Turismo de luxo, hotelaria e novas tendências do mercado de viagens e turismo

Nothing-cation: a tendência de viajar para não fazer nada


Por Mari Campos

Foram muitas as tendências do turismo e da hospitalidade que se fortaleceram desde o início da pandemia e seguem em alta - principalmente no mercado de luxo. Staycation, slow travel, anywhere office, revenge travel. Mas uma delas só começou a ganhar força no mercado internacional na virada de 2023 - e surpreendentemente continua crescendo a todo vapor em alguns mercados. Nothing-cation: a tendência de viajar para não fazer nada.

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A onda da nothing-cation é não é exatamente nova, obviamente. Afinal, quantos de nós já tiramos férias para realmente descansar, sem planos ou obrigações, ao longo dos anos, não é mesmo?

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Mas, em tempos de busca constante por bem-estar e tranquilidade,a ideia agora vem abocanhando mais adeptos em diferentes nichos do turismo que querem realmente viajar em férias focando em real descanso e relaxamento, sem compromissos pré-definidos nem "obrigações turísticas" no destino visitado, para voltarem de fato mais descansados do que foram. 

O crescimento da tendência das nothing-cations vem sendo impulsionado por campanhas online de alguns hotéis, lodges, resorts e até grandes redes de hospitalidade, que viram aí também a chance de manterem seus hóspedes dentro de suas propriedades por mais tempo - e, consequentemente, gastando mais por ali.

LEIA TAMBÉM: Movimento do slow travel retorna ainda mais forte

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Spa com vista pode ser pretexto para uma nothing-cation no St Regis Mexico City. Foto: Mari Campos

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O que é uma Nothing-cation

Uma Nothing-cation (em tradução livre, "férias para fazer nada") é uma viagem de férias que prioriza que o viajante relaxe, durma bem e busque ações de autocuidado em geral para voltar pra casa realmente revigorado.

As viagens desse estilo para grandes resorts e destinos de praia em geral são obviamente as favoritas. Afinal, nada como dias de completo ócio à beira-mar para repor a energia e acalmar qualquer tipo de estresse, não é mesmo? Ou aquela dura dúvida viajante "praia ou piscina hoje?",que também sempre cai bem. 

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Em sequência vêem as propriedades nas montanhas ou imersas em qualquer cenário imerso em natureza arrebatadora - até porque o chamado "banho verde" (ou "banho de floresta") também tem benefícios comprovados para quem busca estados de relaxamento e anti-stress.

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Six Senses Douro Valley. Foto: Mari Campos
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Ainda assim, grandes redes hoteleiras, como a Marriott International, estão tentando promover "nothing-cations" também para seus hotéis em grandes metrópoles e capitais internacionais. É preciso cuidado, é claro; mas hotéis urbanos podem, sim, ter sucesso nessa empreitada entre viajantes que já conhecem muito bem o destino visitado de viagens anteriores.

Em cenários muito urbanos, quanto mais opções gastronômicas e de lazer oferecer, e mais experiências in-house souber criar, mais chances um hotel tem de conquistar esse tipo de hóspede de lazer da nothing-cation. 

Mas olho: se a propriedade em questão não tiver recursos/opções. experiências suficientes para manter o hóspede bem descansado, bem alimentado e entretido sempre que quiser, fica difícil se adaptar à nova tendência - e muitos hotéis não andam se atentando a isso, inclusive no mercado de luxo.

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LEIA TAMBÉM: Trends Report: tendências de viagem para 2024

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Detalhe do Trivvu, restaurante do W Mexico City. Foto: Mari Campos

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Férias para não fazer nada

Se antes muita gente tirava férias para fazer o máximo de coisas e visitar o máximo de atrações possível a cada dia, é interessante ver o movimento das nothing-cations crescer tanto neste ano no mundo todo. Um levantamento da Expedia afirma que mais de 1/4 dos britânicos entrevistados andam escolhendo viajar para não fazer absolutamente nada.

No Canadá a coisa aparentemente vai mais longe: 93% dos entrevistados no levantamento disseram planejar "fazer nada" nas próximas férias - principalmente se elas envolverem o período das festas de fim de ano, apontado por eles como fonte constante de estresse.

