A rota dos vinhos no Chile: como visitar as vinícolas do Vale do Maipo

Vinhedos ficam a cerca de uma hora de Santiago; é possível fazer bate-voltas ou se hospedar nas próprias bodegas

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Por Anelise Zanoni
Atualização:

Protegida pela Cordilheira dos Andes, Santiago é uma cidade versátil. Dos prédios modernos e altos é possível ver belas paisagens entre montanhas e, a poucos quilômetros do centro nervoso da capital chilena, estão estradas que levam a lindas extensões de vinhedos, vinícolas históricas e regiões produtoras de vinhos, como o Vale do Maipo.

Reserve ao menos dois dias para circular por lá, pois o enoturismo merece tempo de qualidade para ser bem aproveitado, em especial porque é uma área vinícola tradicional, conhecida pela produção da uva cabernet sauvignon. A cerca de uma hora de viagem de Santiago, a região é fácil de ser acessada e muito charmosa.

Vinhedos da Concha y Toro, uma das vinícolas mais procuradas pelos brasileiros Foto: J.F.DIORIO

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Algumas vinícolas, inclusive, podem ser visitadas facilmente de metrô e ônibus (ou táxi), num bate-volta a partir de Santiago. Também há tours guiados (dirigir e provar vinhos nunca é uma boa ideia), mas muitas das bodegas também contam com hospedagem.

Uma opção é começar seu passeio com check-in no Las Majadas de Pirque, um moderno hotel-butique com experiências memoráveis. Dentro de um parque de oito hectares, projetado originalmente por um paisagista francês, a hospedaria se mistura com o cenário de árvores perenes e nativas, como palmeiras, cedros e magnólias.

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Um palácio de estilo renascentista francês de 1905 complementa o ambiente encantador, aberto à visitação o ano todo. Os hóspedes participam de um tour harmonizado com uma taça do Vale do Maipo, realizado sempre às 12h30. As diárias custam a partir de 150 mil pesos chilenos (cerca de R$ 750) para duas pessoas.

No verão, há programação dedicada à festa da vindima. Neste ano, em 6 de abril, haverá uma grande celebração, com estandes de vinícolas, música ao vivo e atividades para crianças. Os ingressos para adultos, com uma taça de vinho e degustações, custam cerca de US$ 30.

A partir do Las Majadas estão dezenas de vinícolas históricas. A mais desejada pelos brasileiros é a Concha y Toro, a poucos minutos de carro a partir do hotel. Produtora do vinho Casillero del Diablo, a vinícola tem programação enoturística vasta, com degustação, tour guiado em português e atividades para novatos ou experientes. Uma das escolhas pode ser o tour Experiência Marquês de Casa Concha, com degustação de sete taças, tábua de queijos e passeio – em média, US$ 35 por pessoa.

Palácio de 1905 no Las Majadas: hospedagem com tour entre vinhedos Foto: Anelise Zanoni

Tour pelo Vale do Maipo

A lista de vinícolas pelo Vale do Maipo é vasta. Se você estiver de carro, também pode passear e curtir o enoturismo na histórica Santa Rita ou na Undurraga, uma das mais antigas do Chile, além da pequena e charmosa Alyan Family.

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Pelos caminhos do Maipo, você encontra diferentes vinícolas-butique. Uma delas é a Haras de Pirque (haraswines. com), aos pés dos Andes. O que mais chama atenção é a beleza da ambientação natural e o prédio em formato de ferradura, que simboliza a paixão dos proprietários por cavalos puro-sangue (você consegue ter uma ideia ao subir no terraço).

A visita básica com experiência dura cerca de 1h30. Começa com uma conversa na parte mais elevada do prédio e segue pela área de vinificação e pela adega. O ponto alto é a degustação de três rótulos em um espaço privado, localizado em um salão embaixo de um chafariz com base de vidro. Os preços partem de US$ 22 por pessoa.

Prédio em forma de ferradura da Vinícola Haras de Pirque, no Vale do Maipo, Chile Foto: Anelise Zanoni

No mesmo roteiro está a viña El Principal, considerada uma das melhores vinícolas da região de Pirque. Aberta em 1992 com o objetivo de produzir vinhos de alta qualidade, hoje é vista como uma vinícola-butique.

O passeio começa pelos jardins, com uma taça do vinho branco Kiñe em mãos, e tem os Andes como protagonista. Depois de andar por áreas comuns da vinícola, o visitante é conduzido por um elevador industrial até o subsolo, onde está a bodega e a sala de tonéis, lugar escolhido para a degustação. O tour custa a partir de 60 mil pesos chilenos (cerca de R$ 300). Atenção: a vinícola fecha aos domingos. Além do Kiñe, a degustação inclui três tintos, que podem variar de acordo com a época do ano. O terroir da El Principal faz com que os vinhos tenham um caráter único da denominação de origem (D.O.) do Vale do Maipo.

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Degustação harmonizada na vinícola El Principal, no Vale do Maipo, Chile Foto: Anelise Zanoni
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