Erros e acertos de um esquiador iniciante em Whistler


Estação de esqui próxima a Vancouver, no Canadá, agrada tanto quem não tem familiaridade com os esportes de neve quanto profissionais - afinal, foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno em 2010

Por Gilberto Amendola
Área de iniciantes na montanha de Whistler, no Canadá Foto: Justa Jeskova/Vail Resorts

Pensei em começar este relato sobre a estação de esqui de Whistler, no Canadá, contando sobre como é prazeroso tirar os pés de dentro de pesadas botas de esqui. Acertadamente não levei o projeto adiante – essa descrição implicaria em metáforas, comparações e onomatopeias capazes de derreter a neve das montanhas geladas do Canadá ou de corar quem agora me lê. Decidi, portanto, começar esta narrativa de um jeito mais familiar. Vamos começar pela “pizza”. 

“Uma pizza perfeita!” – comemorou a instrutora ao perceber que seu aluno brasileiro movia os calcanhares para fora, formando com os pés o desenho de uma fatia imaginária de...pizza. Assim, finalmente, depois de inúmeras tentativas, eu conseguia controlar a velocidade do esqui e me equilibrar. 

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Claro, minha vitória não foi tão duradoura. Desabei. A neve macia fez da queda um percalço menor. Dor? Só mesmo um leve ferimento no orgulho ao ver um japonesinho de dois anos e meio descer a montanha com a desenvoltura de um profissional. Mas, com a ajuda de Carla, uma paciente instrutora de ski nascida em Andorra, me coloquei de pé, ajustei meu capacete, ajeitei minhas luvas e tentei outra vez. Outra vez. Outra vez. E outra vez. 

Não é sempre que se tem a oportunidade de aprender a esquiar em um palco tão relevante. No mesmo local em que eu ensaiava minhas primeiras derrapadas, atletas profissionais batiam recordes e ganhavam medalhas na Olimpíada de Inverno de 2010. Estou falando das montanhas de Whistler e Blackcomb, localizadas na cidade de Whistler, no trecho sul das montanhas costeiras do Canadá, na Colúmbia Britânica, distante cerca de 125 quilômetros de Vancouver.

Gôndola Peak 2 Peak liga as montanhas de Whistler e Blackcomb na estação de esqui de Whistler Foto: Andy Clark/Reuters
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A partir de dezembro, e durante toda a temporada de esqui, a neve cai de forma constante. Os telhados são cobertos pelo glacê do inverno e toda paisagem vai remeter ao seriado Game of Thrones ou a algum singelo conto natalino (pensei em Rudolph – A Rena do Nariz Vermelho). Apesar disso, e para minha surpresa, o frio não é agressivo. As temperaturas costumam ficar em torno dos 5 graus negativos. Ou seja, é frio, mas nada impeditivo. Com um pouco de coragem, é possível até encarar uma piscina (aquecida) ao ar livre. Os dias, esses sim, são bem mais curtos. Depois das 16h, resta pouco ou quase nada de claridade.

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Área de iniciantes na montanha de Whistler, no Canadá Foto: Justa Jeskova/Vail Resorts

Pensei em começar este relato sobre a estação de esqui de Whistler, no Canadá, contando sobre como é prazeroso tirar os pés de dentro de pesadas botas de esqui. Acertadamente não levei o projeto adiante – essa descrição implicaria em metáforas, comparações e onomatopeias capazes de derreter a neve das montanhas geladas do Canadá ou de corar quem agora me lê. Decidi, portanto, começar esta narrativa de um jeito mais familiar. Vamos começar pela “pizza”. 

“Uma pizza perfeita!” – comemorou a instrutora ao perceber que seu aluno brasileiro movia os calcanhares para fora, formando com os pés o desenho de uma fatia imaginária de...pizza. Assim, finalmente, depois de inúmeras tentativas, eu conseguia controlar a velocidade do esqui e me equilibrar. 

Claro, minha vitória não foi tão duradoura. Desabei. A neve macia fez da queda um percalço menor. Dor? Só mesmo um leve ferimento no orgulho ao ver um japonesinho de dois anos e meio descer a montanha com a desenvoltura de um profissional. Mas, com a ajuda de Carla, uma paciente instrutora de ski nascida em Andorra, me coloquei de pé, ajustei meu capacete, ajeitei minhas luvas e tentei outra vez. Outra vez. Outra vez. E outra vez. 

