Paciência, vacina e testagem: como é viajar para os Estados Unidos na pandemia


Chegue com bastante antecedência ao aeroporto, tanto na ida quanto na volta, e se prepare para muitas filas

Por Anelise Zanoni

A abertura do turismo nos Estados Unidos, em dezembro, trouxe uma série de novas exigências aos visitantes que desembarcam no país. Uma delas, entretanto, não consta nos manuais oficiais: a paciência. O país está de portas abertas, com mais voos e novidades. Só que, para ultrapassar fronteiras, você precisará de mais tempo e tolerância a diferentes requisitos, como a checagem de documentos e a euforia dos viajantes.

Vinte dias após a abertura oficial dos Estados Unidos aos turistas, conheci de perto o impacto da pandemia nas viagens internacionais. Com sorriso no rosto e coração batendo a mil, como se fosse minha primeira viagem, cheguei à fila do check-in do Aeroporto de Guarulhos 3h30 antes do meu voo para Atlanta, na Geórgia. Segurando passaporte, comprovante de vacinação, exame de PCR negativado e formulário da companhia aérea, respirei fundo quando vi cerca de 20 pessoas na minha frente na fila.

Funcionários das companhias aéreas conferem documentos obrigatórios para o embarque, o que é mais seguro e exige tempo. Cada viajante aprovado na checagem ganha um selo para ser colado no cartão de embarque como forma de inspeção. Depois que fui atendida, corri para a sala de embarque: não sem antes esperar outras dezenas de pessoas que precisavam passar pelo raio X com as malas de mão.

continua após a publicidade
Na volta, brasileiro deve fazer teste; se der positivo, quarentena deve ser nos EUA com custo em dólar. Foto: Shannon Stapleton/Reuters

Do check-in até a sala de embarque, demorei 1h35 – praticamente o tempo de um voo de Porto Alegre a São Paulo. Por isso, é preciso chegar mais cedo ao aeroporto para voos internacionais, e dobrar a atenção ao viajar com crianças ou com pessoas que precisam de auxílio e não passam nas filas de prioridades. Além da inspeção rigorosa da documentação, viajantes em conexão são chamados na sala de embarque para terem documentos revisados. Quem tem exame com data que ultrapassa o período de um dia corre o risco de não embarcar.

A chegada

continua após a publicidade

Depois de horas de voo, um dos pontos de angústia para quem vai aos Estados Unidos é a imigração. Perguntas como o tempo de permanência no país e propósito da viagem ainda são comuns. Entretanto, os funcionários não costumam pedir exames ou comprovante de vacinação – afinal, as companhias aéreas fizeram a triagem.

Quando desembarquei em Atlanta, por volta das 5h40, fui recebida com tranquilidade por um simpático agente. Pediu para eu tirar a máscara, olhou meu visto de imprensa e comentou que há muito tempo não recebia jornalistas naquele balcão. Carimbou meu passaporte e me desejou boa viagem.

Além da Georgia, passei também pelos Estados da Georgia, Louisiana e Mississippi. Por regra geral, o uso de máscara é opcional nestes locais, especialmente em lugares públicos, assim como a solicitação do comprovante de vacina – geralmente requisitado em museus e restaurantes de grandes cidades. Porém, o uso de máscara é obrigatório nos aeroportos.

continua após a publicidade
Com a retomada do turismo, Nova York ganhou reforço na malha aérea, com voos que partem de São Paulo. Foto: Andrew Kelly/Reuters

Muitas atrações turísticas educadamente indicam o uso da máscara e, inclusive, oferecem o adereço na entrada. Geralmente há adesão.

Na área da gastronomia, alguns restaurantes mantiveram o distanciamento entre as mesas. Em Atlanta, o 9 Mile Station, por exemplo, criou iglus ao ar livre com cobertura de plástico para refeições mais intimistas, que fazem sucesso entre casais e grupos de amigos. É preciso fazer reserva.

continua após a publicidade

O retorno

Depois de curtir a viagem, a maratona nos aeroportos segue a mesma para o regresso. Quer dizer, exige um pouco mais de paciência. Para retornar ao Brasil, são exigidos menos documentos, entre eles, exame negativado de covid e formulário online da Anvisa preenchido. O exame é um verdadeiro teste para a ansiedade, porque se você tiver resultado positivo, não volta ao Brasil e precisa fazer quarentena nos Estados Unidos. Em dólar.

