Além do esquema envolvendo a BR Distribuidora, os investigadores falaram sobre 11 novos operadores, ou seja, pessoas que atuariam diretamente no esquema de corrupção e teriam ligações com diretorias da estatal. Os delegados da Polícia Federal deram poucos detalhes até o momento porque a operação ainda está em curso. A entrevista coletiva foi encerrada.

Um dos alvos de busca nesta manhã é uma empresa de Santa Catarina, fabricante de tanques de combustível, que, segundo a PF, pagou propinas para conseguir contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás. "Nas últimas duas semanas, descobrimos uma grande empresa de Santa Catarina que mantém negócio com a BR Distribuidora também estaria envolvida em corrupção de agente publico em troca de informações privilegiadas, contratos direcionados para ela." 

As buscas realizadas nesta operação se concentram em empresas, na grande maioria consideradas de fachada. Segundo a PF, seriam usadas para emitir notas frias de valores usados para pagamento de propina. Os contratos envolvidos nessas negociações seriam ligados à diretoria de Serviços.

As pessoas hoje ouvidas têm suspeitas de participação direta no esquema de lavagem e pagamento de propinas. A PF, no entanto, evita mencionar nomes e dar detalhes de quais contratos estariam envolvidos para não comprometer o andamento das investigações.

Segundo os delegados, ainda não serão revelados nomes dos envolvidos nesta etapa. Não há acusação formalizada contra as pessoas investigadas neste momento. 

A Polícia Federal dá início à entrevista coletiva, na sede da PF em Curitiba (PF).

Cerca de 200 policiais federais e 25 servidores da Receita Federal cumprem 62 mandatos judiciais em quatro Estados. Desse total, quatro são mandados de prisão e 18 de condução coercitiva. O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi levado para a sede da PF em São Paulo para prestar depoimento.