Turismo de luxo, hotelaria e novas tendências do mercado de viagens e turismo

Como a pandemia fortaleceu o nomadismo digital


Por Mari Campos

A gente já sabe que a pandemia da Covid-19 mudou nossas vidas, nosso trabalho e até nosso jeito de viajar para sempre. E uma das transformações mais visíveis no setor turístico durante o período foi estreitar de maneira impensável até o começo de 2020 as fronteiras entre trabalho e lazer. A pandemia fortaleceu, sem dúvidas, o chamado "nomadismo digital".

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O super marketeiro CEO do Airbnb, Brian Chesky, disse recentemente que a pandemia gerou "as mudanças mais profundas no turismo desde a invenção da aviação comercial".Para essa plataforma de aluguéis de temporada o estreitamento das fronteiras entre trabalho e lazer foi tão significativo em seu negócio que Chesky já se apressou em dizer em entrevistas por aí que agora tem "um negócio ligado à moradia e não mais um negócio ligado a turismo".

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Afinal, depois de um par de meses quase sem negócios, foi graças à disseminação do home office durante a pandemia que Chesky viu sua plataforma ganhar vida novamente. Foi graças a gente do mundo inteiro que passou a alugar imóveis de temporada por períodos longos para trabalhar remotamente de outro endereço que ele conseguiu reerguer o Airbnb de maneira muito melhor do que esperava (seu valor de mercado superou os US$ 100 bilhões).

LEIA TAMBÉM: Como o trabalho remoto tem ajudado na recuperação da hotelaria

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Como a pandemia fortaleceu o nomadismo digital

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Viajantes misturando trabalho e lazer hoje já criaram um mercado com potencial de 44 bilhões de novas reservas hoteleiras por ano. Dados da Pnad Covid, divulgados pelo IBGE, apontaram que em novembro de 2020 havia 7,3 milhões de brasileiros trabalhando remotamente. Internacionalmente, as estimativas são que o número de pessoas trabalhando remotamente chegue a 1 bilhão até 2035.

Para muitos de nós, os limites entre viajar, trabalhar e morar estão realmente se misturando demais desde o ano passado. Como jornalista freelancer, faz 17 anos que o home office e o trabalho remoto fazem parte da minha vida. Hoje, esses limites são praticamente inexistentes pra mim - e têm sido assim para cada vez mais gente durante a pandemia.

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A expressão "nômades digitais" sempre me pareceu odiosa porque vendia geralmente uma ideia atrelada de que pra ser feliz era necessário obrigatoriamente "viver viajando" - o que sabemos ser uma baita falácia. Mas agora ela volta a ser intensamente usada, no Brasil e no exterior - felizmente com outro sentido. Afinal, o home office trazido pela pandemia para muita gente está longe de acabar: diversas empresas já anunciaram que não pretendem voltar ao trabalho 100% presencial no pós-pandemia (muitas inclusive já se desfizeram recentemente de escritórios e sedes administrativas).

Por isso mesmo, as estadias prolongadas, seja em hotéis ou em imóveis alugados, vieram com tudo durante a pandemia. Muita gente que está trabalhando em home office (e tem condições financeiras para tal, é claro) descobriu que trabalhar isolada e remotamente a partir de hotéis e imóveis de temporada pode dar um belo refresco às pressões psicológicas trazidas pela pandemia.

LEIA TAMBÉM: O crescimento das estadias prolongadas na pandemia

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A tendência de estadias de longa duração remodelou não apenas os negócios do Airbnb como de boa parte da hotelaria nacional e internacional. Diversas propriedades têm sobrevivido também, graças ao trabalho remoto, com hóspedes que estão se hospedando por períodos cada vez mais longos - e mantendo as taxas de ocupação mais elevadas inclusive durante a semana.

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 Foto: Bondinho do Pão de Açúcar/Divulgação

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Rio de Janeiro também quer ser pólo de nômades digitais

O tal "nomadismo digital" vem dando tão certo que diferentes destinos estão fazendo grandes campanhas internacionais para atrair viajantes interessados em trabalhar remotamente a partir de seus albergues, pousadas, apartamentos, villas e hotéis. Dubai e Ilha da Madeira, por exemplo, criaram durante a pandemia campanhas milionárias para tentar convencer estrangeiros trabalhando remotamente a viver em seus territórios.