Com tudo em mãos, no aeroporto, possivelmente você encontrará muitas filas. Uma das razões é porque, depois da espera no check-in, cada viajante coloca seu próprio passaporte em uma máquina para ser mapeado. Depois, precisa tirar a máscara em frente a um agente. Em alguns casos, até mesmo o cartão de embarque é escaneado pelo viajante. A regra é evitar ao máximo o contato físico com as pessoas – o que exige mais tempo e faz com que a espera seja longa. No raio X, além de retirar sapatos, casacos, cintos e relógios, é exigido que aparelhos eletrônicos estejam fora de caixas e embalagens.

continua após a publicidade

Após quase duas horas de filas, nada melhor do que embarcar. Só tem um último detalhe: se seu voo for direto ao Brasil, provavelmente haverá falta de lugar para acomodar as malas de mão. Afinal de contas, mesmo com o dólar por volta de R$ 6, os brasileiros não estão economizando nas compras, que são levadas na cabine. Como falei, é preciso paciência.

Novidades

Com o aquecimento do turismo e a abertura de fronteiras, os Estados Unidos têm se movimentado para atrair brasileiros. Mesmo com o dólar a quase R$ 6, os viajantes não perderam o desejo pelo destino e, por isso, companhias aéreas aumentam as rotas e operadoras de viagem se empenham em criar novos roteiros e ofertas para a demanda reprimida.

continua após a publicidade

A região da Flórida, principal rota de férias dos brasileiros, celebra o momento com festas e lançamentos. Além de um calendário de atrações devido ao cinquentenário de Walt Disney World, está previsto para fevereiro o lançamento do parque da personagem Peppa Pig, em Winter Haven. Em março, a Disney terá um hotel dedicado à saga Star Wars e, ainda no primeiro semestre, haverá a abertura do primeiro hotel Four Seasons em Naples, região de Paradise Coast.

Em relação à parte aérea, a novidade vem da Copa Airlines, que inaugurou um voo para Atlanta que conecta o destino a seis cidades brasileiras. Além disso, a companhia já contabiliza 14 voos para os Estados Unidos, incluindo cidades como Chicago, Boston e Miami.  Nova York também ganhou reforço na malha aérea. A Delta Airlines decidiu antecipar de fevereiro de 2022 para dezembro a retomada dos voos que saem de São Paulo. As viagens iniciaram com três frequências semanais. Passarão a quatro voos entre 21 de fevereiro e 26 de março e cinco vezes por semana entre 27 de março e 29 de maio. Além disso, a empresa implementou um aplicativo para passageiros no qual é possível realizar check-in, conferir mapas e encontrar formulários obrigatórios para certos destinos.

A abertura do turismo nos Estados Unidos, em dezembro, trouxe uma série de novas exigências aos visitantes que desembarcam no país. Uma delas, entretanto, não consta nos manuais oficiais: a paciência. O país está de portas abertas, com mais voos e novidades. Só que, para ultrapassar fronteiras, você precisará de mais tempo e tolerância a diferentes requisitos, como a checagem de documentos e a euforia dos viajantes.

Vinte dias após a abertura oficial dos Estados Unidos aos turistas, conheci de perto o impacto da pandemia nas viagens internacionais. Com sorriso no rosto e coração batendo a mil, como se fosse minha primeira viagem, cheguei à fila do check-in do Aeroporto de Guarulhos 3h30 antes do meu voo para Atlanta, na Geórgia. Segurando passaporte, comprovante de vacinação, exame de PCR negativado e formulário da companhia aérea, respirei fundo quando vi cerca de 20 pessoas na minha frente na fila.

Funcionários das companhias aéreas conferem documentos obrigatórios para o embarque, o que é mais seguro e exige tempo. Cada viajante aprovado na checagem ganha um selo para ser colado no cartão de embarque como forma de inspeção. Depois que fui atendida, corri para a sala de embarque: não sem antes esperar outras dezenas de pessoas que precisavam passar pelo raio X com as malas de mão.