Para algumas pessoas, a ideia de "tirar o máximo proveito das férias" anda significando paradoxalmente fazer cada vez menos coisas nelas. E mais: 68% dos entrevistados no levantamento dizem se sentir renovados e recarregados após fazerem "muitos nadas" numa viagem de férias.

LEIA TAMBÉM: As inaugurações hoteleiras mais esperadas de 2023

 Foto: Mari Campos

Por outro lado, cerca de 15% dos entrevistados dizem que se sentiriam "culpados" se realmente não fizessem nada durante suas viagens de férias - principalmente se estas viagens incluírem grandes investimentos e destinos no exterior.

Por enquanto, as nothing-cations em destinos nacionais, mais próximos de casa e com investimentos menos polpudos, parecem ainda ser a opção mais aceita pela maioria dos viajantes, independentemente da origem. 

Em tempos de slow travel tão fortalecida, as nothing-cations começam a ganhar mais espaço no Brasil também, e muitos consultores de viagem já começam a aconselhar seus clientes a viajarem para efetivamente descansarem e se re-energizarem, ocupando cada vez menos seus dias com visitas e programações engessadas.

Uma grande sacada,mais democrática e "conciliadora", é tirar pelo menos um "day off"  - mas realmente off - ao longo da viagem; e eis aí uma ideia que eu, pessoalmente, há muitos anos venho tentando manter como regra em minhas viagens pessoais - e também em algumas a trabalho, sempre que consigo esticar. 

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Foram muitas as tendências do turismo e da hospitalidade que se fortaleceram desde o início da pandemia e seguem em alta - principalmente no mercado de luxo. Staycation, slow travel, anywhere office, revenge travel. Mas uma delas só começou a ganhar força no mercado internacional na virada de 2023 - e surpreendentemente continua crescendo a todo vapor em alguns mercados. Nothing-cation: a tendência de viajar para não fazer nada.

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A onda da nothing-cation é não é exatamente nova, obviamente. Afinal, quantos de nós já tiramos férias para realmente descansar, sem planos ou obrigações, ao longo dos anos, não é mesmo?

Mas, em tempos de busca constante por bem-estar e tranquilidade,a ideia agora vem abocanhando mais adeptos em diferentes nichos do turismo que querem realmente viajar em férias focando em real descanso e relaxamento, sem compromissos pré-definidos nem "obrigações turísticas" no destino visitado, para voltarem de fato mais descansados do que foram. 

O crescimento da tendência das nothing-cations vem sendo impulsionado por campanhas online de alguns hotéis, lodges, resorts e até grandes redes de hospitalidade, que viram aí também a chance de manterem seus hóspedes dentro de suas propriedades por mais tempo - e, consequentemente, gastando mais por ali.

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Spa com vista pode ser pretexto para uma nothing-cation no St Regis Mexico City. Foto: Mari Campos

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O que é uma Nothing-cation

Uma Nothing-cation (em tradução livre, "férias para fazer nada") é uma viagem de férias que prioriza que o viajante relaxe, durma bem e busque ações de autocuidado em geral para voltar pra casa realmente revigorado.

As viagens desse estilo para grandes resorts e destinos de praia em geral são obviamente as favoritas. Afinal, nada como dias de completo ócio à beira-mar para repor a energia e acalmar qualquer tipo de estresse, não é mesmo? Ou aquela dura dúvida viajante "praia ou piscina hoje?",que também sempre cai bem. 

Em sequência vêem as propriedades nas montanhas ou imersas em qualquer cenário imerso em natureza arrebatadora - até porque o chamado "banho verde" (ou "banho de floresta") também tem benefícios comprovados para quem busca estados de relaxamento e anti-stress.

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Six Senses Douro Valley. Foto: Mari Campos

Ainda assim, grandes redes hoteleiras, como a Marriott International, estão tentando promover "nothing-cations" também para seus hotéis em grandes metrópoles e capitais internacionais. É preciso cuidado, é claro; mas hotéis urbanos podem, sim, ter sucesso nessa empreitada entre viajantes que já conhecem muito bem o destino visitado de viagens anteriores.

