Funeral de Bento XVI: Papa Francisco destaca ‘sabedoria, delicadeza e dedicação’ do papa emérito

Após cerimônia na Praça São Pedro, o caixão voltou ao interior da basílica para ser sepultado nas grutas do Vaticano, onde estão sepultados os pontífices

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Por Redação
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A cerimônia fúnebre do papa emérito Bento XVI começou pontualmente às 5h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira, 5, na Praça São Pedro, no Vaticano. Ao menos 50 mil pessoas acompanharam a homilia da missa realizada pelo papa Francisco, segundo a Santa Sé. O pontífice destacou a “sabedoria, delicadeza e dedicação” que Bento “soube espalhar ao longo dos anos”. Em circunstância inédita na história da Igreja Católica, o papa argentino presidiu o funeral de seu antecessor.

“Bento (...) seja perfeita a vossa alegria ao ouvir a voz de modo definitivo e para sempre do Senhor”, suplicou o papa durante a missa presidida em uma cadeira de rodas.

O caixão do papa emérito Bento XVI sendo levado à Praça São Pedro para seu funeral. Foto: Andrew Medichini/AP

Em seguida, o caixão de Bento XVI foi levado para dentro da Basílica de São Pedro para a realização de uma cerimônia privada. O sóbrio caixão de madeira de Joseph Ratzinger saiu da Praça de São Pedro sob os aplausos dos fiéis para ser sepultado na cripta onde descansou João Paulo II até sua beatificação em 2011, data em que seu caixão foi trasladado para uma capela da basílica.

Papa Francisco durante funeral de Bento XVI na Praça São Pedro, no Vaticano. Foto: Andrew Medichini/AP

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Durante três dias de velório, cerca de 200 mil pessoas foram à Basílica de São Pedro para se despedir do papa emérito, morto em 31 de dezembro, aos 95 anos. Na quarta-feira, 4, após o encerramento do velório, o corpo de Bento XVI foi colocado no caixão de madeira de cipreste, em uma cerimônia que também ocorreu no interior da Basílica de São Pedro. Também foi lido o pergaminho, onde há escritos sobre a vida e as obras mais importantes do papa emérito.

O rosto do papa foi coberto com um véu de seda branca e as medalhas cunhadas durante seu pontificado também foram introduzidas no caixão, assim como os pálios, ornamento usado nos ombros, de quando foi bispo de Munique e Roma - o mesmo procedimento destinado a um papa “reinante”.

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O rito de fechamento do caixão contou com a presença do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, do decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, do arcipreste da Basílica de São Pedro, Mauro Gambetti, do vigário da diocese de Roma, Angelo de Donatis, e do presidente do governo da Cidade do Vaticano, o cardeal Fernando Vergéz.

Corpo do papa emérito Bento XVI sendo velado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Durante três dias, cerca de 200 mil pessoas foram à Basílica de São Pedro para se despedir do papa emérito, falecido em 31 de dezembro, aos 95 anos. Foto: Tiziana Fabi/AFP

Após o fechamento, o caixão permaneceu no interior da basílica até a manhã desta quinta-feira, quando foi levado à Praça São Pedro para a missa fúnebre rezada por Francisco e concelebrada pelo decano dos cardeais, devido aos problemas de mobilidade do pontífice argentino. Somente após o funeral, o caixão retornou ao interior da basílica e, em seguida, foi sepultado nas grutas do Vaticano, onde estão sepultados os papas.

Embora alguns ritos ocorreram longe dos olhos do público, uma série de cerimônias com uma carga tradicional foi realizada diante de dezenas de milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, incluindo líderes nacionais e representantes de famílias reais de vários países.

Fiéis, religiosos e autoridades mundiais acompanham funeral de Bento XVI na Praça São Pedro. Foto: Ben Curtis/AP

Bento XVI ocupou uma das posições de maior visibilidade mundial, mas nos seus últimos anos ele manifestou o desejo de ficar “escondido do mundo”. Seu corpo esteve em exibição esta semana por três dias, mas o funeral respeita, em parte, seus desejos de simplicidade, embora também não deixa de ter a sofisticação reservada a um líder da Igreja Católica Romana. /EFE, AP e AFP

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