Na volta, brasileiro deve fazer teste; se der positivo, quarentena deve ser nos EUA com custo em dólar. Foto: Shannon Stapleton/Reuters

Do check-in até a sala de embarque, demorei 1h35 – praticamente o tempo de um voo de Porto Alegre a São Paulo. Por isso, é preciso chegar mais cedo ao aeroporto para voos internacionais, e dobrar a atenção ao viajar com crianças ou com pessoas que precisam de auxílio e não passam nas filas de prioridades. Além da inspeção rigorosa da documentação, viajantes em conexão são chamados na sala de embarque para terem documentos revisados. Quem tem exame com data que ultrapassa o período de um dia corre o risco de não embarcar.

A chegada

Depois de horas de voo, um dos pontos de angústia para quem vai aos Estados Unidos é a imigração. Perguntas como o tempo de permanência no país e propósito da viagem ainda são comuns. Entretanto, os funcionários não costumam pedir exames ou comprovante de vacinação – afinal, as companhias aéreas fizeram a triagem.

Quando desembarquei em Atlanta, por volta das 5h40, fui recebida com tranquilidade por um simpático agente. Pediu para eu tirar a máscara, olhou meu visto de imprensa e comentou que há muito tempo não recebia jornalistas naquele balcão. Carimbou meu passaporte e me desejou boa viagem.

Além da Georgia, passei também pelos Estados da Georgia, Louisiana e Mississippi. Por regra geral, o uso de máscara é opcional nestes locais, especialmente em lugares públicos, assim como a solicitação do comprovante de vacina – geralmente requisitado em museus e restaurantes de grandes cidades. Porém, o uso de máscara é obrigatório nos aeroportos.

Com a retomada do turismo, Nova York ganhou reforço na malha aérea, com voos que partem de São Paulo. Foto: Andrew Kelly/Reuters

Muitas atrações turísticas educadamente indicam o uso da máscara e, inclusive, oferecem o adereço na entrada. Geralmente há adesão.

Na área da gastronomia, alguns restaurantes mantiveram o distanciamento entre as mesas. Em Atlanta, o 9 Mile Station, por exemplo, criou iglus ao ar livre com cobertura de plástico para refeições mais intimistas, que fazem sucesso entre casais e grupos de amigos. É preciso fazer reserva.

O retorno

Depois de curtir a viagem, a maratona nos aeroportos segue a mesma para o regresso. Quer dizer, exige um pouco mais de paciência. Para retornar ao Brasil, são exigidos menos documentos, entre eles, exame negativado de covid e formulário online da Anvisa preenchido. O exame é um verdadeiro teste para a ansiedade, porque se você tiver resultado positivo, não volta ao Brasil e precisa fazer quarentena nos Estados Unidos. Em dólar.

Com tudo em mãos, no aeroporto, possivelmente você encontrará muitas filas. Uma das razões é porque, depois da espera no check-in, cada viajante coloca seu próprio passaporte em uma máquina para ser mapeado. Depois, precisa tirar a máscara em frente a um agente. Em alguns casos, até mesmo o cartão de embarque é escaneado pelo viajante. A regra é evitar ao máximo o contato físico com as pessoas – o que exige mais tempo e faz com que a espera seja longa. No raio X, além de retirar sapatos, casacos, cintos e relógios, é exigido que aparelhos eletrônicos estejam fora de caixas e embalagens.

Após quase duas horas de filas, nada melhor do que embarcar. Só tem um último detalhe: se seu voo for direto ao Brasil, provavelmente haverá falta de lugar para acomodar as malas de mão. Afinal de contas, mesmo com o dólar por volta de R$ 6, os brasileiros não estão economizando nas compras, que são levadas na cabine. Como falei, é preciso paciência.

Novidades

Com o aquecimento do turismo e a abertura de fronteiras, os Estados Unidos têm se movimentado para atrair brasileiros. Mesmo com o dólar a quase R$ 6, os viajantes não perderam o desejo pelo destino e, por isso, companhias aéreas aumentam as rotas e operadoras de viagem se empenham em criar novos roteiros e ofertas para a demanda reprimida.

