Tóquio


Além dos arranha-céus

Por Redação
Atualização:
Região de YaNeSen tem clima de interior, mas as facilidades encontradas em uma capital cosmopolita como Tóquio Foto: Adriana Moreira/Estadão

Nada resume melhor a atmosfera da capital japonesa do que o cruzamento de Shibuya, menor do que as imagens fazem parecer e até que relativamente calmo quando visitado durante o dia. À noite, especialmente às sextas-feiras e sábados, aquela multidão que já nos acostumamos a ver em milhares de vídeos toma conta do local. Há mais turistas que locais, que gravam vídeos e mais vídeos, tiram selfies e mais selfies de todos os ângulos possíveis.

Tóquio é exatamente isso: apressada, às vezes barulhenta, mas sempre organizada. O bê-á-bá turístico tradicional, além de Shibuya, você certamente já ouviu falar: Akihabara, o distrito dos eletrônicos e dos animes (tem tudo para os fãs, de biscoitos a bonecos); Harajuku, o point dos jovens descolados e da moda “diferentona” – é um barato entrar nas lojinhas e há uma Daiso, onde dá para comprar milhares de lembrancinhas por 100 ienes (US$ 1); o mercado de peixes de Tsukiji, aquele do leilão dos atuns gigantes.

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Não deixe de visitar nenhum deles na sua primeira ida à cidade, especialmente o mercado. Vá de manhã cedo, mas esqueça o leilão, que tem poucos lugares para turistas e filas gigantescas, que começam ainda de madrugada. Chegue por volta das 9h – é só descer na estação de metrô Tsukishijo (na Tsukishi é preciso andar uns 300 metros).

Não há muita diferença de um mercadão municipal – caixotes e carrinhos passando por todos os lados, vendedores vendendo seus produtos e ralhando com turistas que impedem a passagem, água empoçada, trabalhadores sentados comendo marmita. Segui um grupo de turistas para encontrar a área dos pescados, a mais interessante: um mundo de peixes frescos, atuns gigantes, vieiras, ouriços, tudo fresco. Alguns exemplares ficam em aquários improvisados até a hora do abate.

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No entorno, pequenos (ou melhor, minúsculos) restaurantes – alguns não servem mais que 15 pessoas por vez. Às 10 horas da manhã, um deles já tinha uma placa no fim da fila, avisando que não era mais possível atender ninguém daquele ponto em diante. E a espera era longa.

Entrei na fila de um outro restaurante. Tudo objetivo: você fala o número do prato que quer, paga antes de entrar e senta quando chega sua vez, no local determinado pela atendente. Uma placa avisa que não é permitido trazer bebidas de fora e que ali não se vende nenhuma: o chá e a sopa estão incluídos em todos o pratos – o meu levava ainda arroz e atum cru, fresquíssimo e muito bem servido, por US$ 10. 

Para ver uma Tóquio ainda mais autêntica, embora já no radar dos hipsters, siga para YaNeSen (região dos distritos de Yanaka, Nezu e Sendagi). O templo de Nezu tem um jardim repleto de azaleias em maio, e toriis enfileirados à exemplo do Fushimi-Inari de Kyoto (embora em menores proporções, é claro).

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Se você descer na estação Nezu do metrô, siga para Yanaka pelas ruas tortuosas (uma delas, apelidada de Snake por causa de suas curvas), paralelas à avenida principal. É ali que está o verdadeiro tesouro: lojinhas de doce e artesanato, sapateiros e oficinas, casas comuns, bares e restaurantes, frequentados essencialmente por seus moradores. Siga até Yanaka-Ginza para encontrar comidinhas e lojas interessantes – uma delas vende tudo o que se imagina com formato ou estampa de gatinhos.

Mercado de peixes de Tsukishi, em Tóquio Foto: Adriana Moreira/Estadão

Dali, pegamos novamente o metrô. Uma amiga insistiu para que fôssemos ver as árvores de ginkgo no distrito elegante de Gaienmae. Acompanhei, mesmo sem saber direito do que se tratava. No outono, a Avenida Icho Namiki fica interditada para automóveis para que todos possam andar (e tirar milhares de fotos) entre as folhas amarelas que começam a cair. Se sua viagem for em novembro, não deixe de passar por lá.