Em cenários muito urbanos, quanto mais opções gastronômicas e de lazer oferecer, e mais experiências in-house souber criar, mais chances um hotel tem de conquistar esse tipo de hóspede de lazer da nothing-cation. 

Mas olho: se a propriedade em questão não tiver recursos/opções. experiências suficientes para manter o hóspede bem descansado, bem alimentado e entretido sempre que quiser, fica difícil se adaptar à nova tendência - e muitos hotéis não andam se atentando a isso, inclusive no mercado de luxo.

LEIA TAMBÉM: Trends Report: tendências de viagem para 2024

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Detalhe do Trivvu, restaurante do W Mexico City. Foto: Mari Campos

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Férias para não fazer nada

Se antes muita gente tirava férias para fazer o máximo de coisas e visitar o máximo de atrações possível a cada dia, é interessante ver o movimento das nothing-cations crescer tanto neste ano no mundo todo. Um levantamento da Expedia afirma que mais de 1/4 dos britânicos entrevistados andam escolhendo viajar para não fazer absolutamente nada.

No Canadá a coisa aparentemente vai mais longe: 93% dos entrevistados no levantamento disseram planejar "fazer nada" nas próximas férias - principalmente se elas envolverem o período das festas de fim de ano, apontado por eles como fonte constante de estresse.

Para algumas pessoas, a ideia de "tirar o máximo proveito das férias" anda significando paradoxalmente fazer cada vez menos coisas nelas. E mais: 68% dos entrevistados no levantamento dizem se sentir renovados e recarregados após fazerem "muitos nadas" numa viagem de férias.

LEIA TAMBÉM: As inaugurações hoteleiras mais esperadas de 2023

 Foto: Mari Campos

Por outro lado, cerca de 15% dos entrevistados dizem que se sentiriam "culpados" se realmente não fizessem nada durante suas viagens de férias - principalmente se estas viagens incluírem grandes investimentos e destinos no exterior.

Por enquanto, as nothing-cations em destinos nacionais, mais próximos de casa e com investimentos menos polpudos, parecem ainda ser a opção mais aceita pela maioria dos viajantes, independentemente da origem. 

Em tempos de slow travel tão fortalecida, as nothing-cations começam a ganhar mais espaço no Brasil também, e muitos consultores de viagem já começam a aconselhar seus clientes a viajarem para efetivamente descansarem e se re-energizarem, ocupando cada vez menos seus dias com visitas e programações engessadas.

Uma grande sacada,mais democrática e "conciliadora", é tirar pelo menos um "day off"  - mas realmente off - ao longo da viagem; e eis aí uma ideia que eu, pessoalmente, há muitos anos venho tentando manter como regra em minhas viagens pessoais - e também em algumas a trabalho, sempre que consigo esticar. 

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Foram muitas as tendências do turismo e da hospitalidade que se fortaleceram desde o início da pandemia e seguem em alta - principalmente no mercado de luxo. Staycation, slow travel, anywhere office, revenge travel. Mas uma delas só começou a ganhar força no mercado internacional na virada de 2023 - e surpreendentemente continua crescendo a todo vapor em alguns mercados. Nothing-cation: a tendência de viajar para não fazer nada.

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A onda da nothing-cation é não é exatamente nova, obviamente. Afinal, quantos de nós já tiramos férias para realmente descansar, sem planos ou obrigações, ao longo dos anos, não é mesmo?

Mas, em tempos de busca constante por bem-estar e tranquilidade,a ideia agora vem abocanhando mais adeptos em diferentes nichos do turismo que querem realmente viajar em férias focando em real descanso e relaxamento, sem compromissos pré-definidos nem "obrigações turísticas" no destino visitado, para voltarem de fato mais descansados do que foram. 

O crescimento da tendência das nothing-cations vem sendo impulsionado por campanhas online de alguns hotéis, lodges, resorts e até grandes redes de hospitalidade, que viram aí também a chance de manterem seus hóspedes dentro de suas propriedades por mais tempo - e, consequentemente, gastando mais por ali.

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Spa com vista pode ser pretexto para uma nothing-cation no St Regis Mexico City. Foto: Mari Campos

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O que é uma Nothing-cation

Uma Nothing-cation (em tradução livre, "férias para fazer nada") é uma viagem de férias que prioriza que o viajante relaxe, durma bem e busque ações de autocuidado em geral para voltar pra casa realmente revigorado.