A região da Flórida, principal rota de férias dos brasileiros, celebra o momento com festas e lançamentos. Além de um calendário de atrações devido ao cinquentenário de Walt Disney World, está previsto para fevereiro o lançamento do parque da personagem Peppa Pig, em Winter Haven. Em março, a Disney terá um hotel dedicado à saga Star Wars e, ainda no primeiro semestre, haverá a abertura do primeiro hotel Four Seasons em Naples, região de Paradise Coast.

Em relação à parte aérea, a novidade vem da Copa Airlines, que inaugurou um voo para Atlanta que conecta o destino a seis cidades brasileiras. Além disso, a companhia já contabiliza 14 voos para os Estados Unidos, incluindo cidades como Chicago, Boston e Miami.  Nova York também ganhou reforço na malha aérea. A Delta Airlines decidiu antecipar de fevereiro de 2022 para dezembro a retomada dos voos que saem de São Paulo. As viagens iniciaram com três frequências semanais. Passarão a quatro voos entre 21 de fevereiro e 26 de março e cinco vezes por semana entre 27 de março e 29 de maio. Além disso, a empresa implementou um aplicativo para passageiros no qual é possível realizar check-in, conferir mapas e encontrar formulários obrigatórios para certos destinos.

A abertura do turismo nos Estados Unidos, em dezembro, trouxe uma série de novas exigências aos visitantes que desembarcam no país. Uma delas, entretanto, não consta nos manuais oficiais: a paciência. O país está de portas abertas, com mais voos e novidades. Só que, para ultrapassar fronteiras, você precisará de mais tempo e tolerância a diferentes requisitos, como a checagem de documentos e a euforia dos viajantes.

Vinte dias após a abertura oficial dos Estados Unidos aos turistas, conheci de perto o impacto da pandemia nas viagens internacionais. Com sorriso no rosto e coração batendo a mil, como se fosse minha primeira viagem, cheguei à fila do check-in do Aeroporto de Guarulhos 3h30 antes do meu voo para Atlanta, na Geórgia. Segurando passaporte, comprovante de vacinação, exame de PCR negativado e formulário da companhia aérea, respirei fundo quando vi cerca de 20 pessoas na minha frente na fila.

Funcionários das companhias aéreas conferem documentos obrigatórios para o embarque, o que é mais seguro e exige tempo. Cada viajante aprovado na checagem ganha um selo para ser colado no cartão de embarque como forma de inspeção. Depois que fui atendida, corri para a sala de embarque: não sem antes esperar outras dezenas de pessoas que precisavam passar pelo raio X com as malas de mão.

Na volta, brasileiro deve fazer teste; se der positivo, quarentena deve ser nos EUA com custo em dólar. Foto: Shannon Stapleton/Reuters

Do check-in até a sala de embarque, demorei 1h35 – praticamente o tempo de um voo de Porto Alegre a São Paulo. Por isso, é preciso chegar mais cedo ao aeroporto para voos internacionais, e dobrar a atenção ao viajar com crianças ou com pessoas que precisam de auxílio e não passam nas filas de prioridades. Além da inspeção rigorosa da documentação, viajantes em conexão são chamados na sala de embarque para terem documentos revisados. Quem tem exame com data que ultrapassa o período de um dia corre o risco de não embarcar.

A chegada

Depois de horas de voo, um dos pontos de angústia para quem vai aos Estados Unidos é a imigração. Perguntas como o tempo de permanência no país e propósito da viagem ainda são comuns. Entretanto, os funcionários não costumam pedir exames ou comprovante de vacinação – afinal, as companhias aéreas fizeram a triagem.

Quando desembarquei em Atlanta, por volta das 5h40, fui recebida com tranquilidade por um simpático agente. Pediu para eu tirar a máscara, olhou meu visto de imprensa e comentou que há muito tempo não recebia jornalistas naquele balcão. Carimbou meu passaporte e me desejou boa viagem.

Além da Georgia, passei também pelos Estados da Georgia, Louisiana e Mississippi. Por regra geral, o uso de máscara é opcional nestes locais, especialmente em lugares públicos, assim como a solicitação do comprovante de vacina – geralmente requisitado em museus e restaurantes de grandes cidades. Porém, o uso de máscara é obrigatório nos aeroportos.

Com a retomada do turismo, Nova York ganhou reforço na malha aérea, com voos que partem de São Paulo. Foto: Andrew Kelly/Reuters

Muitas atrações turísticas educadamente indicam o uso da máscara e, inclusive, oferecem o adereço na entrada. Geralmente há adesão.

