Uma quadrilha de assaltantes, que pretendia roubar R$ 20 milhões da sede da empresa de transporte de valores Confederal, manteve 22 pessoas reféns entre a noite desta terça-feira e a madrugada desta quarta numa chácara nos arredores de Brasília. Os assaltantes, porém, acabaram fugindo sem conseguir executar o plano, depois de uma troca de tiros com a polícia. Os ladrões estão foragidos. Nenhum refém ficou ferido. Segundo o relato dos reféns, a quadrilha era composta por 20 assaltantes, fortemente armados com pistolas, fuzis e até granadas. O delegado Adival Cardoso de Mattos, que está cuidando do caso, disse que provavelmente se tratava de uma quadrilha de fora do Distrito Federal, agindo com apoio de pessoas da cidade. A ação começou no início da noite desta terça-feira, quando os assaltantes renderam o tesoureiro da empresa, Antônio Almeida, mais oito parentes dele em sua casa, na cidade-satélite de Ceilândia. Mais tarde, foi a vez do superintendente da Confederal, que não quis ser identificado, a filha, um amigo e um casal de vizinhos. Todos foram levados para uma chácara na cidade de Brazilândia, onde se encontravam outras oito pessoas, que também acabaram prisioneiras. O superintendente, em seguida, foi levado de volta à sua casa, para não despertar suspeitas, já que recebia telefonemas constantes de funcionários da empresa. O plano era fazê-lo abrir o cofre na manhã seguinte. No caminho, os bandidos cruzaram com uma viatura da PM, que pediu que eles parassem. Houve troca de tiros, e os assaltantes fugiram de volta para a a chácara, onde abandonaram os reféns.
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