm 42 metros quadrados, os maiores, 106 metros quadrados. Todos têm varandas com vista para o campo ou para o mar – difícil escolha de vida, não? 

Cuidado com a cama: ela é um abrigo tão bom que você corre o risco de perder a hora do café da manhã, como esta repórter. 

A decoração prioriza cores claras e tons amadeirados nas poltronas, tapetes e objetos feitos com materiais nacionais e por criadores brasileiros, seguindo conceito que, segundo Gabrielle, orienta todo o hotel: “respeito à regionalidade”. Já na recepção encontram-se peças do design moderno de Jorge Zalszupin e do contemporâneo de Hugo França. Curiosa, fiz questão de me esparramar numa poltrona amarela em formato similar ao de uma rampa, de Sérgio Bernardes. 

 

Por dentro do Hotel Fasano Angra dos Reis

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Foto: Daniel Pinheiro/Fasano
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Foto: Tomás Rangel/Fasano
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Foto: Bruna Toni/Estadão
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Foto: Bruna Toni/Estadão

A regionalidade está também na cozinha chefiada por Pedro Franco, o “cozinheiro”, como ele mesmo diz, que assume toda a parte gastronômica da unidade de Angra depois de anos trabalhando no Fasano de São Paulo. “Eu tiro da água o ingrediente, corto e sirvo”, brinca Franco sobre seu trabalho, baseado em criar pratos originais com ingredientes da região – e que meu paladar classificou como excepcional. 

São dois restaurantes, Crudo e Praia, ambos abertos a não hóspedes e, em breve, uma padaria Fasano no boulevard do condomínio. Dica: escape da tentação de pedir uma massa; vá de peixe ao sal no primeiro restaurante e de moqueca no segundo. 

O que fazer.

As antigas piscinas redondas deram lugar às novas, retangulares, com borda infinita e aquecidas. Os passeios de barco deixaram de ser em saveiros, mas continuam sendo o ponto alto da viagem. O hotel os agenda com empresas como a

angralanchas.tur.br

O campo de golfe da época do Frade continua lá, assim como os caminhos para as cachoeiras. São três: a Palmital, a da Corda e uma sem nome, a respeito da qual o simpático Caetano Karasiaki, funcionário da recepção, disse: “é a mais top”. Podemos chamá-la de Cachoeira Top. Dá para ir caminhando desde o hotel ou contar com o auxílio dos carrinhos do Fasano (R$ 400). 

O spa oferece dez tratamentos corporais, estéticos e banhos partindo dos R$ 300. A flutuação – técnica que faz o corpo flutuar sem esforço graças à adição de sal na água – promete ser cobiçada. Mas a massagem relaxante já me fez muitíssimo feliz. 

A diária para dois, com café da manhã, custa entre R$ 1.860 e R$ 5.460. Mais:

bit.ly/fasanoangra

 

No caminho até Ilha Grande, tempo para contemplar paisagens como essa, das Ilhas Botinas Foto: Bruna Toni/Estadão

De família.

Foi em 1971, quando a família Borges decidiu fazer do espaço de sua fazenda uma hospedagem, que Angra dos Reis começou a mudar de status. Com 32 apartamentos e quatro chalés, abriram o Hotel do Frade numa área linda, mas ainda sem energia elétrica e sem a BR-101 para facilitar o acesso. Já na década seguinte, o Frade era o queridinho de muitos turistas e começava a ser cenário de filme e de telenovelas (entre elas

Mulheres de Areia

e

Celebridade

). 

Por causa da competição com os resorts do Nordeste e os custos altos de manutenção, os Borges venderam o empreendimento. O Fasano, então, se associou ao fundo imobiliário Polo Capital, novo dono do terreno, para operar seu hotel pé na areia. “Não queríamos criar um destino, mas somar a um consagrado”, diz a gerente geral Gabrielle Espíndola. Para o verão de 2019, o Fasano prepara a abertura de um resort em Trancoso.

 

Porção de vieiras grelhadas no restaurante Nautilus (R$ 115) Foto: Bruna Toni/Estadão

DA CRIAÇÃO À MESA: CONHECENDO VIEIRAS

Uma das paradas do passeio de barco foi a Praia de Jaconema, em Ilha Grande, onde fica a Nautilus, fazenda de vieiras e peixes bijupirá. Lá, a aquicultora Patrícia Merlin ensina como funciona a produção das espécies e suas características principais - você descobre, por exemplo, que tem peixe que toma banho. Depois, vale muito sentar-se no restaurante do local para degustar vieiras grelhadas (R$ 115) e outros pratos deliciosos (24-99858-2304; para passeio na fazenda marinha é preciso agendar). 

*A repórter viajou a convite do Fasano Angra dos Reis. 

Essa é a vista de quem está no mar do Hotel Fasano - construção foi feita no mesmo lugar onde funcionava o Hotel do Frade Foto: Daniel Pinheiro/Fasano

ANGRA DOS REIS - No caminho a Angra dos Reis, um roteiro de novela digna de Manoel Carlos dominava meu imaginário. O protagonista é um saudoso turista habitué da Costa Verde que, desavisado do decorrer dos anos, havia decidido seguir num Ford Landau pela Rio-Santos até o luxuoso Hotel do Frade. Estava, quem sabe, em busca de torneio de biriba? Ou de um passeio por Ilha Grande a bordo de um saveiro? Ou querendo desfrutar dos pratos franceses do Chez Dominique? 

Corte na cena, volta à realidade. Depois de quase cinco horas de viagem, esta repórter se via diante do cenário imaginado a partir de fotos daqueles anos 70, quando o Hotel do Frade, localizado na Praia do Frade, em Angra, se transformava em sonho de consumo dos brasileiros. O ano, porém, já era este 2018. Apesar de a praia ser a mesma, tudo ali mudou, inclusive o hotel. Agora o refúgio luxuoso da Costa Verde atende pelo nome de Hotel Fasano Angra dos Reis. 