As viagens desse estilo para grandes resorts e destinos de praia em geral são obviamente as favoritas. Afinal, nada como dias de completo ócio à beira-mar para repor a energia e acalmar qualquer tipo de estresse, não é mesmo? Ou aquela dura dúvida viajante "praia ou piscina hoje?",que também sempre cai bem. 

Em sequência vêem as propriedades nas montanhas ou imersas em qualquer cenário imerso em natureza arrebatadora - até porque o chamado "banho verde" (ou "banho de floresta") também tem benefícios comprovados para quem busca estados de relaxamento e anti-stress.

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Six Senses Douro Valley. Foto: Mari Campos

Ainda assim, grandes redes hoteleiras, como a Marriott International, estão tentando promover "nothing-cations" também para seus hotéis em grandes metrópoles e capitais internacionais. É preciso cuidado, é claro; mas hotéis urbanos podem, sim, ter sucesso nessa empreitada entre viajantes que já conhecem muito bem o destino visitado de viagens anteriores.

Em cenários muito urbanos, quanto mais opções gastronômicas e de lazer oferecer, e mais experiências in-house souber criar, mais chances um hotel tem de conquistar esse tipo de hóspede de lazer da nothing-cation. 

Mas olho: se a propriedade em questão não tiver recursos/opções. experiências suficientes para manter o hóspede bem descansado, bem alimentado e entretido sempre que quiser, fica difícil se adaptar à nova tendência - e muitos hotéis não andam se atentando a isso, inclusive no mercado de luxo.

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Detalhe do Trivvu, restaurante do W Mexico City. Foto: Mari Campos

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Férias para não fazer nada

Se antes muita gente tirava férias para fazer o máximo de coisas e visitar o máximo de atrações possível a cada dia, é interessante ver o movimento das nothing-cations crescer tanto neste ano no mundo todo. Um levantamento da Expedia afirma que mais de 1/4 dos britânicos entrevistados andam escolhendo viajar para não fazer absolutamente nada.

No Canadá a coisa aparentemente vai mais longe: 93% dos entrevistados no levantamento disseram planejar "fazer nada" nas próximas férias - principalmente se elas envolverem o período das festas de fim de ano, apontado por eles como fonte constante de estresse.

Para algumas pessoas, a ideia de "tirar o máximo proveito das férias" anda significando paradoxalmente fazer cada vez menos coisas nelas. E mais: 68% dos entrevistados no levantamento dizem se sentir renovados e recarregados após fazerem "muitos nadas" numa viagem de férias.

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Por outro lado, cerca de 15% dos entrevistados dizem que se sentiriam "culpados" se realmente não fizessem nada durante suas viagens de férias - principalmente se estas viagens incluírem grandes investimentos e destinos no exterior.

Por enquanto, as nothing-cations em destinos nacionais, mais próximos de casa e com investimentos menos polpudos, parecem ainda ser a opção mais aceita pela maioria dos viajantes, independentemente da origem. 

Em tempos de slow travel tão fortalecida, as nothing-cations começam a ganhar mais espaço no Brasil também, e muitos consultores de viagem já começam a aconselhar seus clientes a viajarem para efetivamente descansarem e se re-energizarem, ocupando cada vez menos seus dias com visitas e programações engessadas.

Uma grande sacada,mais democrática e "conciliadora", é tirar pelo menos um "day off"  - mas realmente off - ao longo da viagem; e eis aí uma ideia que eu, pessoalmente, há muitos anos venho tentando manter como regra em minhas viagens pessoais - e também em algumas a trabalho, sempre que consigo esticar. 

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Foram muitas as tendências do turismo e da hospitalidade que se fortaleceram desde o início da pandemia e seguem em alta - principalmente no mercado de luxo. Staycation, slow travel, anywhere office, revenge travel. Mas uma delas só começou a ganhar força no mercado internacional na virada de 2023 - e surpreendentemente continua crescendo a todo vapor em alguns mercados. Nothing-cation: a tendência de viajar para não fazer nada.