LEIA TAMBÉM: Hotéis no Brasil para praticar turismo de isolamento em segurança

Até a cidade do Rio de Janeiro acaba de lançar uma imensa campanha, esperando tornar-se o primeiro polo de "nômades digitais" da América do Sul. A ideia da campanha conjunta da Riotur e da Prefeitura do Rio é convencer viajantes brasileiros e estrangeiros a viajarem para a cidade e se tornarem "moradores temporários", vivendo e trabalhando dali por algum tempo.

Com o slogan "seja carioca pelo tempo que quiser", a campanha Rio Digital Nomads foi lançada oficialmente na semana passada. A prefeitura solicitou ao Conselho Nacional de Imigração que o Brasil crie um visto específico para a entrada de nômades digitais para facilitar esse processo com turistas estrangeiros (atualmente proibidos de trabalhar no país). Escrevi sobre os detalhes e bastidores dessa iniciativa em uma matéria para o UOL - que você pode ler aqui.

Um site criado especialmente para a campanha reúne informações sobre os diversos estabelecimentos parceiros, que incluem desde albergues super econômicos até hotéis de luxo, como o Belmond Copacabana Palace. Ao todo, hoje são 56 hotéis, 14 hostels e 18 espaços de co-working que já aderiram à campanha carioca.

VEJA TAMBÉM: Como é se hospedar no Belmond Copacabana Palace, no Rio de Janeiro

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Chalés Canto do Papagaio, em Aiuruoca. Foto: Mari Campos

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A indústria turística vem se adaptando aos nômades digitais

Desde o começo da pandemia, tenho passado a maior parte do tempo em home office na minha própria casa. Mas tive ótimas experiências também viajando no meu próprio carro e trabalhando remotamente a partir de algumas pousadas, hotéis e imóveis de aluguel de temporada, como venho mostrando em detalhes no meu instagram @maricampos. Contei aqui na coluna recentemente também minha experiência do gênero na bela Casa Turquesa em Paraty.

LEIA TAMBÉM:Pandemia pode transformar o home office em road office. 

A hotelaria teve que se adaptar rapidamente à demanda desse novo perfil de turista a partir do ano passado. Mas até mesmo hotéis e pousadas que tinham zero vocação para "turismo de negócios" vêm sendo bastante bem-sucedidos após criar cantos confortáveis e eficientes de trabalho nos quartos e contratar serviços de internet de alta performance. E criaram também novos serviços e atividades internas, é claro, já que esse tipo de hóspede passa muito mais tempo na acomodação.

A mudança tem sido tão significativa que até mesmo diversos operadores de turismo também têm se dedicado muito mais a esse novo segmento/nicho que não para de crescer. A maioria deles aumentou consideravelmente seus portfólios de produtos, propriedades e serviços com infraestrutura adequada para receber quem quer trabalhar remotamente com qualidade, sem abrir mão dos momentos de lazer e do necessário e incontornável distanciamento social. E a demanda pelo hotel office (ou anywhere office) segue crescente.

Se você está em home office durante a pandemia e ainda não trabalhou remotamente a partir de uma pousada, hotel ou imóvel de temporada, acredite: esse dia chegará em breve.

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A gente já sabe que a pandemia da Covid-19 mudou nossas vidas, nosso trabalho e até nosso jeito de viajar para sempre. E uma das transformações mais visíveis no setor turístico durante o período foi estreitar de maneira impensável até o começo de 2020 as fronteiras entre trabalho e lazer. A pandemia fortaleceu, sem dúvidas, o chamado "nomadismo digital".

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O super marketeiro CEO do Airbnb, Brian Chesky, disse recentemente que a pandemia gerou "as mudanças mais profundas no turismo desde a invenção da aviação comercial".Para essa plataforma de aluguéis de temporada o estreitamento das fronteiras entre trabalho e lazer foi tão significativo em seu negócio que Chesky já se apressou em dizer em entrevistas por aí que agora tem "um negócio ligado à moradia e não mais um negócio ligado a turismo".

Afinal, depois de um par de meses quase sem negócios, foi graças à disseminação do home office durante a pandemia que Chesky viu sua plataforma ganhar vida novamente. Foi graças a gente do mundo inteiro que passou a alugar imóveis de temporada por períodos longos para trabalhar remotamente de outro endereço que ele conseguiu reerguer o Airbnb de maneira muito melhor do que esperava (seu valor de mercado superou os US$ 100 bilhões).

