O bebê Jaqueline Morais Dantas, de 3 meses, foi seqüestrado na noite de sexta-feira no Centro de Goiânia, no berçário de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo a polícia, uma mulher identificada como Maria Daniela Andrade fingiu ser a mãe da criança para tirá-la do berçário. Desesperados, os pais da criança - o lavador de carros Agrimar Morais da Silva, de 27 anos, e a dona de casa Lívea de Aquino Dantas, de 23 anos - passaram o sábado acompanhando o trabalho da polícia em busca de Jaqueline. O seqüestro começou a ser tramado há cerca de 15 dias, quando a mãe, que carregava o bebê, foi abordada por Maria Daniela em um microônibus. A acusada elogiou a beleza da criança e prometeu à mãe algumas roupas de bebê. Na quinta-feira, a suspeita telefonou para a Lívea, disse que estava com as roupas e que queria fazer a entrega. As duas marcaram um encontro no centro de Goiânia, próximo ao templo da igreja, conhecido como Catedral da Fé. Na entrada, Lívea foi avisada por Maria Daniela que o ar-condicionado poderia fazer mal à criança, aconselhando-a a deixar o bebê no berçário da igreja. Maria Daniela pediu para carregar a criança e entrou com ela nos braços no berçário. O bebê foi deixado no berço e as duas saíram para assistir ao culto religioso. Poucos minutos depois, Maria Daniela alegou que precisava ir ao banheiro e saiu. Depois de muito esperar, Lívea foi até o berçário, onde a informaram que sua filha havia sido levada por Maria Daniela. A polícia percorreu alguns locais freqüentados pela acusada e conseguiu uma foto de Maria Daniela. Barreiras foram montadas nas saídas da cidade e fotos foram espalhadas pelo Aeroporto Santa Genoveva e pela Rodoviária de Goiânia. Até a noite de hoje, no entanto, tudo o que a polícia sabia é que uma mulher com as características da acusada comprou um litro de leite em um bar no Centro.
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