Um balão caiu na manhã deste domingo, 14, na pista do Aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio. O artefato pegou fogo assim que tocou o solo, depois de colidir com um avião da companhia aérea Azul estacionado que estava em processo de reabastecimento. A equipe de bombeiros agiu rápido e não houve maiores danos.
Vídeos nas redes sociais mostram o momento do incidente e a ação rápida dos bombeiros. O balão tinha a inscrição “mãe”, mas essa tentativa de “homenagem” é crime. De acordo com a Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, “fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano” é passível de detenção de um a três anos, além de multa.
No fim do mês passado, o Corpo de Bombeiros do Rio lançou a campanha “Balão Mata”, alertando sobre os perigos da prática. Todas as quartas-feiras, a corporação tem publicado em suas redes sociais vídeos reais de acidentes provocados por essa prática.
Levantamento do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB) mostrou que cerca de 100 mil balões são soltos a cada ano no País. O Rio é um dos Estados em que a prática é mais disseminada.
No fim de semana passado, outro balão caiu no Santos Dumont, o que provocou o atraso na aterrissagem de pelo menos um voo que se aproximava do aeroporto.
O Estadão entrou em contato com a Infraero, estatal que administra o Santos Dumont, mas não obteve retorno até a publicação do texto.
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