Duas jornalistas caem no mundo unindo duas paixões: viajar e ajudar o próximo. Aqui, elas relatam as alegrias, os perrengues e os aprendizados dessa experiência.

Tudo na cabeça delas


Estou em Gana há 15 dias e ainda me sinto chegando aqui. As diferenças estão por todos os lados, aparecem uma atrás da outra. Às vezes, nem processei uma descoberta e já tenho que lidar com a próxima.

Por Bruna Tiussu

A primeira vez que arregalei meus olhos para algo da cultura local foi no táxi, indo do aeroporto de Acra para a casa onde dormi três noites. Era por volta das 19h e fiquei embasbacada ao ver dezenas de mulheres andando entre os carros, na rodovia, naquele breu, com bacias, caixas e sacolas gigantescas equilibradas em suas cabeças.

Ali elas têm de tudo um pouco: frutas, peixe assado, água, refrigerantes, sabão em pó, papel higiênico, sapatos, roupas... coisas para vender. Várias delas ainda levam "grudadas" em suas costas -- numa espécie de "slim" africano -- uma criança. Assim ficam com as mãos livres para fazer a venda de fato.

continua após a publicidade
 Foto: Bruna Tiussu

Meu primeiro pensamento foi: haja costas para esse peso diário. E o segundo: cadê os homens para dividir essa carga? Pois é, até vejo alguns comerciantes no meio da mulherada, também com seus produtos na cabeça, mas é fato que elas são a maioria nessa função. Além de estarem nas ruas, nos locais em que o trânsito é intenso -- praticamente todas as vias principais de Acra e Kumasi --, as mulheres são dominantes nos mercados informais (que ocupam boa parte das calçadas) nos mercados formais (de alguma forma cercados) e nas lojinhas de bairro.

continua após a publicidade
 Foto: Bruna Tiussu

Vira e mexe cruzo ainda com algumas carregando na cabeça baldes cheio d'água até suas casas. Enormes bacias com roupas limpas (ou sujas) também são equilibradas ali. Assim como sacos de carvão, usados para cozinhar. A mais impressionante que vi levava uma pequena-média estante, feita de madeira e vidro, repleta de bijuterias lá dentro. Fiquei torcendo para aparecer algum cliente, queria ver sua habilidade movendo o tal móvel até o chão. Mas não tive essa sorte.

continua após a publicidade
 Foto: Bruna Tiussu

A coisa é tão enraizada na rotina local que as crianças também começam cedo a carregar produtos equilibrados na cabeça. Outro dia, acompanhei uma aula de ciências na primeira série da escola em que sou voluntária e o assunto era "máquinas simples". A professora falou sobre martelo, apontador, chave de fenda, etc. E quando chegou a vez de explicar a função de uma carriola, disse: "Ela serve para transportar tudo aquilo que você não dá conta de levar na cabeça". Achei que faz sentido.

A primeira vez que arregalei meus olhos para algo da cultura local foi no táxi, indo do aeroporto de Acra para a casa onde dormi três noites. Era por volta das 19h e fiquei embasbacada ao ver dezenas de mulheres andando entre os carros, na rodovia, naquele breu, com bacias, caixas e sacolas gigantescas equilibradas em suas cabeças.

Ali elas têm de tudo um pouco: frutas, peixe assado, água, refrigerantes, sabão em pó, papel higiênico, sapatos, roupas... coisas para vender. Várias delas ainda levam "grudadas" em suas costas -- numa espécie de "slim" africano -- uma criança. Assim ficam com as mãos livres para fazer a venda de fato.

 Foto: Bruna Tiussu

Meu primeiro pensamento foi: haja costas para esse peso diário. E o segundo: cadê os homens para dividir essa carga? Pois é, até vejo alguns comerciantes no meio da mulherada, também com seus produtos na cabeça, mas é fato que elas são a maioria nessa função. Além de estarem nas ruas, nos locais em que o trânsito é intenso -- praticamente todas as vias principais de Acra e Kumasi --, as mulheres são dominantes nos mercados informais (que ocupam boa parte das calçadas) nos mercados formais (de alguma forma cercados) e nas lojinhas de bairro.

