Turismo de luxo, hotelaria e novas tendências do mercado de viagens e turismo

O coronavírus e a solidariedade no turismo


Por Mari Campos

A gente já sabe que a pandemia atingiu com tudo o turismo no mundo todo. Ao longo deste processo, mais de 100 milhões de empregos no setor devem ser eliminados e atualmente o tráfego aéreo chega a cair estarrecedores 95% no mundo - entre tantos outros efeitos, como o fechamento provisório de tantos hotéis.

Na semana passada, falei na minha coluna sobre hotelaria no Panrotas, a Hotel Inspectors, sobre a importância da indústria hoteleira enfrentar esta fase com foco em solidariedade. De doação de cestas básicas a comunidades dos arredores à cessão de seus quartos ociosos para profissionais da saúde, tem muito hotel, no Brasil e no mundo, fazendo bonito nestes tempos tão duros. E nós seguramente lembraremos destas empresas quando for seguro viajar novamente. Clique aqui para ler mais sobre mudanças no turismo em tempos de pandemia. 

Mas hoje eu quero trazer aqui um caso específico: de lodges e camps de safari na África que estão investindo pesado para manter suas comunidades e a vida selvagem de suas reservas a salvo nestes meses. Com as medidas de quarentena ou lockdown acontecendo quase que no mundo todo, o turismo, que era a principal - quando não a única - renda destes lugares, simplesmente desapareceu. E o desaparecimento dos turistas trouxe de imediato um inesperado efeito: o aumento da ação de caçadores e contrabandistas.

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 Foto: Mari Campos

Duas redes de camps de safáris que eu admiro muito, a Great Plains Conservation e a Gamewatchers Safaris/Porini Camps, estão desde março travando esta dura batalha sem medir esforços. Não demitiram nenhum de seus funcionários e investiram importantes somas para manter não apenas seus funcionários, mas também as comunidades dos seus arredores, seguros e assistidos, incluindo compra de suprimentos médicos e criação de facilidades de emergências médicas. Além disso, nos dois casos, as empresas estão usando seus rangers e equipes de voluntários para manter suas concessões constantemente patrulhadas, impedindo o acesso de caçadores e contrabandistas de marfim. Dereck Joubert, fundador da Great Plains, está pessoalmente atuando nestas patrulhas, tanto por terra (à pé e nos carros de safári do grupo) quanto por ar (utilizando sua aeronave pessoal para sobrevoar constantemente o território).

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Nos dois casos, apesar dos investimentos que estão fazendo, eles precisam agora também da colaboração externa para conseguir custeando tudo isso ao longo de tantos meses sem turistas pela frente. A Great Plains está recendo doações na Great Plains Foundation e no Rhino Without Borders, os dois braços específicos de assistência do grupo - e é possível doar qualquer quantia diretamente em seus websites, com um par de cliques. Já a Gamewatchers Safaris criou a campanha online 'Adopt an Acre', cujas doações começam em 35 dólares - e as doações mais polpudas poderão ser usadas também como crédito de igual valor para futuras hospedagens nas propriedades do grupo até 2022. Dá para ler mais sobre o incrível trabalho que essas duas redes fazem o ano todo em termos de preservação e conservação ambiental e cultural aqui.

Fico na torcida para que mais propriedades se engajem em ações do tipo, o mais rápido possível. E que nós, viajantes, valorizemos cada vez mais os players (propriedades, operadores, serviços) que levem a sério o turismo responsável e sustentável. Eis aí o único turismo possível.

 

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Clique aqui para ler mais sobre mudanças na indústria do turismo com a pandemia da Covid-19.

A gente já sabe que a pandemia atingiu com tudo o turismo no mundo todo. Ao longo deste processo, mais de 100 milhões de empregos no setor devem ser eliminados e atualmente o tráfego aéreo chega a cair estarrecedores 95% no mundo - entre tantos outros efeitos, como o fechamento provisório de tantos hotéis.

Na semana passada, falei na minha coluna sobre hotelaria no Panrotas, a Hotel Inspectors, sobre a importância da indústria hoteleira enfrentar esta fase com foco em solidariedade. De doação de cestas básicas a comunidades dos arredores à cessão de seus quartos ociosos para profissionais da saúde, tem muito hotel, no Brasil e no mundo, fazendo bonito nestes tempos tão duros. E nós seguramente lembraremos destas empresas quando for seguro viajar novamente. Clique aqui para ler mais sobre mudanças no turismo em tempos de pandemia. 

Mas hoje eu quero trazer aqui um caso específico: de lodges e camps de safari na África que estão investindo pesado para manter suas comunidades e a vida selvagem de suas reservas a salvo nestes meses. Com as medidas de quarentena ou lockdown acontecendo quase que no mundo todo, o turismo, que era a principal - quando não a única - renda destes lugares, simplesmente desapareceu. E o desaparecimento dos turistas trouxe de imediato um inesperado efeito: o aumento da ação de caçadores e contrabandistas.