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OUTROS DESTAQUES

Sky Tree e Tokyo Tower A 634m de altura, a Sky Tree tem dois observatórios, um a 350m e outro a 450m. Vá cedo para ver o Monte Fuji; 3 mil ienes (US$ 30). De 1958, a Tokyo Tower tem observatórios a 150m e a 250m (o segundo está em reforma); 900 ienes (US$ 9). 

Palácio Imperial A muralha e o fosso foi tudo o que restou do Castelo Edo original. Escolha um dia ensolarado para percorrer os belos jardins, com entrada grátis. O atual palácio, de 1968, só é aberto ao público duas vezes por ano: 23 de dezembro (aniversário do imperador) e 2 de janeiro. 

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Asakuja Senso-ji O templo budista fica perto da Sky Tree (visite ambos em um só dia). É o mais popular da cidade – na saída, prove bolachinhas, sorvete frito e outras comidinhas ao longo da Nakamise, espécie de shopping ao ar livre. Vários riquixás se concentram ali e levam a um tour pela região.

Ginza  Gucci, Dior, Louis Vuitton, Sony, Apple, Uniqlo, além de shoppings e galerias refinadas são algumas das lojas do bairro mais chique de Tóquio, com fachadas ultramodernas e telões iluminados. Aos fins de semana, a rua Chuo-dori fica fechada aos automóveis.

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Shimokitazawa  Perto da movimentada área de Shinjuku (repleto de karaokês, lojas e uma estátua do Godzilla), o bairro de Shimokita tem vibe mais descolada, com ruas estreitas de ares antigos, mas frequentado por jovens, com baladas, cafés, brechós, ateliês, bares (izakayas)... 

Região de YaNeSen tem clima de interior, mas as facilidades encontradas em uma capital cosmopolita como Tóquio Foto: Adriana Moreira/Estadão

Nada resume melhor a atmosfera da capital japonesa do que o cruzamento de Shibuya, menor do que as imagens fazem parecer e até que relativamente calmo quando visitado durante o dia. À noite, especialmente às sextas-feiras e sábados, aquela multidão que já nos acostumamos a ver em milhares de vídeos toma conta do local. Há mais turistas que locais, que gravam vídeos e mais vídeos, tiram selfies e mais selfies de todos os ângulos possíveis.

Tóquio é exatamente isso: apressada, às vezes barulhenta, mas sempre organizada. O bê-á-bá turístico tradicional, além de Shibuya, você certamente já ouviu falar: Akihabara, o distrito dos eletrônicos e dos animes (tem tudo para os fãs, de biscoitos a bonecos); Harajuku, o point dos jovens descolados e da moda “diferentona” – é um barato entrar nas lojinhas e há uma Daiso, onde dá para comprar milhares de lembrancinhas por 100 ienes (US$ 1); o mercado de peixes de Tsukiji, aquele do leilão dos atuns gigantes.

Não deixe de visitar nenhum deles na sua primeira ida à cidade, especialmente o mercado. Vá de manhã cedo, mas esqueça o leilão, que tem poucos lugares para turistas e filas gigantescas, que começam ainda de madrugada. Chegue por volta das 9h – é só descer na estação de metrô Tsukishijo (na Tsukishi é preciso andar uns 300 metros).

Não há muita diferença de um mercadão municipal – caixotes e carrinhos passando por todos os lados, vendedores vendendo seus produtos e ralhando com turistas que impedem a passagem, água empoçada, trabalhadores sentados comendo marmita. Segui um grupo de turistas para encontrar a área dos pescados, a mais interessante: um mundo de peixes frescos, atuns gigantes, vieiras, ouriços, tudo fresco. Alguns exemplares ficam em aquários improvisados até a hora do abate.

No entorno, pequenos (ou melhor, minúsculos) restaurantes – alguns não servem mais que 15 pessoas por vez. Às 10 horas da manhã, um deles já tinha uma placa no fim da fila, avisando que não era mais possível atender ninguém daquele ponto em diante. E a espera era longa.

Entrei na fila de um outro restaurante. Tudo objetivo: você fala o número do prato que quer, paga antes de entrar e senta quando chega sua vez, no local determinado pela atendente. Uma placa avisa que não é permitido trazer bebidas de fora e que ali não se vende nenhuma: o chá e a sopa estão incluídos em todos o pratos – o meu levava ainda arroz e atum cru, fresquíssimo e muito bem servido, por US$ 10. 

