Anac: Helicóptero que caiu em São Caetano está irregular

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou na tarde desta sexta-feira, 04, nota informando que a situação do helicóptero que se acidentou em São Caetano do Sul, no ABC paulista, é "irregular". A ocorrência, em uma praça da cidade, deixou quatro feridos - o piloto, um mecânico e o dono do helicóptero, além de uma pedestre.A aeronave tinha dois documentos vencidos desde o ano passado, segundo o órgão: a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA). A data de validade do primeiro expirou em 3 de junho de 2012. A do outro, em 3 de abril de 2012.O helicóptero, da marca Bell Helicopter, tinha peso máximo de decolagem de 1.452 quilos e número máximo de quatro passageiros. No momento da queda, havia três pessoas a bordo - o piloto Rogério Nemitz, de 31 anos, e os tripulantes Márcio Rodrigues, de 39, e Caio Lovato, de 25. Uma quarta vítima se feriu em solo. Trata-se da pedestre Rosana Oliveira, que já foi liberada após atendimento médico. Ela não foi atingida pela aeronave, apenas passou mal ao presenciar o acidente. Nemitz é o único com ferimento mais grave. Com uma fratura no fêmur, terá de passar por cirurgia ainda nesta sexta-feira.A aeronave pertence a uma empresa, cujo nome não foi divulgado pela Anac. O caso está sendo investigado pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). "As causas do acidente só serão evidenciadas após o término da investigação pelo Cenipa", informou a Anac, em nota.Quando for aberto, após a apuração do Cenipa, o processo administrativo da Anac verificará se o piloto tem habilitação e certificado médico aeronáutico válido. "Se houver comprovação de irregularidades, os responsáveis podem ser autuados e multados, além da possibilidade de suspensão ou cassação de licenças, habilitações e certificados", prossegue o texto.As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Albert Sabin, em São Caetano do Sul. A mãe do piloto, a auxiliar de enfermagem Vani Nemitz, de 50 anos, disse que o filho exerce a profissão há dez anos. "Ele voa pelo Estado todo, e com certeza vai continuar pilotando após o acidente. Sempre foi o sonho dele", conta. A esposa dele, Ethel Nemitz, de 30 anos, declarou que conversou com o marido após o acidente. "Ele me ligou assim que caiu e pediu que eu viesse a São Caetano", disse ela, que mora em São Bernardo do Campo.A comerciante Gisele Soares, que trabalha na Avenida Goiás, rua onde caiu o aparelho, testemunhou a queda do helicóptero. "Estava parando o carro na hora em que o helicóptero começou a bater nos postes de luz, caindo no meio da Praça da Bíblia. Achei que fosse um caminhão que estava capotando."O engenheiro Valdivo José Megali Júnior estava na sacada de seu apartamento, na mesma avenida, quando enxergou o helicóptero voando abaixo da linha dos prédios. "Ele estava fazendo curvas acentuadas e em alta velocidade. Ia e voltava, dando a impressão de que estava tentando buscar um lugar para pousar."

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