Armas do Exército somem no PR; saiba o que foi levado de batalhão

Força-tarefa formada por peritos das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil auxilia nas buscas; celulares de todos os envolvidos foram recolhidos

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Por Fábio Donegá
Atualização:

O sumiço de nove pistolas calibre 9mm da marca Beretta de dentro de uma unidade do Exército em Cascavel, no interior do Paraná, mobiliza militares de toda a região Oeste do Estado desde domingo, 17.

Cascavel fica em uma posição geográfica estratégica no Paraná, com um entroncamento rodoviário para vários destinos, como a capital Curitiba e os Estados de Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A distância para Foz do Iguaçu, na divisa com o Paraguai, é de 130 quilômetros, aproximadamente.

Unidade do Batalhão de Infantaria Mecanizado de Cascavel, no Paraná. Foto: Reprodução/Google Street View

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“O fato foi percebido no início da tarde de domingo, durante o procedimento de conferência da reserva de armamento no 33º BI Mec (Batalhão de Infantaria Mecanizado) e, de imediato, todas as medidas administrativas cabíveis foram tomadas e instaurado inquérito policial militar”, explicou o general de Brigada Evandro Luis Amorim Rocha, comandante da 15.ª Brigada de Infantaria Mecanizada, responsável pelo 33.º Batalhão.

Com isso, os celulares de todos os envolvidos foram recolhidos, “para preservar o sigilo, pois há guarnições nas estradas, em pontos sensíveis, além de operações internas”, explicou o general.

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Reforço policial

Não está descartada a hipótese de que os autores do furto são militares e as armas nem sequer saíram da unidade, que é cercada por uma extensa área de mata fechada no centro de Cascavel, às margens do Lago Municipal.

Por causa do sumiço das nove pistolas, centenas de militares estão impedidos de deixar as dependências do 33º BI Mec. “Não existe nenhum tipo de restrição com relação à comunicação de militares com seus familiares, apenas, neste momento, esta deverá ser realizada por outros canais. Até o momento não tem qualquer tipo de sanção disciplinar relacionada a este caso”, disse o Exército, em nota.

O local onde as armas estavam é monitorado por câmeras de segurança interna e externamente, além de ser conferido diariamente. Uma força-tarefa formada por peritos das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil auxilia nas buscas.

“O procedimento adotado na tentativa de recuperação do armamento é padrão e segue uma cartilha com orientações aprendidas em outras ações com materiais do Exército que tiveram seu destino ignorado”, disse o general Evandro Luis Amorim Rocha.

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