Para ver uma Tóquio ainda mais autêntica, embora já no radar dos hipsters, siga para YaNeSen (região dos distritos de Yanaka, Nezu e Sendagi). O templo de Nezu tem um jardim repleto de azaleias em maio, e toriis enfileirados à exemplo do Fushimi-Inari de Kyoto (embora em menores proporções, é claro).

Se você descer na estação Nezu do metrô, siga para Yanaka pelas ruas tortuosas (uma delas, apelidada de Snake por causa de suas curvas), paralelas à avenida principal. É ali que está o verdadeiro tesouro: lojinhas de doce e artesanato, sapateiros e oficinas, casas comuns, bares e restaurantes, frequentados essencialmente por seus moradores. Siga até Yanaka-Ginza para encontrar comidinhas e lojas interessantes – uma delas vende tudo o que se imagina com formato ou estampa de gatinhos.

Mercado de peixes de Tsukishi, em Tóquio Foto: Adriana Moreira/Estadão

Dali, pegamos novamente o metrô. Uma amiga insistiu para que fôssemos ver as árvores de ginkgo no distrito elegante de Gaienmae. Acompanhei, mesmo sem saber direito do que se tratava. No outono, a Avenida Icho Namiki fica interditada para automóveis para que todos possam andar (e tirar milhares de fotos) entre as folhas amarelas que começam a cair. Se sua viagem for em novembro, não deixe de passar por lá.

OUTROS DESTAQUES

Sky Tree e Tokyo Tower A 634m de altura, a Sky Tree tem dois observatórios, um a 350m e outro a 450m. Vá cedo para ver o Monte Fuji; 3 mil ienes (US$ 30). De 1958, a Tokyo Tower tem observatórios a 150m e a 250m (o segundo está em reforma); 900 ienes (US$ 9). 

Palácio Imperial A muralha e o fosso foi tudo o que restou do Castelo Edo original. Escolha um dia ensolarado para percorrer os belos jardins, com entrada grátis. O atual palácio, de 1968, só é aberto ao público duas vezes por ano: 23 de dezembro (aniversário do imperador) e 2 de janeiro. 

Asakuja Senso-ji O templo budista fica perto da Sky Tree (visite ambos em um só dia). É o mais popular da cidade – na saída, prove bolachinhas, sorvete frito e outras comidinhas ao longo da Nakamise, espécie de shopping ao ar livre. Vários riquixás se concentram ali e levam a um tour pela região.

Ginza  Gucci, Dior, Louis Vuitton, Sony, Apple, Uniqlo, além de shoppings e galerias refinadas são algumas das lojas do bairro mais chique de Tóquio, com fachadas ultramodernas e telões iluminados. Aos fins de semana, a rua Chuo-dori fica fechada aos automóveis.

Shimokitazawa  Perto da movimentada área de Shinjuku (repleto de karaokês, lojas e uma estátua do Godzilla), o bairro de Shimokita tem vibe mais descolada, com ruas estreitas de ares antigos, mas frequentado por jovens, com baladas, cafés, brechós, ateliês, bares (izakayas)... 

Região de YaNeSen tem clima de interior, mas as facilidades encontradas em uma capital cosmopolita como Tóquio Foto: Adriana Moreira/Estadão

Nada resume melhor a atmosfera da capital japonesa do que o cruzamento de Shibuya, menor do que as imagens fazem parecer e até que relativamente calmo quando visitado durante o dia. À noite, especialmente às sextas-feiras e sábados, aquela multidão que já nos acostumamos a ver em milhares de vídeos toma conta do local. Há mais turistas que locais, que gravam vídeos e mais vídeos, tiram selfies e mais selfies de todos os ângulos possíveis.

Tóquio é exatamente isso: apressada, às vezes barulhenta, mas sempre organizada. O bê-á-bá turístico tradicional, além de Shibuya, você certamente já ouviu falar: Akihabara, o distrito dos eletrônicos e dos animes (tem tudo para os fãs, de biscoitos a bonecos); Harajuku, o point dos jovens descolados e da moda “diferentona” – é um barato entrar nas lojinhas e há uma Daiso, onde dá para comprar milhares de lembrancinhas por 100 ienes (US$ 1); o mercado de peixes de Tsukiji, aquele do leilão dos atuns gigantes.

Não deixe de visitar nenhum deles na sua primeira ida à cidade, especialmente o mercado. Vá de manhã cedo, mas esqueça o leilão, que tem poucos lugares para turistas e filas gigantescas, que começam ainda de madrugada. Chegue por volta das 9h – é só descer na estação de metrô Tsukishijo (na Tsukishi é preciso andar uns 300 metros).