Na área da gastronomia, alguns restaurantes mantiveram o distanciamento entre as mesas. Em Atlanta, o 9 Mile Station, por exemplo, criou iglus ao ar livre com cobertura de plástico para refeições mais intimistas, que fazem sucesso entre casais e grupos de amigos. É preciso fazer reserva.

O retorno

Depois de curtir a viagem, a maratona nos aeroportos segue a mesma para o regresso. Quer dizer, exige um pouco mais de paciência. Para retornar ao Brasil, são exigidos menos documentos, entre eles, exame negativado de covid e formulário online da Anvisa preenchido. O exame é um verdadeiro teste para a ansiedade, porque se você tiver resultado positivo, não volta ao Brasil e precisa fazer quarentena nos Estados Unidos. Em dólar.

Com tudo em mãos, no aeroporto, possivelmente você encontrará muitas filas. Uma das razões é porque, depois da espera no check-in, cada viajante coloca seu próprio passaporte em uma máquina para ser mapeado. Depois, precisa tirar a máscara em frente a um agente. Em alguns casos, até mesmo o cartão de embarque é escaneado pelo viajante. A regra é evitar ao máximo o contato físico com as pessoas – o que exige mais tempo e faz com que a espera seja longa. No raio X, além de retirar sapatos, casacos, cintos e relógios, é exigido que aparelhos eletrônicos estejam fora de caixas e embalagens.

Após quase duas horas de filas, nada melhor do que embarcar. Só tem um último detalhe: se seu voo for direto ao Brasil, provavelmente haverá falta de lugar para acomodar as malas de mão. Afinal de contas, mesmo com o dólar por volta de R$ 6, os brasileiros não estão economizando nas compras, que são levadas na cabine. Como falei, é preciso paciência.

Novidades

Com o aquecimento do turismo e a abertura de fronteiras, os Estados Unidos têm se movimentado para atrair brasileiros. Mesmo com o dólar a quase R$ 6, os viajantes não perderam o desejo pelo destino e, por isso, companhias aéreas aumentam as rotas e operadoras de viagem se empenham em criar novos roteiros e ofertas para a demanda reprimida.

A região da Flórida, principal rota de férias dos brasileiros, celebra o momento com festas e lançamentos. Além de um calendário de atrações devido ao cinquentenário de Walt Disney World, está previsto para fevereiro o lançamento do parque da personagem Peppa Pig, em Winter Haven. Em março, a Disney terá um hotel dedicado à saga Star Wars e, ainda no primeiro semestre, haverá a abertura do primeiro hotel Four Seasons em Naples, região de Paradise Coast.

Em relação à parte aérea, a novidade vem da Copa Airlines, que inaugurou um voo para Atlanta que conecta o destino a seis cidades brasileiras. Além disso, a companhia já contabiliza 14 voos para os Estados Unidos, incluindo cidades como Chicago, Boston e Miami.  Nova York também ganhou reforço na malha aérea. A Delta Airlines decidiu antecipar de fevereiro de 2022 para dezembro a retomada dos voos que saem de São Paulo. As viagens iniciaram com três frequências semanais. Passarão a quatro voos entre 21 de fevereiro e 26 de março e cinco vezes por semana entre 27 de março e 29 de maio. Além disso, a empresa implementou um aplicativo para passageiros no qual é possível realizar check-in, conferir mapas e encontrar formulários obrigatórios para certos destinos.

A abertura do turismo nos Estados Unidos, em dezembro, trouxe uma série de novas exigências aos visitantes que desembarcam no país. Uma delas, entretanto, não consta nos manuais oficiais: a paciência. O país está de portas abertas, com mais voos e novidades. Só que, para ultrapassar fronteiras, você precisará de mais tempo e tolerância a diferentes requisitos, como a checagem de documentos e a euforia dos viajantes.

Vinte dias após a abertura oficial dos Estados Unidos aos turistas, conheci de perto o impacto da pandemia nas viagens internacionais. Com sorriso no rosto e coração batendo a mil, como se fosse minha primeira viagem, cheguei à fila do check-in do Aeroporto de Guarulhos 3h30 antes do meu voo para Atlanta, na Geórgia. Segurando passaporte, comprovante de vacinação, exame de PCR negativado e formulário da companhia aérea, respirei fundo quando vi cerca de 20 pessoas na minha frente na fila.

