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CPI da Covid: Acompanhe o depoimento de Élcio Franco, ex-secretário de Pazuello

Ex-secretário do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Élcio Franco presta esclarecimentos sobre suas ações na compra de vacinas e de insumos durante a crise sanitária

O coronel Antônio Élcio Franco Filho, ex-secretário executivo de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, é o convocado da CPI da Covid nesta quarta-feira, 9. Élcio Franco começou o seu depoimento destacando o número de pessoas curadas pela covid-19 no Brasil. "Já temos 15,5 milhões de curados, o que mostra a força do SUS". Citar o número de curados é visto por especialistas como pouco efetivo, já que estudos apontam que é possível se reinfectar com a doença, sobretudo com o surgimento de novas variantes. 

 

Questionado pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a negativa na compra da Coronavac, em julho do ano passado, o ex-secretário tentou se justificar dizendo que, na época, ainda havia incerteza sobre o desenvolvimento de vacinas. Sobre o episódio em que o presidente Jair Bolsonaro afirmou ter ordenado o cancelamento da compra da Coronavac, Élcio Franco afirmou que as negociações com o Instituto Butantan nunca

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  • 18h57

    09/06/2021

    O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), encerrou a sessão que ouviu o coronel Élcio Franco. Ele convocou a próxima reunião para esta quinta, 10, às 9h30. A CPI prevê ouvir o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). O governador acionou o Supremo Tribunal Federal para não comparecer à comissão, mas ainda não há uma decisão do tribunal. 

  • 18h30

    09/06/2021

    Governista, Eduardo Girão muda foco e fala de corrupção na Petrobrás

     

    Integrante da base de apoio ao governo, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) usou seu tempo de fala para perguntar sobre dois escândalos de corrupção de gestões anteriores: a Lava Jato e o mensalão. Girão, após elogiar o auxiliar de Pazuello no Ministério da Saúde, pediu uma análise do impacto dos desvios de dinheiro na administração da pasta

     

    "O senhor, que é uma pessoa que tem conhecimento, que já demonstrou ser muito articulado, inteligente, tem como fazer uma análise do custo da corrupção no Brasil? Eu digo até como cidadão e com a experiência que o senhor passou na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde", questionou o senador, citando os dois escândalos, que foram investigados em 2005 no caso do mensação, e a partir de 2014 no caso da Lava Jato, e não envolveram o Ministério da Saúde. 

     

    O coronel aproveitou a deixa para também criticar a corrupção. "A meu ver, a corrupção ceifou vidas. Poderia ter sido utilizado recurso para estruturação da rede de atenção a saúde, hospitais, equipamentos, contratação de profissionais", disse Élcio Franco. Ele também aproveitou a fala para divulgar a quantidade de recursos disponibilizados pelo governo Bolsonaro a Estados e municípios. "Fora o que foi executa

  • 18h17

    09/06/2021

    O coronel Antônio Élcio Franco Filho, ex-secretário executivo de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, durante seu depoimento na CPI da Covid 

     

    Foto: Dida Sampaio/Estadão

    Dida Sampaio/Estadão

  • 16h59

    09/06/2021

    - Heinze diz que Alessandro Vieira foi "antidemocrático" e quer o censurar na CPI 

     

    O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) voltou a fazer, em sua fala na CPI, defesa ao tratamento precoce e ataque ao estudo da Fiocruz no Amazonas. Na terça-feira (8), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) colocou no fim da sessão uma representação contra Heinze, afirmando que ele traz dados errados e notícias falsas à CPI.

     

    Heinze continuou insistindo sobre a "criminalização"do tratamento precoce, mas cita com frequência estudos de 2020, que já foram descontinuados justamente por conta da ineficácia dos medicamentos no tratamento da covid-19. (Isadora Rupp) 

  • 16h05

    09/06/2021

    - Ainda sobre negociação com a Pfizer, senador Randolfe Rodrigues contabilizou 81 e-mails da farmacêutica ao ministério 

     

    O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em pergunta ao coronel Élcio Franco sobre a negociação das vacinas da Pfizer, leu todas as propostas de e-mail da Pfizer ao governo brasileiro: chegou ao número de 81 correspondências. "90% delas sem respostas" falou. 

     

    "Algumas eram respostas de demandas nossas. Outros eram e-mails que mandavam repetidamente ao ministério, com o mesmo conteúdo. Mandar quatro e-mails em um dia com o mesmo conteúdo?", indagou o ex-secretário, que disse que a farmacêutica apresentou em agosto o primeiro memorando de entendimento. "E ele tinha aquelas cláusulas que já falamos. Nesse memorando informaram que não garantiam sequer o sucesso do desenvolvimento da vacina". 