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Mas, em tempos de busca constante por bem-estar e tranquilidade,a ideia agora vem abocanhando mais adeptos em diferentes nichos do turismo que querem realmente viajar em férias focando em real descanso e relaxamento, sem compromissos pré-definidos nem "obrigações turísticas" no destino visitado, para voltarem de fato mais descansados do que foram. 

O crescimento da tendência das nothing-cations vem sendo impulsionado por campanhas online de alguns hotéis, lodges, resorts e até grandes redes de hospitalidade, que viram aí também a chance de manterem seus hóspedes dentro de suas propriedades por mais tempo - e, consequentemente, gastando mais por ali.

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Spa com vista pode ser pretexto para uma nothing-cation no St Regis Mexico City. Foto: Mari Campos

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O que é uma Nothing-cation

Uma Nothing-cation (em tradução livre, "férias para fazer nada") é uma viagem de férias que prioriza que o viajante relaxe, durma bem e busque ações de autocuidado em geral para voltar pra casa realmente revigorado.

As viagens desse estilo para grandes resorts e destinos de praia em geral são obviamente as favoritas. Afinal, nada como dias de completo ócio à beira-mar para repor a energia e acalmar qualquer tipo de estresse, não é mesmo? Ou aquela dura dúvida viajante "praia ou piscina hoje?",que também sempre cai bem. 

Em sequência vêem as propriedades nas montanhas ou imersas em qualquer cenário imerso em natureza arrebatadora - até porque o chamado "banho verde" (ou "banho de floresta") também tem benefícios comprovados para quem busca estados de relaxamento e anti-stress.

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Six Senses Douro Valley. Foto: Mari Campos

Ainda assim, grandes redes hoteleiras, como a Marriott International, estão tentando promover "nothing-cations" também para seus hotéis em grandes metrópoles e capitais internacionais. É preciso cuidado, é claro; mas hotéis urbanos podem, sim, ter sucesso nessa empreitada entre viajantes que já conhecem muito bem o destino visitado de viagens anteriores.

Em cenários muito urbanos, quanto mais opções gastronômicas e de lazer oferecer, e mais experiências in-house souber criar, mais chances um hotel tem de conquistar esse tipo de hóspede de lazer da nothing-cation. 

Mas olho: se a propriedade em questão não tiver recursos/opções. experiências suficientes para manter o hóspede bem descansado, bem alimentado e entretido sempre que quiser, fica difícil se adaptar à nova tendência - e muitos hotéis não andam se atentando a isso, inclusive no mercado de luxo.

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Detalhe do Trivvu, restaurante do W Mexico City. Foto: Mari Campos

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Férias para não fazer nada

Se antes muita gente tirava férias para fazer o máximo de coisas e visitar o máximo de atrações possível a cada dia, é interessante ver o movimento das nothing-cations crescer tanto neste ano no mundo todo. Um levantamento da Expedia afirma que mais de 1/4 dos britânicos entrevistados andam escolhendo viajar para não fazer absolutamente nada.

No Canadá a coisa aparentemente vai mais longe: 93% dos entrevistados no levantamento disseram planejar "fazer nada" nas próximas férias - principalmente se elas envolverem o período das festas de fim de ano, apontado por eles como fonte constante de estresse.

Para algumas pessoas, a ideia de "tirar o máximo proveito das férias" anda significando paradoxalmente fazer cada vez menos coisas nelas. E mais: 68% dos entrevistados no levantamento dizem se sentir renovados e recarregados após fazerem "muitos nadas" numa viagem de férias.

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Por outro lado, cerca de 15% dos entrevistados dizem que se sentiriam "culpados" se realmente não fizessem nada durante suas viagens de férias - principalmente se estas viagens incluírem grandes investimentos e destinos no exterior.

Por enquanto, as nothing-cations em destinos nacionais, mais próximos de casa e com investimentos menos polpudos, parecem ainda ser a opção mais aceita pela maioria dos viajantes, independentemente da origem. 

Em tempos de slow travel tão fortalecida, as nothing-cations começam a ganhar mais espaço no Brasil também, e muitos consultores de viagem já começam a aconselhar seus clientes a viajarem para efetivamente descansarem e se re-energizarem, ocupando cada vez menos seus dias com visitas e programações engessadas.