LEIA TAMBÉM: Como o trabalho remoto tem ajudado na recuperação da hotelaria

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Como a pandemia fortaleceu o nomadismo digital

Viajantes misturando trabalho e lazer hoje já criaram um mercado com potencial de 44 bilhões de novas reservas hoteleiras por ano. Dados da Pnad Covid, divulgados pelo IBGE, apontaram que em novembro de 2020 havia 7,3 milhões de brasileiros trabalhando remotamente. Internacionalmente, as estimativas são que o número de pessoas trabalhando remotamente chegue a 1 bilhão até 2035.

Para muitos de nós, os limites entre viajar, trabalhar e morar estão realmente se misturando demais desde o ano passado. Como jornalista freelancer, faz 17 anos que o home office e o trabalho remoto fazem parte da minha vida. Hoje, esses limites são praticamente inexistentes pra mim - e têm sido assim para cada vez mais gente durante a pandemia.

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A expressão "nômades digitais" sempre me pareceu odiosa porque vendia geralmente uma ideia atrelada de que pra ser feliz era necessário obrigatoriamente "viver viajando" - o que sabemos ser uma baita falácia. Mas agora ela volta a ser intensamente usada, no Brasil e no exterior - felizmente com outro sentido. Afinal, o home office trazido pela pandemia para muita gente está longe de acabar: diversas empresas já anunciaram que não pretendem voltar ao trabalho 100% presencial no pós-pandemia (muitas inclusive já se desfizeram recentemente de escritórios e sedes administrativas).

Por isso mesmo, as estadias prolongadas, seja em hotéis ou em imóveis alugados, vieram com tudo durante a pandemia. Muita gente que está trabalhando em home office (e tem condições financeiras para tal, é claro) descobriu que trabalhar isolada e remotamente a partir de hotéis e imóveis de temporada pode dar um belo refresco às pressões psicológicas trazidas pela pandemia.

LEIA TAMBÉM: O crescimento das estadias prolongadas na pandemia

A tendência de estadias de longa duração remodelou não apenas os negócios do Airbnb como de boa parte da hotelaria nacional e internacional. Diversas propriedades têm sobrevivido também, graças ao trabalho remoto, com hóspedes que estão se hospedando por períodos cada vez mais longos - e mantendo as taxas de ocupação mais elevadas inclusive durante a semana.

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 Foto: Bondinho do Pão de Açúcar/Divulgação

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Rio de Janeiro também quer ser pólo de nômades digitais

O tal "nomadismo digital" vem dando tão certo que diferentes destinos estão fazendo grandes campanhas internacionais para atrair viajantes interessados em trabalhar remotamente a partir de seus albergues, pousadas, apartamentos, villas e hotéis. Dubai e Ilha da Madeira, por exemplo, criaram durante a pandemia campanhas milionárias para tentar convencer estrangeiros trabalhando remotamente a viver em seus territórios.

LEIA TAMBÉM: Hotéis no Brasil para praticar turismo de isolamento em segurança

Até a cidade do Rio de Janeiro acaba de lançar uma imensa campanha, esperando tornar-se o primeiro polo de "nômades digitais" da América do Sul. A ideia da campanha conjunta da Riotur e da Prefeitura do Rio é convencer viajantes brasileiros e estrangeiros a viajarem para a cidade e se tornarem "moradores temporários", vivendo e trabalhando dali por algum tempo.

Com o slogan "seja carioca pelo tempo que quiser", a campanha Rio Digital Nomads foi lançada oficialmente na semana passada. A prefeitura solicitou ao Conselho Nacional de Imigração que o Brasil crie um visto específico para a entrada de nômades digitais para facilitar esse processo com turistas estrangeiros (atualmente proibidos de trabalhar no país). Escrevi sobre os detalhes e bastidores dessa iniciativa em uma matéria para o UOL - que você pode ler aqui.

Um site criado especialmente para a campanha reúne informações sobre os diversos estabelecimentos parceiros, que incluem desde albergues super econômicos até hotéis de luxo, como o Belmond Copacabana Palace. Ao todo, hoje são 56 hotéis, 14 hostels e 18 espaços de co-working que já aderiram à campanha carioca.