Não há muita diferença de um mercadão municipal – caixotes e carrinhos passando por todos os lados, vendedores vendendo seus produtos e ralhando com turistas que impedem a passagem, água empoçada, trabalhadores sentados comendo marmita. Segui um grupo de turistas para encontrar a área dos pescados, a mais interessante: um mundo de peixes frescos, atuns gigantes, vieiras, ouriços, tudo fresco. Alguns exemplares ficam em aquários improvisados até a hora do abate.

No entorno, pequenos (ou melhor, minúsculos) restaurantes – alguns não servem mais que 15 pessoas por vez. Às 10 horas da manhã, um deles já tinha uma placa no fim da fila, avisando que não era mais possível atender ninguém daquele ponto em diante. E a espera era longa.

Entrei na fila de um outro restaurante. Tudo objetivo: você fala o número do prato que quer, paga antes de entrar e senta quando chega sua vez, no local determinado pela atendente. Uma placa avisa que não é permitido trazer bebidas de fora e que ali não se vende nenhuma: o chá e a sopa estão incluídos em todos o pratos – o meu levava ainda arroz e atum cru, fresquíssimo e muito bem servido, por US$ 10. 

Para ver uma Tóquio ainda mais autêntica, embora já no radar dos hipsters, siga para YaNeSen (região dos distritos de Yanaka, Nezu e Sendagi). O templo de Nezu tem um jardim repleto de azaleias em maio, e toriis enfileirados à exemplo do Fushimi-Inari de Kyoto (embora em menores proporções, é claro).

Se você descer na estação Nezu do metrô, siga para Yanaka pelas ruas tortuosas (uma delas, apelidada de Snake por causa de suas curvas), paralelas à avenida principal. É ali que está o verdadeiro tesouro: lojinhas de doce e artesanato, sapateiros e oficinas, casas comuns, bares e restaurantes, frequentados essencialmente por seus moradores. Siga até Yanaka-Ginza para encontrar comidinhas e lojas interessantes – uma delas vende tudo o que se imagina com formato ou estampa de gatinhos.

Mercado de peixes de Tsukishi, em Tóquio Foto: Adriana Moreira/Estadão

Dali, pegamos novamente o metrô. Uma amiga insistiu para que fôssemos ver as árvores de ginkgo no distrito elegante de Gaienmae. Acompanhei, mesmo sem saber direito do que se tratava. No outono, a Avenida Icho Namiki fica interditada para automóveis para que todos possam andar (e tirar milhares de fotos) entre as folhas amarelas que começam a cair. Se sua viagem for em novembro, não deixe de passar por lá.

OUTROS DESTAQUES

Sky Tree e Tokyo Tower A 634m de altura, a Sky Tree tem dois observatórios, um a 350m e outro a 450m. Vá cedo para ver o Monte Fuji; 3 mil ienes (US$ 30). De 1958, a Tokyo Tower tem observatórios a 150m e a 250m (o segundo está em reforma); 900 ienes (US$ 9). 

Palácio Imperial A muralha e o fosso foi tudo o que restou do Castelo Edo original. Escolha um dia ensolarado para percorrer os belos jardins, com entrada grátis. O atual palácio, de 1968, só é aberto ao público duas vezes por ano: 23 de dezembro (aniversário do imperador) e 2 de janeiro. 

Asakuja Senso-ji O templo budista fica perto da Sky Tree (visite ambos em um só dia). É o mais popular da cidade – na saída, prove bolachinhas, sorvete frito e outras comidinhas ao longo da Nakamise, espécie de shopping ao ar livre. Vários riquixás se concentram ali e levam a um tour pela região.

Ginza  Gucci, Dior, Louis Vuitton, Sony, Apple, Uniqlo, além de shoppings e galerias refinadas são algumas das lojas do bairro mais chique de Tóquio, com fachadas ultramodernas e telões iluminados. Aos fins de semana, a rua Chuo-dori fica fechada aos automóveis.

Shimokitazawa  Perto da movimentada área de Shinjuku (repleto de karaokês, lojas e uma estátua do Godzilla), o bairro de Shimokita tem vibe mais descolada, com ruas estreitas de ares antigos, mas frequentado por jovens, com baladas, cafés, brechós, ateliês, bares (izakayas)... 

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