     

    Franco citou novamente a questão da falha nos e-mail do mês de novembro, em que ficou por dias sem acesso, justificando o atraso na resposta. (Isadora Rupp)

  • 15h43

    09/06/2021

    - "Nem ela confiava no que estava oferecendo pra gente", diz Élcio Franco sobre vacina da Pfizer 

     

    Em resposta à pergunta do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, Élcio Franco disse que, nas negociações com a farmacêutica Pfizer, a ideia era adquirir uma vacina segura e eficaz e disponibilizar o imunizante no menor período possível. Mas que, nas conversas, "nos pareceu que ela queria se isentar da responsabilidade sobre o efeito colateral grave. Nem ela confiava no que ela estava oferecendo pra gente". 

     

    Franco continuou citando reportagens sobre o fato de a Pfizer ter feito exigências a países pobres que não foram feitas aos Estados Unidos, e afirmou que outros países também tiveram problemas com cláusulas do contrato, que ele definiu como "draconianas". (Isadora Rupp) 

  • 15h20

    09/06/2021

    - Élcio diz desconhecer estratégia de solicitação de kit covid ao Ministério da Saúde 

     

    O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco disse desconhecer a solicitação de “kits covid”, coquetel de remédios que não conta com aval médico, por secretários municipais de Saúde à pasta. À CPI da Covid, Franco afirmou que a cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19 e defendida pelo presidente e apoiadores como alternativa às medidas de prevenção, estava prevista na relação do Ministério da Saúde para ser usada no tratamento da malária e do lúpus.  

     

    Segundo narrou o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), "em janeiro de 2021, secretários de Saúde dos municípios foram procurados por parlamentares bolsonaristas, entre eles Bibo Nunes (PSL-RS), para que fizessem a solicitação ao Ministério da Saúde para receberem o 'kit covid' para tratamento precoce". 

    Foto: Dida Sampaio/Estadão

  • 13h57

    09/06/2021

    - "Cabe aos estados e municípios a compra e verificação do nível de estoques", justifica ex-secretário sobre kit intubação 

     

    O Senador Humberto Costa (PT-PE), que já foi ministro da Saúde, quis saber do secretário sobre a falta do kit intubação para estados e municípios. Élcio Franco explicou que o ministério, quando teve informação da falta de medicamentos, mapeou, com apoio da Anvisa, onde estavam os estoques e auxiliaram na procura dos representantes de laboratórios para favorecer a aquisição. Mas salientou que "cabe aos estados e municípios a compra e a verificação no nível de estoques de medicamentos". 

     

    Franco lembrou que, após colocada a crise dos medicamentos pelo Ministério da Saúde, ocorreu remanejamento dos remédios entre os estados e importação por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). (Isadora Rupp) 

  • 13h44

    09/06/2021

    - "O médico me recomendou e tomei", declara Franco sobre hidroxicloroquina 

     

    Em seus questionamentos, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) lembrou que o ex-secretário foi acometido pela covid-19, e perguntou se ele fez o chamado tratamento precoce pela doença. "O médico me recomendou e eu tomei hidroxicloroquina na fase viral", contou. Ele disse ainda que o seu tratamento teve ainda ivermectina, anticoagulantes e dexametasona injetável. 

     

    Franco contou que foi internado e teve de 25% a 50% do pulmão comprometido; os senadores lembraram que isso ocorreu mesmo com o uso de coquetel dos remédios. Élcio acrescentou: "meu quadro poderia ter sido mais acelerado e eu teria ido mais cedo ao hospital". (Isadora Rupp) 

  • 13h38

    09/06/2021

    - "Não me arrependo, de forma alguma" fala Élcio Franco sobre vídeo com críticas a Doria 

     

    Representante da bancada feminina, Eliziane Gama (Cidadania-MA) perguntou a Élcio Franco se ele se arrependeu de vídeo gravado por ele em dezembro de 2020 com fortes críticas ao governador João Doria (PSDB-SP), onde dizia que o governador estava "vendendo sonhos que não poderia cumprir", ao divulgar datas de vacinação

     

    "Não me arrependo, de forma alguma. Nesse vídeo me referia a data de início da imunização pelo governo de São Paulo quando sequer havia liberação da Anvisa. São as incertezas que me referi anteriormente às fases clínicas". 

     

    Eliziane também perguntou ao ex-secretário sobre a sua relacão Carlos Wizard, com quem ele diz ter relação de amizade; ambos já trabalharam na Operação Acolhida, de apoio a refugiados venezuelanos. Franco confirmou que ambos se encontraram duas vezes para conversar sobre a aquisição de vacinas por meio do setor privado, mas que ele explicou que as doses deveriam ser direcionadas a

  • 12h56

    09/06/2021

     - Franco iguala tratamento precoce a atendimento médico rápido 

     

    O ex-secretário do Ministério da Saúde Élcio Franco se disse favorável ao tratamento precoce, mas igualou a prática ao atendimento médico rápido. "Tratamento precoce é a melhor medida preventiva para qualquer morbidade, nós partimos para o diagnóstico precoce em qualquer situação médica". Franco complementou dizendo que, se o atendimento for seguido por medicações que o médico julgar necessárias, ele é, sim, a favor de tratamento precoce.