Funcionários das companhias aéreas conferem documentos obrigatórios para o embarque, o que é mais seguro e exige tempo. Cada viajante aprovado na checagem ganha um selo para ser colado no cartão de embarque como forma de inspeção. Depois que fui atendida, corri para a sala de embarque: não sem antes esperar outras dezenas de pessoas que precisavam passar pelo raio X com as malas de mão.

Na volta, brasileiro deve fazer teste; se der positivo, quarentena deve ser nos EUA com custo em dólar. Foto: Shannon Stapleton/Reuters

Do check-in até a sala de embarque, demorei 1h35 – praticamente o tempo de um voo de Porto Alegre a São Paulo. Por isso, é preciso chegar mais cedo ao aeroporto para voos internacionais, e dobrar a atenção ao viajar com crianças ou com pessoas que precisam de auxílio e não passam nas filas de prioridades. Além da inspeção rigorosa da documentação, viajantes em conexão são chamados na sala de embarque para terem documentos revisados. Quem tem exame com data que ultrapassa o período de um dia corre o risco de não embarcar.

A chegada

Depois de horas de voo, um dos pontos de angústia para quem vai aos Estados Unidos é a imigração. Perguntas como o tempo de permanência no país e propósito da viagem ainda são comuns. Entretanto, os funcionários não costumam pedir exames ou comprovante de vacinação – afinal, as companhias aéreas fizeram a triagem.

Quando desembarquei em Atlanta, por volta das 5h40, fui recebida com tranquilidade por um simpático agente. Pediu para eu tirar a máscara, olhou meu visto de imprensa e comentou que há muito tempo não recebia jornalistas naquele balcão. Carimbou meu passaporte e me desejou boa viagem.

Além da Georgia, passei também pelos Estados da Georgia, Louisiana e Mississippi. Por regra geral, o uso de máscara é opcional nestes locais, especialmente em lugares públicos, assim como a solicitação do comprovante de vacina – geralmente requisitado em museus e restaurantes de grandes cidades. Porém, o uso de máscara é obrigatório nos aeroportos.

Com a retomada do turismo, Nova York ganhou reforço na malha aérea, com voos que partem de São Paulo. Foto: Andrew Kelly/Reuters

Muitas atrações turísticas educadamente indicam o uso da máscara e, inclusive, oferecem o adereço na entrada. Geralmente há adesão.

Na área da gastronomia, alguns restaurantes mantiveram o distanciamento entre as mesas. Em Atlanta, o 9 Mile Station, por exemplo, criou iglus ao ar livre com cobertura de plástico para refeições mais intimistas, que fazem sucesso entre casais e grupos de amigos. É preciso fazer reserva.

O retorno

Depois de curtir a viagem, a maratona nos aeroportos segue a mesma para o regresso. Quer dizer, exige um pouco mais de paciência. Para retornar ao Brasil, são exigidos menos documentos, entre eles, exame negativado de covid e formulário online da Anvisa preenchido. O exame é um verdadeiro teste para a ansiedade, porque se você tiver resultado positivo, não volta ao Brasil e precisa fazer quarentena nos Estados Unidos. Em dólar.

Com tudo em mãos, no aeroporto, possivelmente você encontrará muitas filas. Uma das razões é porque, depois da espera no check-in, cada viajante coloca seu próprio passaporte em uma máquina para ser mapeado. Depois, precisa tirar a máscara em frente a um agente. Em alguns casos, até mesmo o cartão de embarque é escaneado pelo viajante. A regra é evitar ao máximo o contato físico com as pessoas – o que exige mais tempo e faz com que a espera seja longa. No raio X, além de retirar sapatos, casacos, cintos e relógios, é exigido que aparelhos eletrônicos estejam fora de caixas e embalagens.

Após quase duas horas de filas, nada melhor do que embarcar. Só tem um último detalhe: se seu voo for direto ao Brasil, provavelmente haverá falta de lugar para acomodar as malas de mão. Afinal de contas, mesmo com o dólar por volta de R$ 6, os brasileiros não estão economizando nas compras, que são levadas na cabine. Como falei, é preciso paciência.