Construído – sim, tudo foi demolido e refeito – no mesmo local onde funcionou o Hotel do Frade por 40 anos e inaugurado em 28 de dezembro de 2017 – novíssimo, portanto –, o primeiro resort da marca Fasano mistura nostalgia e os novos tempos. 

MAIS - Veja reportagens sobre o Hotel do Frade no Acervo Estadão

Novidades e diferenças.

A nostalgia faz parte da experiência de visitar o novo Fasano, em Angra. A gerente geral Gabrielle Espíndola conta que hóspedes de agora perguntam sobre ícones do passado, como o bistrô francês Chez Dominique – ainda em funcionamento. 

Mas a saudade desse glamour do passado logo cede espaço ao impacto das novidades. O projeto assinado pelo escritório de arquitetura Bernardes & Jacobsen (hoje, são duas firmas independentes) resultou em 60 apartamentos, divididos em quatro categorias: os mais compactos têm 42 metros quadrados, os maiores, 106 metros quadrados. Todos têm varandas com vista para o campo ou para o mar – difícil escolha de vida, não? 

Cuidado com a cama: ela é um abrigo tão bom que você corre o risco de perder a hora do café da manhã, como esta repórter. 

A decoração prioriza cores claras e tons amadeirados nas poltronas, tapetes e objetos feitos com materiais nacionais e por criadores brasileiros, seguindo conceito que, segundo Gabrielle, orienta todo o hotel: “respeito à regionalidade”. Já na recepção encontram-se peças do design moderno de Jorge Zalszupin e do contemporâneo de Hugo França. Curiosa, fiz questão de me esparramar numa poltrona amarela em formato similar ao de uma rampa, de Sérgio Bernardes. 

 

Por dentro do Hotel Fasano Angra dos Reis

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Foto: Daniel Pinheiro/Fasano
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Foto: Bruna Toni/Estadão

A regionalidade está também na cozinha chefiada por Pedro Franco, o “cozinheiro”, como ele mesmo diz, que assume toda a parte gastronômica da unidade de Angra depois de anos trabalhando no Fasano de São Paulo. “Eu tiro da água o ingrediente, corto e sirvo”, brinca Franco sobre seu trabalho, baseado em criar pratos originais com ingredientes da região – e que meu paladar classificou como excepcional. 

São dois restaurantes, Crudo e Praia, ambos abertos a não hóspedes e, em breve, uma padaria Fasano no boulevard do condomínio. Dica: escape da tentação de pedir uma massa; vá de peixe ao sal no primeiro restaurante e de moqueca no segundo. 

O que fazer.

As antigas piscinas redondas deram lugar às novas, retangulares, com borda infinita e aquecidas. Os passeios de barco deixaram de ser em saveiros, mas continuam sendo o ponto alto da viagem. O hotel os agenda com empresas como a

angralanchas.tur.br

O campo de golfe da época do Frade continua lá, assim como os caminhos para as cachoeiras. São três: a Palmital, a da Corda e uma sem nome, a respeito da qual o simpático Caetano Karasiaki, funcionário da recepção, disse: “é a mais top”. Podemos chamá-la de Cachoeira Top. Dá para ir caminhando desde o hotel ou contar com o auxílio dos carrinhos do Fasano (R$ 400). 

O spa oferece dez tratamentos corporais, estéticos e banhos partindo dos R$ 300. A flutuação – técnica que faz o corpo flutuar sem esforço graças à adição de sal na água – promete ser cobiçada. Mas a massagem relaxante já me fez muitíssimo feliz. 

A diária para dois, com café da manhã, custa entre R$ 1.860 e R$ 5.460. Mais:

bit.ly/fasanoangra

 

No caminho até Ilha Grande, tempo para contemplar paisagens como essa, das Ilhas Botinas Foto: Bruna Toni/Estadão

De família.

Foi em 1971, quando a família Borges decidiu fazer do espaço de sua fazenda uma hospedagem, que Angra dos Reis começou a mudar de status. Com 32 apartamentos e quatro chalés, abriram o Hotel do Frade numa área linda, mas ainda sem energia elétrica e sem a BR-101 para facilitar o acesso. Já na década seguinte, o Frade era o queridinho de muitos turistas e começava a ser cenário de filme e de telenovelas (entre elas

Mulheres de Areia

e

Celebridade

). 

Por causa da competição com os resorts do Nordeste e os custos altos de manutenção, os Borges venderam o empreendimento. O Fasano, então, se associou ao fundo imobiliário Polo Capital, novo dono do terreno, para operar seu hotel pé na areia. “Não queríamos criar um destino, mas somar a um consagrado”, diz a gerente geral Gabrielle Espíndola. Para o verão de 2019, o Fasano prepara a abertura de um resort em Trancoso.

 

Porção de vieiras grelhadas no restaurante Nautilus (R$ 115) Foto: Bruna Toni/Estadão

DA CRIAÇÃO À MESA: CONHECENDO VIEIRAS

Uma das paradas do passeio de barco foi a Praia de Jaconema, em Ilha Grande, onde fica a Nautilus, fazenda de vieiras e peixes bijupirá. Lá, a aquicultora Patrícia Merlin ensina como funciona a produção das espécies e suas características principais - você descobre, por exemplo, que tem peixe que toma banho. Depois, vale muito sentar-se no restaurante do local para degustar vieiras grelhadas (R$ 115) e outros pratos deliciosos (24-99858-2304; para passeio na fazenda marinha é preciso agendar). 

*A repórter viajou a convite do Fasano Angra dos Reis. 

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