VEJA TAMBÉM: Como é se hospedar no Belmond Copacabana Palace, no Rio de Janeiro

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Chalés Canto do Papagaio, em Aiuruoca. Foto: Mari Campos

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A indústria turística vem se adaptando aos nômades digitais

Desde o começo da pandemia, tenho passado a maior parte do tempo em home office na minha própria casa. Mas tive ótimas experiências também viajando no meu próprio carro e trabalhando remotamente a partir de algumas pousadas, hotéis e imóveis de aluguel de temporada, como venho mostrando em detalhes no meu instagram @maricampos. Contei aqui na coluna recentemente também minha experiência do gênero na bela Casa Turquesa em Paraty.

LEIA TAMBÉM:Pandemia pode transformar o home office em road office. 

A hotelaria teve que se adaptar rapidamente à demanda desse novo perfil de turista a partir do ano passado. Mas até mesmo hotéis e pousadas que tinham zero vocação para "turismo de negócios" vêm sendo bastante bem-sucedidos após criar cantos confortáveis e eficientes de trabalho nos quartos e contratar serviços de internet de alta performance. E criaram também novos serviços e atividades internas, é claro, já que esse tipo de hóspede passa muito mais tempo na acomodação.

A mudança tem sido tão significativa que até mesmo diversos operadores de turismo também têm se dedicado muito mais a esse novo segmento/nicho que não para de crescer. A maioria deles aumentou consideravelmente seus portfólios de produtos, propriedades e serviços com infraestrutura adequada para receber quem quer trabalhar remotamente com qualidade, sem abrir mão dos momentos de lazer e do necessário e incontornável distanciamento social. E a demanda pelo hotel office (ou anywhere office) segue crescente.

Se você está em home office durante a pandemia e ainda não trabalhou remotamente a partir de uma pousada, hotel ou imóvel de temporada, acredite: esse dia chegará em breve.

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A gente já sabe que a pandemia da Covid-19 mudou nossas vidas, nosso trabalho e até nosso jeito de viajar para sempre. E uma das transformações mais visíveis no setor turístico durante o período foi estreitar de maneira impensável até o começo de 2020 as fronteiras entre trabalho e lazer. A pandemia fortaleceu, sem dúvidas, o chamado "nomadismo digital".

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O super marketeiro CEO do Airbnb, Brian Chesky, disse recentemente que a pandemia gerou "as mudanças mais profundas no turismo desde a invenção da aviação comercial".Para essa plataforma de aluguéis de temporada o estreitamento das fronteiras entre trabalho e lazer foi tão significativo em seu negócio que Chesky já se apressou em dizer em entrevistas por aí que agora tem "um negócio ligado à moradia e não mais um negócio ligado a turismo".

Afinal, depois de um par de meses quase sem negócios, foi graças à disseminação do home office durante a pandemia que Chesky viu sua plataforma ganhar vida novamente. Foi graças a gente do mundo inteiro que passou a alugar imóveis de temporada por períodos longos para trabalhar remotamente de outro endereço que ele conseguiu reerguer o Airbnb de maneira muito melhor do que esperava (seu valor de mercado superou os US$ 100 bilhões).

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Viajantes misturando trabalho e lazer hoje já criaram um mercado com potencial de 44 bilhões de novas reservas hoteleiras por ano. Dados da Pnad Covid, divulgados pelo IBGE, apontaram que em novembro de 2020 havia 7,3 milhões de brasileiros trabalhando remotamente. Internacionalmente, as estimativas são que o número de pessoas trabalhando remotamente chegue a 1 bilhão até 2035.

Para muitos de nós, os limites entre viajar, trabalhar e morar estão realmente se misturando demais desde o ano passado. Como jornalista freelancer, faz 17 anos que o home office e o trabalho remoto fazem parte da minha vida. Hoje, esses limites são praticamente inexistentes pra mim - e têm sido assim para cada vez mais gente durante a pandemia.

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A expressão "nômades digitais" sempre me pareceu odiosa porque vendia geralmente uma ideia atrelada de que pra ser feliz era necessário obrigatoriamente "viver viajando" - o que sabemos ser uma baita falácia. Mas agora ela volta a ser intensamente usada, no Brasil e no exterior - felizmente com outro sentido. Afinal, o home office trazido pela pandemia para muita gente está longe de acabar: diversas empresas já anunciaram que não pretendem voltar ao trabalho 100% presencial no pós-pandemia (muitas inclusive já se desfizeram recentemente de escritórios e sedes administrativas).

