Jornal da Tarde, 6/4/1982
No dia 5 de abril, duas semanas antes do lançamento do filme Pra frente Brasil, de Reginaldo Farias, a chefe da Divisão de Censura da Polícia Federal, Solange Hernandes, não liberou a exibição do filme que contava a história de um homem no início dos anos 70 que confundido com um terrorista, foi preso, torturado e morto.
O enredo não agradou aos militares e Celso Amorim, então diretor-geral da Embrafilme, demitiu-se do cargo. A estatal era coprodutora do filme e impediu a exibição de Pra frente Brasil no Festival de Cannes.
Denúncia. No dia 26 de agosto, o Estado revelou, com exclusividade, o documento com os pareceres favoráveis dos técnicos da Divisão de Censura que foram retirados pela Divisão da Censura da PF e não constava no processo do Conselho Superior de Censura. Clique na imagem e leia a matéria do Estadão deste dia.
Após oito meses de muita polêmica, o filme é finalmente liberado pela censura.
O Estado de S. Paulo, 16/12/1982
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