Novidades

Com o aquecimento do turismo e a abertura de fronteiras, os Estados Unidos têm se movimentado para atrair brasileiros. Mesmo com o dólar a quase R$ 6, os viajantes não perderam o desejo pelo destino e, por isso, companhias aéreas aumentam as rotas e operadoras de viagem se empenham em criar novos roteiros e ofertas para a demanda reprimida.

A região da Flórida, principal rota de férias dos brasileiros, celebra o momento com festas e lançamentos. Além de um calendário de atrações devido ao cinquentenário de Walt Disney World, está previsto para fevereiro o lançamento do parque da personagem Peppa Pig, em Winter Haven. Em março, a Disney terá um hotel dedicado à saga Star Wars e, ainda no primeiro semestre, haverá a abertura do primeiro hotel Four Seasons em Naples, região de Paradise Coast.

Em relação à parte aérea, a novidade vem da Copa Airlines, que inaugurou um voo para Atlanta que conecta o destino a seis cidades brasileiras. Além disso, a companhia já contabiliza 14 voos para os Estados Unidos, incluindo cidades como Chicago, Boston e Miami.  Nova York também ganhou reforço na malha aérea. A Delta Airlines decidiu antecipar de fevereiro de 2022 para dezembro a retomada dos voos que saem de São Paulo. As viagens iniciaram com três frequências semanais. Passarão a quatro voos entre 21 de fevereiro e 26 de março e cinco vezes por semana entre 27 de março e 29 de maio. Além disso, a empresa implementou um aplicativo para passageiros no qual é possível realizar check-in, conferir mapas e encontrar formulários obrigatórios para certos destinos.

A abertura do turismo nos Estados Unidos, em dezembro, trouxe uma série de novas exigências aos visitantes que desembarcam no país. Uma delas, entretanto, não consta nos manuais oficiais: a paciência. O país está de portas abertas, com mais voos e novidades. Só que, para ultrapassar fronteiras, você precisará de mais tempo e tolerância a diferentes requisitos, como a checagem de documentos e a euforia dos viajantes.

Vinte dias após a abertura oficial dos Estados Unidos aos turistas, conheci de perto o impacto da pandemia nas viagens internacionais. Com sorriso no rosto e coração batendo a mil, como se fosse minha primeira viagem, cheguei à fila do check-in do Aeroporto de Guarulhos 3h30 antes do meu voo para Atlanta, na Geórgia. Segurando passaporte, comprovante de vacinação, exame de PCR negativado e formulário da companhia aérea, respirei fundo quando vi cerca de 20 pessoas na minha frente na fila.

Funcionários das companhias aéreas conferem documentos obrigatórios para o embarque, o que é mais seguro e exige tempo. Cada viajante aprovado na checagem ganha um selo para ser colado no cartão de embarque como forma de inspeção. Depois que fui atendida, corri para a sala de embarque: não sem antes esperar outras dezenas de pessoas que precisavam passar pelo raio X com as malas de mão.

Na volta, brasileiro deve fazer teste; se der positivo, quarentena deve ser nos EUA com custo em dólar. Foto: Shannon Stapleton/Reuters

Do check-in até a sala de embarque, demorei 1h35 – praticamente o tempo de um voo de Porto Alegre a São Paulo. Por isso, é preciso chegar mais cedo ao aeroporto para voos internacionais, e dobrar a atenção ao viajar com crianças ou com pessoas que precisam de auxílio e não passam nas filas de prioridades. Além da inspeção rigorosa da documentação, viajantes em conexão são chamados na sala de embarque para terem documentos revisados. Quem tem exame com data que ultrapassa o período de um dia corre o risco de não embarcar.

A chegada

Depois de horas de voo, um dos pontos de angústia para quem vai aos Estados Unidos é a imigração. Perguntas como o tempo de permanência no país e propósito da viagem ainda são comuns. Entretanto, os funcionários não costumam pedir exames ou comprovante de vacinação – afinal, as companhias aéreas fizeram a triagem.