     

    A fala aconteceu após exibição de um vídeo durante a sessão da comissão em que Franco defendia o chamado tratamento precoce contra a covid-19. "Ao sentir o sintoma, procure um médico, vá a um posto de saúde, vá a uma rede de atenção de saúde e o médico vai realizar o diagnóstico, identificar se você está acometido de covid e vai prescrever os medicamentos que lhe são adequados para o tratamento. E inicie o mais rápidamente possível esse tratamento. Nós temos evidências científicas de eficácia de determinados medicamentos. Aqueles que dizem que não há evidência científica são os verdadeiros negacionistas", falou Franco, no trecho do vídeo destacado na sessão. 

     

    Para ele, o uso de medicamentos off label (que não estão indicados em bula), desde que discutido entre médico e pac

  • 12h54

    09/06/2021

     - Ex-secretário diz que teve contatos com Nise Yamaguchi e Carlos Wizard, apontados como integrantes do ‘gabinete paralelo’

     

    Questionado pelo relator  da CPI da Covid, senador Renan Calheiros, se teve contatos com integrantes do suposto “gabinete paralelo”, o coronel Élcio Franco, ex-secretário do Ministério da Saúde, afirmou que lembra ter se encontrado com a médica Nise Yamaguchi por uma ou duas vezes na pasta. A oncologista é defensora do chamado tratamento precoce e participaria do grupo que aconselharia o presidente Jair Bolsonaro de forma extraoficial.

     

    O ex-secretário afirmou que teve contato na pasta também com o empresário Carlos Wizard, que teria passado um mês despachando em Brasília sem ter cargo. Segundo o coronel, o encontro que t

  • 12h33

    09/06/2021

     - Franco atribui não resposta a e-mail da Pfizer a falha no sistema de e-mail 

     

    O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), insistiu sobre o porquê dos e-mails com ofertas da Pfizer para vários contatos do Ministério da Saúde não terem sido respondidos por Élcio Franco, então secretário executivo do ministério, nem pela pasta. Franco disse que o sistema "sofreu um ataque de vírus e minha caixa de email ficou inoperante entre 5 e 12 de novembro". 

     

    Com relação a outras propostas, o ex-secretário de Eduardo Pazuello disse que houve "videoconferências e contatos telefônicos". Ele continuou a frisar sobre as cláusulas da farmacêutica, julgando como "muito exigentes", como fundo garantidor, sem penalidade para atrasos, pagamento adiantado e assinatura do presidente da República. (Isadora Rupp).

  • 12h24

    09/06/2021

     - "Nem incompetência nem ineficiência", fala Élcio Franco sobre negociações com a Pfizer 

     

    O ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco, que presta depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira, 9, disse que não existiu incompetência ou ineficiência da pasta para negociação da compra. Citada em entrevista para a Veja pelo ex-titular da Secretaria de Comunicação Fabio Wajngarten, Franco disse que a incompetência deve ter sido "percepção dele (Wajngarten)", e que a farmacêutica colocava cláusulas "muito exigentes"na compra. 

     

    Franco também frisou que o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, tinha o seu telefone e que poderia ter contatado ele sobre as negociações. Em depoiento na CPI no mês passado, Murillo disse que foi Franco quem tratou com a farmacêutica sobre as ofertas de vacina - recusadas - feitas em 2020. 

     

    Élcio declarou recentemente que foi um vírus na rede de computadores do ministério que ocasionou a falta de resposta ao e-mail da Pfizer, de novembro do ano pa

  • 12h07

    09/06/2021

     - "Nunca se discutiu na área técnica do ministério a ideia de imunidade de rebanho", declara Franco 

     

    Ideia defendida publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e por outros integrantes do governo, Élcio Franco respondeu ao relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), que " nunca se discutiu na área técnica do Ministério da Saúde a ideia de imunidade de rebanho". O relator trouxe ainda uma declaração do ex-ministro Eduardo Pazuello de que a curva de casos e mortes estava caindo no segundo semestre passado, e questionou se isso deixou "acomodado"o ministério na aquisição de vacinas. 

     

    "De forma alguma. Se verificar as curvas epidemiológicas de casos, no segundo semestre, ela desceu. Tínhamos noção da gravidade da pandemia e a gente imaginava que teria de haver campanhas de vacinação anuais, assim como a influenza", disse Élcio Franco. (Isadora Rupp) 

     

     

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