Não é sempre que se tem a oportunidade de aprender a esquiar em um palco tão relevante. No mesmo local em que eu ensaiava minhas primeiras derrapadas, atletas profissionais batiam recordes e ganhavam medalhas na Olimpíada de Inverno de 2010. Estou falando das montanhas de Whistler e Blackcomb, localizadas na cidade de Whistler, no trecho sul das montanhas costeiras do Canadá, na Colúmbia Britânica, distante cerca de 125 quilômetros de Vancouver.

Gôndola Peak 2 Peak liga as montanhas de Whistler e Blackcomb na estação de esqui de Whistler Foto: Andy Clark/Reuters

A partir de dezembro, e durante toda a temporada de esqui, a neve cai de forma constante. Os telhados são cobertos pelo glacê do inverno e toda paisagem vai remeter ao seriado Game of Thrones ou a algum singelo conto natalino (pensei em Rudolph – A Rena do Nariz Vermelho). Apesar disso, e para minha surpresa, o frio não é agressivo. As temperaturas costumam ficar em torno dos 5 graus negativos. Ou seja, é frio, mas nada impeditivo. Com um pouco de coragem, é possível até encarar uma piscina (aquecida) ao ar livre. Os dias, esses sim, são bem mais curtos. Depois das 16h, resta pouco ou quase nada de claridade.

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Área de iniciantes na montanha de Whistler, no Canadá Foto: Justa Jeskova/Vail Resorts

Pensei em começar este relato sobre a estação de esqui de Whistler, no Canadá, contando sobre como é prazeroso tirar os pés de dentro de pesadas botas de esqui. Acertadamente não levei o projeto adiante – essa descrição implicaria em metáforas, comparações e onomatopeias capazes de derreter a neve das montanhas geladas do Canadá ou de corar quem agora me lê. Decidi, portanto, começar esta narrativa de um jeito mais familiar. Vamos começar pela “pizza”. 

“Uma pizza perfeita!” – comemorou a instrutora ao perceber que seu aluno brasileiro movia os calcanhares para fora, formando com os pés o desenho de uma fatia imaginária de...pizza. Assim, finalmente, depois de inúmeras tentativas, eu conseguia controlar a velocidade do esqui e me equilibrar. 

Claro, minha vitória não foi tão duradoura. Desabei. A neve macia fez da queda um percalço menor. Dor? Só mesmo um leve ferimento no orgulho ao ver um japonesinho de dois anos e meio descer a montanha com a desenvoltura de um profissional. Mas, com a ajuda de Carla, uma paciente instrutora de ski nascida em Andorra, me coloquei de pé, ajustei meu capacete, ajeitei minhas luvas e tentei outra vez. Outra vez. Outra vez. E outra vez. 

Não é sempre que se tem a oportunidade de aprender a esquiar em um palco tão relevante. No mesmo local em que eu ensaiava minhas primeiras derrapadas, atletas profissionais batiam recordes e ganhavam medalhas na Olimpíada de Inverno de 2010. Estou falando das montanhas de Whistler e Blackcomb, localizadas na cidade de Whistler, no trecho sul das montanhas costeiras do Canadá, na Colúmbia Britânica, distante cerca de 125 quilômetros de Vancouver.

Gôndola Peak 2 Peak liga as montanhas de Whistler e Blackcomb na estação de esqui de Whistler Foto: Andy Clark/Reuters

A partir de dezembro, e durante toda a temporada de esqui, a neve cai de forma constante. Os telhados são cobertos pelo glacê do inverno e toda paisagem vai remeter ao seriado Game of Thrones ou a algum singelo conto natalino (pensei em Rudolph – A Rena do Nariz Vermelho). Apesar disso, e para minha surpresa, o frio não é agressivo. As temperaturas costumam ficar em torno dos 5 graus negativos. Ou seja, é frio, mas nada impeditivo. Com um pouco de coragem, é possível até encarar uma piscina (aquecida) ao ar livre. Os dias, esses sim, são bem mais curtos. Depois das 16h, resta pouco ou quase nada de claridade.

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