 Foto: Bruna Tiussu

Vira e mexe cruzo ainda com algumas carregando na cabeça baldes cheio d'água até suas casas. Enormes bacias com roupas limpas (ou sujas) também são equilibradas ali. Assim como sacos de carvão, usados para cozinhar. A mais impressionante que vi levava uma pequena-média estante, feita de madeira e vidro, repleta de bijuterias lá dentro. Fiquei torcendo para aparecer algum cliente, queria ver sua habilidade movendo o tal móvel até o chão. Mas não tive essa sorte.

 Foto: Bruna Tiussu

A coisa é tão enraizada na rotina local que as crianças também começam cedo a carregar produtos equilibrados na cabeça. Outro dia, acompanhei uma aula de ciências na primeira série da escola em que sou voluntária e o assunto era "máquinas simples". A professora falou sobre martelo, apontador, chave de fenda, etc. E quando chegou a vez de explicar a função de uma carriola, disse: "Ela serve para transportar tudo aquilo que você não dá conta de levar na cabeça". Achei que faz sentido.

A primeira vez que arregalei meus olhos para algo da cultura local foi no táxi, indo do aeroporto de Acra para a casa onde dormi três noites. Era por volta das 19h e fiquei embasbacada ao ver dezenas de mulheres andando entre os carros, na rodovia, naquele breu, com bacias, caixas e sacolas gigantescas equilibradas em suas cabeças.

Ali elas têm de tudo um pouco: frutas, peixe assado, água, refrigerantes, sabão em pó, papel higiênico, sapatos, roupas... coisas para vender. Várias delas ainda levam "grudadas" em suas costas -- numa espécie de "slim" africano -- uma criança. Assim ficam com as mãos livres para fazer a venda de fato.

 Foto: Bruna Tiussu

Meu primeiro pensamento foi: haja costas para esse peso diário. E o segundo: cadê os homens para dividir essa carga? Pois é, até vejo alguns comerciantes no meio da mulherada, também com seus produtos na cabeça, mas é fato que elas são a maioria nessa função. Além de estarem nas ruas, nos locais em que o trânsito é intenso -- praticamente todas as vias principais de Acra e Kumasi --, as mulheres são dominantes nos mercados informais (que ocupam boa parte das calçadas) nos mercados formais (de alguma forma cercados) e nas lojinhas de bairro.

 Foto: Bruna Tiussu

Vira e mexe cruzo ainda com algumas carregando na cabeça baldes cheio d'água até suas casas. Enormes bacias com roupas limpas (ou sujas) também são equilibradas ali. Assim como sacos de carvão, usados para cozinhar. A mais impressionante que vi levava uma pequena-média estante, feita de madeira e vidro, repleta de bijuterias lá dentro. Fiquei torcendo para aparecer algum cliente, queria ver sua habilidade movendo o tal móvel até o chão. Mas não tive essa sorte.

 Foto: Bruna Tiussu

A coisa é tão enraizada na rotina local que as crianças também começam cedo a carregar produtos equilibrados na cabeça. Outro dia, acompanhei uma aula de ciências na primeira série da escola em que sou voluntária e o assunto era "máquinas simples". A professora falou sobre martelo, apontador, chave de fenda, etc. E quando chegou a vez de explicar a função de uma carriola, disse: "Ela serve para transportar tudo aquilo que você não dá conta de levar na cabeça". Achei que faz sentido.

A primeira vez que arregalei meus olhos para algo da cultura local foi no táxi, indo do aeroporto de Acra para a casa onde dormi três noites. Era por volta das 19h e fiquei embasbacada ao ver dezenas de mulheres andando entre os carros, na rodovia, naquele breu, com bacias, caixas e sacolas gigantescas equilibradas em suas cabeças.

Ali elas têm de tudo um pouco: frutas, peixe assado, água, refrigerantes, sabão em pó, papel higiênico, sapatos, roupas... coisas para vender. Várias delas ainda levam "grudadas" em suas costas -- numa espécie de "slim" africano -- uma criança. Assim ficam com as mãos livres para fazer a venda de fato.

