Percorrendo os rastros do Muro de Berlim, 30 anos depois da queda


Vestígios preservados contam a história da divisão da capital alemã

Por Marina Azaredo
Memorial do Muro de Berlim; no passado, o localera onde cidadãos da Alemanha Oriental morriam tentando escapar para o lado Ocidental Foto: Marina Azaredo

Quem quer ver como realmente era o Muro de Berlim deve rumar para a Bernauer Strasse. Saindo da estação de metrô de mesmo nome, pegue a rua à esquerda e passeie por um longo trecho que já foi “terra de ninguém”. Hoje, o lugar é ocupado por turistas e berlinenses, que aproveitam os dias de sol no gramado. No passado, era onde cidadãos da Alemanha Oriental morriam tentando escapar para o lado Ocidental. 

Uma exposição ao ar livre apresenta fotos e histórias, como as de pessoas que moravam nos prédios próximos ao muro e pularam de suas janelas na tentativa de escapar e a de um soldado do leste que pulou o muro quando ele havia acabado de ser instalado, em agosto de 1961, e ainda era uma cerca de arame farpado.

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LEIA MAIS - A queda do Muro de Berlim nas páginas do Estadão

Do outro lado da rua, em um centro de documentação, há mais informações históricas. O destaque do espaço é a vista que se tem do quinto andar: ali é possível ver o muro como ele era, com um lado mais baixo, outro mais alto, uma faixa de areia no meio, uma torre de observação e os postes de luz.

Uma vez lá, também vale caminhar até a estação Nordbanhof para ver uma exposição sobre as estações fantasmas da época da Guerra Fria. As atuais linhas U6 e U8 do metrô, que começavam no oeste, passavam pelo leste e terminavam no oeste, deixaram de parar nas estações do leste, que ficaram conhecidas como estações fantasma. Os trens apenas diminuíam a velocidade para que os guardas posicionados nas plataformas se certificassem de que não havia fugitivos tentando pegar carona com os trens do oeste.

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Trilhos na estação Schönhauser Allee, em Berlim Foto: © visitBerlin/Wolfgang Scholvien

Aula de história

Um percurso pelo caminho do muro não pode deixar de fora a Bornholmer Strasse, local onde foi aberta a primeira passagem do leste para o oeste, quando, pressionados pela multidão e sem receber nenhuma orientação de seus superiores, os guardas da fronteira liberaram a circulação entre as duas Alemanhas. Mais de cem cerejeiras foram plantadas no local, um presente do Japão para a Alemanha após a reunificação do país.

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Por fim, ao lado da estação Gesundbrunnen, a organização Berliner Unterwelten oferece dois tours que ensinam mais do que muito livro de história. O tour 3 percorre bunkers da Guerra Fria e o tour M fala dos túneis que os cidadãos do leste construíam sob o muro para fugir - durante os anos do muro, 39 túneis levaram pelo menos 254 pessoas do leste para o oeste da Alemanha, de acordo com o país. Ambos valem cada centavo dos € 15 investidos. Se você tiver de escolher apenas uma atração paga sobre esses anos em que Berlim foi dividida, esta é a escolha.

Experiência na fronteira

Traenenpalast (Palácio das Lágrimas);devido às muitas despedidas de familiares e amigos separados pelo muro que aconteceram às suas portas, o local ganhou onome simbólico Foto: © visitBerlin
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Durante os 28 anos em que o muro dividiu Berlim, a estação de Friedrichstrasse era o ponto de passagem para os cidadãos comuns do oeste que visitavam seus parentes no leste. Mais do que a estação em si, o que vale a pena é o Tränenpalast (ou Palácio das Lágrimas), que tem visitação gratuita.

Ali era realizado o controle de passaportes dos visitantes e, devido às muitas despedidas de familiares e amigos separados pelo muro que ocorreram às suas portas, ele ganhou este simbólico nome. Aos passageiros não era permitido levar presentes para os parentes e muito menos livros e revistas. Os controles eram rigorosos.

Em uma exibição gratuita, é possível conhecer as histórias de pessoas que tiveram as vidas afetadas pelo muro, ver objetos históricos e entrar em uma cabine de controle de passaporte. O Tränenpalast é um lugar obrigatório em Berlim para quem quer entender melhor a história do muro. Saí de lá comovida e tentando segurar as minhas próprias lágrimas.