Por isso mesmo, as estadias prolongadas, seja em hotéis ou em imóveis alugados, vieram com tudo durante a pandemia. Muita gente que está trabalhando em home office (e tem condições financeiras para tal, é claro) descobriu que trabalhar isolada e remotamente a partir de hotéis e imóveis de temporada pode dar um belo refresco às pressões psicológicas trazidas pela pandemia.

LEIA TAMBÉM: O crescimento das estadias prolongadas na pandemia

A tendência de estadias de longa duração remodelou não apenas os negócios do Airbnb como de boa parte da hotelaria nacional e internacional. Diversas propriedades têm sobrevivido também, graças ao trabalho remoto, com hóspedes que estão se hospedando por períodos cada vez mais longos - e mantendo as taxas de ocupação mais elevadas inclusive durante a semana.

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Rio de Janeiro também quer ser pólo de nômades digitais

O tal "nomadismo digital" vem dando tão certo que diferentes destinos estão fazendo grandes campanhas internacionais para atrair viajantes interessados em trabalhar remotamente a partir de seus albergues, pousadas, apartamentos, villas e hotéis. Dubai e Ilha da Madeira, por exemplo, criaram durante a pandemia campanhas milionárias para tentar convencer estrangeiros trabalhando remotamente a viver em seus territórios.

LEIA TAMBÉM: Hotéis no Brasil para praticar turismo de isolamento em segurança

Até a cidade do Rio de Janeiro acaba de lançar uma imensa campanha, esperando tornar-se o primeiro polo de "nômades digitais" da América do Sul. A ideia da campanha conjunta da Riotur e da Prefeitura do Rio é convencer viajantes brasileiros e estrangeiros a viajarem para a cidade e se tornarem "moradores temporários", vivendo e trabalhando dali por algum tempo.

Com o slogan "seja carioca pelo tempo que quiser", a campanha Rio Digital Nomads foi lançada oficialmente na semana passada. A prefeitura solicitou ao Conselho Nacional de Imigração que o Brasil crie um visto específico para a entrada de nômades digitais para facilitar esse processo com turistas estrangeiros (atualmente proibidos de trabalhar no país). Escrevi sobre os detalhes e bastidores dessa iniciativa em uma matéria para o UOL - que você pode ler aqui.

Um site criado especialmente para a campanha reúne informações sobre os diversos estabelecimentos parceiros, que incluem desde albergues super econômicos até hotéis de luxo, como o Belmond Copacabana Palace. Ao todo, hoje são 56 hotéis, 14 hostels e 18 espaços de co-working que já aderiram à campanha carioca.

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Chalés Canto do Papagaio, em Aiuruoca. Foto: Mari Campos

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A indústria turística vem se adaptando aos nômades digitais

Desde o começo da pandemia, tenho passado a maior parte do tempo em home office na minha própria casa. Mas tive ótimas experiências também viajando no meu próprio carro e trabalhando remotamente a partir de algumas pousadas, hotéis e imóveis de aluguel de temporada, como venho mostrando em detalhes no meu instagram @maricampos. Contei aqui na coluna recentemente também minha experiência do gênero na bela Casa Turquesa em Paraty.

LEIA TAMBÉM:Pandemia pode transformar o home office em road office. 

A hotelaria teve que se adaptar rapidamente à demanda desse novo perfil de turista a partir do ano passado. Mas até mesmo hotéis e pousadas que tinham zero vocação para "turismo de negócios" vêm sendo bastante bem-sucedidos após criar cantos confortáveis e eficientes de trabalho nos quartos e contratar serviços de internet de alta performance. E criaram também novos serviços e atividades internas, é claro, já que esse tipo de hóspede passa muito mais tempo na acomodação.

A mudança tem sido tão significativa que até mesmo diversos operadores de turismo também têm se dedicado muito mais a esse novo segmento/nicho que não para de crescer. A maioria deles aumentou consideravelmente seus portfólios de produtos, propriedades e serviços com infraestrutura adequada para receber quem quer trabalhar remotamente com qualidade, sem abrir mão dos momentos de lazer e do necessário e incontornável distanciamento social. E a demanda pelo hotel office (ou anywhere office) segue crescente.

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