Ataque a creche em Blumenau: vítimas deixam o hospital

Cinco crianças ficaram feridas quatro morreram após homem invadir a escola com machadinha

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Por Isabel Gomes
Atualização:

As quatro crianças que estavam internadas no Hospital Santo Antônio, em Blumenau, Santa Catarina, após o ataque* na creche Cantinho Bom Pastor, receberam alta no fim da manhã desta quinta-feira, 6. Em nota, o hospital informou que elas passaram por exames e avaliação médica antes da liberação, e que já estão em casa com os familiares.

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De acordo com o hospital, durante os exames, a equipe médica constatou que um dos pacientes apresentou uma lesão na mandíbula, que será tratada ambulatorialmente. As duas meninas de 5 anos e os dois meninos de 5 e 3 anos foram internados no centro de saúde na manhã de quarta-feira, 5, após o ataque que deixou outras quatro mortas.

Ao Estadão, no início da manhã desta quinta, o centro de saúde confirmou que as crianças tinham um quadro estável de saúde e que passaram bem a noite. Uma delas precisou receber transfusão de sangue devido a um ferimento no pescoço, mas permaneceu sem complicações.

Uma quinta criança ferida, de 5 anos, foi levada ao Hospital Santa Isabel, também em Blumenau, pelos pais logo após o ataque, mas recebeu atendimento e foi liberada no mesmo dia. Ela estava com um ferimento no ombro, onde foi realizada uma sutura. A comunicação do Hospital Santa Isabel informou ao Estadão que a criança e os pais também receberam atendimento da equipe de psicologia do hospital.

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Um homem de 25 anos pulou o muro da creche e atingiu as crianças usando uma machadinha. Ele se apresentou ao 10º Batalhão da Polícia Militar após o crime e está preso.

Movimento da frente da creche em Blumenau onde um homem matou quatro crianças e feriu outras cinco. Foto: Partrick Rodrigues/Portal NSC Total via AP

A filha de 4 anos do vidraceiro Henrique Araújo, de 31, estava no pátio da creche no momento em que as crianças foram atacadas. Ela não se feriu fisicamente. “Ela relatou que viu o moço de capacete rosa pular o muro com um martelo e uma faca na mão e chamou a professora”, disse Araújo. O “martelo” a que a criança se referia foi a machadinha usada pelo agressor para golpear os alunos.

A menina, afirmou o pai, contou ter visto o homem bater com a arma na cabeça de um coleguinha, Enzo, que acabou morrendo. “Ela só chora em casa. Para essas crianças voltarem para a escola vai ser complicado.”

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um “troféu” dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

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