20 anos depois, Justiça pode soltar atirador que matou 3 em cinema de SP

Mateus da Costa Meira efetuou disparos com uma submetralhadora em uma sala do MorumbiShopping em novembro de 1999

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Por Heliana Frazão
Atualização:

SALVADOR - Preso há exatos 20 anos, após matar três pessoas e ferir outras quatro com uma submetralhadora, dentro de uma sala de cinema do MorumbiShopping, na zona sul de São Paulo, no dia 3 de novembro de 1999, o ex-estudante baiano Mateus da Costa Meira pode ser solto pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Mateus da Costa Meira realizou o ataque a tirosdurante uma sessão do filme 'Clube da Luta' no MorumbiShopping, na zona sul de São Paulo Foto: Caio Guatelli/Estadão

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A medida tem como base o resultado de dois recentes exames médicos e psicológicos que teriam atestado que Meira não apresenta mudanças de comportamento, estando apto à "desinternação" para conviver em sociedade.

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) acompanha o caso com preocupação. No dia 9 de agosto, o promotor de Justiça Antônio Villas Boas Neto solicitou à Justiça que determine a realização de novos exames de verificação de cessação de culpabilidade.

Por se tratar de questão privada relativa à saúde do preso, o MP informa que não pode se manifestar quanto ao resultado dos exames anteriores. 

Mateus da Costa Meira tinha 24 anos na época do crime e cursava o sexto ano de Medicina Foto: Paulo Liebert/Estadão

Para Villas Boas Neto, a saída de Mateus da Costa Meira deve ser gradativa e realizada com o devido acompanhamento, como nos demais casos de desinternação. 

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Mateus foi condenado a 48 anos e nove meses de prisão em regime fechado. Em 2009, cumprindo pena em Salvador, ele tentou matar a golpes de tesoura um companheiro de cela, o espanhol Francisco Vidal Lopes.

O estudante Mateus da Costa Meira, então com 24 anos, matou a fotógrafa Fabiana Lobão Freitas, de 25; o economista Júlio Maurício Zeimaitis, de 29, e a publicitária Hermé Luísa Jatobá Vadasz, de 46 Foto: Paulo Liebert/Estadão

Dois anos depois, por decisão da 1º Vara do Tribunal do Júri de Salvador, respaldada em laudo que apontou esquizofrenia, ele foi considerado inimputável e transferido para um hospital psiquiátrico, onde permanece.

A reportagem tentou contato com a defesa de Meira, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

O ataque no cinema foi o destaque principal da capa doEstadãode 5 de novembro de 1999 Foto: Acervo/Estadão
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