Alpinistas italianos escapam de avalanche no Nepal

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Por GO
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Os alpinistas italianos Christian Gobbi e Silvio Mondinelli contaram nesta segunda-feira sobre a sorte que tiveram ao sobreviver depois de serem atingidos por uma avalanche que matou ao menos 11 pessoas em um pico do Himalaia, nas primeiras horas da manhã de domingo. Gobbi e Mondinelli estavam dormindo em sua barraca quando ouviram um som estranho seguido de fortes rajadas de vento. Poucos segundos depois, a neve inundou a sua tenda e a fez desmoronar da encosta de uma montanha no Nepal. Ao saírem da barraca, tudo o que eles podiam ver eram pedaços de tendas e botas largadas, depois que uma parede de neve esmagadora destruiu seu acampamento. Dezenas de alpinistas estavam abrigados logo abaixo do pico do monte Manaslu, de 8.163 metros. "Nós fomos para baixo com a tenda e paramos a cerca de 250 metros abaixo", contou Gobbi, de 42 anos, à Reuters, depois de ser resgatado de helicóptero e levado para a capital do Nepal, Katmandu, nesta segunda-feira. "Tivemos muita sorte que nada aconteceu com a gente, mas nós perdemos nossas botas, luvas e faróis." "Depois de cerca de uma hora descobrimos que um dos membros da nossa equipe italiana e um guia sherpa muito forte haviam morrido na neve", disse Gobbi, sentado em um sofá em um hotel de Katmandu. Mondinelli, de 54 anos, célebre por sua rara proeza de escalar todos os 14 picos do mundo acima de 8.000 metros, estava em sua terceira subida do Manaslu, que fica na fronteira do Nepal com o Tibet. "Nós todos gritamos e procuramos por sobreviventes", disse ele. Gobbi acrescentou: "Encontramos as botas de alguém, as colocamos e descemos." Helicópteros de resgate nepaleses interromperam a busca nesta segunda-feira por três alpinistas estrangeiros que ainda estavam desaparecidos após a avalanche atingir o acampamento. Acredita-se que dos três alpinistas desaparecidos, dois sejam de nacionalidade francesa e um canadense, informou o superintendente-adjunto da polícia, Basanta Bahadur Kunwar. Sete alpinistas franceses estavam entre as 11 vítimas da avalanche que atingiu o acampamento do monte Manaslu, a oitava montanha mais alta do mundo. Dois alpinistas alemães, um da Espanha e outro do Nepal também morreram. "Tudo parecia destruído no local", disse o operador de viagens Nima Nuru, que organizou a expedição para os alpinistas franceses e que ajudou a levar os corpos de helicóptero de volta para Katmandu, nesta segunda. "Não conseguimos enxergar nenhuma barraca ou qualquer pertence dos alpinistas", disse ele à Reuters no seu retorno. Cinco pessoas que foram resgatadas foram levadas do acampamento na base da montanha para Katmandu nesta segunda. Outros oito alpinistas, que estavam ilesos, ficaram para trás e estavam avaliando se continuariam suas escaladas, explicou Kunwar. O monte Manaslu, que fica ao lado do monte Annapurna, no noroeste do Nepal, foi escalado por cerca de 300 pessoas desde que foi conquistado pela primeira vez por uma equipe japonesa em 1956. Considerando a avalanche de domingo, a montanha já levou mais de 60 vidas. A avalanche de domingo foi o acidente mais fatal desse tipo no país em quase duas décadas. Em 1995, pelo menos 42 pessoas foram mortas em uma forte nevasca e avalanches na região do monte Everest, no último grande desastre do tipo no Nepal.

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