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Na primeira parte do Especial Estadão 30 anos da queda do muro de Berlim, o Cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Axel Zeidler, comenta como foi crescer do lado ocidental e visitar sua família no lado oriental de Berlim e como foram os momentos antecedentes à queda do muro.

Memorial do Muro de Berlim; no passado, o localera onde cidadãos da Alemanha Oriental morriam tentando escapar para o lado Ocidental Foto: Marina Azaredo

Quem quer ver como realmente era o Muro de Berlim deve rumar para a Bernauer Strasse. Saindo da estação de metrô de mesmo nome, pegue a rua à esquerda e passeie por um longo trecho que já foi “terra de ninguém”. Hoje, o lugar é ocupado por turistas e berlinenses, que aproveitam os dias de sol no gramado. No passado, era onde cidadãos da Alemanha Oriental morriam tentando escapar para o lado Ocidental. 

Uma exposição ao ar livre apresenta fotos e histórias, como as de pessoas que moravam nos prédios próximos ao muro e pularam de suas janelas na tentativa de escapar e a de um soldado do leste que pulou o muro quando ele havia acabado de ser instalado, em agosto de 1961, e ainda era uma cerca de arame farpado.

LEIA MAIS - A queda do Muro de Berlim nas páginas do Estadão

Do outro lado da rua, em um centro de documentação, há mais informações históricas. O destaque do espaço é a vista que se tem do quinto andar: ali é possível ver o muro como ele era, com um lado mais baixo, outro mais alto, uma faixa de areia no meio, uma torre de observação e os postes de luz.

Uma vez lá, também vale caminhar até a estação Nordbanhof para ver uma exposição sobre as estações fantasmas da época da Guerra Fria. As atuais linhas U6 e U8 do metrô, que começavam no oeste, passavam pelo leste e terminavam no oeste, deixaram de parar nas estações do leste, que ficaram conhecidas como estações fantasma. Os trens apenas diminuíam a velocidade para que os guardas posicionados nas plataformas se certificassem de que não havia fugitivos tentando pegar carona com os trens do oeste.

Trilhos na estação Schönhauser Allee, em Berlim Foto: © visitBerlin/Wolfgang Scholvien

Aula de história

Um percurso pelo caminho do muro não pode deixar de fora a Bornholmer Strasse, local onde foi aberta a primeira passagem do leste para o oeste, quando, pressionados pela multidão e sem receber nenhuma orientação de seus superiores, os guardas da fronteira liberaram a circulação entre as duas Alemanhas. Mais de cem cerejeiras foram plantadas no local, um presente do Japão para a Alemanha após a reunificação do país.

Por fim, ao lado da estação Gesundbrunnen, a organização Berliner Unterwelten oferece dois tours que ensinam mais do que muito livro de história. O tour 3 percorre bunkers da Guerra Fria e o tour M fala dos túneis que os cidadãos do leste construíam sob o muro para fugir - durante os anos do muro, 39 túneis levaram pelo menos 254 pessoas do leste para o oeste da Alemanha, de acordo com o país. Ambos valem cada centavo dos € 15 investidos. Se você tiver de escolher apenas uma atração paga sobre esses anos em que Berlim foi dividida, esta é a escolha.

Experiência na fronteira

Traenenpalast (Palácio das Lágrimas);devido às muitas despedidas de familiares e amigos separados pelo muro que aconteceram às suas portas, o local ganhou onome simbólico Foto: © visitBerlin

Durante os 28 anos em que o muro dividiu Berlim, a estação de Friedrichstrasse era o ponto de passagem para os cidadãos comuns do oeste que visitavam seus parentes no leste. Mais do que a estação em si, o que vale a pena é o Tränenpalast (ou Palácio das Lágrimas), que tem visitação gratuita.

Ali era realizado o controle de passaportes dos visitantes e, devido às muitas despedidas de familiares e amigos separados pelo muro que ocorreram às suas portas, ele ganhou este simbólico nome. Aos passageiros não era permitido levar presentes para os parentes e muito menos livros e revistas. Os controles eram rigorosos.

Em uma exibição gratuita, é possível conhecer as histórias de pessoas que tiveram as vidas afetadas pelo muro, ver objetos históricos e entrar em uma cabine de controle de passaporte. O Tränenpalast é um lugar obrigatório em Berlim para quem quer entender melhor a história do muro. Saí de lá comovida e tentando segurar as minhas próprias lágrimas.

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Na primeira parte do Especial Estadão 30 anos da queda do muro de Berlim, o Cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Axel Zeidler, comenta como foi crescer do lado ocidental e visitar sua família no lado oriental de Berlim e como foram os momentos antecedentes à queda do muro.

