A rede americana de hotéis Hyatt demorou a investir em terras tupiniquins. Mas o grupo mostrou aos brasileiros que valeu a pena esperar. Para a construção do recém-inaugurado Grand Hyatt São Paulo, o primeiro hotel da cadeia no País e o terceiro na América Latina, foram gastos mais de US$ 100 milhões, refletidos na luxuosa decoração, nos detalhes de modernidade e, principalmente, na tecnologia dos quartos e das salas de eventos. Voltado principalmente para o turismo de negócios, o hotel não podia estar melhor localizado: ao lado do novo centro financeiro da cidade, no Brooklin, junto da Marginal Pinheiros e perto do World Trade Center e do Shopping Morumbi. Aliás, era a localização, segundo a administração da rede, o grande obstáculo para abrir um Hyatt em São Paulo. "Há dez anos estamos olhando um lugar ideal na cidade. E achamos aqui, no meio de um novo núcleo de negócios, a localização apropriada e uma área bem espaçosa para construir o hotel", afirma o diretor de marketing do Grand Hyatt São Paulo, Alan J. Love. Segundo ele, as expectativas são boas apesar do mercado hoteleiro não apresentar um quadro muito positivo. "A previsão para o primeiro ano é uma taxa média de ocupação de 30%. Em outros anos os números seriam mais animadores, mas estamos investindo num projeto a longo prazo", explica Love. As comodidades do novo hotel - Números e previsões à parte, vamos ao que interessa: as acomodações e os serviços. O hotel está dividido em três prédios, que mesmo interligados, podem funcionar de forma independente. No edifício principal, estão os 470 apartamentos de luxo, o restaurante italiano Gran Caffè e o Spa Amanary, que fica no segundo andar e conta com piscina climatizada, aparelhos de musculação e sete salas de tratamentos como massagem e aromaterapia. Já na entrada nota-se algumas peculiaridades no hotel. Além do pé direito alto e das várias paredes de vidro que deixam o ambiente mais agradável, o que chama a atenção é a recepção, ou melhor, a falta dela. Em vez de recepcionistas sentados atendendo ao público ao mesmo tempo que falam ao telefone, você verá um grupo de funcionários em pé à espera de hóspedes. "Estamos usando o conceito de recepção flutuante. A pessoa que atende quem chega é a mesma que o acompanha até seu quarto. Para cuidar dos telefonemas internos e externos, há uma equipe específica", explica a gerente de Relações Públicas, Thais Santoro. Dos 22 andares, os três últimos são exclusivos para executivos. Eles possuem recepção e espaço para café da manhã (e coquetel à tarde) separados do restante do hotel. Assim como todos os quartos do Grand Hyatt, a decoração das suítes abusa nas madeiras claras e nas janelas grandes. A diferença é que há sempre a presença de uma escultura de um artista brasileiro contemporâneo - ao todo são 99 obras de arte espalhadas pelo hotel - e um menu de sabonetes com mais de 20 opções. Pequenas regalias que contam. De um lado do prédio principal, fica o centro de eventos e convenções, o Espaço Grand Hyatt, com capacidade para 1.400 pessoas no salão grande e 640 no menor. Isso sem contar com as dez salas de reunião, onde cabem até 60 participantes cada. Todas com linhas telefônicas e acesso para Internet. Há também um serviço de aluguel de celulares e laptops. Do outro, há um pequeno prédio de dois andares, que reúne mais dois restaurantes, um bar e um lounge. Com certeza, um dos cantos mais charmosos do hotel e um presente para os paulistanos. "Esse complexo de lazer faz parte do Hyatt, porém é mais afastado para que o público que não está hospedado não fique receoso de usufruir dessa área", conta Love. No primeiro andar estão os restaurantes: o francês Eau e o japonês Kinu. "Tivemos a preocupação em fazer algo autêntico, com chefes internacionais. O Hyatt não tem aquela opção de restaurante que se diz de comida internacional, mas que na verdade serve um pouco de tudo", explica o gerente residente, Carl R. Emberson. Há ainda, no segundo piso, o Bar, com menu de cachaças mineiras, salgadinhos brasileiros e petiscos asiáticos. No mesmo andar, o sofisticado Lounge, que oferece menu de charutos e onde haverá seções de jazz e bossa nova todos os dias, a partir das 21h. Uma nova opção para quem vive em São Paulo e ótimo programa para quem visita a cidade. Serviço - Grand Hyatt São Paulo: Avenida das Nações Unidas, 13.301, Brooklin, tel. 0800/880-1234. Na internet, www.saopaulo.hyatt.com. Diárias promocionais de inauguração a partir de R$ 500 por apartamento para até duas pessoas, sem café.
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