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Assassinatos, bigamia, fraude: conheça as acusações contra a ‘Viúva Negra’, tema do Linha Direta

Heloisa Borba Gonçalves, de 73 anos, foi condenada a 18 anos pela morte de um marido e acusada de outros três assassinatos contra ex-companheiros

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Por Redação

O programa Linha Direta, da TV Globo, desta quinta-feira, 8, apresenta a história da advogada Heloísa Borba Gonçalves, de 73 anos, foragida da Justiça há mais de quatro décadas. Ela é procurada pela Interpol e pelo Departamento Federal de Investigação, o FBI, nos Estados Unidos. Conhecida como Viúva Negra, ela é acusada da morte de vários ex-maridos e companheiros.

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Em 2011, Heloisa foi condenada a 18 anos de prisão em regime fechado pela morte do então marido, o oficial do Exército Jorge Ribeiro. Ele foi morto a golpes de marreta em 1992 e seu corpo, encontrado amarrado em uma sala comercial em Copacabana, na zona sul do Rio.

Era a sexta vez que o mesmo crime ia a julgamento. Nas outras cinco, a acusada não compareceu e não houve sessão. Na última vez, foi julgada de acordo com a Lei da Cadeira Vazia, que garante que, em casos de faltas seguidas do réu, o tribunal possa ser realizado. Ela já vinha se esquivando da Justiça desde 2005, quando foi denunciada pelo Ministério Público pelo crime. Desde então, ela nunca mais foi encontrada. Acredita-se que esteja nos Estados Unidos.

Segundo o Supremo Tribunal Federal, Heloísa é a principal suspeita das mortes do ex-namorado Wargih Murad e de um outro homem que o acompanhava; é acusada de tentar matar o filho dele, Elie Murad, e ainda de mandar matar o detetive Luiz Marques da Mota, contratado por Elie para investigar a morte do pai.

‘Linha Direta’ exibe história da Viúva Negra, brasileira procurada pelo FBI e impune há 50 anos Foto: Reprodução/Instagram/@linhadireta_globo

Heloísa ficou conhecida como Viúva Negra por ter sido acusada de quatro homicídios e duas tentativas de homicídio de homens com os quais foi casada. A alcunha vem da aranha viúva negra, que mata o macho depois da cópula. Por conta dos crimes, Heloísa teria herdado bens no valor de mais de R$ 20 milhões ao longo dos anos.

Ainda de acordo com o STF, Heloísa é acusada também pela morte de Irineu Duque Soares, assassinado em 1983, em Magé, meses depois de ter se casado com ela em comunhão total de bens. A morte ocorreu durante um assalto, no qual Heloísa saiu ilesa. Na época, o crime foi registrado como latrocínio. Um outro companheiro de Heloísa e pai de alguns de seus filhos, Carlos Pinto da Silva, foi vítima de uma tentativa de homicídio.

Heloísa já foi condenada por bigamia e fraude contra o INSS. Quando era casada com o militar Jorge Ribeiro, casou-se também com o comerciante aposentado Nicolau Saad, que morreu pouco tempo depois do matrimônio, aparentemente de causas naturais.

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Heloisa passou então a usar uma procuração do marido para transferir imóveis para o seu nome e acabou sendo condenada por falsidade ideológica. Enquanto mantinha os dois relacionamentos, Heloísa teve um filho e acabou registrando a criança em nome dos dois homens.

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