 Foto: Bruna Tiussu

Meu primeiro pensamento foi: haja costas para esse peso diário. E o segundo: cadê os homens para dividir essa carga? Pois é, até vejo alguns comerciantes no meio da mulherada, também com seus produtos na cabeça, mas é fato que elas são a maioria nessa função. Além de estarem nas ruas, nos locais em que o trânsito é intenso -- praticamente todas as vias principais de Acra e Kumasi --, as mulheres são dominantes nos mercados informais (que ocupam boa parte das calçadas) nos mercados formais (de alguma forma cercados) e nas lojinhas de bairro.

 Foto: Bruna Tiussu

Vira e mexe cruzo ainda com algumas carregando na cabeça baldes cheio d'água até suas casas. Enormes bacias com roupas limpas (ou sujas) também são equilibradas ali. Assim como sacos de carvão, usados para cozinhar. A mais impressionante que vi levava uma pequena-média estante, feita de madeira e vidro, repleta de bijuterias lá dentro. Fiquei torcendo para aparecer algum cliente, queria ver sua habilidade movendo o tal móvel até o chão. Mas não tive essa sorte.

 Foto: Bruna Tiussu

A coisa é tão enraizada na rotina local que as crianças também começam cedo a carregar produtos equilibrados na cabeça. Outro dia, acompanhei uma aula de ciências na primeira série da escola em que sou voluntária e o assunto era "máquinas simples". A professora falou sobre martelo, apontador, chave de fenda, etc. E quando chegou a vez de explicar a função de uma carriola, disse: "Ela serve para transportar tudo aquilo que você não dá conta de levar na cabeça". Achei que faz sentido.

A primeira vez que arregalei meus olhos para algo da cultura local foi no táxi, indo do aeroporto de Acra para a casa onde dormi três noites. Era por volta das 19h e fiquei embasbacada ao ver dezenas de mulheres andando entre os carros, na rodovia, naquele breu, com bacias, caixas e sacolas gigantescas equilibradas em suas cabeças.

Ali elas têm de tudo um pouco: frutas, peixe assado, água, refrigerantes, sabão em pó, papel higiênico, sapatos, roupas... coisas para vender. Várias delas ainda levam "grudadas" em suas costas -- numa espécie de "slim" africano -- uma criança. Assim ficam com as mãos livres para fazer a venda de fato.

 Foto: Bruna Tiussu

Meu primeiro pensamento foi: haja costas para esse peso diário. E o segundo: cadê os homens para dividir essa carga? Pois é, até vejo alguns comerciantes no meio da mulherada, também com seus produtos na cabeça, mas é fato que elas são a maioria nessa função. Além de estarem nas ruas, nos locais em que o trânsito é intenso -- praticamente todas as vias principais de Acra e Kumasi --, as mulheres são dominantes nos mercados informais (que ocupam boa parte das calçadas) nos mercados formais (de alguma forma cercados) e nas lojinhas de bairro.

 Foto: Bruna Tiussu

Vira e mexe cruzo ainda com algumas carregando na cabeça baldes cheio d'água até suas casas. Enormes bacias com roupas limpas (ou sujas) também são equilibradas ali. Assim como sacos de carvão, usados para cozinhar. A mais impressionante que vi levava uma pequena-média estante, feita de madeira e vidro, repleta de bijuterias lá dentro. Fiquei torcendo para aparecer algum cliente, queria ver sua habilidade movendo o tal móvel até o chão. Mas não tive essa sorte.

 Foto: Bruna Tiussu

A coisa é tão enraizada na rotina local que as crianças também começam cedo a carregar produtos equilibrados na cabeça. Outro dia, acompanhei uma aula de ciências na primeira série da escola em que sou voluntária e o assunto era "máquinas simples". A professora falou sobre martelo, apontador, chave de fenda, etc. E quando chegou a vez de explicar a função de uma carriola, disse: "Ela serve para transportar tudo aquilo que você não dá conta de levar na cabeça". Achei que faz sentido.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.