Memorial do Muro de Berlim; no passado, o localera onde cidadãos da Alemanha Oriental morriam tentando escapar para o lado Ocidental Foto: Marina Azaredo

Quem quer ver como realmente era o Muro de Berlim deve rumar para a Bernauer Strasse. Saindo da estação de metrô de mesmo nome, pegue a rua à esquerda e passeie por um longo trecho que já foi “terra de ninguém”. Hoje, o lugar é ocupado por turistas e berlinenses, que aproveitam os dias de sol no gramado. No passado, era onde cidadãos da Alemanha Oriental morriam tentando escapar para o lado Ocidental. 

Uma exposição ao ar livre apresenta fotos e histórias, como as de pessoas que moravam nos prédios próximos ao muro e pularam de suas janelas na tentativa de escapar e a de um soldado do leste que pulou o muro quando ele havia acabado de ser instalado, em agosto de 1961, e ainda era uma cerca de arame farpado.

LEIA MAIS - A queda do Muro de Berlim nas páginas do Estadão

Do outro lado da rua, em um centro de documentação, há mais informações históricas. O destaque do espaço é a vista que se tem do quinto andar: ali é possível ver o muro como ele era, com um lado mais baixo, outro mais alto, uma faixa de areia no meio, uma torre de observação e os postes de luz.

Uma vez lá, também vale caminhar até a estação Nordbanhof para ver uma exposição sobre as estações fantasmas da época da Guerra Fria. As atuais linhas U6 e U8 do metrô, que começavam no oeste, passavam pelo leste e terminavam no oeste, deixaram de parar nas estações do leste, que ficaram conhecidas como estações fantasma. Os trens apenas diminuíam a velocidade para que os guardas posicionados nas plataformas se certificassem de que não havia fugitivos tentando pegar carona com os trens do oeste.

Trilhos na estação Schönhauser Allee, em Berlim Foto: © visitBerlin/Wolfgang Scholvien

Aula de história

Um percurso pelo caminho do muro não pode deixar de fora a Bornholmer Strasse, local onde foi aberta a primeira passagem do leste para o oeste, quando, pressionados pela multidão e sem receber nenhuma orientação de seus superiores, os guardas da fronteira liberaram a circulação entre as duas Alemanhas. Mais de cem cerejeiras foram plantadas no local, um presente do Japão para a Alemanha após a reunificação do país.

Por fim, ao lado da estação Gesundbrunnen, a organização Berliner Unterwelten oferece dois tours que ensinam mais do que muito livro de história. O tour 3 percorre bunkers da Guerra Fria e o tour M fala dos túneis que os cidadãos do leste construíam sob o muro para fugir - durante os anos do muro, 39 túneis levaram pelo menos 254 pessoas do leste para o oeste da Alemanha, de acordo com o país. Ambos valem cada centavo dos € 15 investidos. Se você tiver de escolher apenas uma atração paga sobre esses anos em que Berlim foi dividida, esta é a escolha.

Experiência na fronteira

Traenenpalast (Palácio das Lágrimas);devido às muitas despedidas de familiares e amigos separados pelo muro que aconteceram às suas portas, o local ganhou onome simbólico Foto: © visitBerlin

Durante os 28 anos em que o muro dividiu Berlim, a estação de Friedrichstrasse era o ponto de passagem para os cidadãos comuns do oeste que visitavam seus parentes no leste. Mais do que a estação em si, o que vale a pena é o Tränenpalast (ou Palácio das Lágrimas), que tem visitação gratuita.

Ali era realizado o controle de passaportes dos visitantes e, devido às muitas despedidas de familiares e amigos separados pelo muro que ocorreram às suas portas, ele ganhou este simbólico nome. Aos passageiros não era permitido levar presentes para os parentes e muito menos livros e revistas. Os controles eram rigorosos.

Em uma exibição gratuita, é possível conhecer as histórias de pessoas que tiveram as vidas afetadas pelo muro, ver objetos históricos e entrar em uma cabine de controle de passaporte. O Tränenpalast é um lugar obrigatório em Berlim para quem quer entender melhor a história do muro. Saí de lá comovida e tentando segurar as minhas próprias lágrimas.

Seu navegador não suporta esse video.

Na primeira parte do Especial Estadão 30 anos da queda do muro de Berlim, o Cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Axel Zeidler, comenta como foi crescer do lado ocidental e visitar sua família no lado oriental de Berlim e como foram os momentos antecedentes à queda do muro.