 Foto: Mari Campos

Duas redes de camps de safáris que eu admiro muito, a Great Plains Conservation e a Gamewatchers Safaris/Porini Camps, estão desde março travando esta dura batalha sem medir esforços. Não demitiram nenhum de seus funcionários e investiram importantes somas para manter não apenas seus funcionários, mas também as comunidades dos seus arredores, seguros e assistidos, incluindo compra de suprimentos médicos e criação de facilidades de emergências médicas. Além disso, nos dois casos, as empresas estão usando seus rangers e equipes de voluntários para manter suas concessões constantemente patrulhadas, impedindo o acesso de caçadores e contrabandistas de marfim. Dereck Joubert, fundador da Great Plains, está pessoalmente atuando nestas patrulhas, tanto por terra (à pé e nos carros de safári do grupo) quanto por ar (utilizando sua aeronave pessoal para sobrevoar constantemente o território).

Nos dois casos, apesar dos investimentos que estão fazendo, eles precisam agora também da colaboração externa para conseguir custeando tudo isso ao longo de tantos meses sem turistas pela frente. A Great Plains está recendo doações na Great Plains Foundation e no Rhino Without Borders, os dois braços específicos de assistência do grupo - e é possível doar qualquer quantia diretamente em seus websites, com um par de cliques. Já a Gamewatchers Safaris criou a campanha online 'Adopt an Acre', cujas doações começam em 35 dólares - e as doações mais polpudas poderão ser usadas também como crédito de igual valor para futuras hospedagens nas propriedades do grupo até 2022. Dá para ler mais sobre o incrível trabalho que essas duas redes fazem o ano todo em termos de preservação e conservação ambiental e cultural aqui.

Fico na torcida para que mais propriedades se engajem em ações do tipo, o mais rápido possível. E que nós, viajantes, valorizemos cada vez mais os players (propriedades, operadores, serviços) que levem a sério o turismo responsável e sustentável. Eis aí o único turismo possível.

 

 

Clique aqui para ler mais sobre mudanças na indústria do turismo com a pandemia da Covid-19.

A gente já sabe que a pandemia atingiu com tudo o turismo no mundo todo. Ao longo deste processo, mais de 100 milhões de empregos no setor devem ser eliminados e atualmente o tráfego aéreo chega a cair estarrecedores 95% no mundo - entre tantos outros efeitos, como o fechamento provisório de tantos hotéis.

Na semana passada, falei na minha coluna sobre hotelaria no Panrotas, a Hotel Inspectors, sobre a importância da indústria hoteleira enfrentar esta fase com foco em solidariedade. De doação de cestas básicas a comunidades dos arredores à cessão de seus quartos ociosos para profissionais da saúde, tem muito hotel, no Brasil e no mundo, fazendo bonito nestes tempos tão duros. E nós seguramente lembraremos destas empresas quando for seguro viajar novamente. Clique aqui para ler mais sobre mudanças no turismo em tempos de pandemia. 

Mas hoje eu quero trazer aqui um caso específico: de lodges e camps de safari na África que estão investindo pesado para manter suas comunidades e a vida selvagem de suas reservas a salvo nestes meses. Com as medidas de quarentena ou lockdown acontecendo quase que no mundo todo, o turismo, que era a principal - quando não a única - renda destes lugares, simplesmente desapareceu. E o desaparecimento dos turistas trouxe de imediato um inesperado efeito: o aumento da ação de caçadores e contrabandistas.

 Foto: Mari Campos

Duas redes de camps de safáris que eu admiro muito, a Great Plains Conservation e a Gamewatchers Safaris/Porini Camps, estão desde março travando esta dura batalha sem medir esforços. Não demitiram nenhum de seus funcionários e investiram importantes somas para manter não apenas seus funcionários, mas também as comunidades dos seus arredores, seguros e assistidos, incluindo compra de suprimentos médicos e criação de facilidades de emergências médicas. Além disso, nos dois casos, as empresas estão usando seus rangers e equipes de voluntários para manter suas concessões constantemente patrulhadas, impedindo o acesso de caçadores e contrabandistas de marfim. Dereck Joubert, fundador da Great Plains, está pessoalmente atuando nestas patrulhas, tanto por terra (à pé e nos carros de safári do grupo) quanto por ar (utilizando sua aeronave pessoal para sobrevoar constantemente o território).

Nos dois casos, apesar dos investimentos que estão fazendo, eles precisam agora também da colaboração externa para conseguir custeando tudo isso ao longo de tantos meses sem turistas pela frente. A Great Plains está recendo doações na Great Plains Foundation e no Rhino Without Borders, os dois braços específicos de assistência do grupo - e é possível doar qualquer quantia diretamente em seus websites, com um par de cliques. Já a Gamewatchers Safaris criou a campanha online 'Adopt an Acre', cujas doações começam em 35 dólares - e as doações mais polpudas poderão ser usadas também como crédito de igual valor para futuras hospedagens nas propriedades do grupo até 2022. Dá para ler mais sobre o incrível trabalho que essas duas redes fazem o ano todo em termos de preservação e conservação ambiental e cultural aqui.

Fico na torcida para que mais propriedades se engajem em ações do tipo, o mais rápido possível. E que nós, viajantes, valorizemos cada vez mais os players (propriedades, operadores, serviços) que levem a sério o turismo responsável e sustentável. Eis aí o único turismo possível.

 

 

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