Em novembro de 1911, Madero foi eleito presidente do México.
Durante toda a Revolução Mexicana o Estado manteve seus leitores informados sobre o desenrrolar dos conflitos. Em sua edição de 06 de abril de 1911 , o jornal trazia uma nota sobre o chefe revolucionário Francisco Madero.
Nos primeiros meses da Revolução, Francisco Ignacio Madero González destacou-se como líder e porta-voz do movimento mexicano.Madero foi a figura política capaz de organizar e unir as principais forças opositoras à Díaz.
O pedido de Madero às potências buscava legitimar suas ações armadas, por meio do reconhecimento internacional à sua causa.
Quinta-feira , 06 de abril de 1911
Membro da elite mexicana, Madero vinha de uma família de ricos proprietários rurais.
Suas atividades políticas tiveram início em 1905, quando em oposição ao governo Díaz, organizou o partido Democrata Benito Juárez e fundou o jornal opositor, O Democrata
Enquanto, em 1908 o presidente Porfírio Díaz prometia eleições livres para 1910, Madero publicava seu livro A Sucessão Presidencial de 1910.
A obra apontava como o governo de Díaz havia negligenciado e afrontado os direitos civis da população mexicana. Discutia as grandes concessões feitas aos E.U.A. e criticava a centralização do poder na figura de Porfírio Díaz. Madero propunha a restauração da Constituição Liberal de 1857, e das garantias constitucionais nela previstas, tais como a liberdade de expressão, liberdade de imprensa, direito à livre associação e etc.
No mesmo ano Madero passou a excursionar pelo país divulgando sua plataforma política, e militando contra a reeleição. O livro e as andanças de Francisco renderam-lhe o apelido de Apóstolo da Democracia.
Foi preso pelas forças do governo em junho de 1910, fugindo em seguida para os Estados Unidos. Lá, junto com simpatizantes organizou uma milícia armada e divulgou o Plano de São Luis de Potosi. O documento declarava que as eleições de 1910 haviam sido fraudadas pelo presidente, e conclamava a população mexicana à rebelar-se contra o governo repressor e totalitário de Díaz. O texto dizia que a democracia só seria restaurado por meio de um levante armado e com a deposição do presidente.
Pesquisa e Texto: Lizbeth BatistaSiga o Arquivo Estadão: Twitter@arquivo_estadao e Facebook/arquivoestadao