Memorial do Muro de Berlim; no passado, o localera onde cidadãos da Alemanha Oriental morriam tentando escapar para o lado Ocidental Foto: Marina Azaredo

Quem quer ver como realmente era o Muro de Berlim deve rumar para a Bernauer Strasse. Saindo da estação de metrô de mesmo nome, pegue a rua à esquerda e passeie por um longo trecho que já foi “terra de ninguém”. Hoje, o lugar é ocupado por turistas e berlinenses, que aproveitam os dias de sol no gramado. No passado, era onde cidadãos da Alemanha Oriental morriam tentando escapar para o lado Ocidental. 

Uma exposição ao ar livre apresenta fotos e histórias, como as de pessoas que moravam nos prédios próximos ao muro e pularam de suas janelas na tentativa de escapar e a de um soldado do leste que pulou o muro quando ele havia acabado de ser instalado, em agosto de 1961, e ainda era uma cerca de arame farpado.

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Do outro lado da rua, em um centro de documentação, há mais informações históricas. O destaque do espaço é a vista que se tem do quinto andar: ali é possível ver o muro como ele era, com um lado mais baixo, outro mais alto, uma faixa de areia no meio, uma torre de observação e os postes de luz.

Uma vez lá, também vale caminhar até a estação Nordbanhof para ver uma exposição sobre as estações fantasmas da época da Guerra Fria. As atuais linhas U6 e U8 do metrô, que começavam no oeste, passavam pelo leste e terminavam no oeste, deixaram de parar nas estações do leste, que ficaram conhecidas como estações fantasma. Os trens apenas diminuíam a velocidade para que os guardas posicionados nas plataformas se certificassem de que não havia fugitivos tentando pegar carona com os trens do oeste.

Trilhos na estação Schönhauser Allee, em Berlim Foto: © visitBerlin/Wolfgang Scholvien

Aula de história

Um percurso pelo caminho do muro não pode deixar de fora a Bornholmer Strasse, local onde foi aberta a primeira passagem do leste para o oeste, quando, pressionados pela multidão e sem receber nenhuma orientação de seus superiores, os guardas da fronteira liberaram a circulação entre as duas Alemanhas. Mais de cem cerejeiras foram plantadas no local, um presente do Japão para a Alemanha após a reunificação do país.

Por fim, ao lado da estação Gesundbrunnen, a organização Berliner Unterwelten oferece dois tours que ensinam mais do que muito livro de história. O tour 3 percorre bunkers da Guerra Fria e o tour M fala dos túneis que os cidadãos do leste construíam sob o muro para fugir - durante os anos do muro, 39 túneis levaram pelo menos 254 pessoas do leste para o oeste da Alemanha, de acordo com o país. Ambos valem cada centavo dos € 15 investidos. Se você tiver de escolher apenas uma atração paga sobre esses anos em que Berlim foi dividida, esta é a escolha.

Experiência na fronteira

Traenenpalast (Palácio das Lágrimas);devido às muitas despedidas de familiares e amigos separados pelo muro que aconteceram às suas portas, o local ganhou onome simbólico Foto: © visitBerlin

Durante os 28 anos em que o muro dividiu Berlim, a estação de Friedrichstrasse era o ponto de passagem para os cidadãos comuns do oeste que visitavam seus parentes no leste. Mais do que a estação em si, o que vale a pena é o Tränenpalast (ou Palácio das Lágrimas), que tem visitação gratuita.

Ali era realizado o controle de passaportes dos visitantes e, devido às muitas despedidas de familiares e amigos separados pelo muro que ocorreram às suas portas, ele ganhou este simbólico nome. Aos passageiros não era permitido levar presentes para os parentes e muito menos livros e revistas. Os controles eram rigorosos.

Em uma exibição gratuita, é possível conhecer as histórias de pessoas que tiveram as vidas afetadas pelo muro, ver objetos históricos e entrar em uma cabine de controle de passaporte. O Tränenpalast é um lugar obrigatório em Berlim para quem quer entender melhor a história do muro. Saí de lá comovida e tentando segurar as minhas próprias lágrimas.

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Na primeira parte do Especial Estadão 30 anos da queda do muro de Berlim, o Cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Axel Zeidler, comenta como foi crescer do lado ocidental e visitar sua família no lado oriental de Berlim e como foram os momentos antecedentes à queda do muro.

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