Uma grande sacada,mais democrática e "conciliadora", é tirar pelo menos um "day off"  - mas realmente off - ao longo da viagem; e eis aí uma ideia que eu, pessoalmente, há muitos anos venho tentando manter como regra em minhas viagens pessoais - e também em algumas a trabalho, sempre que consigo esticar. 

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O crescimento da tendência das nothing-cations vem sendo impulsionado por campanhas online de alguns hotéis, lodges, resorts e até grandes redes de hospitalidade, que viram aí também a chance de manterem seus hóspedes dentro de suas propriedades por mais tempo - e, consequentemente, gastando mais por ali.

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Uma Nothing-cation (em tradução livre, "férias para fazer nada") é uma viagem de férias que prioriza que o viajante relaxe, durma bem e busque ações de autocuidado em geral para voltar pra casa realmente revigorado.

As viagens desse estilo para grandes resorts e destinos de praia em geral são obviamente as favoritas. Afinal, nada como dias de completo ócio à beira-mar para repor a energia e acalmar qualquer tipo de estresse, não é mesmo? Ou aquela dura dúvida viajante "praia ou piscina hoje?",que também sempre cai bem. 

Em sequência vêem as propriedades nas montanhas ou imersas em qualquer cenário imerso em natureza arrebatadora - até porque o chamado "banho verde" (ou "banho de floresta") também tem benefícios comprovados para quem busca estados de relaxamento e anti-stress.

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Ainda assim, grandes redes hoteleiras, como a Marriott International, estão tentando promover "nothing-cations" também para seus hotéis em grandes metrópoles e capitais internacionais. É preciso cuidado, é claro; mas hotéis urbanos podem, sim, ter sucesso nessa empreitada entre viajantes que já conhecem muito bem o destino visitado de viagens anteriores.

Em cenários muito urbanos, quanto mais opções gastronômicas e de lazer oferecer, e mais experiências in-house souber criar, mais chances um hotel tem de conquistar esse tipo de hóspede de lazer da nothing-cation. 

Mas olho: se a propriedade em questão não tiver recursos/opções. experiências suficientes para manter o hóspede bem descansado, bem alimentado e entretido sempre que quiser, fica difícil se adaptar à nova tendência - e muitos hotéis não andam se atentando a isso, inclusive no mercado de luxo.

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Se antes muita gente tirava férias para fazer o máximo de coisas e visitar o máximo de atrações possível a cada dia, é interessante ver o movimento das nothing-cations crescer tanto neste ano no mundo todo. Um levantamento da Expedia afirma que mais de 1/4 dos britânicos entrevistados andam escolhendo viajar para não fazer absolutamente nada.

No Canadá a coisa aparentemente vai mais longe: 93% dos entrevistados no levantamento disseram planejar "fazer nada" nas próximas férias - principalmente se elas envolverem o período das festas de fim de ano, apontado por eles como fonte constante de estresse.

Para algumas pessoas, a ideia de "tirar o máximo proveito das férias" anda significando paradoxalmente fazer cada vez menos coisas nelas. E mais: 68% dos entrevistados no levantamento dizem se sentir renovados e recarregados após fazerem "muitos nadas" numa viagem de férias.

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Por outro lado, cerca de 15% dos entrevistados dizem que se sentiriam "culpados" se realmente não fizessem nada durante suas viagens de férias - principalmente se estas viagens incluírem grandes investimentos e destinos no exterior.

Por enquanto, as nothing-cations em destinos nacionais, mais próximos de casa e com investimentos menos polpudos, parecem ainda ser a opção mais aceita pela maioria dos viajantes, independentemente da origem. 

Em tempos de slow travel tão fortalecida, as nothing-cations começam a ganhar mais espaço no Brasil também, e muitos consultores de viagem já começam a aconselhar seus clientes a viajarem para efetivamente descansarem e se re-energizarem, ocupando cada vez menos seus dias com visitas e programações engessadas.

Uma grande sacada,mais democrática e "conciliadora", é tirar pelo menos um "day off"  - mas realmente off - ao longo da viagem; e eis aí uma ideia que eu, pessoalmente, há muitos anos venho tentando manter como regra em minhas viagens pessoais - e também em algumas a trabalho, sempre que consigo esticar. 

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