Quando desembarquei em Atlanta, por volta das 5h40, fui recebida com tranquilidade por um simpático agente. Pediu para eu tirar a máscara, olhou meu visto de imprensa e comentou que há muito tempo não recebia jornalistas naquele balcão. Carimbou meu passaporte e me desejou boa viagem.

Além da Georgia, passei também pelos Estados da Georgia, Louisiana e Mississippi. Por regra geral, o uso de máscara é opcional nestes locais, especialmente em lugares públicos, assim como a solicitação do comprovante de vacina – geralmente requisitado em museus e restaurantes de grandes cidades. Porém, o uso de máscara é obrigatório nos aeroportos.

Com a retomada do turismo, Nova York ganhou reforço na malha aérea, com voos que partem de São Paulo. Foto: Andrew Kelly/Reuters

Muitas atrações turísticas educadamente indicam o uso da máscara e, inclusive, oferecem o adereço na entrada. Geralmente há adesão.

Na área da gastronomia, alguns restaurantes mantiveram o distanciamento entre as mesas. Em Atlanta, o 9 Mile Station, por exemplo, criou iglus ao ar livre com cobertura de plástico para refeições mais intimistas, que fazem sucesso entre casais e grupos de amigos. É preciso fazer reserva.

O retorno

Depois de curtir a viagem, a maratona nos aeroportos segue a mesma para o regresso. Quer dizer, exige um pouco mais de paciência. Para retornar ao Brasil, são exigidos menos documentos, entre eles, exame negativado de covid e formulário online da Anvisa preenchido. O exame é um verdadeiro teste para a ansiedade, porque se você tiver resultado positivo, não volta ao Brasil e precisa fazer quarentena nos Estados Unidos. Em dólar.

Com tudo em mãos, no aeroporto, possivelmente você encontrará muitas filas. Uma das razões é porque, depois da espera no check-in, cada viajante coloca seu próprio passaporte em uma máquina para ser mapeado. Depois, precisa tirar a máscara em frente a um agente. Em alguns casos, até mesmo o cartão de embarque é escaneado pelo viajante. A regra é evitar ao máximo o contato físico com as pessoas – o que exige mais tempo e faz com que a espera seja longa. No raio X, além de retirar sapatos, casacos, cintos e relógios, é exigido que aparelhos eletrônicos estejam fora de caixas e embalagens.

Após quase duas horas de filas, nada melhor do que embarcar. Só tem um último detalhe: se seu voo for direto ao Brasil, provavelmente haverá falta de lugar para acomodar as malas de mão. Afinal de contas, mesmo com o dólar por volta de R$ 6, os brasileiros não estão economizando nas compras, que são levadas na cabine. Como falei, é preciso paciência.

Novidades

Com o aquecimento do turismo e a abertura de fronteiras, os Estados Unidos têm se movimentado para atrair brasileiros. Mesmo com o dólar a quase R$ 6, os viajantes não perderam o desejo pelo destino e, por isso, companhias aéreas aumentam as rotas e operadoras de viagem se empenham em criar novos roteiros e ofertas para a demanda reprimida.

A região da Flórida, principal rota de férias dos brasileiros, celebra o momento com festas e lançamentos. Além de um calendário de atrações devido ao cinquentenário de Walt Disney World, está previsto para fevereiro o lançamento do parque da personagem Peppa Pig, em Winter Haven. Em março, a Disney terá um hotel dedicado à saga Star Wars e, ainda no primeiro semestre, haverá a abertura do primeiro hotel Four Seasons em Naples, região de Paradise Coast.

Em relação à parte aérea, a novidade vem da Copa Airlines, que inaugurou um voo para Atlanta que conecta o destino a seis cidades brasileiras. Além disso, a companhia já contabiliza 14 voos para os Estados Unidos, incluindo cidades como Chicago, Boston e Miami.  Nova York também ganhou reforço na malha aérea. A Delta Airlines decidiu antecipar de fevereiro de 2022 para dezembro a retomada dos voos que saem de São Paulo. As viagens iniciaram com três frequências semanais. Passarão a quatro voos entre 21 de fevereiro e 26 de março e cinco vezes por semana entre 27 de março e 29 de maio. Além disso, a empresa implementou um aplicativo para passageiros no qual é possível realizar check-in, conferir mapas e encontrar formulários obrigatórios para certos destinos.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.